Temer acaba com o farmácia popular



Dando prosseguimento a sua política de desmonte dos direitos e programas sociais, a partir de maio o governo Temer vai acabar com as unidades próprias do programa Farmácia Popular, criado por Lula em 2004 e atingindo 9,8 milhões de pessoas.

Dep.Benedita da Silva - Nas unidades próprias, financiadas pelo governo federal, são oferecidos gratuitamente 112 medicamentos. Já nos pontos do Aqui Tem Farmácia Popular, da rede privada, a oferta é de apenas 25 medicamentos.

Mais do que antissocial, é uma decisão extremamente cruel com a população pobre, que não tem condições de pagar por remédios. É especialmente perversa com os aposentados que são os que mais precisam e os que menos podem pagar.

A situação social do Brasil é de verdadeiro pesadelo para o povo. Acabam com a CLT; cortam o Bolsa Família e a parte popular do Minha Casa, Minha Vida; congelam por vinte anos os gastos com saúde e educação; tentam acabar na prática com a aposentadoria; cotam pela metade o BPC, que é o benefício de um salário mínimo para os idosos totalmente desamparados e agora enfiam mais uma faca no povo e nos aposentados acabando com o remédio gratuito.

Até quando nosso povo vai aguentar essa violência irrestrita contra seus direitos e sua vida? Temos que reconquistar o nosso direito de eleger direta e livremente o nosso presidente. Diretas Já.


“Como paramos no tempo se há 500 anos lutamos por nossas terras?”, dizem índios em respostas ao presidente da FUNAI



Em entrevista ao portal BBC Brasil nesta quinta-feira (6), o novo presidente da Funai, Antônio Costa, afirmou que os índios não podem ficar parados no tempo e que têm que entrar na cadeia produtiva por meio de financiamentos de tecnologia para produzir grãos ou alavancar a pesca para que chegue a um nível competitivo com o mercado. A proposta vai na contramão do modo tradicional de vida desses povos, que prezam pela produção apenas do essencial para sobreviver, e não produzem para lucrar.

Revista Fórum - Lideranças indígenas, nesta sexta-feira (7), rebateram as declarações de Costa, que é dentista e pastor evangélico.

Como estamos parados no tempo se estamos lutando há mais de 500 anos para que não destruam nossas terras?”, questionou a coordenadora-geral da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab), Telma Taurepang. Para Taurepang, o novo presidente da Funai não conhece a causa indígena.

No dia em que esse povo acordar e ver que não pode comer petróleo, quando esse povo acordar e não conseguir respirar ar puro, talvez seja tarde demais”, completou.

De acordo com Costa, os índios deveriam deixar de ser apenas coletores para serem também produtores e entrarem na competição do mercado. A declaração também foi rebatida por outra liderança indígena, Tiago Karai, que é coordenador da Comissão Guarani Yvyrupa.

Parece que a gente deveria pensar em plantar soja, cana, milho em grande escala para vender. Só que o indígena não tem esse pensamento, a gente planta para comer e trocar com outros povos, esse é o nosso interesse”, afirmou.

A líder indígena Telma Taurepang/ Arquivo Pessoal.

Vídeo - Bolsonaro diz que teve filha mulher por "fraquejada"


Imagem capturada do vídeo abaixo. 

Em novo dia de declarações polêmicas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que sua única filha mulher ocorreu após uma “fraquejada”. “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher", disse.

O Povo - A declaração ocorreu durante palestra do deputado na sede do Clube Hebraica, uma associação cultural de pessoas da religião judaica, do Rio de Janeiro. O evento ocorreu após uma série de protestos de integrantes do grupo, que criticaram convite feito ao deputado pela diretoria do clube.

Na mesma palestra, o deputado também criticou a presença de refugiados no País e prometeu extinguir "todo tipo" de território indígena ou quilombola no País. “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles".

           

MEC tira ‘identidade de gênero’ e ‘orientação sexual’ da base curricular



Ministério da Educação retirou da nova versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), divulgada nesta quinta-feira, 6, todas as menções às expressões "identidade de gênero" e "orientação sexual".

247- O documento que servirá como referência sobre o que deve ser ensinado em todas as escolas públicas e privadas do país. Com a alteração, ao menos três trechos da proposta final da base, entregue oficialmente nesta quinta ao Conselho Nacional de Educação, excluíram a referência inicial à necessidade de respeito à "identidade de gênero" e "orientação sexual".

A primeira mudança aparece em um capítulo que fala sobre a importância da base para que o país tenha "equidade" e "igualdade" no ensino. Dizia o trecho do documento inicial, na página 11: "A equidade requer que a instituição escolar seja deliberadamente aberta à pluralidade e à diversidade, e que a experiência escolar seja acessível, eficaz e agradável para todos, sem exceção, independentemente de aparência, etnia, religião, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou quaisquer outros atributos, garantindo que todos possam aprender."

Já na versão atual, disponível no site da base curricular, a frase foi modificada para "a equidade requer que a instituição escolar seja deliberadamente aberta à pluralidade e à diversidade, e que a experiência escolar seja acessível, eficaz e agradável para todos, sem exceção, independentemente de aparência, etnia, religião, sexo ou quaisquer outros atributos, garantindo que todos possam aprender."


Movimento Negro e Parlamentares denunciam Bolsonaro na PGR por declaração racista



Duas representações foram protocoladas hoje (6) na Procuradoria-Geral da República contra o deputado federal Jair Bolsonaro, que afirmou, em uma palestra, que quilombolas não servem “nem para procriar”. Segundo o pré-candidato à presidência da República, se for eleito em 2018, ele fechará as reservas indígenas e quilombolas existentes no país.

Revista Fórum - Ao todo, onze parlamentares pediram a abertura de uma investigação pela “prática de racismo e violação da dignidade indígena e quilombola. O grupo foi liderado pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), primeira mulher negra a governar um estado brasileiro, o Rio de Janeiro.

Além dela, integram a iniciativa os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), Paulão (PT-AL), Paulo Rocha (PT-PA), Vicentinho (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR).

O documento pede que a PGR avalie a possibilidade de propor uma ação de reparação por danos coletivos. A outra ação foi apresentada pela Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).

Em entrevista exclusiva à Fórum, Benedita mostrou indignação diante da atitude de Bolsonaro. “Ele é racista, machista, homofóbico e aqui na Câmara dos Deputados tem se colocado na posição mais reacionária que eu jamais vi em toda a minha vida, nem nos tempos mais duros deste país”, disse. “Ele nos tratou como animais selvagens (…) É o discurso da Casa Grande. Ele quer a escravidão de volta?”, questionou.

Foto: Reprodução/Facebook.

Carlos Fernandes: Por que Bolsonaro não foi preso em flagrante na hebraica por crime de ódio?



Alguém, não sem alguma razão, pode considerar um exagero e até um certo desrespeito relacionar a ida de Jair Bolsonaro à Hebraica do Rio de Janeiro com a terrível madrugada de 9 para 10 de novembro de 1938 que ficou marcada na história como a Noite dos Cristais.

DCM - Foi nesta data que em toda a Alemanha e Áustria protagonizou-se pelos nazistas um violento ataque aos judeus. Antes que o sol raiasse, residências, lojas e sinagogas estavam destruídas. Centenas de judeus foram covardemente assassinados ou levados para campos de concentração.

Guardada suas respectivas proporções, o que se viu na noite desta segunda (3) na sede do clube judaico foi um massacre à racionalidade e ao respeito ao ser humano nas suas infindáveis formas de pensar, agir, crer e se comportar.

O Messias – curioso o seu nome do meio – não economizou na sua verborragia criminosa forjada no que há de mais racista, preconceituoso e intolerante na face da terra. Se ainda restava algum indício de pudor e decência nesse cidadão, a sua palestra deu conta de exterminar.

O festival de horrores proferidos (não há como não afirmar que de forma especialmente proposital justamente em virtude do local) flertaram inequivocamente com o que de pior foi  criado e/ou exaltado pelo nazismo.

Da mesma forma que os nazistas subjugaram todo um povo sob o execrável “argumento” de pertencerem a uma “raça inferior”, o ilustre convidado também depôs a favor da “raça” japonesa. Uma “raça”, segundo ele, “que tem vergonha na cara”.

Ao relatar sua ida a um quilombo, Jair sentenciou que afrodescendentes não serviriam sequer para “procriar”.  Nesse momento só faltou erguer a mão para o ar e declarar lealdade a Adolf Hitler, Heinrich Himmler e o seu Lebensborn, o programa nazista de reprodução forçada que garantiria a herança ariana do Terceiro Reich.

A noite, não tanto quanto a “noite dos cristais”, foi longa. Todos aqueles que foram julgados inferiores pelo regime nazista, foram também imperdoavelmente condenados por Bolsonaro.

Negros, índios, quilombolas, homossexuais. Ninguém, absolutamente ninguém por ele considerado “diferente”, passou pelo crivo do fascista. Todos esses, segundo a sua opinião, são “vagabundos” indignos de conviverem em meio à sociedade.

Pela simples condição de mulher, nem a própria filha, Laura Bolsonaro, foi poupada. Segundo Jair, após a honrada e dignificante missão de gerar quatro homens, a sua caçula seria fruto de uma “fraquejada”.

Sem comentários.

Lula, claro, também foi lembrado. Mas exatamente pela sua deficiência física. Para fascistas, se não for alto, branco, loiro, hétero e de preferência com olhos azuis, não serve para ser presidente.

É inacreditável que Jair Bolsonaro não tenha saído daquele lugar algemado pelos flagrantes e repetidos crimes de ódio cometidos com tanta convicção e orgulho.

O seu discurso é simplesmente um ultraje à dignidade humana. É assombroso como alguém com tamanha deficiência moral e intelectual faça parte da vida política de uma nação.

É ainda mais assombroso que esse mesmo indivíduo, munido de uma caráter tão medíocre e vergonhoso até para os padrões mais simplórios da natureza humana, cogite ser (com o também assombroso aval de muitos) líder maior de uma República que se queira democrática.

Que a infeliz decisão da Hebraica em dar voz e vez a um sujeito desse nível, tenha servido pelo menos para nos alertar o quanto o nazi-fascismo ainda está presente em nosso cotidiano.

Ao clube Hebraica, se ainda assim quiserem repetir essa noite de horror, não chamem Jair Bolsonaro, acendam fornalhas. Possui o mesmo significado mas talvez seja menos indigesto.

Bolsonaro na Hebraica.

Michel Temer nomeará seu próprio juiz no TSE



Os ministros do Supremo Tribunal Federal votaram nesta quarta-feira 5 a lista tríplice para a vaga do que será deixada pela ministra Luciana Lóssio no Tribunal Superior Eleitoral.

247- Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que já é ministro substituto do TSE desde fevereiro de 2014, encabeça a lista e deve ser nomeado por Michel Temer para o cargo.

Quando estiver no TSE, Carvalho Neto julgara o próprio presidente da República no âmbito do processo que pede a cassação da chapa presidencial vitoriosa de 2014, que teve início ontem, mas já foi suspenso e deve ser retomado no fim de abril.

Os outros dois ministros da lista tríplice são os advogados Sérgio Banhos e Carlos Bastide Horbach.