Homofobia: Levy Fidelix pagará R$ 25 mil por declaração sobre “aparelho excretor”



A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo manteve a condenação do presidente do PRTB, Levy Fidelix, foi multado por ‘prática de discriminação homofóbica’. Fidelix deverá pagar R$ 25.070 por ter feito declarações homofóbicas durante debate das eleições de 2014.
Do DCM

A multa foi estipulada em 1.000 UFESPs. O valor da UFESP para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017 é de R$ 25,07.

A denúncia de discriminação homofóbica foi formulada pela Coordenação de Política para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, contra Levy Fidelix.

Durante o debate de 2014, a candidata Luciana Genro (PSOL) fez uma pergunta a Fidelix sobre suas políticas para a defesa dos direitos da chamada comunidade LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, no caso de ser eleito. Na resposta, o candidato do PRTB associou a homossexualidade à pedofilia e a doenças mentais e fez uma espécie de conclamação da maioria para o “enfrentamento” da minoria sexual.


Aparelho excretor não reproduz”, disse Fidelix. “Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar – fez muito bem – do Vaticano um pedófilo.”


‘É preciso ensinar índios a pescar’, diz novo presidente da Funai



O novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antonio Fernandes Toninho Costa, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, provocou sua primeira polêmica frente ao cargo ao declarar, ao jornal Valor, que é preciso que as aldeias “sejam auto sustentáveis” e é preciso “ensinar os índios a pescar”.

Ainda na entrevista, Toninho Costa disse que o momento da “Funai assistencialista” não cabe mais. A afirmação não foi bem aceita pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). “Talvez ele pudesse inverter as palavras, deixar os indígenas ensinarem a Funai a pescar. Ele é que está chegando agora, então seria bom ensinar (a ele) o rumo, abrir o espaço para um diálogo com os povos indígenas que são aqueles que sabem para onde querem ir”, afirmou o secretário-geral do Cimi, Gilberto Vieir, em entrevista à TVT.

O secretário-geral do Cimi disse que a indicação de Toninho Costa, no primeiro momento, agradou os movimentos sociais que atuam junto aos povos indígenas e lembrou que o novo presidente da Funai viveu muitos anos em áreas de demarcação, trabalhando diretamente com os indígenas e possui comprovada formação acadêmica na área.

Entretanto, Gilberto lembra que a Funai terá dificuldade mais para atuar nas questões de saúde, educação e nos conflitos de terra em áreas críticas, como no Mato Grosso do Sul, pois a fundação atua com poucos colaboradores e um orçamento cada vez mais enxuto, por causa da política de cortes na área social promovidas pelo governo Temer. “Ele pega a Funai em um momento extremamente conturbado, na parte financeira, nas próprias iniciativas que o governo Temer tem feito, com uma portaria limita a demarcação de terra. É esse o contexto do presidente da Funai, que tem o orçamento reduzido”, explica.

O Cimi também chamou a atenção para a presença de Michel Temer, na sexta feira passada (17), no ato de posse do novo presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), agora sob o comando do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT).

A aproximação de Temer com a bancada ruralista é sinal de que cada vez mais as demandas do agronegócio terão prioridade, em detrimento dos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. “Ele (Temer) declara que quando olha para o futuro, ele olha os ruralistas, ou seja, então se você trabalha para os ruralistas, você vira as costas para os povos indígenas.”


Cimi: "Talvez ele pudesse deixar os indígenas ensinarem a Funai a pescar e mostrar para onde querem ir".



Moradia: Governo acena à classe média e deixa os mais pobres ao relento, por Sakamoto



Ninguém em sã consciência é contra ampliar crédito habitacional para a classe média poder adquirir sua casa própria. O problema é quando isso é feito em detrimento à execução de programas de habitação para os mais pobres, que são os que mais sofrem com a falta de moradias decentes.

Quando o Conselho Monetário Nacional decide aumentar, temporariamente até o final do ano, o teto do imóvel financiado com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para R$ 1,5 milhão e quando o Palácio do Planalto divulga que o financiamento do ''Minha Casa, Minha Vida'' passa a beneficiar quem ganha até R$ 9 mil mensais, não é apenas a construção civil que eles querem reativar, mas também conquistar a simpatia da classe média que anda enjoada com a quantidade de denúncias de corrupção de membros do governo federal. Hoje, o teto é entre R$ 800 e 950 mil dependendo do Estado.

Ao mesmo tempo, o governo Temer vai reduzindo o foco na política de moradia que beneficia os mais pobres. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está acampado em frente ao prédio que abriga o escritório da Presidência da República, na avenida Paulista, em São Paulo, exatamente para protestar contra essa mudança de prioridades.

Afirma que o governo não contratado novas moradias para a faixa 1 do ''Minha Casa, Minha Vida'', voltada a quem possui renda até R$ 1800,00 mensais. Essa categoria conta com um patamar elevado de subsídios e critérios mais simples para adesão – devido ao alto grau de informalidade entre os mais pobres, muitos não conseguem comprovar renda, nem dar garantias para ter um crédito bancário convencional.

Famílias que ganham até três salários mínimos representam mais de 70% do déficit habitacional, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Ou seja, a política habitacional tem sido substituída pelo crédito imobiliário, com o Estado abandonando a opção de gastar dinheiro com programas de moradia aos mais pobres para concentrar esforços em ser um grande banco para a classe média e um grande amigo das empreiteiras. Lembrando que o Estado não tem que dar lucro, mas garantir dignidade.

Por que um acampamento do MTST na avenida Paulista, exigindo recursos para programas de moradia aos mais pobres, é uma violência à cidade e um acampamento na mesma avenida, exigindo o impeachment de uma presidente é uma manifestação da democracia?

A resposta talvez passe pelo fato de terem conseguido treinar tão bem parte da classe trabalhadora para ser cão de guarda de quem a oprime que, quando se discute a necessidade de radicalizar os programas de moradia popular, alguém grita no fundo de sua ignorância a expressão que demonstra que a incapacidade de sentir empatia: ''Tá com dó? Leva pra casa''.

Tratam de forma individual e pessoal algo que deveria ser encarado como função do poder público. Afinal de contas, para além de créditos, subsídios e financiamentos, o déficit qualitativo e quantitativo de habitação poderia ser drasticamente reduzido se imóveis e terrenos vazios em nome da especulação imobiliária, muitos acumulando gigantescas dívidas em impostos, pudessem ser desapropriados e destinados a quem precisa – gratuitamente ou a juros abaixo do mercado, dependendo do nível de pobreza em questão.

Poderia. Mas não será. Porque a política habitacional no Brasil não é feita para resolver esses déficits, mas para alguém ganhar dinheiro e alguém manter poder.


270 mil assinaturas contra ida de Moraes para o STF é entregue ao Senado


Um documento com cerca de 270 mil assinaturas contra a indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal foi entregue na tarde desta segunda-feira 20 aos senadores da Comissão de Constituição e Justiça. A petição online está hospedada no site change.

Do 247

Jovens do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, foram os responsáveis pela entrega. Para os estudantes, Moraes não tem a exigida "reputação ilibada" para o cargo, além de carreira pública marcada pela truculência e pela violência da polícia e contra os movimentos sociais em São Paulo.
"Alexandre de Moraes no STF não! Senadores, não permitam que Moraes torne-se ministro do Supremo", dizia um cartaz. Entre os senadores que estiveram no ato e apoiaram o gesto estão Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Ministro da Justiça licenciado do governo Temer, Moraes será sabatinado no Senado nesta terça-feira 21 para ter o nome aprovado para a vaga deixada por Teori Zavascki no Supremo. Ele já se encontrou com senadores para reforçar sua indicação e seu currículo, chegando a ter até um jantar com senadores num barco em Brasília.

Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação.



Professor reúne obras de filósofos africanos em site educativo


Em uma das disciplinas de filosofia da Universidade de Brasília (UnB), Aristóteles, Descartes e Nietzsche perdem espaço para nomes como Achille Mbembe, Mogobe Ramose e Cheikh Anta Diop. Ministrada por Wanderson Flor do Nascimento, a aula tem como objetivo trabalhar obras filosóficas africanas.

Ciente de que o material é de difícil acesso, Wanderson resolveu, então, criar o site Filosofia Africana, em que disponibiliza gratuitamente mais de 30 livros de escritores do continente e outras 40 obras que trabalham o tema.

A reunião desses materiais passa pela coleta de textos e vídeos em veículos de pouco acesso pelas pessoas que trabalham na educação básica e, também, na tradução de materiais para uso didático, o que auxilia na construção das aulas”, explicou o professor.

A pedido do Metrópoles, Wanderson selecionou cinco obras de cinco autores africanos que ele considera essenciais e fez uma breve explicação sobre elas.

Kacio Pacheco/ Metrópole.

Pluralidade

Incentivado pela Lei 10.639, que obriga o ensino de história e cultura africana nas escolas brasileiras, Wanderson pensou no site como uma estratégia de divulgação de material para professores de filosofia. “Nos falta conhecer o que se produziu e se produz nesse continente, tão marcado pelos danosos estereótipos racistas que se construíram no Ocidente”, afirmou.

Para o professor, as reflexões africanas se misturam à filosofia ocidental e oriental, com origens que remontam ao Egito na Antiguidade. Além disso, os autores do continente fizeram uma profunda pesquisa filosófica acerca das consequências geradas pelo colonialismo – que serviram diretamente à América Latina.

“Essas buscas também ajudam a entender as nossas heranças africanas, tão constitutivas da maior parte das sociedades latino-americanas quanto as indígenas e as europeias"  Wanderson Flor do Nascimento, professor


Além de inserir os autores do continente nas aulas de “Filosofia Africana”, Wanderson utiliza algumas das obras em disciplinas como “Introdução à Filosofia” e “Filosofia e Feminismo”. “A ideia é fazer com que os meus alunos criem o hábito de ler reflexões africanas junto com outras já comuns à Universidade”, concluiu.


37 ciclistas participam da primeira etapa do IV Campeonato de MTB de Altaneira



Com participação de 37 ciclistas das cidades de Campos Sales, Crato, Juazeiro do Norte e Nova Olinda, realizou-se na manhã de ontem (19/02) na Trilha Sítio Poças a primeira etapa do Quarto Campeonato Municipal MTB de Altaneira.
Do BA

Pela primeira vez Higor Gomes venceu etapa de abertura do campeonato, as três edições anteriores foram vencidas por Lindevaldo Ferreira que ficou na segunda colocação na etapa de ontem Richard Soares chegou em terceiro.

Apenas 10 ciclistas altaneirenses participaram da primeira etapa e a Classificação no grupo Local ficou assim:
1) Higor Gomes - 6 voltas - 1h36min.12seg;
2) Lindevaldo Ferreira - 6 voltas - 1h49min.22seg;
3) Richard Soares - 5 voltas - 1h39min.38seg;
4) Bruno Roberto - 5 voltas - 1h41min.34seg;
5) Jonathan Soares - 5 voltas - 1h50min.47seg;
6) Luciano Ferreira - 4 voltas - 1h24min.40seg;
7) Raquel Guedes - 4 voltas - 1h36min.04seg;
8) Juliano Silva - 4 voltas - 1h48min.03seg;
9) Eduardo Amorim - 1 volta - 30min.40seg;
10) Raimundo Soares- 1 volta - 38min.21seg.

Dentre os visitantes o ciclista juazeirense Ruan Jacinto foi o vencedor da primeira etapa do Municipal seguido por Vanderlei Calista em segundo e Kelvyn Kleber em terceiro. Os três juazeirenses formam o pódio mais repetido da história do certame

 A Classificação do Grupo Visitantes foi a seguinte:
1) Ruan Jacinto - 6 voltas - 1h34min.50seg;
2) Vanderlei Calixta - 6 voltas - 1h49min.20seg;
3) Kelvyn Kleber - 6 voltas - 1h50min.47seg;
4) Givanildo Manoel - 6 voltas - 1h54min.50seg;
5) Agenor Júnior (Jr. Jóias) - 5 voltas - 1h41min.50seg;
6) Welton Rolim - 5 voltas - 1h46min.09seg;
7) Igor Macedo - 5 voltas - 1h49min.17seg;
8) Luis Carlos - 5 voltas - 1h50min.53seg;
9) Samuel Macedo - 5 voltas - 1h56min.20seg;
10) Evandro Alves - 4 voltas - 1h17min.16seg;
11) Allef Melo - 4 voltas - 1h23min.37seg;
12) Afonso José (Tico) - 4 voltas - 1h35min.34seg;
13) Raul Piancó - 4 voltas - 1h41min.40seg;
14) Ermeson Silva - 4 voltas - 1h41min.42seg;
15) Fabiano Alencar - 4 voltas - 1h45min.31seg;
16) Ruben Dias - 4 voltas - 1h46min.24seg;
17) Fabyano Brito - 4 voltas - 1h46min.25seg;
18) Thiago Batista - 4 voltas - 1h48min.51seg;
19) Carlos Alberto (Beto Ciclo) - 4 voltas - 1h53min.28seg;
20) João Filho - 3 voltas - 52min.47seg;
21) Cícero Menezes - 3 voltas - 1h23min.11seg;
22) Daniel Laureano - 3 voltas - 1h40min.40seg;
23) Williamy Brito - 2 voltas - 59min.10seg;
24) Geraldo Feitosa - 1 volta - 26min.22seg;
25) Baden Powell- 1 volta - 26min.58seg;
26) Marcos Morais - 1 volta - 32min.21seg;
27) Lucas de Brito - 1 volta - 1h18min.53seg;

Os ciclistas do sexo masculino são divididos em três categorias por cada grupo e os três primeiros colocados recebem medalhas, mas na categoria Júnior nos dois grupos contou com apenas um participante, Allef Melo foi o vencedor do grupo Visitante e Juliano Silva venceu pelo grupo Local. Confiram as posições nas demais categorias:

Veterano Visitante:
1) Agenor Júnior (Juazeiro do Norte);
2) Luiz Carlos (Crato);
3) Afonso José (Crato).

Veterano Local:
1) Luciano Ferreira.
2) Raimundo Soares.

Elite Visitante:
1) Ruan Jacinto (Juazeiro do Norte);
2) Vanderlei Calixta (Juazeiro do Norte);
3) Kelvyn Kleber (Juazeiro do Norte).

Elite Local:
1) Higor Gomes;
2) Lindevaldo Ferreira;
3) Richard Soares.

Na Elite Feminino apenas a ciclista Raquel Guedes participou da primeira etapa do Municipal.

A primeira etapa marcou também a inauguração da nova ponte do Circuito que foi mantido em todas as outras partes, inclusive a extensão de 4,6Km, e, do novo uniforme da equipe altaneirense patrocinada pelo empresário José Devanilton Soares, mais conhecido por Palito MegaSom.

O presidente da Câmara Municipal de Altaneira, vereador Antonio Leite, prestigiou a abertura do campeonato, mas nenhum representante do Governo Municipal esteve no local.

A próxima etapa do Municipal está marcada para o último domingo do próximo mês (26/03), na mesma hora e no mesmo local.

A mesa de cronometragem foi coordenada pelo professor Pedro Rafael, Cleodimar Rodrigues e Cicero de Sousa.

A Classificação do grupo Local no Campeonato Municipal MTB de Altaneira ficou assim:
1) Higor Gomes - 30 pontos;
2) Lindevaldo Ferreira - 26 pontos;
3) Richard Soares - 21 pontos;
4) Bruno Roberto - 17 pontos;
5) Jonathan Soares - 15 pontos;
6) Luciano Ferreira - 12 pontos;
7) Raquel Guedes - 10 pontos;
8) Juliano Silva - 8 pontos;
9) Eduardo Amorim - 3 pontos;
10) Raimundo Soares - 2 pontos;

A Classificação do grupo Visitante no Campeonato Municipal MTB de Altaneira ficou assim:
1) Ruan Jacinto - 30 pontos;
2) Vanderlei Calixta - 26 pontos;
3) Kelvyn Kleber - 22 pontos;
4) Givanildo Manoel - 18 pontos;
5) Agenor Júnior (Jr. Jóias) - 16 pontos;
6) Welton Rolim - 13 pontos;
7) Igor Macedo - 11 pontos;
8) Luis Carlos - 9 pontos;
9) Samuel Macedo - 7 pontos;
10) Evandro Alves - 5 pontos;
11) Allef Melo - 4 pontos;
12) Afonso José (Tico) - 4 pontos;
13) Raul Piancó - 4 pontos;
14) Ermeson Silva - 4 pontos;
15) Fabiano Alencar - 4 pontos;
16) Ruben Dias - 4 pontos;
17) Fabyano Brito - 4 pontos;
18) Thiago Batista - 4 pontos;
19) Carlos Alberto - 4 pontos;
20) João Filho - 3 pontos;
21) Cícero Menezes - 3 pontos;
22) Daniel Laureano - 3 pontos;
23) Williamy Brito - 2 pontos;
24) Geraldo Feitosa - 1 pontos;
25) Baden Powell - 1 pontos;
26) Marcos Morais - 1 ponto;
27) Lucas de Brito- 1 ponto.

A Classificação Geral no Campeonato Municipal MTB de Altaneira ficou assim:
1) Ruan Jacinto - 30 pontos;
2) Higor Gomes - 26 pontos;
3) Vanderlei Calixta - 22 pontos;
4) Lindevaldo Ferreira - 18 pontos;
5) Kelvyn Kleber - 16 pontos;
6) Givanildo Manoel - 14 pontos;
7) Richard Soares - 11 pontos;
8) Bruno Roberto - 9 pontos;
9) Agenor Júnior (Jr. Jóias) - 7 pontos

10) Welton Rolim - 6 pontos

Ruan e Higor vencem primeira etapa do IV Campeonato de MTB de Altaneira. Foto: João Alves.

Altaneira registra a terceira maior chuva do Estado do Ceará


Depois de 09 dias ensolarado, o município de Altaneira, na região do cariri, voltou a ter precipitações pluviométricas entre a noite do domingo (19) e as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 20.

A volta as pancadas de chuvas que tiveram início por voltas 21h30 de ontem fez com que baixasse a temperatura, dando, pois, aos agricultores e agricultoras motivos para manterem a esperança de uma quadra invernosa boa, pois voltou a chover na cidade alta em grande intensidade, além de contribuir de forma significativa para afastar o medo que paira sobre os munícipes desde agosto do ano passado de um possível racionamento de água.

Segundo dados colhidos junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) Altaneira registrou entre às 7h00 do domingo às 7h00 de hoje 105,5 mm. Até o fim desta matéria é o terceiro maior volume dentre os municípios do Estado do Ceará e o maior da Região do Cariri.

A última pancada de chuva se deu de forma tímida. 20 mm foi registrado no último dia 12 de fevereiro.

A professora Delvani Soares e o Vereador Valmir Brasil foram um dos primeiros a registrar o fato. Este último inclusive usou a rede social facebook para postar foto com a legenda “ a primeira enchente do Vale do São Romão eita coisa boa”. Já Delvani usou a mesma rede social para dizer que estava se sentido agradecido e escreveu "Deus maravilhoso chuvinha".  Outros navegantes também fizeram o mesmo com imagens e vídeos. 


Texto editado às 09h12 para atualizar informações

Quadro montado por este blogueiro a partir das fotos mencionadas na matéria.

Sociólogo Jessé Souza: “Não existiria Bolsonaro como opção viável sem a Globo”



O público não é imbecil, ele é tornado imbecil pela mídia comprada, direta ou indiretamente, para fazer este papel”. A sentença é do sociólogo Jessé Souza, ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
Do DCM

Autor de “A tolice da inteligência brasileira” e “A radiografia do golpe”, Jessé explica na entrevista a seguir, concedida ao jornalista Paulo Henrique Arantes, como e por quê pregadores do ódio ganham espaço no mundo, o papel da Globo no fenômeno Bolsonaro e a maneira como o capital financeiro se apossa do estado.

Por que a extrema-direita ganha espaço no mundo?

Eu acho que o avanço da direita tem a ver com uma relação de forças que é internacional. O capitalismo financeiro cria uma nova relação com a política que é desvalorizada para ser capturada. A política sempre foi influenciada pelo dinheiro, obviamente, mas você tinha contrapesos antes, os quais você não tem mais. O capital financeiro age globalmente, planetariamente, e a reação a ele é nacional, local, fragmentada, frágil.

O golpe no Brasil teve uma articulação internacional, foi o interesse do capital financeiro em se apropriar de tudo que possa rapinar: pré-sal, Petrobrás, destruir o capital tecnológico de empreiteiras, orçamento público, etc. Tudo com ajuda nacional da mídia e dos seus sócios internos. Dentre eles o aparelho jurídico do Estado que funcionou e funciona, com ou em consciência disso, como “advogados do capital financeiro” internacional.  O capital financeiro quer uma captura direta da política e do Estado.

O primeiro motivo é que a própria realização de lucro do capital financeiro exige e vai exigir cada vez mais desigualdade. Isso reflete numa nova forma de expropriação do trabalho coletivo que é via orçamento – aliás pago pelos pobres e apropriado pelos rentistas -, e é precisamente o que acontece no Brasil, o golpe foi feito para isso. Agora, inclusive, a ação do capital financeiro ficou mais nítida no Brasil do que em qualquer outro lugar.

Como o capital financeiro se apodera da política?

Quando ele desvaloriza a política, as instituições políticas, usando a mídia e a balela da “corrupção seletiva”, só dos políticos, escondendo a corrupção legal e ilegal do mercado que compra direta ou indiretamente a mídia e a própria política. Nesta quadra histórica, o dinheiro está se apropriando da política completamente.

A própria linguagem do dinheiro criminalizou a política. O Dória no Brasil é o melhor exemplo disso, e o Trump nos EUA, quando diz: “você deve me eleger porque eu não sou político”. Você só pode dizer isso porque a “corrupção real”, que é a do mercado, por meios legais e ilegais, é tornada invisível pela mídia.

A base de tudo tem a ver com isso: você tem que imbecilizar o público. O público não é imbecil, ele é tornado imbecil pela mídia comprada direta ou indiretamente para fazer este papel.

O populismo de direita que vemos hoje crescer no mundo todo carrega o risco de um novo fascismo?

O fascismo assumiu a forma que assumiu nos anos 30 pelas circunstâncias históricas. Eu acho que o que está acontecendo agora é sim uma forma de fascismo. Ele não precisa assumir a forma que assumiu na década de 30. Hoje ele exerce mais uma violência simbólica, “imbecilizando” o público, por exemplo, ao invés de usar majoritariamente a violência física, como o antigo fascismo, embora a violência física seja utilizada hoje em dia também.

Esses novos líderes, todos eles, têm a ver com a reação dos perdedores do capital financeiro que são a imensa maioria. O Bernie Sanders foi uma reação racional, que conseguiu forte penetração na juventude intelectualizada. O Trump é a resposta menos inteligente, emotiva, que pede um “bode expiatório”, lá os mexicanos e aqui os pobres beneficiados pelo PT, o ódio, é a linguagem fascista sobre o medo. É a versão que está ganhando aqui.

Por que o discurso populista de direita, que prega o ódio, alcance tanta receptividade?

A base do fascismo no Brasil é a classe média. A mídia manipula o falso moralismo dessa classe para que sirva de “tropa de choque” dos interesses inconfessos das elites. O grande elemento aí, que é sempre esquecido, é a mídia. A mídia é o partido da elite que rapina o país.

A mídia representa, antes de tudo, interesses, mas “tira onda” de neutra. Como esses interesses elitistas são difusos, a mídia concentra e sistematiza esses interesses e dá boca para eles. O capitalismo, o dinheiro, não tem boca – a mídia é a boca do dinheiro, então ela vai manipular o povo a partir disso.

Não há um papel positivo na atuação da mídia?

Não sei se concordo contigo. De que papel e de que mídia você se refere? Não existiria Bolsonaro como opção viável sem a Rede Globo. Você tem que lembrar, apenas para ficar num único exemplo que pode ser multiplicado milhares de vezes, como eu me lembro, do jornalista Merval Pereira, no jornal da “Globo News”, falando que vazamento ilegal não é nenhum problema real, que isso é “normal” e acontece sempre – imagine coisas assim ditas 500 vezes ao dia.

Como não existe contraposição de opiniões, você vai criando um terreno favorável a preconceitos contra os direitos individuais e, portanto, contra a própria democracia. Quando você cria o terreno, fica fácil para um cara como o Bolsonaro entrar, pois ele vai ocupar um espaço que foi “construído” para ele.

É a mesma coisa do Trump. Você criou esse discurso virulento com a criminalização da esquerda. Você criminaliza e torna suspeito todo discurso que tenta proteger os mais frágeis. E quando você criminaliza esse discurso, você abre espaço para a violência explícita. E quem fez isso foi a imprensa, não o Bolsonaro.

Dias atrás, outro exemplo entre milhares, eu vi, também na “Globo News” – que a classe média feita de tola assiste massivamente – a turma de “analistas”  dizendo no Jornal das Dez que foi Cabral quem quebrou o Rio. É uma deslavada mentira. Quem quebrou o Rio foi a mídia, comandada pela Globo, associada à Lava Jato, que destruiu os empregos da Petrobrás e de toda sua cadeia produtiva que é vital ao Rio.

Foram bilhões de reais e milhões de empregos perdidos. Depois você diz que foi a propina do Cabral. É claro que Cabral perdeu a noção das coisas. Mas o que ele roubou é uma gota nesse oceano. É assim que você produz uma fábrica de mentira cotidiana. O público não tem defesa contra isso.

Alguns políticos evangélicos não se enquadrariam entre os populistas de direita?

É claro que sim, mas eu acho que temos de separar muito bem essas coisas. O fato de esses indivíduos serem demagogos de direita não significa que toda a clientela evangélica o seja. Ela está sendo obviamente cooptada, de novo pelo trabalho da imprensa.

Como esses evangélicos são de classes populares, isso vira mais um preconceito da classe média contra as classes populares, contra a “burrice” das classes populares etc. Isso é uma coisa ruim, e falsa: em termos de inteligência, a mais burra, melhor, a mais feita de tola de todas as classes foi a classe média, que a partir de agora vai ter obrigatoriamente de pagar muito mais que pagava antes por tudo. Já está acontecendo.

Para você apoiar a destruição do Estado via captura do orçamento para o rentismo e a privatização, agora muito mais cara, dos serviços que o Estado presta, você tem que ser uma entre duas coisas: rico ou otário. É essa a questão que as pessoas que têm que responder sem medo e com sinceridade.

Mais uma vez: as pessoas não nascem tolas, elas são feitas de tolas. E para mim a fábrica da tolice no Brasil é uma mídia que se apresenta como neutra e “serviço público” para, sorrateiramente, destilar seu veneno todo dia. Ela ganha dinheiro e poder com isso e representa os interesses de uma elite predatória.

No painel, Bolsonaro no aeroporto de Recife (a dir.) e o sociólogo Jessé de Souza.