Número de crianças que trabalham caiu 1/3, aponta relatório da OIT




Menos 500 mil crianças trabalhando no Brasil. Mas ainda há 1,6 milhão para serem resgatadas

Relatório divulgado hoje pela Organização Internacional do Trabalho aponta o número de crianças que trabalham em todo mundo caiu um terço desde 2000, de 246 milhões para 168 milhões. No entanto, a própria OIT admite que a diminuição não é suficiente para alcançar o objetivo de eliminar as piores formas de trabalho infantil  - os mais penosos e danosos à saúde, que abrangem metade deste total, até 2016.

A boa notícia é que cerca de 500 mil crianças deixaram de trabalhar no Brasil em apenas três anos, um progresso que Organização Internacional do Trabalho destaca como um modelo que deve ser seguido em outras economias.

A má notícia é que, segundo os dados divulgados pela entidade o número de crianças em atividades de trabalho caiu de 2,1 milhões para 1,6 milhão, entre 2008 e 2011. Portanto, ainda estamos negando a 1,6 milhão de crianças o direito de serem crianças e de se formarem no tempo certo para o mundo do trabalho.

Neste assunto, eu ando na contra-mão de alguns setores do governo, que são flexíveis às pressões empresariais e concordam com a Lei de Aprendizagem, criada no Governo Fernando Henrique, prevendo o o início do trabalho, como aprendiz, aos 14 anos.

Se todo o controle e honradez nos processos de aprendizagem fossem seguidos, até não seria sempre desastroso. Mas as empresas querem simplesmente enfiar estes menores no trabalho, exercendo funções produtivas e sem os direitos trabalhistas dos adultos.

Uma coisa é auxilio em tarefas do trabalho das famílias, sobretudo na agricultura familiar. Outra, bem diferente, é estender isso para empresas comerciais e industriais. Aí, a idade deve passar para 15 ou 16 anos. Não falta jovem para trabalhar, mas falta empresa que queira, sinceramente, participar de sua formação e não apenas usá-la como mão de obra barata.

Via Tijolaço

Delegados de Altaneira têm propostas aprovadas na 5ª Conferencia Estadual das Cidades




Abertura da V Conferência Estadual das Cidades.
Foto: Ceza Cristovão
O Governo do Ceará, por meio da Secretaria das Cidades, realizou entre os dias 18 e 20 de setembro, em Fortaleza, a 5ª Conferência Estadual das Cidades. Para chegar à etapa estadual, aconteceram no Ceará 143 conferências municipais, quando foram apresentadas mais de cem emendas ao texto base da Política Urbana e do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano proposto pelo Ministério das Cidades. Além das emendas, ações prioritárias foram propostas para política urbana nos três níveis: local, estadual e nacional.

A 5ª Conferência Estadual das Cidades tem o tema "Quem muda as cidades somos nós: - Reforma Urbana já!". A programação dos três dias incluiu realização de palestras, apresentação de propostas por eixos temáticos e aprovação do regulamento do encontro estadual. As propostas debatidas entre gestores e sociedade civil serão levadas para a conferência nacional, que será realizada entre os dias 20 e 24 de novembro em Brasília.

Albino Alves (esquerda) e Ceza Cristovão (direita)
representam o município de Altaneira na V Conferência
Estadual das Cidades
O município de Altaneira chegou a realizar no dia 28 de maio a V Conferência Municipal das Cidades e, na oportunidade foram apresentadas várias propostas, além da eleição de delegados para representar nessa fase estadual e na subsequente.

Os Delegados Ceza Cristovão e Albino Alves, secretários de Agricultura e Meio Ambiente e da Infraestrutura, respectivamente, foram escolhidos na etapa local e participaram desta fase estadual que antecede a etapa nacional. O evento contou participação de 132 municípios e 425 delegados no Centro de Eventos de Fortaleza, Hotel Romanos, em Messejana.

Foram abordados na mesa das discussões, temas como: o Programa Minha Casa Minha vida, Formação de Conselhos Estaduais e o Estatuto das Cidades, sob perspectivas de seus Instrumentos e aplicação, mobilidade e acessibilidade urbanas, entre outros.

Segundo Ceza Cristovão o município conseguiu apresentar e aprovar das 30 propostas, 3 (três), a saber:

1 – A criação do FNDU (fundo nacional de desenvolvimento urbano) para que o mesmo seja criado imediatamente como instrumento institucional de caráter financeiro para atender aos objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), composto por rubricas especificas para as áreas de habitação de interesse social, saneamento ambiental de interesse social, transporte e mobilidade de interesse social e programa urbanos estratégicos.

2 – Captação de recursos disponibilizados pelo Governo Federal (PAC) para os municípios, sem contrapartida, para viabilidade moradias à famílias de baixa renda. Isenção de contrapartida para os municípios com população inferior a 20.000 habitantes de forma que atenda somente os pequenos municípios que possuem baixo repasse financeiro do governo federal.

3 – Ampliar e intensificar o Programa Minha Casa Minha Vida, nas áreas urbanas e rurais, priorizando as famílias de baixa e média renda e as famílias que habitam em áreas de riscos e pessoas com deficiência.

Delegados da região cariri e centro sul. O município de
Altaneira, Potengi, Crato e Jucás estiveram presentes.
 “Ao final de três dias de trabalhos, depois de uma rica jornada vivenciada por todos nós acho que demos nossa contribuição de modo favorável ao nosso município, estado e principalmente ao País. A eleição para delegados estaduais para representar a nossa região e principalmente nosso estado, mostrou que estamos no caminho certo da política social, sendo eleito delegado suplente para defender os interesses dos pequenos municípios em Brasília, dentro de uma composição de duas regiões. Cariri/Centro Sul, totalizando 42 municípios participantes, os delegados eleitos foram das seguintes cidades, Jucás, Crato, Altaneira, Potengi, lembrando que, apenas duas vagas para titular e suplente aonde todos participaram efetivamente da defesa da nossa região e melhorias para ambas na 5ª Conferencia Nacional das Cidades em Brasília no mês de Novembro”, avaliou Ceza. 

Delgado altaneirense tece críticas na III Conferência Estadual da Cultura




Cícero Chgas (Ciçô Inventor), o primeiro da esquerda para a
direita teceu duras críticas na III CEC 2013.
Com o tema “Uma política de estado para a Cultura – Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará realizou no durante três dias, 20, 21 e 22 do corrente mês.

A 3 ª Conferência Estadual de Cultura constitui etapa para a Conferência Nacional e foi precedida de conferências municipais, realizadas entre os dias 03 de julho e 10 de agosto, com a participação de 74% do total de municípios cearenses.  Ao todo, 136 municípios realizaram sua fase e que contribuíram com diretrizes para a  esta etapa estadual, vindo a eleger  654 delegados que vão definir as diretrizes e estratégias que, posteriormente, levarão para etapa nacional.

O município de Altaneira, na região do cariri, chegou a eleger na etapa local sete delegados para representar o município nesta etapa estadual na capital do estado do Ceará e na federal marcada para novembro, em Brasília. O professor Reginaldo de Sousa Venâncio e o Cícero Chagas, representante da sociedade civil foram um dos mais animados na representatividade.

Toda via, Cícero Chagas, já no primeiro dia, sexta (20), constatou falhas na organização e no andamento da Conferência, principalmente no que diz respeito a inserção dos povos negros e indígenas na etapa nacional. “Agora pouco em Fortaleza na Conferência Estadual da Cultura ao mesmo tempo que conseguimos incluir a discussão dos povos negros e ou quilombolas, dos povos indígenas e comunidades tradicionais, não conseguimos garantir um número mínimo desses povos enquanto delegados/as na Conferencia Nacional. Até quando Casa Grande e Senzala vai prevalecer”, arguiu no seu perfil da rede social facebook.

No sábado (21) Cícero teceu duras críticas, desta feita a falta de preparo da organização que não disponibilizou vagas para participantes especiais. “Outro fato triste na Conferência Estadual de Cultura do Ceará uma delegada surda muda eleita em seu município, até o momento não tem seu direito garantido na participação porque a Secretaria de Cultura do Estado não disponibilizou um profissional em Libras”, publicou.

Cícero é membro da Rede de Educação Cidadã – RECID, da Associação Raízes Culturais de Altaneira e colaborador da Associação Beneficente de Altaneira – ABA, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM . Segundo ele foram aprovadas algumas propostas referentes  ao EIXO II PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL no Ceará para a Conferência Nacional de Cultura:

Propostas Estaduais:

2.1. Criação, estruturação, ampliação e implantação de cursos de curta, média e longa duração contínuos (técnicos, profissionalizantes e de nível superior) em Arte, Cultura e Patrimônio promovidos pelo Governo do Estado do Ceará, voltados para a formação de profissionais da cultura e gestores culturais, contemplando todos os municípios cearenses.

2.2. Criação e estruturação de escolas de arte e cultura nas 14 microrregiões do Estado permitindo a formação artística, cultural, patrimonial (material e imaterial), de acordo com a necessidade de cada microrregião.

2.3. Ampliação e efetivação da parceria entre Secult, Seduc e Secretárias Municipais de Educação e Cultura para a implementação na matriz curricular do ensino fundamental e médio, assegurando formação continuada dos professores nos conteúdos: de história local, cultura e cidadania, que versem sobre a diversidade cultural brasileira, cearense e municipal, com destaque nas leis 10.639-03 e 11.645-08 e com caráter de punição aos municípios que não as cumprirem.

2.4 Garantir um espaço de transmissão de saberes e fazeres das culturas tradicionais dos mestres de cultura, grupos culturais, entre outros sujeitos dentro da escola.

2.5. Criação de programa de intercâmbio cultural do estado do Ceará garantindo a difusão de conhecimentos das manifestações artístico-culturais, tradicionais e contemporâneas que contemplem os povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais a fim de promover o fortalecimento e a divulgação das culturas municipais, bem como a valorização dos artistas populares.

2.6. Ampliação da divulgação das manifestações culturais locais e regionais através dos meios de comunicação públicos e privados (rádio, TV, Internet, jornal, etc...) e produções artísticas (livros, documentários, etc...).

2.7. Criação e manutenção de centros de cultura digital, disponibilizando cursos de informática e serviços digitais que contemplem as comunidades, artistas e grupos culturais nos municípios.

2.8. Implantação do Cinturão Digital em todos os municípios do Ceará.

2.9. Criação de cursos sobre patrimônio cultural material e imaterial que promova a valorização e preservação dos mesmos.

2.10. Criar mecanismos orçamentários de fomento e incentivo à implantação dos arquivos públicos municipais

2.11. Reformulação da Lei dos Mestres, objetivando a ampliação do número de mestres do tesouro vivo assegurando a transparência dos critérios de escolha, bem como o fortalecimento de grupos e pessoas que detenham o título de tesouro vivo para a permanência e desenvolvimento dos mesmos.

2.12. Criação e manutenção de políticas públicas de estado que valorizem e preservem a diversidade cultural nos municípios.

2.13. Manter os eventos consolidados nas regiões e descentralizar os recursos para realização de novos eventos e circulação de cursos de segmento cultural de acordo com a demanda de cada município do Ceará.

2.14. Fomento à criação, estruturação e à manutenção de grupos artísticos e culturais nos municípios, garantindo o mapeamento e a produção artístico-cultural cearense.

Propostas Nacionais:

2.1 - Ampliação e implantação de intercâmbios artístico-culturais a nível nacional e internacional e cursos de formação, técnicos, profissionalizantes e de nível superior na área de arte, cultura e patrimônio que atendam à demanda dos profissionais, artistas e gestores da cultura, em todos os níveis federativos.

2.2 - Ampliação da divulgação de conteúdo cultural nos meios de comunicação públicos e privados a fim de valorizar e promover a diversidade cultural brasileira.

2.3 - Ampliação dos programas de fomento, valorização e preservação do patrimônio artístico-cultural brasileiro que contemplem todos os níveis federativos, respeitando as especificidades locais e agregando-as ao conjunto formador da cultura brasileira.

2.4 Ampliação das políticas públicas de valorização e preservação das manifestações culturais das comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.



Vila Rica segue sem vencer no Campeonato de Futebol Amador de Altaneira



Apesar dos quatro gols, o que mais chamou a atenção no
jogo entre Portuguesa e Maniçoba foram as constantes
reclamações dos jogadores para com a arbitragem.
Foto: João Alves
A quarta rodada do 15º Campeonato de Futebol Amador do Município de Altaneira proporcionou neste fim de semana, nos jogos do sábado (21) e do domingo (22) quatorze gols. Dois a menos que na rodada anterior.

Na partida mais esperada da competição envolvendo as duas equipes que vem apresentando o melhor futebol até o momento, líder e vice-líder, não saíram de um empate. Com um bom público, Portuguesa e Maniçoba fizeram um jogo que, apesar dos quatro gols, o que mais chamou a atenção foi as constantes reclamações dos jogadores de ambas as equipes para com a arbitragem. Nenzinho foi o árbitro auxiliado por Luciano e Evandro. 

Dentro de campo, um jogo muito faltoso e com várias chances desperdiçadas. Dadazim para o Maniçoba e Orlando para a Portuguesa deixaram o placar empatado na primeira etapa. No segundo tempo, Sambô colocou os maniçobanos a frente do marcador, mas Preto empatou, dando números finais ao jogo. Com o resultado, a lusa altaneirense segue na ponta da tabela com 10 (dez) pontos, três a mais que o segundo colocado. Já a Maniçoba perde uma posição e ostenta o terceiro lugar, mesma pontuação do agora vice-líder, o Juventude. 

Foi registrado um público considerável no jogo entre
a lusa altaneirense e a Maniçoba.
A Juve soube aproveitar o mando de campo e não tomou conhecimento do Vila Rica e sapecou uma senhora goleada. Negão, Antonio, Roberto e Allef foram os responsáveis por balançar as redes do Vila e colocar o Juventude na segunda posição e no contraponto, pela quarta derrota da representante do distrito do São Romão.

Situação menos complicada vive o também representante desse distrito, o São Romão que além de ter o artilheiro da competição está com a mesma pontuação de Juventude, Maniçoba e Caixa D´Água, todos com (sete) pontos, mas no critério saldo gols há uma ligeira vantagem da juve altaneirense. Neste Domingo (22), São Romão e Caixa D’Água não saíram de um empate. Jurica balançou as redes do Caixa em duas oportunidades, chegando aos seis gols.  Jefferson e Damião marcaram para a Caixa D’Água.  

Ainda na tarde deste domingo, jogaram na sede Chelsea e Serrano. Um jogo sem grandes emoções e poucas oportunidades de gols. NA etapa final, em uma bola perdido no meio de campo, Landim avançou em direção a área do Chelsea e bateu sem chances fazendo o único gol do jogo.  Essa é a primeira vitória da equipe do Serrano deixando o Vila Rica isolado na lanterna.

Confira Classificação pós 4 jogos

1 – Portuguesa – 10 Pts
2 – Juventude – 07 Pts
3 – Maniçoba – 07 Pts
4 – Caixa D’Água – 07 Pts
5 – São Romão – 07 Pts
6 – Chelsea – 04 Pts
7 – Serrano – 03 Pts
8 – Vila Rica – 00 Pts

Delegados representam Altaneira na III Conferência Estadual da Cultura




Com o tema “Uma política de estado para a Cultura – Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará realizou no fim da tarde desta quinta-feira, 20, a abertura da III Conferência Estadual de Cultura – III CEC, que irá se desenvolver até domingo, 22.

A 3 ª Conferência Estadual de Cultura constitui etapa para a Conferência Nacional e foi precedida de conferências municipais, realizadas entre os dias 03 de julho e 10 de agosto, com a participação de 74% do total de municípios cearenses.  Ao todo, 136 municípios realizaram sua fase e que contribuíram com diretrizes para a  esta etapa estadual, vindo a eleger  654 delegados que vão definir as diretrizes e estratégias que, posteriormente, levarão para etapa nacional.

Ana Maria, Secretária Municipal de
Cultura na abertura da III CMC
O município de Altaneira, na região do cariri, chegou a realizar no dia 10 do mês passado a III Conferência Municipal da Cultura. Cerca de 150 pessoas, entre representantes da sociedade civil e do poder público participaram da palestra e das discussões de propostas para o aprimoramento das políticas públicas no âmbito nacional, estadual e municipal. Naquela oportunidade, mais de trinta propostas foram consolidadas.

A Secretária Municipal de Cultura, Desporto e Turismo, Ana Maria Rodrigues, em conversa informal nos afirmou que foi feito um enxugamento das propostas apresentadas, mas nos garantiu que a nossa luta em prol da construção de um arquivo público municipal foi inclusa e será uma das molas propulsoras da cultura altaneirense. Assim como o levantamento dos pontos turísticos de Altaneira para transformar em miniaturas/suvenis para comercialização. Além do tombamento dos bens materiais e imateriais- patrimônio histórico, cultural e natural do município, o fortalecer do diálogo entre educação e cultura, no sentido da construção de uma sociedade plural e multiétnica a partir da adequação dos currículos escolares quanto a inserção da cultura afro-brasileira e indígena nos conteúdos e trabalhados de forma sistemática, dentre outras.

Delegados eleitos na III CMC no último dia 10 de agosto
A Conferência Municipal elegeu naquela ocasião sete delegados para representar o município nesta etapa estadual na capital do estado do Ceará e na federal marcada para novembro, em Brasília. O professor Reginaldo de Sousa Venâncio e o Cícero Chagas, representante da sociedade civil foram um dos mais animados na representatividade. 

Já neste primeiro dia, Cícero Chagas teceu duras críticas as falhas na Conferência, principalmente no que diz respeito a inserção dos povos negros e indígenas na etapa nacional. “Agora pouco em Fortaleza na Conferência Estadual da Cultura ao mesmo tempo que conseguimos incluir a discussão dos povos negros e ou quilombolas, dos povos indígenas e comunidades tradicionais, não conseguimos garantir um número mínimo desses povos enquanto delegados/as na Conferencia Nacional. Até quando Casa Grande e Senzala vai prevalecer”, arguiu no seu perfil da rede social facebook.

De acordo com o coordenador do Sistema Estadual de Cultura, José Anchieta, para as discussões nesta etapa estadual optou-se por tratar do tema geral da Conferência com ênfase nas temáticas mais recorrentes das etapas municipais e sua relação com o Plano Estadual de Cultura - PEC, em fase final de elaboração. A Conferência Estadual de Cultura será mais um momento para pactuar e fortalecer a proposta do Plano Estadual da Cultura.

Seduc de Altaneira abre inscrições para 19 monitores do Programa Mais Educação




Alunos praticando Tênis de Mesa na Escola 18 de Dezembro
A Secretaria da Educação do município de Altaneira está com inscrições abertas para seleção de monitores do programa Mais Educação, nas Escolas Urbanas e do Campo, estratégia do Ministério da Educação visando ampliar a jornada escolar e organizar o currículo na perspectiva da educação integral nas escolas públicas.  Em Altaneira, os candidatos podem fazer a inscrição através da entrega de currículo na sede do órgão educacional.
Podem se inscrever estudantes de graduação dos institutos federais e das universidades públicas e particulares, bem como graduados dos cursos de Letras, Pedagogia, Matemática, Fonoaudiologia, Artes (Dança, Música, Teatro, Artes Visuais), Educação Física, Fisioterapia, Comunicação e Jornalismo, Informática, Telemática, Enfermagem, Medicina, Farmácia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Odontologia, Direito, Sociologia, Agronomia, Biologia, Engenharia Ambiental, além de estudantes de ensino médio na modalidade pedagógica e pessoas com conhecimento comprovado (saberes comunitários) nas áreas de atividades do Programa.
Estão sendo oferecidas 02 vagas para Monitores de Iniciação Musical com Instrumentos de Corda, 01 vaga para Ensino de Musica Percussão, 04 vagas para Orientação de Estudo e Leitura, 02 vagas para Monitores de Teatro, 02 vagas para Monitores de Capoeira, 01 vaga para Monitor de Judô, 01 vaga para Monitor de Canteiro Sustentável, 01 vaga para Acompanhamento Pedagógico Interdisciplinar, 01 vaga para Coral, 04 vagas para Monitores de Múltiplas Vivências Esportivas: Voleibol, Handebol, Futebol, Futsal e xadrez.
Critérios e Prazo
Esta Seleção Simplificada constará de apresentação de Currículo e Entrevista. Na entrega do Currículo cujo prazo será até quarta-feira, 25, na Secretaria de Educação, o (a) candidato (a) a Monitor (a) deverá fazer a sua inscrição optando por uma única Oficina e receberá bolsa mensal de R$ 300,00.
Maiores informações na Sede da Secretaria de Educação






Código Penal tem pontos progressistas cortados



Presos na cadeia pública no Ceará. Parecer do relator prevê
mais tempo de detenção.
Quando foi elaborado, em 1941, o Código Penal brasileiro encontrava um Brasil muito diferente do atual: as mulheres nem de longe representavam os 45,4% da população economicamente ativa do País, o divórcio estava a 36 anos de ser previsto em lei, o que hoje são organizações criminosas e associações internacionais eram chamadas de bandos (inspirados em Lampião), e o tráfico de drogas não gerava monopólios ou redes de tráfico internacionais.

A sociedade mudou. O debate também. O foco hoje é sobre o casamento gay e a legalização das drogas, pontos inimagináveis há 72 anos. Mas, em vez de promover uma reforma condizente com a realidade atual, o que se vê é um combate a reformas progressistas antes mesmo de o novo código nascer.

Enquanto o vizinho Uruguai busca, a passos largos, um Estado progressista que dê soluções para problemas crônicos, com a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez, a legalização da maconha (com o Estado controlando a produção e venda), o Brasil parece caminhar na direção oposta. A proposta da Comissão de Reforma do Código Penal, composta por 16 juristas há dois anos para a elaboração do PLS 236/2012, retrocedeu antes de ser votada nas comissões e plenário do Senado.

Seu relator, o senador Pedro Taques (PDT-MT), limou em seu relatório os pontos mais progressistas (e polêmicos) que o texto proposto pelos juristas continha. Enquanto a comissão propunha que o aborto fosse permitido até a 12ª semana de gestação, o senador manteve a permissão apenas em casos de estupros ou anencefalia. No lugar do cumprimento de um sexto da pena para a progressão de regime, foi pedido pelo parlamentar a necessidade de o réu primário cumprir um quarto para passar do fechado para o semiaberto ou o aberto. Em vez de descriminalizar uma pequena quantidade de drogas que configure uso pessoal, Taques insistiu que, neste caso, o usuário passe por um processo e cumpra penas alternativas. 

Diferentemente da proposta dos juristas, ainda, a eutanásia voltou a ser considerada uma violação da lei pelo relator, que também propôs que a pena mínima de homicídio passe de seis para oito anos, incluiu a corrupção no rol dos crimes hediondos e propôs a tipificação de novos crimes, como o de terrorismo.

“Nosso trabalho sofreu uma cirurgia para enfeiá-lo. Ao contrário de uma operação reparadora foi feita uma destruidora”, observa o advogado criminalista Técio Lins e Silva, que fez parte do corpo responsável pela reforma na legislação. “O projeto foi mutilado. Como um animal que é levado para ser castrado, retiraram dele todo o vigor para domesticá-lo.”

Para o advogado Eduardo Baker, da ONG Justiça Global, o parecer do senador preocupa, uma vez que “em vez de medidas desencarceradoras, investe em mais prisão, mais punição e tempo de pena”.

“É preocupante atender a essa demanda da sociedade por mais punição e não levar em conta as consequências disso para o sistema prisional”, lembra Baker sobre a população carcerária de quase 600 mil presos no Brasil. “Além disso, transformar um crime em hediondo não significa que ele vai ocorrer menos. Ter mais crimes hediondos, que não preveem progressão de regime, é uma forma de inchar ainda mais o cárcere, que é um espaço de produção de violência e tortura e não de socialização.”

Pressão. Apesar de o senador argumentar que seu parecer é norteado pela “proteção da vida como bem jurídico” e dizer que o Código está “adaptado à realidade histórica na qual vivemos”, há quem diga que Taques vem sendo pressionado por entidades da sociedade civil – como a Associação Pró-Vida e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – e por parlamentares conservadores e religiosos da chamada “bancada da família”.

“Sempre há soldados de plantão contra temas que representam avanços inexoráveis ao progresso”, protesta Lins e Silva. “Temos aí um retrocesso: o Código Penal, que era da década de 1940, parece estar voltando para 1920. Não esperava que começasse assim. Não nos primeiros 15 minutos do primeiro tempo.”
Depois de receber as emendas parlamentares, o projeto de reforma do Código Penal deve ir, no fim de outubro, para votação na Comissão de Cidadania e Justiça no Senado, antes de seguir para plenário.




Via Carta Capital