20 de maio de 2015

Secretaria Estadual da Cultura divulga resultado do Edital Ceará Junino 2015



A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará divulgou nesta quarta-feira, 20/5, o resultado da habilitação técnica do Edital Ceará Junino 2015. Através do Edital, foram selecionados projetos e ações, de todo o Ceará, que têm por objetivo identificar, difundir e estimular as tradições regionais cearenses voltadas para os festejos juninos do Estado.  Pelo edital, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura, investe R$ 2,6 milhões no fomento a grupos juninos, festivais regionais e para a realização do Campeonato Estadual dos festejos do Ceará Junino. Confira o resultado.

Arraiá da Escolinha Disneylandi, em Altaneira, no XII Festival
Junino como o tema: "As histórias das fadas madrinhas".
Foto: Divulgação.
Cumprindo as diretrizes de descentralização e democratização do acesso aos bens e ações culturais, de afirmação da cultura cearense e de valorização das tradições populares, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) lançou o Edital Ceará Junino 2015, destinado a apoiar festivais juninos, quadrilhas tradicionais e o Campeonato Estadual Festejo Ceará Junino. O edital atingiu recorde no número de inscrições: foram 318 neste ano, incremento de mais de 20% em relação aos inscritos para a edição 2014 do edital, que somaram 265.

Serão apoiadas pelo Governo do Estado, através do Edital, 100 quadrilhas juninas, cada uma recebendo até R$ 18.088,00. Também serão apoiados 21 festivais de quadrilhas juninas, com investimento de R$ 22.280,00 em cada um.

Em uma nova categoria incluída no edital deste ano, o Ceará Junino também selecionará uma instituição que será responsável pelo Campeonato Estadual Festejo Ceará Junino 2015. Entre as atribuições da entidade selecionada estará o acompanhamento dos Festivais Regionais de Quadrilhas Juninas e a promoção da ação de culminância desses festivais, com uma grande mostra competitiva entre as 21 quadrilhas juninas vencedoras dos Concursos Regionais.

Essa mostra incluirá programação cultural fiel às tradições juninas, feiras de comidas típicas e de artesanatos, além de apresentações de manifestações artísticas tradicionalmente populares. Para essa ação o investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura, será de R$ 323.140,00.

O Ceará é um dos estados em que o movimento junino tem mais força. O investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura, contribui para gerar as condições para que as quadrilhas, os festivais e todas as ações culturais relacionadas a esse período e essa manifestação popular tenham cada vez mais visibilidade, no nosso Estado, no Nordeste e no Brasil”, destaca o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Guilherme Sampaio.

Diálogo permanente

O lançamento do Edital Ceará Junino 2015 foi precedido de reuniões entre a equipe da Secult e dezenas de produtores, artistas e representantes de federações e entidades juninas, dando sequência aos "Diálogos Culturais" promovidos permanentemente pela Secretaria.

Durante os encontros, o fortalecimento do edital junino como instrumento da política pública de cultura no Estado foi destacado pelo secretário Guilherme Sampaio, que coordenou os debates, responsáveis por gerar diversas sugestões importantes para o aperfeiçoamento do edital e dos festejos juninos no Ceará.

Mais presença no Interior

O secretário Guilherme Sampaio reforçou a diretriz do governador Camilo Santana em reforçar a presença da Secretaria de Cultura e das políticas públicas de cultura no Interior do Ceará e o compromisso de ampliar gradativamente o investimento do Governo do Estado na cultura, até chegar ao equivalente a 1,5% do orçamento da administração estadual.

Entre os objetivos de nosso plano de governo está o aperfeiçoamento dos editais. Aperfeiçoar os critérios ali colocados, para garantir que os editais sejam um instrumento eficaz da política de cultura. Para que viabilizem recursos para a produção de eventos, mas que eles não sejam descolados da política de estado para a cultura”, ressaltou Guilherme Sampaio.

Quando lançamos um edital, o fazemos para atingir um determinado objetivo da política de cultura do Estado. Por isso promovemos as reuniões sobre o Edital Ceará Junino 2015, repetindo esse exercício do diálogo para aperfeiçoar esse instrumento importante, que são os editais”, acrescentou o gestor, frisando que sugestões recebidas nas reuniões geraram mudanças importantes no Edital Ceará Junino 2015, o terceiro lançado pela Secult neste ano.

Acadêmicos debatem racismo e referencial negro da sociedade brasileira



Com o objetivo de rever os conceitos estabelecidos pela sociedade em torno da população negra brasileira, estudantes da graduação e da pós-graduação em Direito da Universidade de Brasília (UnB) organizaram a I Ocupação Negra – Direito, Epistemologia e Raça da história das universidades federais do país. A proposta do encontro que acontece até 21 de maio, no Auditório Joaquim Nabuco, é questionar quem e como representa a população negra nos mais diversos meios. “Queremos construir nossa própria historia, o próprio referencial, valorizar nossa identidade”, disseram.


A secretária de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Givânia Maria da Silva, elogiou a iniciativa enfatizando que o termo “ocupação”, está além do ato definido pelo verbo. “Somos 53% da população do país e ainda assim, somos invisíveis na sociedade. Aqui, ‘ocupar’ tem um papel de estabelecer pertencimento e de marcar a luta no enfrentamento ao racismo e na busca por possibilidades de desenvolvimento”, disse.

Sobre o evento, a presidente da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, afirmou ser de extrema importância que debates como esses partam dos jovens em um ambiente acadêmico. “Em outros tempos, se nossas condições sociais fossem melhores, de repente tivéssemos educado melhor nossos filhos. Que bom que agora esses filhos trabalham nossas verdadeiras referências. É preciso sim interferir nos espaços da educação para que os nossos saibam exatamente quem fomos e quem somos”, enfatizou.

Estudantes do curso de direito acompanham aos debates
durante ocupação. Foto: Guilherme Crespo.
Questões de gênero
Atenta aos recortes comuns em outras instituições e espaços de debates, a estudante do sétimo semestre de Direito da UnB, Juliana Lopes, chamou a atenção ao fato de a mesa ser composta, em sua maioria por mulheres negras. “São um espelho, onde quero me ver refletida num futuro próximo”, disse, recordando as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, especialmente as negras, em alcançar status e posições estratégicas no mercado de trabalho e nos setores do governo.

Ela ressaltou a necessidade de mais debates sobre as temáticas raciais e de gênero nos diversos meios sociais, porém, questionou a ausência do público não-negro ao evento. “É um espaço aberto ao diálogo, seria importante a participação de todos”, disse. De acordo com a estudante, todas pessoas deveriam se sentir tocadas para a importância da temática e contribuir para a reconstrução de uma história que é de toda a sociedade.

Injúria racial X racismo

O sociólogo e especialista em direitos humanos Ivair Augusto Alves dos Santos, falou que o maior problema do Brasil está na prática do racismo institucional de maneira velada. "Para tudo agora é usado o termo ‘injúria racial’, aquele que é prescritível e afiançável. O país tem 92% dos casos de racismo enquadrados como sendo injúria”, afirmou.

Segundo ele, esta é uma forma de atenuar ou excluir a responsabilidade do autor sobre suas atitudes racistas. Santos alerta que é importante que a área de Direito esteja atenta às novas maneiras encontradas pelo percentual racista da sociedade abordar a questão. “Existem leis de combate ao racismo mas, o Estado trata como se injúria e racismo fossem a mesma coisa. As pessoas não cumprem suas penas devidas e o país continua racista”, completou.

Recordando as lutas de antepassados e contemporâneos, Santos ressaltou que a ocupação do meio acadêmico por estudantes negros marca um momento histórico. “Deve ser registrado como uma nova luta contra o racismo e ter continuidade. Este foi só o primeiro passo e vai depender de vocês que a população negra evolua na sua luta por direitos”, concluiu.

Racismo velado

Ao final do primeiro dia do encontro da I Ocupação Negra da Faculdade de Direito da UnB, o professor negro Manoel Neres, da área de História da Universidade Católica de Brasília (UCB), passou por um constrangimento no estacionamento do prédio onde aconteceu o debate. Abordado por três policiais do campus, em uma viatura de polícia, foi intimado a explicar o que fazia sozinho tão perto dos carros.

Na ausência de resposta imediata, foi mais uma vez indagado por um dos policiais se ele tinha um carro que justificasse sua presença no local. Uma amiga e funcionária da Fundação Palmares, a quem o professor aguardava respondeu de imediato: “Se para estar no estacionamento é requisito ter um carro, estamos no mesmo veículo, estacionado aqui”.

Frustrado com a circunstância, Neres perguntou educadamente: “Caso eu estivesse sozinho, haveria algum problema?”. Sem respostas, os policiais fecharam os vidros da viatura e se retiraram. “Isso mostra como nossa sociedade ainda é despreparada para lidar com a questão racial. Nunca imaginei passar por esse tipo de situação dentro de uma universidade”, completou.

No mesmo estacionamento, haviam pelo menos cinco pessoas na mesma condição de Manoel Neres, aguardando ou conversando com alguém. Nenhuma, além dele e de sua amiga, era de pele negra. Nenhuma foi abordada!

Os debates do encontro seguem até o dia 21 de maio, no Auditório Joaquim Nabuco da Faculdade de Direito/UnB. Para participar, não é necessário inscrição.

19 de maio de 2015

Projeto ajuda alunos a valorizar papel da mulher e evitar exposição na internet



No Centro de Ensino Fundamental 12 em Ceilândia, no Distrito Federal, os alunos do 9º ano aprendem por meio da valorização do papel da mulher a evitar práticas como sexting, o compartilhamento de imagens ou gravações íntimas por meio de aplicativos ou rede sociais.

O projeto teve início quando a professora de português Gina Vieira Ponte de Albuquerque decidiu criar uma página em uma rede social como ferramenta pedagógica e para conhecer melhor os alunos. A educadora ficou surpresa quando uma das alunas postou um vídeo dançando com pouca roupa e com um forte apelo sensual. ”Me incomodou que ela se sentisse valorizada com os comentários grosseiros deixados na postagem”, disse Gina.

Esse episódio deu surgimento ao projeto de valorização da mulher e incentivo à leitura Mulheres Inspiradoras. Os alunos leram livros como Eu sou Malala, o Diário de Anne Frank e Quarto de Despejo, que mostram exemplos de mulheres fortes, de diferentes classes sociais, cor da pele, nível de alfabetização e nacionalidade. Os estudantes também conheceram biografias de mulheres que lutaram por uma causa e que fugiam do estereótipo de objeto sexual.

Para finalizar o projeto, os alunos foram convidados a escrever a história de mulheres de sua convivência que os inspirassem, como mães e avós.

Segundo ela, muitos alunos conheceram suas origens e a luta pela qual passaram mulheres de sua própria família. “Nós ficamos surpresos com a beleza das histórias, foram mais de cem, e que são o retrato daquela comunidade. Histórias de mulheres que foram abandonas por parceiros, que viviam situação de violência ou que saíram da zona rural, contadas por filhos e netos.”

Além de refletir sobre os casos de exposição como o sexting e sobre o conteúdo seguro para internet, a professora também aplicou um questionário para saber o que eles acessam na rede e o motivo de utilizarem as redes sociais. Na opinião dela, ao decidir postar um selfie com conotação sexual os alunos não tem consciência dos riscos envolvidos.

Mateus Lucas de Araujo, 15 anos, diz que os meninos que espalham fotos das namoradas “querem aparecer” o que, para ele, é uma forma de machismo. “Ele só quer crescer entre os amigos”, avalia. Já a aluna Larissa Dantas, 13 anos, diz que o conceito de privacidade mudou. “Hoje em dia, com esse avanço da tecnologia, Whatsapp, Facebook, a nossa vida se tornou um livro aberto porque você posta fotos com seu namorado e acaba mostrando para todo mundo.”

Para a professora, é missão da escola ajudar a refletir sobre os problemas cotidianos. “A escola fechada em si mesma, voltada apenas para o conteúdo dos livros, não serve para a complexidade do que estamos vivendo. A escola deve  ter mais do que um compromisso para aprovação no vestibular. Ela não pode se furtar da responsabilidade de trazer esses temas para a sala de aula.”

O projeto Mulheres Inspiradoras recebeu, do Ministério da Educação, o Prêmio Nacional de Educação de Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil.

18 de maio de 2015

Publicado pelo MEC edital com novas regras do ENEM 2015



O Ministério da Educação (MEC) divulgou na manhã desta segunda-feira, 18 de maio, o Edital da edição de 2015 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições começam às 10h do dia 25 de maio e poderão ser feitas até o dia 5 de junho. A taxa poderá ser paga até às 21h59 de 10 seguinte. O documento foi publicado no Diário Oficial da União.


O documento contém as principais datas, as instruções para a prova e seu conteúdo, além das regras para a participação no Enem. O cronograma foi anunciado em entrevista coletiva realizada na última quinta-feira, 14 de maio. A expectativa é de 9 milhões de inscritos.

Provas

As provas serão realizadas em 24 e 25 de outubro, sábado e domingo, respectivamente. O primeiro dia, com duração de quatro horas e trinta minutos, será composto pelos testes objetivos de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. No segundo, com tempo máximo de cinco horas e trinta minutos, os estudantes responderão questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias, além da Redação.

Estatísticas

O Enem 2015 será realizado em 1.714 cidades brasileiras, contando com 18,9 mil locais de provas. Serão 80 mil malotes, com 13,8 mil rotas de distribuição, e um total de 850 mil colaboradores envolvidos em todas as etapas do Exame.

Mudanças

O edital do Enem 2015 traz as mudanças já anunciadas pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, dia 14. As mudanças objetivam dar maior segurança na aplicação do exame, economia de recursos, diminuir o número de faltas e dar maior tranquilidade para os estudantes no momento das provas. Abaixo você confere as principais alterações no Exame.

Taxa de inscrição

Nos anos anteriores: Desde 2004, a taxa de inscrição paga pelos participantes era no valor de R$ 35.

A partir de 2015: A taxa sobe para R$ 63, após 11 anos sem reajustes. No entanto, a isenção permanece para estudantes que estejam matriculados no 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas ou que declarem carência.

Isenção

Nos anos anteriores: Os estudantes do último ano do Ensino Médio em escolas públicas, assim como os participantes que declaravam carência, eram isentos da taxa de inscrição em qualquer edição, independente de não participarem em um determinado ano e se inscreverem novamente no próximo.

A partir de 2015: Estudantes isentos que se inscreverem e não comparecerem aos dois dias de prova perderão o benefício na próxima edição em que se inscreverem.

Início das provas

Nos anos anteriores: As provas começavam às 13h, assim que os portões eram fechados.

A partir de 2015: Os portões serão fechados às 13h, mas as provas só serão aplicadas a partir das 13h30.

Inscrição

Nos anos anteriores: O estudante se cadastrava no site, informando nome completo, endereço, e-mail (que poderia ser utilizado em mais de um cadastro) e CPF.

A partir de 2015: Além dos itens exigidos anteriormente, o estudante deverá informar número de celular e telefone fixo e criar pergunta e resposta de segurança. Outra mudança está relacionada ao e-mail, o qual passará a ser utilizado apenas para um cadastro, ficando proibida a utilização por mais de um estudante.

Acessibilidade

Nos anos anteriores: Os participantes deviam indicar se eram deficientes visuais ou não.

A partir de 2015: Será incluida entre as opções a visão monocular (quando a pessoa enxerga apenas com um olho), dando aos estudantes o acesso às provas ampliadas ou em braille. Além disso, contarão também com ledor e transcritor, recursos que também serão disponibilizados aos participantes com discalculia (dificuldade em fazer cálculos).

Segurança

Nos anos anteriores: Os malotes eram abertos às 13h e sem a presença dos estudantes.
A partir de 2015: Os malotes serão abertos apenas no momento das provas, às 13h30, na presença dos estudantes, dentro de sala de aula.

Cartão com os Locais de Prova

Nos anos anteriores: O Cartão com os Locais de Prova era enviado pelos Correios e também ficava disponível no site oficial.

A partir de 2015: O Cartão não será mais enviado pelos Correios, ficando disponível apenas no site para download.

TV Record e Rede Mulher são condenadas por ofender religiões de origem africana em sua programações



Este é um divisor na história de abusos da mídia, as emissoras de TV Record e Rede Mulher foram condenadas pelas ofensas às religiões de origem africana em suas programações. A pena é a produção de quatro programas de televisão, cada uma, em direito de resposta. Cada programa deverá ter a duração mínima de 1 hora e as emissoras deverão disponibilizar seus espaços físicos, equipamentos e pessoal técnico. A decisão é um marco na luta do respeito às culturas afro-brasileiras e do Estado Laico.

O direito de resposta foi concedido pelo juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Federal Cível em São Paulo, em ação do Ministério Público Federal (MPF), do Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (CEERT), que alegava que as citadas religiões vêm sofrendo constantes agressões em programas das emissoras, o que é vedado pela Constituição.  No MPF, a procuradora da República Eugênia Gonzaga foi quem encabeçou a denúncia, continuada pelo procurador Sergio Suyama.

O juiz proferiu que as empresas de radiodifusão são nada menos que um “longa manus (executor de ordens) do Estado" e, como o próprio Estado, "deve se comportar no cumprimento das regras e princípios constitucionais legais”. Entre as obrigatoriedades da nossa Constituição, Djalma Gomes lembrou "a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação", além do "pleno exercício dos direitos culturais, protegendo as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras". Também previsto na Carta Magna, "em caso de ofensa, é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo".

Em programas mencionados na ação do Ministério Público Federal, pessoas que se converteram à Igreja Universal, mas que antes eram adeptas às religiões afro, foram tratadas como “ex-bruxa”, “ex-mãe de encosto” e acusadas de terem servido aos “espíritos do mal”.

Os fatos imputados na inicial estão comprovados e são, ademais, incontroversos", afirmou o juiz, decidindo pela exibição duas vezes de cada um dos quatro programas, totalizando oito transmissões, em horários correspondentes aos em que foram praticadas as ofensas. Os programas deverão ter um espaço de sete dias entre um e outro, e precedido de no mínimo três chamadas aos telespectadores, na véspera ou no próprio dia de exibição - uma pela manhã, outra à tarde e outra à noite.

"Serão feitos pelos autores os esclarecimentos por eles considerados importantes por serem capazes de promover o restabelecimento da verdade segundo práticas e tradições de tais religiões", completou o magistrado. A ação também julgou por uma multa de R$ 500 mil por dia dia de atraso na produção ou exibição dos programas.

Sob a tutela do conceito desvirtuado de liberdade de imprensa, os abusos da mídia, manifestados em grande maioria pelos crimes difusos - contra religiões, saúde pública, direitos da infância e adolescência, por exemplo, e segmentos afastados da sociedade - foram freados na decisão da Justiça Federal de São Paulo.

Lembrou o juiz que o ato das rés "é potencialmente capaz, em tese, de desencadear várias consequências nos âmbitos administrativo, da responsabilidade civil e até mesmo na esfera criminal". Mas atentando-se especificamente na responsabilidade civil, com ponto no Direito de Reposta.

Explicou o magistrado:



ARCA e Nice fará final inédita no Campeonato de Futsal de Altaneira


O final de semana foi de grandes emoções no futsal altaneirense. Depois quase um mês de disputa envolvendo doze equipes, restaram apenas quatro para a disputa das semifinais.  A exemplo da nona edição há dois anos, Altacity, ARCA, Juventus e Nice entraram em quadra decididos a seguir adiante na competição.Na noite deste domingo, 17, Altacity e Juventus entraram em quadra sendo apontados como favoritos não só por terem editado a última final, mas principalmente pelo que fizeram nessa edição.

Altacity (da esquerda) e ARCA (da direita) se enfrentaram
neste domingo, 17, nas semifinais do X Campeonato de Futsal.


O que ambas as equipes não esperavam, talvez até sim, era dois adversários determinados a não disputarem mais uma vez a consolação de ostentarem a posição de terceiro lugar. Na primeira partida da noite, o atual campeão Altacity enfrentou a boa equipe da ARCA. Depois dos primeiros minutos do tradicional repeito e reconhecimento de que tipo de jogo o outro iria adotar, o Altacity abriu o marcador com Landim. A equipe adversária não se abalou e em poucos minutos virou o placar indo para a etapa final vencendo por 3 a 1 com dois gols de Cicinho e um de Boião. 

Na volta para o segundo tempo, a ARCA recuou e levou o segundo gol. Sem desespero, os arqueiros continuaram bem postado e logo fizeram o quarto com Cicinho novamente. Lindevaldo ainda descontou de falta para o cityanos, mas Cicinho fez o seu quarto gol e o quito da sua equipe. O placar de 5 a 4 retratou o que foi o jogo – emocionante e com as duas equipes fazendo o que deve ser feito, jogar limpo e com respeito ao adversário. Essa é a primeira vez que a ARCA disputará o título do campeonato. O sonho dos meninos cityanos de disputar o bicampeonato ficará para a próxima edição.

Na mesma situação de favoritismo estava a Juventus diante do Nice. Para quem esperava um jogo bom e com muita disposição não se surpreenderam. Porém, os que acreditavam no poder de envolvimento da Juventus e a passagem para a final, não gostou muito do que viram. Com um placar de 2 a 2 no tempo normal, a disputa por quem iria enfrentar a ARCA no próximo domingo foi para os penaltys. Melhor para o Nice que venceu por 3 a 1.


17 de maio de 2015

Vasco volta a tropeçar e só empata diante do Figueirense em Florianópolis


A ressaca após título do Carioca parece ainda permanecer. Pela terceira vez consecutiva, o Vasco acumulou um empate, desta vez com o Figueirense, em 0 a 0, neste domingo, em Florianópolis (SC), pelo Campeonato Brasileiro.

O Cruzmaltino foi soberano na partida, mas não soube traduzir sua imposição na partida com gols. Antes do duelo no Orlando Scarpelli, a equipe de São Januário já havia empatado contra o Goiás, na estreia do Nacional, também em 0 a 0, e diante do Cuiabá, pela Copa do Brasil, em 1 a 1.

Imagem capturada do vídeo retratando os melhores momentos entre Figueirense e Vasco. Do site do globo esporte.
Fases do jogo: O Vasco teve um amplo domínio no primeiro tempo. O time teve grande volume de jogo e cadenciava a partida na troca de passes. Ao menos quatro boas oportunidades de gol foram criadas, mas foram impedidas pelas mãos do goleiro Alex, que fez grandes defesas e se destacou.

Na etapa final, o Cruzmaltino continuou tendo o controle do jogo, mas ficou nítida a falta de qualidade para construir a vitória. O técnico Doriva ainda tentou melhorar a posse de bola colocando o meia Bernardo, mas o jogador não traduziu as expectativas em gol.

O melhor – Alex: O goleiro do Figueirense fez jus ao apelido de Muralha e fez grandes defesas, sendo um tormento para os jogadores do Vasco.

O pior – Rodrigo: Um dos destaques da temporada, o zagueiro não esteve bem em Florianópolis, cometendo falhas e quase entregando um gol ao Figueirense.
Chave do jogo: Faltou ao Vasco qualidade no passe no meio de campo. O Cruzmaltino insistiu na ligação direta entre defesa e ataque e isso dificultou na criação de jogadas.

Para lembrar: Em boa presença, a torcida do Vasco chamou a atenção com uma bandeira com o desenho do presidente do Uruguai, José Mujica.

Alunos e professor coordenador de curso da EEEP Wellington Belém desenvolve projeto de educação financeira


Seis alunos do curso técnico em finanças (2º Ano B) da Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, sediada em Nova Olinda, mas que atende a dois outros municípios – Altaneira e Santana do Cariri – estão desenvolvendo o projeto Educação Financeira: dificuldade no planejamento financeiro dos jovens.

Alunos e professor coordenador durante execução do Projeto
Educação Financeira. Foto; profª. Lucélia Muniz.
O projeto vem sendo contruído a partir de pesquisas dos (as) alunos (as) Aline Matos de Lima, Camila Maria Felix Rosas, Cicera Thayná Lima Diniz, José Mateus Gomes Barbosa, Nataniele de Jesus Santos e Siósnei Paz Nunes e conta com a orientação do professor Renan Diniz Araujo, que ora está na coordenação do curso. Segundo informações do blog da escola, o mesmo tem como finalidade ilustrar por meio de dados o desenvolvimento da educação financeira dos jovens, não consistindo, porém, somente em poupar, cortar gastos, economizar, mais sim, buscar uma melhor qualidade de vida, tanto hoje quanto no futuro.

Quanto a metodologia, o ensaio científico foi construído com base em material já elaborado, constituído principalmente de artigos obtidos através de pesquisas realizadas pela internet. Segundo seus idealizadores a intenção é contribuir para melhorar na execução do orçamento da juventude, uma vez que a grande dificuldade dos jovens encontram é em administrar seu próprio planejamento financeiro. Para tanto, houve uma pesquisa quantitativa onde foram abordadas as opiniões de estudantes, professores, servidores e empresários dos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri, por meio de um questionário contendo perguntas diretas e indiretas.

O foco, no entanto, não é a busca incessante por riquezas, mais sim a melhoria de atitude e um planejamento financeiro mais saudável, afirmaram os protagonistas do ensaio. Diante desse cenário, no último dia 08 de maio, os integrantes do projeto apresentaram o mesmo aos alunos do 1º Ano do Curso Técnico em Finanças com o propósito de transmitir suas experiências e resultados obtidos e vivenciados.  Aqui, foi apresentado um questionário contendo perguntas voltadas ao tema e desempenho do grupo, no qual foi representado estatisticamente em gráficos suas respostas.

Vale destacar que iniciativas como essas contempla o aprendizado coletivo e se firma no protagonismo, onde os jovens estudantes, conduzem e dão continuidade aos projetos desenvolvidos nesta unidade de ensino.

Confira outras fotos