2 de março de 2014

Da senzala para o cartão postal: minha carne não é do seu carnaval



Atualmente um fato específico causou grande polemica no que se refere à contribuição da mídia brasileira para manutenção e reforço da erotização da mulher negra, que foi o concurso para eleição da “Globeleza”, onde se inicia a “caça as mulatas” para representar a propaganda de uma das maiores festas do país, o carnaval. 

Esta é a única vez onde a beleza da mulher negra, reduzida a região inferior traseira, ganha vez na televisão para anunciar o produto bom, bundudo e barato ofertado para o entretenimento dos foliões estrangeiros que movimentam a economia turística do país. No resto do ano, sabemos bem o espaço que a televisão brasileira nos reserva: a cozinha ou a prisão.

Nós, mulheres negras, lutamos com livros, unhas e dentes buscando escrever nossa história para além da relação sexual com seu senhor, buscando superar o titulo de “vadia” que nos tatuaram a pele e que nos apresenta como objeto legitimador da escravidão atenuada.

Convivemos cotidianamente com diversos tipos de violência associados a esta imagem mercantilizada do nosso corpo, patrocinada e propagada pela mídia brasileira. Esta violência é de ordem moral, uma vez que a nós difama e fere nossa honra e reputação; é física ao por em risco a integridade de nosso corpo, já que somos tidas como “disponíveis”; e também psicológica, por implicar diretamente na percepção que temos de nós mesmas e interferir no nosso comportamento afetivo e sexual que se ampara nessa cruel identidade hipersexualizada em que somos vistas e que muitas vezes acaba implicando no reflexo que vemos no espelho.

Tirem seus rótulos do meu corpo negro!


A análise é do Grupo de Mulheres Negras do Cariri Cearense e foi publicado originalmente no Pretas Simoa

Tucano traduz o “vamos assustar”: “é preciso materializar o mal-estar”



O senador tucano Aloisio Nunes Ferreira, hoje, no Estadão, diz o que falta para Aécio Neves “deslanchar”.





Então, tá: o jogo é assim.

A máquina de comunicação, com a ajuda providencial de um mix de “coxismo” e ultraesquerdismo, coloca os brasileiros numa situação de “mal-estar”.

A inflação não explodiu, mas vai explodir.

O desemprego caiu, mas vai aumentar.

A economia não parou de crescer, mas vamos ter recessão.

A Petrobras montou num mar de petróleo, mas vai falir.

A tarifa de luz baixou, mas vai faltar energia.

As nossas seculares carências em matéria de saúde, educação, transportes,já têm uma razão óbvia: é a Copa!

Não sei como não percebemos isso nos 514 anos de Brasil sem Copa!

Ah, não esquecendo que José Dirceu, Genoíno introduziram no país o uso de dinheiro de caixa-2, porque antes deles, imagine, ninguém tinha feito isso,  nem sequer nas milionárias transações da privatização.

E então, neste cenário de caos e degradação, quem surge para nos salvar?

Aécio Neves, o estadista que iluminará o caminho de um tempo novo!

O riso é inevitável.

Mas, exceto pelo “último ingrediente”, os demais componentes da “fórmula tucana” fazem parte da ração diária de “informação” que é dada ao povo brasileiro, reconheçamos.

Até porque é quase completo o silêncio do Governo sobre tudo o quanto se faz na mídia.

Parece que o comando político da administração acha que o povo se esclarecerá sozinho.

Talvez, se estivéssemos numa quadra econômica exuberante, mas não estamos.

E o povo não terá informação “usando o controle remoto para mudar de canal”.

Até porque não há outro canal para mudar.

Nem outro jornal para comprar.

Mal e porcamente um ou outro entrevistado – não os do Governo, que em geral, gaguejam e concedem – ou os blogs ditos “sujos”, destes que vivem pedindo colaboração dos leitores, porque são excluídos da programação de publicidade ou, no máximo, recebem algumas migalhas, fazem o contraponto à máquina de publicar desgraça que se tornou a mídia brasileira.

Polêmica, zero, ou quase zero, porque depende de Lula resolver falar ou de um dos raros momentos que Dilma o faz de forma mais contundente.

Estamos preocupados em “recuperar a confiança do mercado”.

E a da população?

Ela nunca falta, quando o governo age, como no Bolsa-Família, no Mais Médicos, no pré-sal, no Minha Casa, Minha Vida, no Pro-Uni…

É evidente que é preciso restaurar um clima de confiança na economia, mas isso não se fará apenas dizendo que o Brasil cumprirá as metas econômicas que o “mercado” exige, até porque em geral as cumpre e, para isso, não depende só de sua vontade.

É preciso restaurar o clima de confiança na economia naqueles que são a sua maior fonte: o povão.

Não foi assim que Lula “peitou” o tsunami de 2008/2009? Não foi fazendo a imensa força do povo mover a economia num contraciclo à crise mundial?

Ah, mas não tínhamos uma inflação no nível da de hoje…

Pois, senhores e senhores, a inflação de 2008 ia pelo mesmo caminho de alta e, se não fosse a queda abrupta de novembro e dezembro certamente teria estourado o teto da meta, de 6,5%, depois de ficar dois anos abaixo dos 4,5% que os economistas conservadores creem ser o ponto de equilíbrio. Ainda assim, fechou 2008 em 5,9%, o mesmo de 2013.

Como diriam os jornais, hoje: uma alta de 32,5% sobre os 4,45% de 2007 e quase 100% sobre os 3,14% de 2006!

Porque a batalha por corações e mentes que marca uma eleição, se não está boa para quem, na oposição, não é capaz de “materializar o mal-estar”, também não está boa para quem, do lado do governo, precisa do contrário, que é de encher de espírito e objetivos as nossas conquistas e, com o apoio do país que sonhe e deseja o bem estar que eles sempre nos negaram, tenha forças para enfrentar as dificuldades.

Mas fora da caixinha mental onde nos tentam nos prender, com seus economistas de lápis vermelho sobre as orelhas e políticos que dizem que o Brasil não pode dar certo sozinho, mas deve se agarrar ao capital salvador do mundo.

Nesta caixinha, nunca houve surpresas: dela o Brasil sempre saiu fraco e submisso, com um mal-estar que se materializa sem políticos.

Que está no rosto de na vida sofrida de milhões de nossos irmãos, que são uma incômoda imaterialidade para nossas elites.

A análise é de Fernando Brito e foi publicado originalmente no Blog Tijolaço

1 de março de 2014

Serra plantou ódio e o Brasil colhe preconceito



A campanha conservadora movida pelos tucanos, a misturar religião e política, trouxe à tona o lodo que estava guardado no fundo da represa. A lama surgiu na forma de ódio e preconceito. Muita gente gosta de afirmar: no Brasil não há ódio entre irmãos, há tolerância religiosa. Serra jogou isso fora. A turma que o apoiava infestou a internet com calúnias. E, agora, passada a eleição, o twitter e outras redes sociais são tomadas por manifestações odiosas.

E nós devemos estar preparados, porque Serra fez dessas feras da direita a nova militância tucana. Jogou no lixo a história de Montoro e Covas. Serra cavou a trincheira na direita. E o Brasil agora colhe o resultado da campanha odiosa feita por Serra.

Desde domingo, muita gente já fez as contas e mostrou: Dilma ganharia de Serra com ou sem os votos do Nordeste. Não dei destaque a isso porque acho que é – de certa forma – uma rendição ao pensamento conservador. Em vez de dizer que Dilma ganhou “mesmo sem o Nordeste”, deveríamos dizer: ganhou – também – por causa dos nordestinos. E qual o problema?

E deveríamos lembrar: Dilma ganhou também com o voto de quase 60% dos mineiros e dos moradores do Estado do Rio.E ganhou com quase metade dos votos de paulistas e gaúchos.

Parte da imprensa – que, como Serra,  não aceita a derrota e tenta desqualificar a vitoriosa -  insiste no mapinha ”Estados vermelhos no Norte/Nordeste x Estados azuis no Sul/Sudeste”. O interessante é ver - aqui - a votação por municípios, e  não por Estados: há imensas manchas vermelhas nesse Sul/Sudeste que alguns gostariam de ver todo azulzinho.

No Sul e no Sudeste há muita gente que diz: “não ao ódio”. Se essa turma de mauricinhos idiotas quiser brincar de separatismo, vai ter que enfrentar não apenas o bravo povo nordestino. Vai ter que enfrentar gente do Sul e Sudeste que não aceita dividir o Brasil.

Serra do bem tentou lançar o Brasil no abismo. Não conseguiu. Mas deu combustível para esses idiotas. Caberá a nós enfrentá-los. Com a lei e a força dos argumentos.

Via Escrevinhador

28 de fevereiro de 2014

II Congresso da ABRAÇO Ceará é adiado



A associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Ceará - ABRAÇO Ceará publicou nesta quinta-feira, 27, em seu site, que o II Congresso Estadual das Rádios Comunitárias está programado para ocorrer no próximo dia 14 de março no Sesc Centro de Fortaleza das 8h às 18h e que está recebendo sugestões de temas a serem discutidos na programação.

De acordo com a publicação, as sugestões a serem discutidos no Congresso é uma forma de democratizar o evento desde sua organização que terá como propósito discutir junto as representações das rádios comunitárias a renovação da diretoria de suas associações e planejar suas ações para o próximo triênio. 

Reunião que definiu os participantes da Rádio Comunitária
Altaneira FM para o II Congresso.
O Informações em Foco registrou em publicação no dia 20 do corrente mês que o evento ocorreria nesta sexta-feira, 28, conforme anúncio feito no próprio site da ABRAÇO – CE. Foi registrado também que o no último dia 16 de fevereiro, em reunião da diretoria da Associação Beneficente de Altaneira (ABA), entidade responsável pela manutenção da Rádio Comunitária Altaneira FM, ficou acordado que as locutoras Elenice Pereira, do programa “Eu Te Conto” e Michele Alves, do “Tarde Mania” representarão esse veículo de comunicação no congresso. Além delas, Cícero Chagas, do Conselho Fiscal também irá.

A diretoria da ABRAÇO Ceará informou que o adiamento se deu em atendimento a solicitações das filiadasMovimentos sociais e representantes do Ministério da Comunicação e da Anatel estarão presentes. 

Na oportunidade, além da eleição da nova diretoria, serão eleitos os delegados para o Congresso Nacional da ABRAÇO que será realizado em abril do corrente ano, em Brasília.

Para enviar sua sugestão, basta mandar um e-mail para abracoceara@gmail.com ou publicar na página facebook.com/abracoceara.



27 de fevereiro de 2014

O sarcófago do Real



O PSDB reuniu seus próceres e alguns convidados ilustres, como os governistas de sempre, Renan Calheiros e Romero Jucá, para comemorar os 20 anos do Plano Real.

Atordoado com o indiciamento e a renúncia de Eduardo Azeredo (deputado do PSDB-MG); atropelado pelo escândalo da Siemens e chamuscado com o fio desencapado do caso Alstom; com a garganta seca pelo susto de uma crise de racionamento de água em São Paulo; enfim, com uma avalanche de notícias ruins, era preciso mudar de assunto.

Que tal como comemorar, pela enésima vez, mais um aniversário do Plano Real?

A celebração, embora feita no Senado neste dia 25, teve como referência o 27 de Fevereiro de 1994, data em que foi publicada a certidão de nascimento do Plano Real.

A Medida Provisória nº 434, assinada pelo presidente Itamar Franco, criava a Unidade Real de Valor (URV) e previa sua posterior substituição por uma nova moeda, o Real - o que viria a ocorrer em 1º. de julho daquele ano.

Aécio aproveitou o aniversário para criticar a política econômica do governo Dilma Rousseff. É seu foco principal, quase exclusivo.

Sua crítica mais ácida é que Dilma não respeita o tripé que sustenta o Plano Real: o cumprimento das metas de inflação, o câmbio flutuante e a manutenção de um superávit primário elevado.

É difícil saber por que os tucanos reclamam. Das três vezes em que a inflação superou o teto da meta, duas foram no governo FHC (2001 e 2002).

O câmbio flutuante só foi implantado por FHC em seu segundo mandato, de uma forma tão atabalhoada que gerou a crise econômica mais aguda que o Real já atravessou.

O Superávit primário foi sempre maior nos governos de Lula e Dilma do que ao longo do governo FHC (a página do Banco Central na internet traz as séries históricas que permitem fazer todas essas comparações).

Os tucanos reclamaram, na solenidade, que o PT não apoiou o Plano Real e não reconheceu o "legado" de FHC. De fato, o PT foi contra o Plano Real e carimbou de “herança maldita” a situação que recebeu em 2003.

Mas é fácil explicar a posição do PT. É isso o que se espera de um partido de oposição: que se comporte como oposição.

Difícil é entender que o próprio PSDB não tenha defendido o Real, com unhas e dentes, e não tenha se ufanado do legado de FHC durante as últimas três campanhas presidenciais.

Em 2002, 2006 e 2010, os candidatos tucanos, José Serra e Geraldo Alckmin, varreram FHC para baixo do tapete.

Renegaram o legado que FHC invoca. Deixaram para trás o que julgavam passado.

Hoje, Aécio celebra o passado. O PSDB tem mesmo boas razões para comemorar. Demorou 12 anos para o partido voltar a defender o governo FHC.

Antes que seja tarde, ambos, FHC e o PSDB, lutam para entrar para a História em uma posição melhor do que saíram.

O governo tucano terminou com inflação retornando à casa de 2 dígitos, dólar fora de controle, zero de reservas internacionais, empréstimos do FMI, apagões e racionamento de energia.
Eis uma parte importante do legado que, décadas depois, preferem que seja esquecida.

Os tucanos seguiram à risca o provérbio de Pedro Malan, segundo o qual, no Brasil, até o passado é incerto. A aposta e a celebração, portanto, fazem sentido. Olhar o passado é sempre uma oportunidade para tentar reescrevê-lo.

O PSDB demonstrou, neste aniversário do Real, que sobrevive e resmunga em seu sarcófago, esperando o retorno de seus dias de glória. 

O partido quer voltar a ser governo porque simplesmente não consegue e não aguenta mais ser oposição.

O difícil é chegar lá dormindo o sono profundo de sua falta de projeto para o país e confinado à letargia de suas iniciativas.

Essa elite política destronada e embalsamada roga aos deuses do universo que a despertem e a conduzam ao seu Palácio; suplica que lhe devolvam o cetro, de preferência, em uma carruagem dourada.

Assim se explica que FHC tenha invocado, em seu discurso, a ajuda divina. Exclamou, ou praguejou, contra a reeleição de Dilma Rousseff: "De novo o mesmo, meu Deus?!"

A análise é do cientista político Antonio Lassance e foi publicado originalmente no Carta Maior

Fundação ARCA, em Altaneira, desenvolve projeto “Leitura em Arte”



A Fundação Educativa e Cultural ARCA iniciou nesta quarta-feira, 26, junto a crianças do município de Altaneira, o Projeto “Leitura em Arte”.

Francilene Oliveira e Amanda Almeida na abertura do
Projeto "Leitura em Arte". Foto: João Alves.
Ministrados pelas egressas do ensino médio e voluntárias desta entidade, Francilene Oliveira e Amanda Almeida, o projeto tem o propósito de ampliar as ações oferecendo a comunidade o acesso a leitura, a arte e o lazer através de rodas de leitura e contação de história.  Faz parte ainda dos objetivos o trabalhar com a arte como ponto de partida para desenhar um novo cenário para o ler, o escrever e a interpretação de mundo. O “Leitura em Arte” tem Flavia Cícera como coordenadora.

Ao compartilhar fotos no seu perfil da rede social facebook, Francilene Oliveira afirmou que apesar de cansativo, gostou do primeiro dia em contato com a criançada. O sentimento foi o mesmo de Amanda Almeida. “Amei o primeiro dia de projeto”, disse ela em comentário na rede social.

Através da leitura e da arte o ser humano se permite viajar para o desconhecido, explorá-lo, entender os sentimentos e emoções que o cercam. Neste sentido deve-se sempre buscar novas formas que possam propiciar as crianças momentos que desperte nelas o gosto pela leitura, o amor ao livro, à consciência da importância de se adquirir o hábito de ler, não só na escola, mas em todos os espaços.

A Fundação ARCA já trabalha nessa linha, desenvolvendo projetos como “Biblioteca ARCA da Leitura” e a “Inclusão Digital”. Este último encontra-se com inscrições abertas para a formação de nova turma.

Confira outras fotos do início do Projeto




26 de fevereiro de 2014

Inserção da Educação para a Diversidade no PNE é defendida por Jean Wyllys



O Deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), durante audiência da Comissão Especial que analise o Plano Nacional de Educação - PNE, realizada na tarde da última terça-feira, 25, teceu dura critica a tentativa de fundamentalistas religiosos retirarem a educação para diversidade sexual e de gênero do PNE.

Em sua página na rede social facebook, Wyllys compartilhou argumentos utilizados no encontro. "Não há cartaz advogando pelo fim dos gêneros que possa negar os gêneros inscritos nos corpos. Travestis e transexuais estão nas escolas e suas existências precisam ser respeitadas no texto da lei; as pessoas advogam que não precisa se lutar por uma equidade de gênero, mas a quantidade de mulheres vítimas de violência sexual nesse país é enorme e esta é uma violência de gênero", disse o deputado.

É digno de registro que a Câmara chegou a aprovar o texto do PNE com a inserção da educação inclusiva após articulação de Jean Wyllys e de demais deputados defensores de direitos humanos, mas estes trechos  foram retirados no Senado após pressão dos fundamentalistas.

Como o texto foi modificado no Senado, houve a necessidade de retorno à casa legislativa federal, vindo a se encontrar agora em análise na Comissão Especial, cujo o deputado petista do estado do Paraná, Angelo Vanhoni  que ora responde pela relatoria decidiu por manter o texto que outrora foi aprovado pelos deputados. A temática em questão tem até o dia 20 (vinte) de março para ser votada.

Matrículas crescem na educação infantil, mas estabilizam no ensino médio



O número de matrículas em creches cresceu 7,5% em 2013 em relação ao ano anterior e 2,2% na pré-escola. O crescimento, no entanto, não se reflete no ensino médio, cujas matrículas estão estagnadas (-0,8%). Os dados são do Censo da Educação Básica 2013, divulgados nesta terça-feira (25) pelo Ministério da Educação - MEC.

Crianças no CREI Ciranda do Saber (Altaneira-CE) por
ocasião do "Projeto Identidade". Foto: CREI
Na apresentação, o ministro Henrique Paim e o presidente do Inep, Francisco Soares, afirmaram que o fluxo escolar está melhorando, isto é, há menos alunos atrasados que estejam matriculados na educação básica. Essa seria a razão para a redução no número de matrículas no ensino fundamental.

Em 2013, havia 13,3 milhões de estudantes matriculados nos anos finais do ensino fundamental. O montante é 2,8% menor que o número de 2012. Apesar dessa correção no fluxo, o número de matrículas no ensino médio não cresceu e segue estagnada a números equivalentes aos de 2007.

"A boa notícia é que está melhorando a aprovação", afirmou Francisco Soares. "Mas o abandono no 1° ano [do ensino médio] ainda é grande." Soares não soube especificar os números de aprovação e retenção dos estudantes na educação básica e afirmou que os dados serão divulgados posteriormente.

O número de alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA caiu. Em 2013, 2,44 milhões de estudantes cursavam o ensino fundamental em salas de jovens e adultos, o número é 4,5% que o do ano anterior. No ensino médio, a queda é de 1,6% (1,32 milhões).

Educação profissionalizante

O número de alunos na educação profissional cresceu no último ano, tanto na rede pública como na rede privada. A rede pública teve 749.675 matrículas em 2013, um crescimento de 2,7%. Na rede privada, o aumento foi de 9,3% (691.376).

O MEC deve mapear os alunos na saída do ensino fundamental para saber se eles estão abandonando os estudos, seguindo para o EJA ou para o ensino profissionalizante.


Com MEC/UOL