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Por que FHC, Aécio, Aloísio e sua turma não conclamam o povo pela reforma política?



A tucanalha entreguista, FHC, Aécio Neves, Aloísio Nunes e sua turma, se estivessem realmente preocupados com os destinos do país, no lugar de insuflar o golpe deveriam conclamar a sociedade para sair as ruas pela reforma política.

Mas só que não. Quanto mais indícios de envolvimento de seus nomes em falcatruas, mais intensificam sua missão diária de espalhar o ódio e pregar o impeachment contra Dilma.

Se pra isso for preciso que haja mais mortes nas ruas, como aconteceu em junho de 2013, eles não se importam. Não agem como estadistas, políticos experientes, cidadãos sensatos.

Querem ver o circo pegar fogo. Assim as atenções se voltam para os distúrbios de rua e as reais mudanças necessárias neste país, ficam pra depois, ou se depender deles, para nunca.

No final de semana FHC convocou a cúpula do partido, com certeza preocupado com as afirmações do jornalista Ricardo Boechat de que não endossava mas também não duvidava das denúncias de que o nome de Aécio Neves estaria na lista de políticos investigados na Lava Jato, analisada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

E o que disse FHC durante o encontro? fez uma intervenção pregando que o PSDB estimule as manifestações do dia 15 mas mantenha distância institucional do mote Fora Dilma. Ou seja, sabe que pregar o impeachment é golpe mas quer o povo na rua, lenha para o fogo maior. Aloysio Nunes garantiu que vai participar.

Ao comentar a respeito das denúncias envolvendo seu nome, Aécio usou mais uma vez, para variar, sua frase predileta: é mentira, é piada. Disse também que o Brasil está se transformando no país da mentira. Com certeza, com sua indispensável colaboração.

A expectativa é de que nesta semana Rodrigo Janot apresente a lista de políticos que apareceram nas investigações da Lava Jato, que apura a lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo fraudes principalmente na Petrobras. Já veremos quem está mentindo ou elegendo nomes que “devem aparecer, ou não” de uma grande lista.

Outro grande escândalo que está deixando a elite e seus defensores sem dormir é o caso swissLeaks, ou suiçalão, como ficou conhecido, que mostra que a sonegação dos ricos é a maior corrupção global e o Brasil não fica de fora.

O ‘Swissleaks teve como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani, segundo o qual em declarações à imprensa francesa, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões. Deste montante, grande parte pode ter sido ocultada do fisco brasileiro.

O número de brasileiros que utilizaram o mecanismo criminoso disponibilizado pelo HSBC foi divulgado divididos da seguinte forma: 10%, das contas estão vinculadas a empresas no exterior em paraísos fiscais (que é o método de esconder o dono do dinheiro); 20% das contas estão em nome de seus proprietários; e 70% são contas numeradas que é o tradicional artifício para ocultar seu proprietário.

Por que o suiçalão do HSBC apareceu pouco nos noticiários da mídia comercial ? por que não se interessam em explicar ao povo como acontecem as operações de sonegação fiscal ? por que não fazem matérias esclarecendo quais são os métodos usados para permitir que os impostos que deveriam pagar e ser usados em infraestrutura no Brasil, são escondidos em instituições vistas como legítimas fora do Brasil?

No site Megacidadania, o repórter Alexandre Teixeira revela como o ex-assessor de FHC, que integrava o programa de privatização da década de 90, Saul Dutra Sabba, dono do Banco Máxima, foi protegido pela mídia conservadora e teve seu nome retirado da primeira lista divulgada no país, sobre o escândalo do HSBC. Por que será?

O blog Diário do Centro do Mundo está desenvolvendo uma série de reportagens sobre o escândalo da sonegação/corrupção da Rede Globo e identificou o paraíso fiscal das Ilhas Virgens como sendo o local onde a Globo executou seus crimes. É exatamente nestes paraísos fiscais que estão centenas de contas de brasileiros, via mecanismos fraudulentos do HSBC.

E então vejamos, é notório o vínculo político existente entre a mídia empresarial e os tucanos. E o HSBC é sabidamente um grande financiador publicitário destas famílias que controlam a mídia brasileira. Portanto, não é difícil que algumas delas tenham utilizado os mesmos mecanismos de sonegação.

Concordo com o editor do Megacidadania que exige a divulgação integral da lista dos saqueadores camuflados pelo HSBC. Acredito ser de extrema valia para os destinos do país e altamente esclarecedor, além de um dever de consciência política de todos que dizem lutar contra a corrupção.

Eu disse e volto a repetir: no Brasil, finalmente, o combate à corrupção chegou aos corruptores e mostrou que o esquema estava na maioria das vezes relacionado ao sistema eleitoral. Daí a necessidade de uma reforma política urgente hoje no país.Sobre isso os golpistas não falam. Por que não conclamam a população para ir as ruas se manifestar a favor da reforma política?
Outro indício claro de que os tucanos e a imprensa comercial familiar jogam no campo dos inimigos do povo e são contra a reforma política de verdade é o silêncio em torno do comportamento de Gilmar Mendes.

No próximo mês de abril faz aniversário de um ano o engavetamento na mesa do ministro de uma ação que pede o fim de doações de empresas para candidatos, comitês eleitorais ou partidos políticos. 

O julgamento, iniciado no dia 2 de abril de 2014, foi suspenso quando contava com 6 votos a favor e um contra.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4650), movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados no Brasil (OAB), pede mudanças nas Leis 9.096/1995 e 9.504/1997, que disciplinam o financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais. A entidade integra, juntamente com outras 102 organizações da sociedade civil, o projeto da coalização pela reforma política.

Até quando Gilmar vai impedir a discussão do tema pelo Supremo? Até quando todos se emudecerão a respeito ?

Os tucanos de alta plumagem do Brasil não defendem a reforma política porque se a lei eleitoral que hoje permite que grandes empresas financiem campanhas políticas for mudada, os interesses destes setores não terão representantes pagos dentro do Congresso Nacional e, portanto, as questões serão decididas de acordo com o interesse do povo e não de grupos econômicos.

E para se eleger eles terão que apresentar idéias criativas e consistentes, terão que defender os interesses do país e dos brasileiros e não comprar votos com campanhas milionárias; se eleger; e depois defender nas ruas golpes contra a democracia, como se isso fosse parte dela.

Tucano traduz o “vamos assustar”: “é preciso materializar o mal-estar”



O senador tucano Aloisio Nunes Ferreira, hoje, no Estadão, diz o que falta para Aécio Neves “deslanchar”.





Então, tá: o jogo é assim.

A máquina de comunicação, com a ajuda providencial de um mix de “coxismo” e ultraesquerdismo, coloca os brasileiros numa situação de “mal-estar”.

A inflação não explodiu, mas vai explodir.

O desemprego caiu, mas vai aumentar.

A economia não parou de crescer, mas vamos ter recessão.

A Petrobras montou num mar de petróleo, mas vai falir.

A tarifa de luz baixou, mas vai faltar energia.

As nossas seculares carências em matéria de saúde, educação, transportes,já têm uma razão óbvia: é a Copa!

Não sei como não percebemos isso nos 514 anos de Brasil sem Copa!

Ah, não esquecendo que José Dirceu, Genoíno introduziram no país o uso de dinheiro de caixa-2, porque antes deles, imagine, ninguém tinha feito isso,  nem sequer nas milionárias transações da privatização.

E então, neste cenário de caos e degradação, quem surge para nos salvar?

Aécio Neves, o estadista que iluminará o caminho de um tempo novo!

O riso é inevitável.

Mas, exceto pelo “último ingrediente”, os demais componentes da “fórmula tucana” fazem parte da ração diária de “informação” que é dada ao povo brasileiro, reconheçamos.

Até porque é quase completo o silêncio do Governo sobre tudo o quanto se faz na mídia.

Parece que o comando político da administração acha que o povo se esclarecerá sozinho.

Talvez, se estivéssemos numa quadra econômica exuberante, mas não estamos.

E o povo não terá informação “usando o controle remoto para mudar de canal”.

Até porque não há outro canal para mudar.

Nem outro jornal para comprar.

Mal e porcamente um ou outro entrevistado – não os do Governo, que em geral, gaguejam e concedem – ou os blogs ditos “sujos”, destes que vivem pedindo colaboração dos leitores, porque são excluídos da programação de publicidade ou, no máximo, recebem algumas migalhas, fazem o contraponto à máquina de publicar desgraça que se tornou a mídia brasileira.

Polêmica, zero, ou quase zero, porque depende de Lula resolver falar ou de um dos raros momentos que Dilma o faz de forma mais contundente.

Estamos preocupados em “recuperar a confiança do mercado”.

E a da população?

Ela nunca falta, quando o governo age, como no Bolsa-Família, no Mais Médicos, no pré-sal, no Minha Casa, Minha Vida, no Pro-Uni…

É evidente que é preciso restaurar um clima de confiança na economia, mas isso não se fará apenas dizendo que o Brasil cumprirá as metas econômicas que o “mercado” exige, até porque em geral as cumpre e, para isso, não depende só de sua vontade.

É preciso restaurar o clima de confiança na economia naqueles que são a sua maior fonte: o povão.

Não foi assim que Lula “peitou” o tsunami de 2008/2009? Não foi fazendo a imensa força do povo mover a economia num contraciclo à crise mundial?

Ah, mas não tínhamos uma inflação no nível da de hoje…

Pois, senhores e senhores, a inflação de 2008 ia pelo mesmo caminho de alta e, se não fosse a queda abrupta de novembro e dezembro certamente teria estourado o teto da meta, de 6,5%, depois de ficar dois anos abaixo dos 4,5% que os economistas conservadores creem ser o ponto de equilíbrio. Ainda assim, fechou 2008 em 5,9%, o mesmo de 2013.

Como diriam os jornais, hoje: uma alta de 32,5% sobre os 4,45% de 2007 e quase 100% sobre os 3,14% de 2006!

Porque a batalha por corações e mentes que marca uma eleição, se não está boa para quem, na oposição, não é capaz de “materializar o mal-estar”, também não está boa para quem, do lado do governo, precisa do contrário, que é de encher de espírito e objetivos as nossas conquistas e, com o apoio do país que sonhe e deseja o bem estar que eles sempre nos negaram, tenha forças para enfrentar as dificuldades.

Mas fora da caixinha mental onde nos tentam nos prender, com seus economistas de lápis vermelho sobre as orelhas e políticos que dizem que o Brasil não pode dar certo sozinho, mas deve se agarrar ao capital salvador do mundo.

Nesta caixinha, nunca houve surpresas: dela o Brasil sempre saiu fraco e submisso, com um mal-estar que se materializa sem políticos.

Que está no rosto de na vida sofrida de milhões de nossos irmãos, que são uma incômoda imaterialidade para nossas elites.

A análise é de Fernando Brito e foi publicado originalmente no Blog Tijolaço