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Folha e Estadão estimularam a violência da PM em editorial Foto: ABr |
Durante
o quarto protesto por conta do aumento da tarifa de ônibus hoje em São Paulo,
seis repórteres do grupo Folha foram alvejados à queima-roupa por um policial
da Rota, na rua Augusta, em São Paulo. A bala era de borracha, mas os
estilhaços feriram 6 profissionais. Dois deles, nos olhos.
Essa foi apenas uma das dezenas de cenas de violência protagonizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo nesta quinta-feira na capital paulista. As prisões, muitas com indícios de arbitrariedade, contam-se às dezenas.
Essa foi apenas uma das dezenas de cenas de violência protagonizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo nesta quinta-feira na capital paulista. As prisões, muitas com indícios de arbitrariedade, contam-se às dezenas.
Poucas
horas antes, pela manhã, os dois maiores jornais do Estado chegavam às bancas e
às casas dos assinantes com editoriais defendendo uma ação mais dura da PM. O
Estadão incitou a violência dos policiais claramente. A Folha, por sua vez,
colocou a desocupação da avenida Paulista como ponto de honra, desde o título.
Ambos foram atendidos:
“Chegou a hora do basta”, O Estado
de S. Paulo:
“A
PM agiu com moderação, ao contrário do que disseram os manifestantes, que a
acusaram de truculência para justificar os seus atos de vandalismo (…) A
atitude excessivamente moderada do governador já cansava a população. Não
importa se ele estava convencido de que a moderação era a atitude mais
adequada, ou se, por cálculo político, evitou parecer truculento. O fato é que
a população quer o fim da baderna – e isso depende do rigor das autoridades (…)
De Paris, onde se encontra para defender a candidatura de São Paulo à sede da
Exposição Universal de 2020, o governador disse que “é intolerável a ação de
baderneiros e vândalos. Isso extrapola o direito de expressão. É absoluta
violência, inaceitável”.
Espera-se que ele passe dessas palavras aos atos e
determine que a PM aja com o máximo rigor para conter a fúria dos
manifestantes, antes que ela tome conta da cidade.”
“Retomar a Paulista”, Folha de S.
Paulo:
“É
hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar precisam fazer
valer as restrições já existentes para protestos na avenida Paulista (…) No que
toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a força da lei”.