A maior chuva do Estado foi em Altaneira. As fortes pancadas fez com que a frente de uma residência fosse ao chão. Foto: Valmério Adriano.
Depois
de 03 dias nublado, porém sem pancadas de chuvas, o município de Altaneira, na
região do cariri, voltou a ter precipitações pluviométricas nas primeiras horas
da manhã deste sábado, 04, de março.
A
volta das pancadas de chuvas que tiveram início por voltas das 03h00 da manhã fez
com que a temperatura continuasse baixa, dando, pois, aos agricultores e
agricultoras motivos para manterem a esperança de uma quadra invernosa boa,
pois voltou a chover na cidade alta e em grande intensidade, além de contribuir
de forma significativa para afastar o medo que paira sobre os munícipes desde
agosto do ano passado de um possível racionamento de água, como já anunciado em
outros artigos neste blog.
Segundo
dados colhidos junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(FUNCEME) Altaneira registrou entre às 7h00 da sexta-feira (03) às 7h00 de hoje
79,5 mm. Até o fim desta matéria é o maior volume dentre os municípios do
Estado do Ceará. As fortes pancadas
fizeram com que a frente de uma casa, localizada à Rua Antônio Evandro Bitu, não resistisse. Segundo Valmério
Adriano, nenhum morador saiu ferido. O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Ceza Cristóvão, usou a rede social facebook para compartilhar fotos do desmoronamento da residência e do deslizamento de calçamentos no centro da cidade. (abaixo fotos publicadas por eles demonstrando o estrago).
A
capital Fortaleza e Farias Brito, na Região do Cariri, fecha os três maiores
volumes com 48.0 e 45.0 mm, respectivamente, conforme imagem acima.
Altaneira
anda figurando entre os municípios que mais tem recebido índices pluviométricos
desde fevereiro. No último dia 20, por exemplo, quando foi registrado 105,5mm,
ela ostentou o posto de terceiro lugar.
Frente de Casa cai. Foto; Valmério Adriano.
Deslizamento de calçamento no cruzamento das ruas Joaquim Soares da Silva e Padre Luis Antônio.Foto: Ceza Cristóvão.
Deslizamento de Calçamentos na rua Apolônio de Oliveira. Foto: Ceza Cristóvão.
247- A Câmara dos Deputados quer ressuscitar, sem aval da atual composição do
Senado, um projeto de regulamentação da terceirização do trabalho apresentado
há 19 anos e que anistia débitos e penalidades aplicadas a empresas. Apesar do
debate ocorrido em 2015 em torno de um projeto sobre o tema que hoje tramita no
Senado, a ideia da base do governo é desengavetar uma proposta similar de 1998,
apresentada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que só depende de
uma votação no plenário da Câmara para ir à sanção de Michel Temer.
As
informações são de reportagem de Ranier Bragon na Folha de S.Paulo.
"Esse projeto foi aprovado no Senado em 2002,
com relatório de Romero Jucá (PMDB-RR), hoje líder do governo no Congresso. Só
12 dos atuais 81 senadores estavam no exercício do mandato na época.
A última tramitação da medida é um
parecer de 2016 do deputado Laércio Oliveira (SD-SE), que é favorável, entre
outros pontos, a um artigo que anistia as empresas de 'débitos, penalidades e
multas' impostas até agora.
O texto que a Câmara quer retomar é menos
rigoroso. O projeto de 2015, por exemplo, exige que a empresa que contratar
trabalho terceirizado fiscalize regularmente se a firma que contratou está
cumprindo obrigações trabalhistas e previdenciárias. No projeto relatado por
Jucá em 2002, a exigência não existe.
Há uma menção mais branda e genérica
a ela aprovada na Câmara em 2000, que caiu no Senado em 2002, mas pode voltar
ao projeto agora."
Educação Integral - Volte no tempo e recorde os tempos de ensino fundamental e médio.
Reflita agora sobre as suas aulas e tente lembrar o quanto você aprendeu sobre
a história de mulheres importantes para o desenvolvimento da nossa sociedade.
Provavelmente, esse será um exercício difícil, já que, o mais comum é aprender
História contada e protagonizada por homens brancos.
A
partir desse diagnóstico, a professora Maria Del Pilar Tobar criou o projeto “Heroína Sem Estátua: o conhecimento a partir
das mulheres”. Desenvolvido no Centro de Ensino Médio 1 de São Sebastião
(DF), o projeto desloca o protagonismo para mulheres que são e foram
importantes em diversas áreas.
“O Heroínas Sem Estátua nasceu a partir da
inquietação que tivemos ao ver que as mulheres pouco figuravam nos espaços de
ensino-aprendizagem como personalidades a serem estudadas. Suas contribuições
foram sistematicamente apagadas dos currículos”, afirmou Maria Del Pilar,
em artigo sobre seu projeto.
Ela
cita diversos exemplos de mulheres marcantes, em diversas épocas. “Suas contribuições foram sistematicamente
apagadas dos currículos que, por exemplo, não contam das autoras de Literatura
que contribuíram para o Romantismo Brasileiro, como Narcisa Amália ou Nísia
Floresta”.
A
docente cita ainda que tampouco aparecem em livros e nas aulas figuras como
Dandara dos Palmares e Olga Benário, ambas mulheres aguerridas e lutadoras. Nas
Ciências, continua Del Pilar, o esquecimento de nomes como Maria Beatriz do
Nascimento e Bertha Luz também é regra nas escolas.
À esquerda, Dandara (guerreira negra que lutou contra a escravidão durante o período colonial do Brasil); acima, a militante comunista Olga Benário; abaixo, a psiquiatra Nise da Silveira.
A
docente afirma que, nos últimos anos, houve um grande avanço, representado
pelas mudanças promovidas pelo Currículo em Movimento da Educação Básica, no
Distrito Federal, que indica linhas gerais para uma educação que busca
construir a igualdade de gênero. Apesar disso, a História das mulheres ainda é
secundarizada, segundo a Del Pilar.
Os
conteúdos abordados nas escolas, por exemplo, não listam e apresentam as obras,
contribuições teóricas e a História de mulheres como fontes e objetos de estudo
dentro da sala de aula.
“Os livros didáticos, mesmo com do Programa
Nacional do Livro Didático (PNDL) 2013, continuam a reiterar cânones literários
e do pensamento que são, em sua esmagadora (e opressora) maioria, homens
brancos e de classes sociais privilegiadas”, analisa a docente. Apesar das
críticas, ela reconhece que os avanços dos últimos anos abriu caminho para que
projetos como o “Heroínas sem Estátua” pudessem surgir.
O projeto
A
partir desse diagnóstico e do diálogo com professores e estudantes do CEM 01
nasceu a iniciativa. O objetivo era construir um espaço no qual se pudesse
resgatar as histórias invisibilizadas de mulheres que, embora notáveis, não têm
estátuas em praças públicas, como muitos homens.
O
projeto foi desenvolvido principalmente na disciplina de Língua Portuguesa e se
utilizou de diferentes tipos de obras. Entre as atividades desenvolvidas, os estudantes
assistiram ao filme “Uma História de Amor
e Fúria”, dirigido por Luiz Bolognese, e leram o livro “Meus heróis não viraram estátua”, dos
professores Pedro Puntoni e de Luiz Bolognese.
Todas
as referências utilizadas durante o projeto têm como foco a problematização da
desigualdade entre mulheres e homens. “Fizemos
diversos exercícios de análise crítica, propusemos debates, bem como
construímos, pouco a pouco, atividades que instanciassem a produção escrita de
reflexões analíticas por parte dos/as educandos/as dos primeiros e segundo anos
do ensino médio”, relata Maria Del Pilar em seu artigo.
A
partir dessas discussões, os estudantes fizeram, ao final do primeiro bimestre,
uma pesquisa sobre uma heroína que não tinha o devido reconhecimento. “As/os
estudantes puderam escolher, de maneira espontânea, a heroína com que mais se
identificavam. Para essa etapa nos valemos de postagens em grupos do Facebook,
que foram usadas como uma espécie de plataforma moodle, assim, dispusemos um
rol de diversas mulheres que contribuíram para a história brasileira e
mundial”, conta Maria.
Essa
primeira etapa teve como fim o desenvolvimento de uma iniciação científica
sobre a figura escolhida anteriormente. Os estudantes tinham que responder a
quatro perguntas básicas: “sobre quem?”,
“por quê?”, “para quê?” e “como?”.
Ao
longo do bimestre, os trabalhos foram corrigidos e o estudantes recebiam
sugestões de como poderiam melhorar a redação e a pesquisa do trabalho.
Além
do trabalho escrito, os estudantes foram convocados a trazer versões digitais
dos textos e um registro que foi chamado de “multimodal”, no qual, por meio de de uma foto de uma cartolina, um
slide, ou qualquer outro material, fosse sintetizada a história da mulher
pesquisada.
Todos
os trabalhos foram reunidos e serviram de base para um Museu Virtual das
Heroínas Sem Estátua. No blog, é possível comecer diversas mulheres como Irena
Sendler, Cora Coralina, Tereza de Benguela, Maria da Penha e Nise da Silveira,
entre outras dezenas de mulheres que marcaram a história do Brasil e do mundo.
Maria
Del Pilar Tobar diz que se inspirou em outros projetos – como o “Mulheres Inspiradoras” – e espera servir
de exemplo para outras escolas. “Esperamos
que esse trabalho possa inspirar outras iniciativas que visem à igualdade e que
possam construir pontes entre o saber acadêmico e a práxis cotidiana das
escolas públicas brasileiras”, conclui a professora.
Brasil de Fato - O número de entidades da sociedade civil que se posicionam contra a
reforma da Previdência, que tramita atualmente na Câmara Federal como Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) 287, aumenta a cada dia, e até parlamentares da
base aliada do governo de Michel Temer estão se manifestando contra a medida.
Até
esta quarta (1º), mais de 150 entidades da sociedade civil assinaram uma carta
aberta contra a reforma. O documento foi divulgado no final de janeiro pela
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), após ser aprovado por unanimidade pelo
Conselho Pleno, instância máxima da instituição.
A
carta afirma que a PEC “está fundamentada
em premissas equivocadas e contém inúmeros abusos contra os direitos sociais”.
Citando os Artigos 194 e 195 da Constituição Federal, a entidade critica ainda
o discurso governista de que haveria um déficit previdenciário e lembra que a
Previdência integra o sistema de Seguridade Social, tendo, portanto, múltiplas
fontes de financiamento.
Também
há desaprovação de algumas normas impostas pela reforma, como a exigência de
idade mínima de 65 anos para homens e mulheres; o tempo de 49 anos de
contribuição para acesso à aposentadoria integral; a precarização da
aposentadoria do trabalhador do campo; e o impedimento de acumulação de
aposentadoria e pensão.
Por
fim, o documento reprova a campanha midiática em favor da PEC 287 e destaca que
“informações questionáveis” estão sendo levadas à população. Diante disso, a
OAB pede que o governo federal divulgue as receitas da Seguridade Social com
total transparência, mostrando, entre outras coisas, as renúncias fiscais que
têm sido concedidas.
Segundo
dados da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), tais
renúncias chegam a R$ 69 bilhões (assista ao vídeo abaixo). A entidade, que é
uma das que acompanham o fluxo de caixa previdenciário, também apoia a carta da
OAB.
No
Legislativo, membros da base aliada do governo afirmam que a proposta é
excessivamente austera com o trabalhador. Um deles é o primeiro vice-presidente
da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que, na última quinta-feira (23),
anunciou o rompimento com o governo de Michel Temer.
Ao
comunicar a ruptura, o peemedebista justificou a atitude pela indicação do
deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o cargo de ministro da Justiça e
aproveitou para criticar a PEC 287. “Sou favorável à reforma, mas não da forma
como ela está”, disse, acrescentando que a matéria não deve passar na Câmara.
Ramalho
está atualmente à frente da bancada mineira, que conta com 53 deputados federais,
e tem dito que irá trabalhar para dissuadir os colegas de votarem
favoravelmente à PEC.
O
peemedebista promete ainda mobilizar todos os parlamentares insatisfeitos com o
governo para que o texto da reforma da Previdência seja reeditado. Ou seja, ele
deve causar boas dores de cabeça ao Planalto, uma vez que a vice-presidência é
também um cargo bastante estratégico no atual momento político.
Como
o país está sem vice-presidente da República, sempre que Temer se ausentar do
Brasil, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), irá substituí-lo no
cargo, enquanto Ramalho assumirá interinamente a chefia da casa legislativa.
Nesses momentos, ele terá em suas mãos o poder de definir a pauta de votações
da Câmara.
De carater austero, reforma endurece as regras de acesso aos benefícios previdenciários. Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil.
247
- A jornalista Miriam Leitão decidiu comprar uma briga com o público feminino,
ao defender a tese de que homens e mulheres devem se aposentar com a mesma
idade, muito embora as mulheres tenham jornadas duplas – no trabalho e no lar.
"É totalmente sem sentido, e desatualizada, a
proposta de que a mulher deve ser compensada com uma idade menor de
aposentadoria. Defendida por algumas profissionais — as quais, aliás, respeito
profundamente —, a ideia acaba fortalecendo o papel tradicional da mulher,
quando já passa da hora de rever essa divisão envelhecida dos papéis masculino
e feminino", diz ela, no artigo Mulher e Previdência.
"O paternalismo em relação à mulher faz parte
da discriminação contra ela. É a outra face da mesma moeda. Foi partindo do
equivocado pressuposto de que elas seriam incapazes de prover sua subsistência,
se não se casassem e ficassem sem o pai, que se criou o absurdo das pensões
para filhas de servidores de algumas categorias do setor público,
principalmente das filhas de militares. Isso mudou, mas o peso do passado
continua sendo carregado pelo conjunto da sociedade. O país está com a
Previdência quebrada porque homens e mulheres se aposentaram precocemente,
filhas de servidores tiveram benefícios excessivos, e a desigualdade da
sociedade foi reproduzida no acesso à Previdência. Isso à custa da exclusão de
milhões de brasileiros, a quem só foi dada a possibilidade de um benefício ao
fim da vida. Quanto menos desigualdade houver no sistema, melhor ele será",
argumenta.
Açude Pajeú (Valério) já atingiu 30,98% de armazenamento. Foto: Edinaldo Alves Moreira.
O
Açude Valério, conhecido popularmente por Pajeú, localizado na Zona Rural de
Altaneira, responsável pelo abastecimento do município, é um dos 153
reservatórios hídricos monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh).
Até
agosto do ano passado o município de Altaneira corria sério risco de um colapso
hídrico e, por conseguinte, um racionamento de água em face deste açude está em
volume morte. No entanto, desde de Janeiro do corrente ano que as chuvas vem
caindo com regularidade. Em fevereiro, a cidade alta recebeu em precipitações
pluviométricas 247,5 mm distribuídos entre os dias 1º (7,0 mm); 12 (20 mm); 20
(105,5 mm); 21 (23 mm); 25 (64 mm); 27 (9,5 mm) e entre às 7h00 da última segunda-feira
(27) e às 7h00 da terça (28) o índice atingiu 18,5 mm., conforme já anunciado
por este blog.
Segundo
dados da Cogerh (conforme imagem abaixo), o Açude Pajeú já atingiu 30,98% do seu volume. Apesar de
animadora, a informação ainda não afasta o perigo do colapso hídrico, necessitando
que o mês de março tenha a mesma intensidade pluviométrica de fevereiro.
Portal Fórum - Nesta segunda-feira (27), a Hebraica de São Paulo recuou e cancelou
palestra com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à
Presidência da República em 2018. A possibilidade do evento não agradou boa
parte da comunidade judaica. Uma petição na internet reuniu cerca de 4 mil
assinaturas contra a presença do parlamentar no clube.
Segundo
o presidente da Hebraica, Avi Gelberg, ficou definido “que seria mais adequado fazer um evento com todos os pré-candidatos,
num modelo equilibrado e democrático”.
“Foi a manifestação de todos e todas
contrários à possibilidade de dar palanque ao Bolsonaro através deste
abaixo-assinado e pelas redes sociais que fez com que o clube voltasse atrás”,
escreveu Mauro Nadvorny, autor da petição.
As
posições do Bolsonaro levaram ao protesto contra o evento. “Ele representa a extrema direita brasileira
e em todas oportunidades em que lhe é permitido falar, explora e ataca as
minorias entre as quais, nós judeus, nos encontramos”, justificou Nadvorny.
“Ele é homofóbico, misógino, racista e
antissemita por natureza e convicção. Idolatra a extrema direita neonazista e
admira os torturadores da ditadura militar, a qual enaltece em todas as
oportunidades.”
O
rabino Michel Schlesinger apoiou o cancelamento. “O judaísmo tem tradição de debate. Mas a liberdade de expressão não
pode servir de plataforma para a propagação de ideologia discriminatória e
apologética à ditadura”, disse à Folha de S. Paulo.
Dep. Jair Bolsonaro. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.