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PSTU lança candidatura de Vera Lúcia à presidência em chapa de mulheres negra e indígena

 

Vera Lúcia começou a atuar de forma intensa no movimento sindical aos 21 anos, em Aracaju (SE) / Romerito Pontes / Divulgação.

Estatização das grandes empresas brasileiras, incluindo as ligadas ao agronegócio, à mineração e à indústria de energia. Taxação das fortunas e dos lucros de bilionários, além da revogação das reformas trabalhista, da previdência e do teto de gastos. Construção de seis milhões de casas a partir do fim da isenção de impostos a grandes empresas. Redução da jornada de trabalho para seis horas diárias e aumento do salário mínimo para o dobro do que é hoje. Descriminalização das drogas e o fim das polícias atuais. Demarcação das terras indígenas.

Essas são algumas das propostas do programa de governo de Vera Lúcia, que neste domingo (31) oficializa sua candidatura à presidência do Brasil, pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). A convenção do PSTU acontece a partir das 14h30 na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, no bairro do Tatuapé.

A chapa da única mulher negra pleiteando a presidência do país tem, como vice, uma indígena do povo Tremembé. Kunã Yporã, também conhecida como Raquel Tremembé, tem 39 anos, é uma pedagoga maranhense. 

Kunã Yporã também integra a Associação de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) / Divulgação.

Já Vera Lúcia tem 54 anos, é sapateira e cientista social e, apesar de morar em São Paulo há quatro anos, viveu praticamente toda a vida no Nordeste. Nasceu na caatinga do sertão pernambucano, numa família pobre de produtores, no pé da serra do município de Inajá. E cresceu na periferia de Aracaju (SE). Mais velha de 10 irmãos – sete ainda vivos – Vera desde criança se encarregou dos cuidados com a casa e as crianças. 

Aos 14 anos começou a trabalhar fora de casa, mas foi aos 19 que conseguiu um emprego numa fábrica de calçados e teve contato com o ativismo e o movimento sindical. O ano era 1989 e ela, então, se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT). Dois anos depois, ela ajudou a criar um sindicato – do qual seria dirigente – juntando as categorias de coureiros, sapateiros e têxteis de Sergipe. 

Em 1992, quando a Convergência Socialista, um grupo trotskista, foi expulsa do PT em meio a divergências sobre a mobilização pelo impeachment de Collor, Vera também saiu. Ela fundou, junto com esse e outros setores, o PSTU. Integrou a direção executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) até 2005, quando se desvinculou para formar a Central Sindical e Popular Conlutas, da qual o PSTU é força majoritária. "E estou aqui até agora", resume.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Vera explica os pontos centrais do projeto que propõe para o país. Segundo ela, são caminhos que visam "reverter a lógica do capitalismo".

Clique aqui e confira integra da entrevista.

Brasil vive democracia para ricos', diz 1ª negra pré-candidata a presidente em 2022

 

(FOTO | Romerito Pontes | Divulgação).

Vera Lúcia Salgado, do PSTU, é a primeira mulher negra confirmada por um partido como pré-candidata à Presidência para as eleições de 2022. Ela também disputou o pleito em 2018 e concorreu à Prefeitura de São Paulo em 2020.

Atualmente com 54 anos, a pré-candidata nasceu em Inajá, cidade do interior de Pernambuco. Depois de trabalhar como faxineira, garçonete e operária em uma fábrica de calçados  – período em que iniciou na militância política e sindical, Vera Lúcia estudou e se formou em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Para o Brasil, ela propõe uma mudança radical no modelo político e o protagonismo da luta antirracismo. Aumento de salários e redução da jornada de trabalho estão entre suas promessas de campanha.

Vera Lúcia também faz um contraponto aos dois nomes que lideram as pesquisas de intenção de voto ao criticar os desmontes de direitos sociais no governo de Jair Bolsonaro (PL) e a falta de reformas estruturantes nas gestões de Lula (PT). 

Com informações do Alma Preta.Confira a entrevista clicando aqui.