Sobre
a declaração de votos na sessão do TSE que julgava a cassação da chapa
Dilma-Temer, tenho algumas observações:
1-
Pérolas ditas hoje por ministros:
1.1
- Napoleão Nunes Maia Filho: “é melhor
absolver um culpado do que condenar um inocente". Devo lembrar ao
Napoleão que o princípio básico do direito diz que ao inocente dar-lhe a
absolvição e ao culpado à condenação;
1.2
- Gilmar Mendes: "cassar uma chapa é
muito sério". Para ele não cabe ao TSE resolver crises políticas.
Nesse caso, para o Gilmar, os atos ilícitos comprovados não representam
seriedade. Vamos todos brincar agora de praticar corrupção;
2-
Não há muita diferença entre a fatídica sessão do dia 17 de abril de 2016 na
Câmara Federal que impediu a Dilma de continuar seu mandato e a de hoje, 09 de
junho de 2017. O pouco de distinção que se pode perceber foi que os ministros e
a ministra mostraram argumentos (falhos e surreal, mas mostraram);
3-
A sessão demonstrou o que todos já sabemos: não se deve depositar confiança
mais em nenhum órgão. A crise de representatividade não é mais só no âmbito da
política partidária. Ela é geral;
4-
Vergonha Alheia;
5-
Ou a massa popular vai as ruas exigir seus direitos, ou corremos sérios riscos
de desembocar em uma nova ditadura;
6-
Só o povo nas ruas pode garantir a estabilidade política, jurídica e midiática;
7-
Só o povo nas ruas pode garantir a continuação do frágil regime democrático;
8
- Vergonha alheia;
9
- Vergonha alheia;
10
- Vergonha alheia.
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Ministros em sessão de julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. Foto: Divulgação. |
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