Exigência da N95 começa a valer no dia 24 para trabalhadores do Ceará que lidam diretamente com o público

 

Modelo N95 é considerado mais seguro na prevenção a vírus respiratórios (FOTO/ Divulgação).

A obrigatoriedade do uso de máscaras do tipo N95 para trabalhadores de serviços essenciais no Ceará, medida anunciada pelo governador Camilo Santana nesta sexta-feira, 14, começa a valer somente no dia 24 de janeiro. O item de proteção será exigido apenas aos trabalhadores que lidam diretamente com o público em locais como farmácias, escolas, postos de saúde, clínicas e supermercados. Os que atuam na área administrativa ou em departamentos com funcionamento interno serão dispensados.

O período que antecede a vigência da nova medida, entre 17 e 23 de janeiro, será voltado para a adaptação dos estabelecimentos que precisarão se adequar à regra. Além da N95, os funcionários também poderão utilizar as máscaras modelo PFF2. Ambas são consideradas por especialistas como as mais seguras na prevenção a infecções por vírus respiratórios. Isso porque, além de reter gotículas geralmente emitidas durante a fala, espirro, ou tosse — como os demais tipos de máscara —, esses modelos também criam uma barreira de proteção contra aerossóis e ajudam a conter diferentes tipos de vírus ou bactérias.

O Governo do Estado ainda não informou se as empresas serão obrigadas a fornecerem o item de proteção aos trabalhadores. O produto é mais caro do que as tradicionais máscaras descartáveis ou feitas de pano. O preço médio de um pacote com cinco máscaras N95, por exemplo, varia de R$ 70 a R$ 90. Já o modelo PFF2 pode ser encontrado por um valor menor. Um kit com 10 unidades custa em média R$ 30.

Os detalhes sobre os setores que estarão sujeitos à nova norma sanitária serão conhecidos somente após a divulgação do novo decreto de isolamento social do Estado, previsto para ser publicado até este fim de semana.

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Com informações do O Povo.

Indígena de 8 anos é a primeira criança a receber dose de vacina contra Covid-19 no Brasil

(FOTO/ Reprodução/ TV Globo).

O indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 no país. A imunização ocorreu por volta das 12h desta sexta-feira (14) em um evento simbólico organizado pelo governo de São Paulo para inaugurar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

Nos postos de saúde da capital paulista, porém, a vacina só será aplicada a partir de segunda (17), conforme divulgado pela prefeitura. O mesmo deve ocorrer nas demais cidades do estado.

Da etnia xavante, Davi é morador de Piracicaba, no interior de São Paulo, mas está na capital paulista para realizar um tratamento médico. O governador João Doria (PSDB) acompanhou o ato no Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da capital.

O pai do menino Davi, o cacique Xavante Jurandir Seremramiwe, participou da cerimônia de forma virtual.

Agradeço a compreensão, visibilidade e diálogo com a questão indígena no estado de SP. Que sejam tomadas as vacinas para os guaranis que moram no litoral. Nós temos que tomar a vacina e não esquecer o uso da máscara, o distanciamento. Com certeza a nova geração estará segura quando as aulas voltarem. Elas estarão com saúde e brincando, disse.

A campanha infantil deve ocorrer de forma escalonada, em ordem decrescente, como foi feito com a população adulta, mas o governo aguarda o recebimento de doses para divulgar um calendário. Veja como vai funcionar a vacinação de crianças.

Nesta primeira fase, a prioridade será de crianças com algum tipo de comorbidade ou deficiência, além de indígenas e quilombolas. A expectativa do governo do estado é a de vacinar 4,3 milhões de crianças no período de três semanas.

A imunização simbólica realizada nesta sexta (14) e destinada a um pequeno grupo de crianças repete o modelo da primeira vacinação contra a Covid no país, quando a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, se tornou a primeira pessoa a receber a dose no Brasil.

Além de Davi Seremramiwe Xavante, também foram vacinadas outras crianças no evento inaugural, como Gianlucca Trevellin, de 9 anos, que tem atrofia muscular espinhal do tipo 1, além de Valentina Moreira, de 6 anos, e Caio Emanuel Oliveira, de 10 anos, que realizaram transplante de rim.

Graziely de Oliveira, de 8 anos, Leonardo Martinez, de 5 anos, Marcelo Gabriel Moreira, de 10 anos, Cauê Henrique dos Santos e Luiz Felipe Barboza, ambos de 11 anos, que possuem síndrome de Down, também receberam a vacinação durante o evento simbólico.

As crianças foram vacinadas pela enfermeira Jéssica Pires de Camargo, que também vacinou Mônica Calazans no evento que inaugurou a imunização contra Covid no país. De acordo com a gestão estadual, a capacidade de vacinação do estado é de 250 mil crianças por dia, podendo este número ser até superior de acordo com a demanda das famílias paulistas.

O pré-cadastro para vacinação desse público foi liberado na quarta (12). Os pais podem acessar o site do governo paulista (www.vacinaja.sp.gov.br) para inserir os dados da criança e agilizar o atendimento nos postos de saúde do estado.

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Com informações do G1.

Nova Barbie homenageia a jornalista e ativista Ida B. Wells

 

(FOTO/ Divulgação Mattel).

Ida B. Wells, a famosa jornalista e ativista pelos direitos civis dos negros, que trabalhou para expor os horrores do linchamento, foi imortalizada pela Barbie.

A mais recente adição à série “Mulheres Inspiradoras” da Barbie, a boneca Wells apresenta a jornalista em um vestido preto de gola alta no estilo dos anos 1800, com um coque no topo da cabeça.

Quando as crianças aprendem sobre heróis como Ida B. Wells, elas não imaginam apenas um futuro melhor – elas sabem que têm o poder de torná-lo realidade, disse Barbie em um post no Instagram.

A boneca deve estar disponível nos principais varejistas até 17 de janeiro.

Wells nasceu na escravidão em 1862 e esteve ativamente envolvido em expor o racismo nos EUA, escrevendo sobre raça e política no sul. Ela era proprietária do jornal The Memphis Free Speech and Headlight e era uma crítica vocal de escolas segregadas.

Mais tarde, ela se tornou ativa na campanha antilinchamento em 1892, depois que vários amigos foram linchados, de acordo com o Serviço Nacional de Parques, chegando até a visitar a Casa Branca para defender reformas.

A jornalista e ativista Ida B. Wells. (FOTO/ Reprodução).

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Com informações da CNN.

Redução da quarentena pode potencializar crescimento da pandemia no Brasil

 

(FOTO/ Reprodução/ Brasil de Fato).

A redução da quarentena para contaminados e contaminadas pela covid-19 vai potencializar o crescimento de casos da doença e a pressão sobre o sistema de saúde.

Ouvido pelo Brasil de Fato, o médico infectologista Bernardino Albuquerque, da Universidade Federal do Amazonas considera a mudança "brusca" e com potencial para piorar um cenário que já é preocupante.

Nas últimas três semanas, a média móvel de infecções aumentou quase 17 vezes e a taxa de transmissão chegou ao maior patamar desde março do ano passado, quando o Brasil vivia o pior momento da pandemia.

Em 22 de dezembro, o cálculo da mediana (feito a partir dos dados dos últimos sete dias) chegou a um resultado de 3,1 mil novas contaminações a cada 24 horas.

Atualmente, essa conta ultrapassa 52 mil confirmações por dia. A diferença entre os números absolutos de cada data é ainda mais alarmante: uma escalada de 3,4 mil para mais de 87 mil casos nessa quarta-feira (12).

Albuquerque afirma que a diminuição da quarentena só é segura se houver testes em larga escala.

 "As recomendações do Ministério da Saúde são preocupantes porque trabalham com o critério de sinais e sintomas, que devem ser avaliados por profissionais médicos. Da forma como vem acontecendo a evolução de casos no país, nós estamos com grandes lotações e isso dificulta essa avaliação."

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Com informações do Brasil de Fato.

PSOL perde única prefeitura que tinha no Ceará com entrada de Edson Veriato no PT

 

Evento de filiação dos novos prefeitos ao PT cearense. (FOTO/ Reprodução/ O Povo).

Por Nicolau Neto, editor

O PT do Estado do Ceará promoveu nesta quinta-feira, 13, um evento para anunciar a filiação de 12 novos prefeitos de municípios na sigla.

As novas filiações foram antecipadas e divulgadas nesta quarta em sites e blogs da região do Cariri. Essas adesões lideradas pelo governador Camilo e por deputados, como José Guimarães, fazem com que o PT se torne a segunda maior força política do Estado com 29 prefeituras, atrás apenas do PDT.

Dentre os que se filiaram, destaque para o município de Potengi, no cariri, que era até então o único governado pelo PSOL. Agora não mais. A façanha tinha sido conquistada pelo agricultor Edson Veriato. Ele deixa a legenda com pouco mais de 1 ano de mandato. Nos bastidores, o motivo que mais tem sido ventilado é a sobrevivência política, principalmente em que pese a obtenção de recursos.

Apesar da antecipação dos fatos, apenas hoje pela manhã o PSOL no Estado divulgou uma nota em suas redes sociais em que lamenta a saída do prefeito e diz reconhecer a importância do movimento popular liderado por ele, conforme se percebe abaixo.

NOTA DA EXECUTIVA ESTADUAL DO PSOL CEARÁ

O prefeito de Potengi, Edson Veriato, comunicou a está executiva, nesta quarta-feira, dia 12 de janeiro de 2022, o seu desligamento do PSOL.

Lamentamos sua saída de nosso partido e reconhecemos a importância do movimento popular, liderado por Edson nos últimos anos, que o elegeu juntamente com mais dois vereadores e uma vereadora.

Desejamos que nossa militância possa continuar na luta por uma sociedade sem desigualdade social e no fortalecimento do nosso PSOL em Potengi.

PSOL Ceará

Veriato está agora no mesmo partido de Alizandra que foi derrotada por ele nas eleições de 2020.

Abaixo você confere a relação de todos os 12 prefeitos que engrossaram as bases do PT:

Aratuba: Joerly Vitor (Republicanos)

Campos Sales: João Luiz (PDT)

Cariús: Wilamar Palacio (PL)

Choró: Marcondes Jucá (PL)

General Sampaio: Francisco Cordeiro (PDT)

Ibicuitinga: Franzé Carneiro (PDT)

Jaguaruana: Elias Oliveira (PCdoB)

Jardim: Dr. Aniziario Costa (PSB)

Penaforte: Dr. Rafael Ferreira (MDB)

Potengi: Edson Veriato (Psol)

Saboeiro: Marcondes Ferraz (PDT)

Santana do Acaraú: Francisco das Chagas Mendes (PL)

Lote de vacinas contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos chega ao Brasil

 

(FOTO/ Erasmo Salomão/MS).

O primeiro lote de vacinas contra a covid-19 específica para crianças chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13). A Pfizer entregou um lote de 1,2 milhões de doses do imunizante, desembarcado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O país tem uma população de cerca de 20 milhões de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. Portanto, o lote recebido alcançará pouco mais de 5% do público alvo. A Agência Nacional de Vigilância sanitária aprovou o imunizante e recomendou sua aplicação em 16 dezembro.

Assim, com um mês de atraso se inicia a distribuição – de forma proporcional à população de cada estado, que se encarregará do calendário da vacinação. Crianças com comorbidades, com deficiência, indígenas e quilombolas serão as primeiras a receber as vacinas contra a covid-19 a partir desta sexta (14). Em seguida, a ordem de aplicação será decrescente, ou seja, das mais velhas para as mais novas. Porém, o Ministério da Saúde recomenda prioridade para a vacinação de crianças que convivem com pessoas dos grupos de maior risco.

Crime contra a infância

Porém, os pais não serão obrigados a dar as vacinas nas crianças, o que pode dificultar o alcance do programa de imunização, apesar dos alertas de especialistas para essa necessidade. Além disso, próprio presidente Jair Bolsonaro estimula seus apoiadores a fazer campanha contra as vacinas, inclusive para crianças.

O pastor evangélico Silas Malafaia, ferrenho militante bolsonarista, chegou a postar em seu Twitter que vacinar crianças é um “verdadeiro infanticídio” e que os “números provam” que não haveria necessidade. Por essa prática, o Twitter excluiu 11 posts de Malafaia. O próprio presidente chegou a dizer que não vacinará a filha de 11 anos.

Desse modo, o presidente e seu ministro cometem mais um crime, desta vez contra o Estatuto da Criança e do Adolescente. Quem observa é o advogado Ariel de Castro Alves, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Cientistas e pesquisadores têm alertado que a variante ômicron, que se propaga em velocidade acelerada, não pode ser tratada como “branda”. Isso porque existe o risco de problemas físicos, respiratórios e até cognitivos que podem acompanhar no futuro uma criança infectada hoje pela covid-19 hoje. “É mais importante os pais se preocuparem com possíveis efeitos de longo prazo em crianças infectadas do que com qualquer suposto risco de tomar uma vacina”, alertou na semana passada o médico Stanley Spinner, diretor de Pediatria Infantil do estado do Texas, nos Estados Unidos.

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Com informações da RBA. Clique aqui e leia o texto completo.

Cidade preparada para as eleições

 

Praça da Sé, em Crato. (FOTO/ Reprodução/ Fooba).

Por Alexandre Lucas, Colunista

Urbanização sem planejamento e participação popular é negar o direito à cidade.  Planejar a ocupação espacial e a sua urbanidade exige ciência e a observância dos devidos   elementos que interligam a cidade.  As intervenções urbanas afetam as relações humanas e suas transversalidades como o meio ambiente, economia, segurança e as práticas sociais, ou seja, é impossível separar o inseparável, dito de outra forma, a ação humana de alteração do espaço urbano modifica as formas de acessibilidade e interação com o espaço, isso pode ser positivo, mas também pode provocar danos irreparáveis, como por exemplo o aumento de acidentes no trânsito  ou ainda implicações  no escoamento das águas.

Planejar a cidade não pode ser um tiro no escuro, não pode desprezar a ciência e eleger uma vontade ideogicamente construída, a exemplo das práticas populistas e equivocadas de apontar o censo comum como parâmetro para definir   políticas que exigem uma tomada de decisão política alinhada à ciência, a racionalidade e a redução dos impactos ambientais.

Concomitantemente o planejamento deve alinhar ciência com participação popular, o que muda completamente uma roteirização urbanística orientada pelo senso comum.  É preciso escutar e deliberar em conjunto com os movimentos sociais e a população, para compreender de forma mais apurada, as demandas locais e não aniquilar a memória dos lugares e as práticas saudáveis da população. Esconder e negar o protagonismo dos movimentos sociais e comunitários nos rumos e discussões sobre a cidade é uma forma evidente de negligenciar o direito à cidade, de excluir a participação popular e de criar uma urbanização de gabinete e eleitoral.

A cidade que tem a sua espacialidade esquartejada aprofunda os problemas estruturais e age no calor do imediatismo e do improviso, perdendo a sua dimensão macro e suas interligações.

O imediatismo e o improviso tem sido historicamente uma prática da urbanização que tem como viés de alcance ser moeda de troca eleitoral.  O desenfreado processo de asfaltamento das áreas excluídas do direito à cidade é uma prova incontestável que se constrói uma cidade para eleições representada pelo irrestrito descompromisso com os impactos ambientais e a engenharia urbanística.

Esse é o retrato da maquiagem urbana que gera a cidade veloz, barulhenta, insegura  e  adoecedora e que ideologicamente   é  vendida como desenvolvida e moderna para esconder as fraturas sociais,  fruto do processo de produção e acumulação do capital que ergue espacialidades esquartejadas. 

Faz-se necessário debater o direito à cidade para compreender que a aparência esconde uma essência severamente perversa, complexa e alinhada aos interesses da classe economicamente dominante. Essa discussão está intimamente ligada à democratização da sociedade, se compreendemos a cidade como um sustentáculo das interações humanas.  Enquanto isso,  precisamos aglutinar forças para construir uma outra cidade, em que a defesa da vida esteja no primeiro plano.

Escola Santa Tereza, em Altaneira, funcionará em tempo integral

 

Escola Santa Tereza, em Altaneira, funcionará em tempo integral. (FOTO/ Reprodução/ Instagram).

Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (11/01) reuniram-se presencialmente, pela primeira vez desde a decretação da pandemia do novo Coronavírus, gestores, servidores, pais e estudantes da Escola Estadual Santa Tereza para deliberar sobre o início do ano letivo de 2022.

Na ocasião, observando todos os cuidados sanitários contra o contágio do vírus, o diretor Paulo Robson, auxiliado pelos demais membros da equipe de gestão da escola, professor Adeilton Silva (Coordenador), Douglas Romeiro (Assessor Financeiro) e Romário Feitosa (Secretário), apresentaram a proposta da Secretaria da Educação do Estado em converter a Escola Santa Tereza em Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI).

A princípio, foram apresentadas as principais características de uma Escola Estadual em Tempo Integral e a evolução histórica das mesmas em todo o estado do Ceará desde 2016, totalizando 261 em 2022.

O coordenador escolar, professor Adeilton Silva, ressaltou que, a partir de 2022, será obrigatório a implantação do Novo Ensino Médio em todo o país e que, com a conversão da escola em TI facilitaria muito a adaptação dos jovens altaneirenses.

Foram discutidos também vários assuntos referentes às melhorias (estruturais e pedagógicas) que serão ofertadas aos estudantes do ensino médio de Altaneira, enfatizando que tal mudança ocorrerá apenas para as turmas de 1ª série em 2022. Os estudantes de 2ª e 3ª séries continuarão estudando em período parcial até que toda escola conclua a transição em 2024.

Para encerrar, o diretor frizou que também será ofertada uma turma de 1ª série para aqueles jovens que optarem continuar seus estudos na modalidade parcial, no turno noturno, bem como uma nova turma de Educação de Jovens e Adultos para aqueles que, em algum momento da vida, precisaram interromper seus estudos.

Não há dúvidas do quanto a escola em tempo integral pode favorecer na melhora de aprendizagem dos jovens. Não é só a questão do tempo do estudante na escola, isso já conta muito, mas também do leque de oportunidades que se apresenta para ele. Fico muito feliz com a decisão da comunidade em abraçar essa proposta e bastante esperançoso com o futuro de nossos jovenssustentou o diretor Paulo.

Após ampla discussão a proposta de conversão da escola para funcionamento em tempo integral foi aprovada por unanimidade e as informações necessárias já foram encaminhadas à 18ª Crede para continuidade no processo.

O diretor Paulo Robson usou as redes sociais para comunicar a decisão a comunidade escolar.

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Com informações do BA.

Livro "Ideias para adiar o fim do mundo", do líder indígena Ailton Krenak, está esgotado

 

Ailton Krenak. (FOTO/ Reprodução/ Buala).

Por Nicolau Neto, editor

Ailton Alves Lacerda Krenak, ou simplesmente Ailton Krenak, é um dos brasileiros que está na lista dos autores de um dos livros mais vendidos entre 2019 e 2020.  A obra em questão é “Ideias para Adiar o Fim do Mundo.”

No site da Companhia das Letras, responsável pela edição, o livro já está esgotado. No site “Tag Loja" também.

Produto Esgotado

Avise-me quando este produto estiver disponível, diz a mensagem.

Ailton Krenak nasceu em 1953 na região do vale do rio Doce e é um dos líderes indígenas mais conhecidos e atuantes do país. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, ele chegou a organizar a Aliança dos Povos da Floresta, reunindo comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia e é doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.


Livro "Ideias para adiar o fim do mundo". (FOTO/ Reprodução/ Companhia das Letras).

Em “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”, Ailton Krenak, faz críticas a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Segundo ele, essa humanidade seria aquela “que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô". Segundo informações no site da editora, “essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais.”

Para o líder indígena, “somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo”.

O livro está acessível financeiramente. No site Companhia das Letras, ele está por R$ 19,44.

Sidney Poitier destruiu estereótipos raciais com os papéis que assumiu

 

Foto: © Reuters/Danny Moloshok/Direitos reservados.

O ícone de Hollywood Sidney Poitier morreu nesta sexta-feira em sua terra natal, as Bahamas. Tinha 94 anos. E se existe alguém na história de Hollywood —e do cinema mundial— responsável por quebrar as barreiras de cor e raça nas telas de cinema, esse alguém é o lendário ator, diretor e ativista Sidney Poitier.

Mas, para além disso, Poitier inaugurou também outro grande paradigma. Tornou-se um dos maiores chamarizes de bilheteria dos anos 1960, estrelando alguns dos vários clássicos do cinema produzidos naquela década.

Com isso, criou um legado cinematográfico distinto ao protagonizar, por exemplo, três filmes icônicos no mesmo ano. No caso, o ano era 1967. A segregação racial ainda prevalecia e o regime do apartheid ainda era institucionalizado em grande parte do território sul-africano. Ainda assim foi ele o maior astro do cinema daquele fatídico ano.

Poitier deu o nome no drama “Adivinhe Quem Vem para Jantar”, em que interpretou um homem negro com uma noiva branca. Em “No Calor da Noite”, ele era Virgil Tibbs, um policial negro que enfrenta o racismo durante uma investigação de assassinato. E, por fim, naquele mesmo ano, ele também interpretou o desafio de ser um professor negro que conquista os corações dos alunos brancos de uma difícil escola de Londres no clássico “Ao Mestre, com Carinho”.

Com isso, Sidney Poitier se tornou, indiscutivelmente, a primeira estrela negra de imensa magnitude a brilhar no firmamento de uma Hollywood ainda nada diversa e, por que não dizer, estruturalmente racista. E, justamente por esse motivo, ele também representou a luta pelos direitos civis. Mas seu legado não para por aí.

Durante plena ebulição da luta pelos direitos civis dos cidadãos afro-americanos nos Estados Unidos, Poitier foi o primeiro ator negro a competir e ganhar um Globo de Ouro, seguido de um Oscar na categoria de ator principal, no ano de 1964, por sua memorável performance no drama “Uma Voz nas Sombras”. Na trama, assumiu o papel de um faz-tudo que ajuda freiras alemãs a construir uma capela no deserto.

Cinco anos antes, Poitier já havia se tornado o primeiro ator negro indicado ao Oscar de ator principal, por seu trabalho em “Acorrentados”. Em 2002, o astro das Bahamas retornaria à cerimônia do Oscar para receber a sua segunda estatueta em vida, dessa vez honorária, por seu legado artístico na indústria cinematográfica. Um legado exemplar que, sem dúvidas, atravessará ainda muitas e muitas gerações.

Poitier era alto e bonitão, com um tom de voz grave, porém sedutoramente suave, e dono de um porte nobre, quase principesco. O ator projetou um ar de dignidade silenciosa em papéis que destruíram os estereótipos raciais, isso há mais de 60 anos.

Não era nem a caricatura do negro engraçado com pouca —ou nenhuma— erudição e tampouco a figura cabisbaixa e subserviente que entrava e saía calada nos cenários de hotéis de luxo vestindo uniforme e carregando as malas dos protagonistas brancos.

Poitier foi a personificação do homem negro culto, bem-sucedido, de classe média. Uma nova visão no ecrã das salas de cinema do mundo que inspirou e motivou não somente afro-americanos, como todos os jovens não brancos do mundo.

Se hoje temos astros negros internacionais de primeiríssima grandeza, do porte de Will Smith, Omar Sy, Idris Elba ou Denzel Washington, isso se deve a Sidney Poitier, o pioneiro de todos eles. Foi ele o responsável por pavimentar o árduo e solitário caminho por onde esses astros hoje caminham com graça e muito mais leveza.

Seus outros filmes clássicos da época incluem “Quando Só o Coração Vê”, de 1965, no qual seu personagem faz amizade com uma garota cega e branca; “Sementes de Violência”, de 1955, e “O Sol Tornará a Brilhar”, de 1961, trama que Poitier também apresentou posteriormente nos palcos da Broadway.

Nascido em Miami em 20 de fevereiro de 1927, Poitier foi criado em uma fazenda de tomates nas Bahamas e teve apenas um ano de estudos formais. Ele lutou contra a pobreza, o analfabetismo e o preconceito para se tornar um dos primeiros atores negros a ser conhecido e aceito em papéis importantes e de protagonismo pelo público.

Poitier escolheu seus papéis com cuidado, negando várias ofertas e enterrando a velha ideia de Hollywood de que atores negros só podiam aparecer em contextos degradantes, como engraxates, maquinistas ou empregadas domésticas. “Eu te amo, eu te respeito, eu te imito”, Denzel Washington, outro vencedor do Oscar, disse certa vez a Poitier em uma cerimônia pública.

Evoé ao mestre. Com carinho. Digo eu.

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Por Sabrina Fidalgo, originalmente na Folha de S. Paulo e replicado no Geledés.