No Roda Viva, Boulos falou sobre desigualdade,segurança pública, racismo e principais pontos do seu programa


A serenidade no olhar de quem emplacou um Roda Viva. (Foto: Reprodução/ Mídia Ninja).

Na noite desta segunda-feira, um líder sem teto sentou no centro do mais tradicional programa de entrevistas políticas do país, o Roda Viva. Guilherme Boulos, pré candidato à presidência pelo PSOL, debateu por duas horas sobre os principais desafios do país, a crise econômica e política, ocupações urbanas, racismo e desigualdade social.

As principais questões giraram em torno das medidas econômicas destacadas pelo programa do líder sem teto, em que ele propõe a taxação de lucros e dividendos e, dessa forma, uma reforma tributária.

Economia

Não acho que um regime econômico em que 1% tem mais 60% pode ser um sistema considerado que deu certo. Temos que fazer uma profunda reforma tributária. Hoje o Brasil trabalha como um Robin Hood ao contrário, que tira dos mais pobres e dá para os super ricos”, afirmou o Boulos.

Sobre a condução econômica, desfiou críticas a Temer, assinalando que sua primeira medida, caso eleito, será um plebiscito para rever as reformas trabalhista e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.

Nos últimos 2 anos, o Brasil recuou 40 ou 50 anos com as medidas. Quando o técnico é o Temer, qualquer esforço é difícil para ganhar. A maior expressão disso é que o governo temer é o mais rejeitado da nossa história republicana”, disse.

A retomada do crescimento econômico, por outro lado, é um tema que esbarra no investimento econômico, travado pelo congelamento de gastos públicos. Reduzir investimentos, para Boulos, é o caminho inverso para o país voltar a crescer e produzir empregos.

Questionado sobre a política econômica no governo Dilma, ele criticou justamente o ajuste fiscal promovido pela petista em 2015, quando colocou Joaquim Levy no posto de Ministro da Fazenda.

Acho que é um debate que precisamos fazer, quando pessoas que vem do mercado financeiro, como Levy do Bradesco, e Henrique Meirelles, com um vasto currículo em instituições financeiras, assumem a economia do país”, questionou o presidencial psolista.

Segurança pública e racismo

O racismo estrutural é uma realidade no Brasil, que se traduz na sub representação de negros e negras no Congresso, nas vagas de lideranças de grandes empresas e, por outro lado, na sobre representação nas penitenciárias e no número de homicídios contra jovens negros.

Combater essa realidade, que se perpetua, é um desafio que, para Boulos, é central. Em sua opinião, o Brasil não superou a escravidão, questão fundamental nas desigualdades raciais.

Para nós, uma questão essencial é combater o genocídio da população negra. As pessoas estão morrendo, e quem morre tem raça, cor, endereço e idade. Precisamos de uma política de segurança pública que começa com a desmilitarização”, apontou o pré candidato.

Reforma agrária, demarcação de terras indígenas e quilombolas

O tema da reforma agrária e de um projeto de desenvolvimento que dialogue com as comunidades indígenas e quilombolas também foi destacado. Essas realidades, aparentemente distantes, se chocam quando olhamos para o agronegócio e sua expansão sobre matas e terras protegidas.

O líder sem teto reafirmou sua posição de que o estado brasileiro deve retomar a demarcação de terras indígenas e quilombolas, processo que caiu gradativamente nos últimos dez anos, chegando a zero no atual governo.

É preciso que haja desapropriação das terras em um país que 1% possui a maior parte da terra. Isso precisa ser enfrentado. Até porque, a maioria do alimento que chega na mesa de quem está nos assistindo, não vem do agronegócio, vem da agricultura familiar”, explicou.

Para tanto, Boulos atrelou a construção da sua chapa presidencial a uma série de movimentos sociais, principalmente à sua vice, Sônia Guajajara, líder da Articulação dos Povos Indígenas (APIB).

Sou o candidato à presidência mais jovem da história, e tenho ao meu lado a primeira indígena em 518 anos a ocupar o espaço de vice em uma chapa presidencial”, pontuou.

Ocupações

Sobre as ocupações, Boulos reforça que o que temos que nos perguntar é porque as pessoas estão ocupando prédios e morando em situações adversas ao invés de criminalizar os movimentos de moradia popular no país “É fácil criminalizar, chamar de vagabundo. O que leva as pessoas a ocupar não é escolha, é a falta de alternativa. É chegar no fim do mês e ter que decidir se paga o aluguel ou se bota comida na mesa. O descaso com a moradia é total. Hoje no Brasil temos 6 milhões e 300 mil famílias sem teto. Ao mesmo tempo existem 7 milhões de imóveis em situação irregular. O Poder público tinha que requalificar esses imóveis e destinar para moradia popular.”

Ainda na luta sobre moradia, Boulos mostra lucidez ao apontar que para esse enfrentamento é preciso solidariedade. Quando confrontado por não viver em uma ocupação e ser liderança de um dos maiores movimentos que buscam moradia digna no país, Guilherme afirma: “Não precisa ter passado fome para se solidarizar e lutar contra a fome no Brasil. Nós não vamos construir um novo Brasil sem esse ingrediente fundamental. O MTST foi a coisa que mais me encantou, foi ver como o movimento dá mais que uma casa, dá esperança para as pessoas.”

Ao ser questionado sobre a linha política de seu partido, o pré candidato afirma que fazer parte do Psol não significa apoiar um modelo de governo mas entender o socialismo como maneira de enxergar além dos privilégios e combatê-los para promover mudanças.

O Brasil precisa do seu próprio caminho. O que nós não acreditamos é que hoje no brasil seja possível governar para as maiorias sem combater privilégios. O que está posto hoje é que para que a gente possa avançar em direitos sociais para as maiorias ou em qualquer área social, temos que enfrentar privilégios. E ninguém abre mão de privilégios de boa vontade”. 
Defesa a Lula

Como ser candidato do PSOL e defender Lula? Se faz tanta defesa a Lula, porque não se filiou ao PT? Você é o herdeiro político de Lula? Questões como essa se somaram e trouxeram ao foco do debate a relação entre Boulos e o líder petista, que completou hoje (8) 30 dias de prisão.

Questões como essa estão colocadas no cenário da esquerda, em que Boulos, um candidato que surgiu dos movimentos sociais, transita sem os mesmos compromissos dos políticos tradicionais.

É nesse sentido que, a defesa de Lula, não se fez, segundo Boulos, através do fisiologismo tradicional da política brasileira, mas em defesa da democracia brasileira, uma vez que para ele a prisão de Lula foi “casuística e injusta”. “Hoje faz um mês da prisão arbitrária do presidente Lula, enquanto Vemos o caso do Temer pedindo dinheiro para Cunha e seu braço direito correndo como mala de dinheiro e O Aécio Neves, que disse que mataria o próprio primo, está fazendo lei no Congresso Nacional”,

Sobre isso, para o líder sem teto a justiça é seletiva e mira pessoas mais pobres, em um processo de punitivismo. “Quem é seletivo na aplicação das leis não somos nós, é o estado brasileiro, que julga diferente branco e preto, gente que mora no centro e quem mora na periferia. Juiz não é Deus, nós podemos sim questionar. A população carcerária dobrou nos últimos 10 anos, a maioria pobres e negros, a metade sem julgamento

Como faz parte de um movimento popular, seria impossível que a candidatura de Guilherme Boulos não fosse pautada nas reformas políticas, devolvendo assim os direitos do povo, massacrados pelo governo Temer. “A sociedade tem que pautar a economia e não a economia pautar a sociedade”. Para isso, o pré candidato defende prioritariamente duas medidas: reforma tributária e reforma política, e na segunda, reafirma que o seu programa é pautado e construído na diversidade. (Com informações da Mídia Ninja).


Ravi Timóteo, de Altaneira, é primeiro lugar no 9º Circuito de Corridas Farmácias Pague Menos, em Fortaleza


Ravi Timóteo é 1º Lugar no 9º Circuito de Corridas Farmácias Pague Menos. (Foto: Tiago Alves).

Cerca de 12 mil corredores participaram neste domingo, 06, em Fortaleza, do 9º Circuito de Corridas Farmácias Pague Menos. O evento vida promover a saudabilidade e o bem-estar por meio da prática de esportes, além de trazer atividades culturais e sustentáveis.

A competição envolveu percursos de 21, 10, 5 e 2 km com largada às 6h e os participantes encontraram no trajeto bandas de música, muitos postos de hidratação e “coelhos” que serviram para ditar o ritmo da prova.

O atleta de Altneira, Ravi Timóteo, resolveu participar da prova e percorreu os 10 km na categoria de 18 a 29 anos. A redação do Blog Negro Nicolau (BNN), seu treinador, o servidor público Tiago Alves, informou que Ravi tinha “um problema pessoal” para ser resolvido junto a uma equipe da capital cearense, o que teria motivado a competir nessa edição do circuito.

Ainda em conformidade com Tiago, o atleta altaneirense conseguiu ser campeão na sua categoria e de quebra ainda ficou na quinta colocação geral. Ravi traz na bagagem mais uma medalha de ouro e um troféu.

Para participar do evento, o corredor contou com o apoio do governo municipal em que pese a inscrição e também de patrocínios de particulares, como dos professores Nonato Torres e Adeilton, do Frigorífico Frigofrios, dos empresários Dean e Kai Anderson, do servidor público Zé de Izídio, além de Dariomar Rodrigues e Charles Leite.

Esse Circuito de Corridas segue para Belém (PA) em 10 de junho, depois para João Pessoa (PB) em 22 de julho e finaliza em Brasília (DF), no dia 2 de dezembro.



Homem chama fotógrafa de escrava e pergunta qual é o preço dela no mercado


A fotógrafa Mírian Rosa. (Foto: Reprodução/ Pragmatismo Político).

Homem chama fotógrafa de escrava e pergunta qual é o preço dela no mercado. A vítima ainda foi chamada de 'mucama', 'saco de lixo' e 'crioula maldita'. Agressor foi identificado pela polícia

Uma fotógrafa de 32 anos registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (2) depois de receber áudios de cunho racista via WhatsApp. A Polícia Civil investiga o caso, que aconteceu no Mato Grosso.

Nas mensagens, Mirian Rosa é chamada de ‘mucama’, ‘saco de lixo’, ‘crioula maldita’ entre outros xingamentos. O agressor teria usado um telefone de uma amiga de Mirian para gravar os áudios.

Desde quando preto é gente? Vou falar uma melhor: quem é você na fila do açougue? Eu vou responder para você: pobre não come carne. Então, nem na fila do açougue você entra, crioula maldita”, diz o homem em um dos áudios.

Mirian disse que conheceu superficialmente o agressor através de amigos em comum, mas que não manteve contato com ele depois disso. O nome dele é Rafael Andrejanini.

Ele saiu com uma amiga em comum e sentamos juntos em um bar. Vi que ele ficou incomodado com a minha presença, mas no dia não passou disso”, contou.

As mensagens racistas chegaram até Mirian depois que ela ignorou um áudio da antiga amiga. No áudio, a mulher criticava o cabelo da fotógrafa.

Em seguida, outros áudios do homem foram encaminhados. Neles, ele chama a fotógrafa de escrava e pergunta qual o preço dela no mercado.

Quero saber se você tem dono ou não. Fui no mercado de escravo no Porto e não vi nenhuma escrava no seu valor. Quero comprar uma escrava, mucama, cozinheira, faxineira ou algo assim para minha casa. Quero ver a crioulada trabalhar para mim”, continuou.

Pode dar tiro em crioulo, tacar fogo ele não sente nada. A única coisa que crioulo sente é ele no tronco e o chicote nas costas”.

Num dos últimos áudios, o homem ironicamente convida Mirian para um churrasco. “É o seguinte: vou queimar uma carne lá em casa. Preciso de você, como a matéria: o carvão e o saco de lixo para recolher o que restar”, diz.

Dona do telefone

Ouvida pela Polícia, a dona do telefone alegou que estava em um restaurante com o acusado e um grupo de amigos dele. Na ocasião, ela disse que foi ao banheiro e deixou o celular desbloqueado sob a mesa. A mulher, no entanto, diz que não sabe afirmar quem enviou os áudios pelo telefone dela.

Na quinta-feira (3), a Justiça concedeu medida protetiva para a fotógrafa. A decisão atende a um pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Com a decisão, Rafael Andrejanini deverá manter distância mínima de 500 metros da vítima e da família dela. Ele também fica proibido de manter contato com a vítima por meio telefônico, e-mail, mensagens de texto ou qualquer outro meio direto ou indireto.

Mulheres negras

O Instituto Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) repudiou em carta aberta o ataque racista sofrido pela fotógrafa.

Este senhor violentou não somente uma mulher negra, mas à coletividade destas mulheres que, como Miriam, são trabalhadoras e ganham a vida, compondo, hoje no Brasil, a maioria entre as chefes de família”, diz trecho do documento. (Com informações do Pragmatismo Político).

“Estou fazendo o possível para não retirar” o transporte dos universitários, diz prefeito de Altaneira



Prefeito de Altaneira, Dariomar Rodrigues, diz
que fará o possível para não retirar transporte dos
universitários. (Foto: Divulgação).
Um dos assuntos mais badalados dos últimos dias em Altaneira foi a possibilidade da retirada dos transportes responsáveis por conduzir universitários às universidades localizadas em Crato e Juazeiro do Norte pela administração municipal.

O assunto ganhou corpo tão logo o vereador professor Adeilton (PSD) publicou em seu blog afirmando que havia recebido “mensagens e ligações de universitários preocupados com a situação dos transportes” às universidades. Ao lembrar que a gratuidade dessa oferta pelo município que atende ao que dispõe a Lei Orgânica em seu Art. 189, o parlamentar afirma que de acordo com relatos dos universitários o prefeito “irá cancelar o convênio firmado entre o Município e a Associação”.

Adeilton diz ainda que a situação “deixa evidente o interesse do gestor em desrespeitar mais uma lei e dessa vez a nossa lei maior (Lei Orgânica). Acredito que nessa reunião o mesmo deverá propor uma ajuda de custo mensal num percentual em cima das despesas comprovadas pelos universitários com transporte” e realçou que “pensando nisso”, já solicitou “que os mesmos realizassem um levantamento de quantos veículos de alugueis serão necessários para transportar nossos universitários e os respectivos valores”.

O assunto deixou a classe estudantil apreensiva e segundo o Blog de Altaneira (BA), o presidente da Associação dos Universitários de Altaneira (AUNA), Carlos Renir, destacou que a entidade lutará para assegurar o cumprimento do disposto na Lei Orgânica do Município.

Renir frisou também que a AUNA irá disponibilizar uma planilha com todos os gastos mensais e o orçamento que se poderia ter com transporte particular. “Devemos estar sempre pedindo o que a lei maior do município nos concede” concluiu Renir. O sentimento do presidente foi partilhado ainda pelo universitário André Victor. “O Direito está previsto na Lei maior do Município, e o mínimo que se pode fazer é cumprir. Se assim não for feito, vamos procurar os meios legais de cumprimento”, pontuou este.

A redação do Blog Negro Nicolau (BNN) entrou em contato com o Secretário de Governo, o professor Deza Soares e com o prefeito, Dariomar Rodrigues (PT), visando saber qual o posicionamento da gestão em relação ao caso.

Ao BNN Deza informou que ainda não se tinha informações concretas acerca do tema.

O prefeito argumentou que “está muito difícil adequar a receita a despesa”. Segundo ele, o município perdeu “mais de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por mês pela queda da educação em 2016”.

Quanto ao corte dos transportes disponíveis aos universitários, Dariomar destacou – “estou fazendo o possível para não retirar”.

Segundo informações veiculadas já há uma reunião marcada para o próximo sábado, 12, para discutir a temática.


Bolsonoro e seu currículo. Em 27 anos como deputado, tem dois projetos aprovados


Em votações importantes, Bolsonaro votou a favor da Reforma Trabalhista e da Pec do Teto de Gastos.
(Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados).

Cumprindo mandatos na Câmara dos Deputados desde 1991, Jair Bolsonaro (PSL-RJ) já apresentou cerca de 170 projetos de lei em 27 anos. Entretanto, até hoje, apenas dois foram aprovados. Entrevistados pela RBA apontam que o problema da não aprovação é a falta de qualidade dos projetos, que vai de homenagem ao ex-deputado federal Enéas Carneiro à autorização para aplaudir a bandeira nacional após a execução do hino. Ou ainda sustar o uso de nome social para travestis e transexuais nos Boletins de Ocorrência e também nas instituições de ensino.

De acordo com o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), a falta de aprovação de projetos do parlamentar mostra que Bolsonaro não possui eficiência com a bancada mais conservadora da Câmara. "O problema é qualidade dos projetos. Para mim, isso é o fundamental. Num parlamento majoritariamente conservador, teoricamente, os projetos conservadores também seriam aprovados", afirma.

O deputado que defende pautas ligadas aos militares e à segurança pública teve seus dois únicos projetos aprovados fora desse segmento. Viraram lei uma proposta que estende o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para produtos de informática e outro que autoriza o uso da chamada a fosfoetanolamina sintética, a "pílula do câncer".

"Ter só dois projetos aprovados é extremamente negativo. Por mais inexpressivo que seja o parlamentar, ele consegue convencer seus pares a transformar seus projetos em leis. Em 26 anos, aprovar dois projetos inexpressivos, é muito pouco. Ele tem total interesse na pauta de segurança e é ineficaz em relação a ela, sem conseguir aprovar nada", critica o diretor de Documentação do Departamento Intersindical  de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto Queiroz, o Toninho.

Projetos e votações

No ano passado, o deputado Jair Bolsonaro apresentou o Projeto de Lei (PL) 7699/2017 que tem como objetivo inscrever o nome do ex-deputado federal Éneas Ferreira Carneiro no Livro dos Heróis da Pátria. "Seu valoroso nacionalismo e sua oposição ao comunismo o qualificam como herói da pátria", justificou no projeto.

Já em 2013, Bolsonaro tentou aprovar o PL 6055/2013, que busca revogar a Lei 12.845, sancionado em agosto de 2013, que obriga todos os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer às vítimas da violência sexual um atendimento “emergencial, integral e multidisciplinar", entre eles, a oferta de serviços de "profilaxia da gravidez" para vítimas de estupro. Para o deputado, a medida provava "o compromisso do governo Dilma Rousseff com a legalização do aborto".

Neste ano, o Projeto de Lei apresentado pelo parlamentar foi o 9564/2018 que visa tornar "excludente de ilicitude" as ações dos agentes federais na intervenção federal no Rio de Janeiro. Para Glauber Braga é um absurdo e tira o acompanhamento das atividades dos militares.

"Em todo e qualquer homicídio, em qualquer hipótese, tem que haver um processo de investigação. Tirar a hipótese de investigação, dizendo que as ações dos militares não são ilícitas, é uma medida absurda", critica o deputado do Psol.

Não só os projetos de Bolsonaro são criticados, mas também suas votações no Plenário da Câmara. O deputado também votou contra os trabalhadores nas duas sessões sobre a reforma trabalhista e se absteve da votação do projeto de lei 4302/98, que permite a terceirização total.

Bolsonaro também aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que congelou os gastos do governo por 20 anos. Além do voto a favor do impeachment Dilma Rousseff, em 2016, ele dedicou a fala ao torturador da ditadura civil-militar e ex-chefe do DOI-Codi, Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

"O mandato dele é horroroso. O Bolsonaro tem votado contra os trabalhadores. Lembro dele ter dito que era contra a PEC do teto (de gastos), mas após um final de semana misterioso, votou a favor da proposta. Ele se absteve na votação da terceirização, mas o filho votou a favor. Então, ele tem composto a agenda de desmonte do Estado brasileiro. Ele é uma direita conservadora e entreguista", acrescenta Glauber Braga.

Já para Toninho, do Diap, o mandato dele é nulo para a classe trabalhadora. "Você não vê um projeto dele que contribua para a inclusão social, que crie oportunidade para as pessoas carentes. Não tem impacto positivo na cidadania da pessoas. Recentemente, ele disse que os sindicatos deveriam acabar. Não tem compromisso com o trabalhador. É um parlamentar que não faria falta."

Em 2017, o Diap selecionou os 100 deputados e senadores de maior relevância no Congresso Nacional. A lista leva em consideração o cargo ocupado pelo parlamentar no Congresso, a influência sobre os demais colegas na tomada de decisões e o envolvimento na discussão de matérias relevantes. Bolsonaro não apareceu na lista. (Com informações da RBA).

Confira mais alguns dos projetos com autoria de Jair Bolsonaro:
 - PEC 191/2016Acresce parágrafo único ao art. 88 da Constituição Federal, para determinar que o Ministro da Defesa seja escolhido entre os Oficiais Generais das Forças Armadas. - Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 18/2015Ficam sustados os efeitos do inteiro teor das Resoluções nº 11, de 18 de dezembro de 2014, e nº 12, de 16 de janeiro de 2015, do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), da Secretaria de Direitos Humanos, ambas publicadas na Seção 1 do Diário Oficial da União nº 48, de 12 de março de 2015. As Resoluções garantem o uso de nome social para travestis e transexuais nos Boletins de Ocorrência e também nas instituições de ensino. - PL 443/2015Denomina "Mar Presidente Médici - Amazônia Azul" a Zona Econômica Exclusiva brasileira, faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. - PL 106/2007Acrescenta inciso ao art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos. O texto Inclui como crime hediondo o roubo de veículos automotores. - PL 4273/2001Altera a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que "dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias, defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220, da Constituição Federal", para proibir o consumo de bebidas alcoólicas em aeronaves comerciais. Proíbe uso de bebidas alcoólicas nos aviões. - PL 3662/2000 Concede anistia de multas aplicadas a militares com base no art. 15, inciso I, "e", da Lei nº 8.025, de 12 de abril de 1990.Anistia as multas aplicadas aos militares por irregularidades na ocupação de imóveis funcionais. - PL 2341/1996Dá nova redação ao "caput" e acrescenta parágrafo 1º ao artigo 30 da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, que "dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências". O texto admite o uso de palmas como forma de homenagem após o final da execução do hino que estiver sendo executado, com a presença da bandeira nacional. - PL 1736/1996Proíbe o uso de vocábulos estrangeiros na identificação de estabelecimentos comerciais, bem como nos anúncios e nos rótulos de mercadorias.
 - PL 1323/1995Dispõe a instituição do Dia do Detetive Profissional. - PDC 365/1993Torna sem efeito o Decreto de 25 de maio de 1992, que homologa a demarcação administrativa da terra indígena Yanomani nos estados de Roraima e Amazonas.

Com participação de atletas de vários estados, 7ª edição do Interestadual de Kung Fu Wushu é realizada em Nova Olinda


7ª Edição do Interestadual de Kung fu é realizada em Nova Olinda. (Foto: Lucélia Muniz).

Foi aberto na noite deste sábado, 05, no Ginásio Poliesportivo Laurênio Alves Feitosa, no centro da cidade de Nova Olinda, VII Campeonato Interestadual de Kung Fu Wushu, idealizado pela Associação Cearense de Artes Marciais Chinesas – ACAMC em parceria com a prefeitura, com o SESC e apoio da Federação Cearense de Kung Fú Wushu - FCKW.

O Ginásio municipal ficou pequeno para o público que lotou as arquibancadas para a abertura deste magnífico evento”, foi assim que a professora e blogueira Lucélia Muniz definiu o campeonato em seu Blog Ubuntu Notícias. Segundo ela, a abertura contou com a presença de autoridades dos municípios de Nova Olinda, Altaneira, Santana do Cariri e as delegações de atletas do Norte-Nordeste.

Conforme relato do referido blog, a vereadora Lourdes da Saúde com assento na Câmara de Nova Olinda pelo PRTB, afirmou que o Kung Fú, dentre as diversas modalidades no município, vem se destacando e representando os munícipes em outros estados.

Vereadora Lourdes da Saúde por ocasião da abertura da
7ª Edição do Interestadual de Kung Fu.
(Foto: Lucélia Muniz).
Aqui estão presentes vários novo-olindenses, várias crianças e jovens, e isso é importante, o esporte retira das ruas, previne das drogas. Só de você ver a felicidade de uma criança se dedicando a um esporte, recebendo uma oportunidade, isso é muito gratificante”, pontuou a parlamentar.


A competição envolveu diversas modalidades do Kung Fú Wushu, como Sanda Profissional, Wushu Sanda, Wushu Tradicional, Wushu Moderno, Wushu Interno, Wushu Livre e Lutas de Shuaijiao com a participação também de atletas anfitriões e de municípios vizinhos, como Altaneira e Santana do Cariri que competiram em categorias profissionais e amadoras.

Lutas

Na categoria 56 kg Rian Butantan do Ceará enfrentou Gabriel Santana da Bahia. O novo-olindense Samuel Sanda deveria enfrentar Jairo Moraes do Ceará, mas se machucou pouco antes da luta e foi substituído pelo altaneirense Cleodimar Rodrigues que venceu a luta. 

Na categoria feminino até 56 kg, Dani Brito do Rio Grande do Norte enfrentou Taís Cantanhede do Maranhão. Nos 60 kg, Nilwelison Paiva do Piauí enfrentou Dil Freitas do Ceará. Na categoria 65 kg, Fabio Buriti do Piauí enfrentou Emmanuel Firmino de Alagoas. Ainda nos 65 kg, Ismael Lobo do Ceará enfrentou Francisco Rafael do Pernambuco e Jhonatas Cristians do Ceará enfrentou Arnaldo Valney do Pernambuco. Nos 75 kg Deivid Moicano do Ceará enfrentou José Paiva da Bahia. Nos 65 kg ainda tivemos Luan Victor de Alagoas enfrentando Kelton Carvalho do Ceará.

Na categoria feminino 65 kg, Kelly Silva do Pernambuco enfrentou Alexandra Quintino do Ceará. Na categoria 70 kg tivemos Wilson Rodrigo do Alagoas enfrentando Anderson Silva do Ceará e Ilbison Maicon do Pernambuco enfrentando Cleicimar Silva do Acre. Já entre os que possuíam até 80 kg, Luiz Daleon do Alagoas enfrentou Paulo Xavier do Rio Grande do Norte, Luiz Daniel da Bahia enfrentou Jordan Mayron do Pernambuco e Jucenei Vandamme de Santana do Cariri enfrentou Roney Conceição da Bahia. Nos 90 kg tivemos Ícaro Ricardo do Rio Grande do Norte versus Moacir Souza da Bahia. Estes foram alguns dos embates do certame.

Na manhã deste domingo, 06, a criançada da Associação Cearense de Artes Marciais Chinesas – ACAMC marcou presença em várias lutas. Destaque para Gabriel Freire que venceu na categoria 50 kg enfrentando um pernambucano.

Ainda de acordo com informações do Blog Ubuntu Notícias, o Presidente da Federação Cearense de Kung Fú Wushu – FCKW, Vladimir da Silva, destacou a presença dos que vieram prestigiar o evento e disse ser este, sem dúvida, o maior evento do Estado do Ceará. “É uma honra pra mim participar deste evento, participar um pouco da organização, mas que todo mérito seja dado ao Professor Batista e sua devotada esposa... o Professor Batista é uma das pessoas mais esforçadas que já conheci”, afirmou.




Dilma reafirma candidatura de Lula: ‘não pode um inocente ser retirado do pleito’


Dima discursa em Londres: candidatura de Lula é a condição para que a democracia seja mantida no país.
 (Foto: Fernando Donasci).


A ex-presidente Dilma Rousseff reafirmou neste sábado (5), em Londres, onde participou do Brazil Forum UK 2018, organizado por estudantes brasileiros no Reino Unido, a candidatura de Lula à presidência nas eleições deste ano. Segundo boletim divulgado pelo Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia, de Curitiba, a ex-presidente disse que “o PT não vai tirar Lula e nem vai oferecer outro candidato. Nós sustentamos a condição de inocente do Lula e não pode um inocente ser retirado do pleito por nós”. A conferência foi realizada na London School of Economics, e os estudantes receberam Dilma calorosamente.

O boletim também informou que a indígena Sônia Guajajara, pré-candidata à vice-presidência da República pelo PSol, visitou a Vigília #LulaLivre na manhã desse sábado. “Vim aqui defender o direito de Lula ser candidato”, disse Sônia em um ato na praça Olga Benário. "O povo é maioria e tem força. A gente não vai recuar", reforçou.

Atores e atrizes da peça Krum visitaram a vigília na manhã deste sábado. Eles levaram apoio ao ex-presidente Lula e ainda ajudaram a servir o almoço para o pessoal. “Aproveitamos que estamos com a peça em cartaz em Curitiba e viemos trazer nossa solidariedade ao pessoal da Vigília e ao Lula, com cinco profissionais da peça", disse Inês Viana, atriz e diretora do Rio de Janeiro.

O prefeito de Hortolândia (SP), Ângelo Perugini (PDT), e o ex-prefeito de Pouso Alegre (MG), Agnaldo Perugini, visitaram o acampamento Marisa Letícia na tarde deste sábado.

Balanço de atividades

Ao longo de quase 30 dias da Vigília Democrática #LulaLivre, milhares de pessoas têm circulado pela esquina Olga Benário. Desde o início do acampamento, já foram recebidas mais de 1,5 tonelada de alimentos não perecíveis, além de carnes e vegetais frescos. No período mais movimentado do acampamento foram servidas em média 1,4 mil almoços e 1,4 mil jantares diariamente. Além disso, já são quase 5 mil cartas escritas para o ex-presidente Lula. Visitantes do Equador, México, Itália, Colômbia, Guatemala, Argentina, França, Estados Unidos, Inglaterra e Noruega já passaram por lá para manifestar apoio e solidariedade a Lula e a mulheres e homens de todos os estados brasileiros que estão acampados em defesa da democracia.

Caravana

A Caravana #LulaLivre Piauí iniciou nesta sexta-feira (4) a sua quarta viagem pelo estado. O roteiro deste fim de semana tem: Pau D'Arco, Beneditinos, Alto Longá, São João da Serra, Novo Santo Antonio, Coivaras, Altos, Sigefredo Pacheco, Juazeiro, Castelo, Buriti dos Montes, São Miguel do Tapuio e Assunção. Somando as etapas anteriores, a caravana já soma 46 municípios do Piauí percorridos. A meta é andar em todo o estado levando a denúncia da prisão política de Lula, ouvindo os moradores e reforçando a luta por justiça e democracia. Participam de cada etapa da caravana parlamentares e militantes do movimento popular e sindical que em cada cidade recebem a adesão de prefeitos, estudantes, trabalhadores, comerciantes e artistas populares. (Com informações da RBA).

“É preciso botar o PMDB na oposição” pela primeira vez em 30 anos, diz Guilherme Boulos à Kennedy Alencar


"É preciso botar o PMDB na oposição", diz Guilherme Boulos. (Foto: Wanezza Soares).


O pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, diz que defenderá na campanha o fim dos “privilégios do 1% que manda no Estado e na política brasileira há muito tempo”. Em entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”, ele afirma que será preciso “botar o PMDB na oposição” pela primeira vez em 30 anos.

Boulos rebate a crítica de que sua candidatura defende uma plataforma irrealista para vencer e impraticável de ser aplicada caso se eleja. “O presidencialismo de coalizão faliu. Esse modelo de governalidade faliu.

Segundo ele, o governo Temer “fez em dois anos o Brasil andar 50 anos para trás”. Há “setores do Judiciário agindo politicamente”, diz. Boulos vê “escalada de violência” com o assassinato da vereadora Marielle Franco e o atentado contra o acampamento pró-Lula em Curitiba.

Avalia que a direita está mais fragmentada do que a esquerda. “Todas elas [as candidaturas de direita e centro-direita] são Temer. Algumas são Temer declarado. Algumas são Temer disfarçado”.

A respeito do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida na madrugada de terça em São Paulo, Boulos afirma que a responsabilidade é do poder público, “que deveria ter oferecido uma alternativa às famílias”. Ele vê “omissão do poder público” na tragédia de terça.

Diz que é preciso apurar se o incêndio foi criminoso, pois já houve casos desse tipo em São Paulo. Afirma que o ex-prefeito João Doria deu declaração “leviana” ao comentar que parte daquela ocupação fora feita pelo crime organizado. De acordo com ele, uma pessoa não faz uma ocupação “porque quer, mas por completa falta de alternativa”. (Com informações do Blog do Kennedy Alencar).