Tasso será candidato ao Governo do Ceará em 2018


Tasso Jereissati (PSDB) será candidato ao Governo do Ceará em 2018. A revelação é do tucano Luiz Pontes — aliado mais próximo do senador — ao jornalista Roberto Moreira. Tasso vem com tudo na oposição para enfrentar a oligarquia dos Ferreira Gomes.

Na sua chapa, o nome para o Senado é de Capitão Wagner, que deixa o PR e vai para o PROS.

A oposição, agora, tem dois nomes fortes para fazer frente ao grupo político dos FGs. (Com informações do Ceará News 7).


Tasso Jereissati e Capitão Wagner.  (Foto: Reprodução/ Ceará News 7).

Procuradora do Trabalho contesta dados sobre situação do trabalho infantil no Brasil, divulgados pelo IBGE


Na última quarta-feira (29), o IBGE divulgou os dados do trabalho infantil no Brasil, com base em nova metodologia utilizada na PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, que aponta 998 mil crianças e adolescentes trabalhando em atividades proibidas pela legislação, ou seja, em situação de trabalho infantil, tratando os demais casos mensurados como trabalho permitido.

Os números, embora alarmantes, não correspondem à realidade. Apontam falsa redução de mais de 1 milhão de crianças trabalhadoras, em relação ao ano 2015. Em pleno momento de retrocessos, em que se percebe cortes orçamentários nas políticas sociais estratégicas para o enfrentamento do trabalho infantil, como saúde e educação, assim como a precarização da fiscalização do trabalho infantil e escravo, a difusão destes números mais parece estratégia de invisibilizar o grave problema, por parte do atual governo. Trata-se de visível mascaramento da realidade social trágica de milhões de crianças e adolescentes que pode trazer efeitos perversos nas estratégias de enfrentamento do problema.

O IBGE deve uma explicação à sociedade brasileira sobre os dados apresentados, que contrariam uma série histórica e a realidade social, ocultando a triste realidade do trabalho que atinge um contingente de pelo menos 2,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, em sua maioria pretos e pardos.

A série histórica do trabalho infantil apurada nos anos 1992 a 2015, pelo IGBE, apontou redução gradativa, de 9,6 milhões para 2,6 milhões, desde o período em que o Estado brasileiro reconheceu a existência de trabalho infantil e escravo e se comprometeu internacionalmente a erradicar essas duas chagas sociais, heranças de uma sociedade escravocrata e socialmente desigual. Foram intensificadas fiscalizações e criados programas sociais de transferência de renda e enfrentamento do trabalho infantil. O Brasil se tornou referência mundial nas políticas adotadas, inclusive com o aumento dos níveis de escolaridade e retirada de crianças do trabalho, embora com grandes desafios ainda nas políticas de enfrentamento ao núcleo duro do trabalho infantil, aquele invisível, que ocorre na informalidade, nas ruas ou dentro da própria residência.

Do ponto de vista qualitativo, a PNAD aponta que as crianças mais atingidas pelo trabalho infantil mensurado são negras, atingindo, na faixa etária de 5 a 9 anos, o contingente de mais de 70%. As crianças invisíveis na PNAD – que trabalham para o próprio consumo e estão no trabalho doméstico – também são negras em sua maioria. Pesquisas censitárias realizadas no ano 2006, em São Paulo, e 2011, no território nacional apontam que mais de 60% das crianças que estão rua trabalham, tem residência e desse total mais de 70% são meninos negros, com baixa escolaridade. Além de constituir uma das piores formas de trabalho infantil, o trabalho nas ruas está ligado ao genocídio da juventude negra, como se pode identificar em casos recentes, como o de Ítalo e João Victor, com histórico de trabalho infantil nas ruas, na cidade de São Paulo.

O governo federal, assim, com o mascaramento do trabalho infantil nos dados oficiais agrava a desproteção social das crianças negras, mais vulneráveis aos trabalhos informais, precários, nas ruas, tentando se eximir da responsabilidade pela efetivação das políticas sociais necessárias ao acesso aos direitos sociais por estas crianças e suas famílias. A medida é muito grave e importa em negação de direitos fundamentais a uma parcela significativa da população infantil brasileira.

A sociedade deve estar atenta aos efeitos perversos do trabalho infantil, denunciar os casos identificados ao Ministério Público do Trabalho e outros órgãos de defesa, para que a responsabilização do poder público omisso seja levada a cabo e a proteção integral das crianças assegurada. A invisibilidade de mais de 1 milhão de crianças nos dados oficiais não pode passar invisível pela sociedade, que deve cumprir seu dever de proteger, denunciando assim, toda e qualquer situação de violação de direitos de crianças e adolescentes, sem desviar o olhar.

O IBGE deve uma explicação à sociedade brasileira sobre os dados apresentados, que contrariam uma série histórica e a realidade social, ocultando a triste realidade do trabalho que atinge um contingente de pelo menos 2,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, em sua maioria pretos e pardos. (Por Elisiane Santos*, no Ceert).


*Elisiane Santos é Procuradora do Trabalho, Coordenadora do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em São Paulo, Vice-Coordenadora da COORDIGUALDADE (Coordenadoria de Combate à Discriminação do Ministério Público do Trabalho), Especialista em Direito do Trabalho pela Fundação Faculdade de Direito da UFBA, Mestre em Filosofia pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Procuradora contesta dados sobre trabalho infantil, divulgados pelo IBGE. (Foto: Divulgação).

Maior Festival de Música do Brasil tem estrutura de som comandada por jovem altaneirense


Foi aberta na noite de ontem (09/12)  no estacionamento da Arena Castelão a 6ª edição do VillaMix, o Maior Festival de Música do Brasil. O Villa Mix Fortaleza ficou conhecido como uma das edições mais grandiosas do festival, com uma estrutura compatível a de renomados shows internacionais, com palco de gigantescas dimensões e o que há de melhor e mais moderno em termos de tecnologia, cenografia, iluminação, efeitos visuais e som.

Coube ao jovem altaneirense Sávio Soares, de 17 anos, o comando da equipe Mega Som, composta por 22 homens, responsável pelo som do Festival que contou com a participação dos das melhores atrações da música brasileira.

Na 6ª edição do VillaMix Fortaleza se apresentaram nomes como Jorge e Mateus, Simone e Simaria, Matheus e Kauan, Pedro e Benício, Xand Aviões, Luan Santana e Jonas Esticado dentre outros nomes de destaque.

O empresário Devanilton Soares, mais conhecido como Palito MegaSom, está em viagem ao Rio de Janeiro e compartilhou imagem de seu filho Sávio fazendo refeição nos preparativos do evento com a seguinte mensagem:

Queria diz o orgulho que tenho de vc e lhe dar os parabéns liderou uma equipe com toda responsabilidade com toda dedicação que deveria ter e tudo deu certo no maior festival de música do Brasil Villamix Mix Fortaleza eu precisava está ausente pra saber si realmente tinha a capacidade já que você tem tanta vontade de trabalhar na empresa e aprender, que sua força de vontade vença sempre é que Deus te abençoa em cada caminhar, esse é o começo de muitos novos projetos” escreveu Palito na rede social Facebook.

Sávio concluiu o ensino médio em Crato, foi aprovado em vestibular para os cursos de Administração e Direito, mas ainda não decidiu qual vai cursar.

Estou em dúvida onde estudar, mas não tenho nenhuma dúvida onde vou trabalhar. Vou seguir os passos do meu Pai e dar continuidade, melhorando ainda mais nesse ramo que mexe com corações e mentes das pessoas de todas as idades. Quero trabalhar e vou conciliar o trabalho com os estudos”, disse Sávio em contado com a administração do Blog. 
Sávio disse que também tem muito orgulho da história de seu pai, que começou em uma cidade de menos de cinco mil habitantes e hoje monta estrutura de som nos maiores eventos da Capital.

Inicialmente o objetivo de meu Pai era ser a melhor estrutura da região do Cariri, hoje estamos entre as melhores do Ceará e vamos trabalhar para entrar no seleto grupo das melhores do Brasil” disse o otimista Sávio Soares. (Com informações do Blog de Altaneira).

Sávio Soares (a direita) com o técnico de som Cobrinha nos bastidores do festival. (Foto: Divulgação).

Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para governador (a) do Ceará?


Foi lançado no último dia 26 de setembro no Blog Negro Nicolau enquete visando colher informações sobre a preferência de seus leitores e leitoras quanto a possíveis candidatos (as) ao Palácio da Abolição.

Quando do lançamento da enquete, afirmou-se que pretendia-se perceber como está o nível de politização de leitores (as) /eleitores (as) quanto ao acompanhamento do cenário trágico de crises econômica, política e de valores, ampliando a corrupção ao qual o país está acometido, bem como das ações desenvolvidas pelos atuais gestores e que para evitar qualquer angústia ou receio de quem pretenda participar da pesquisa, foi disponibilizado sugestões de nomes por ordem alfabética.

A pergunta é Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para governador (a) do Ceará? ”. Oito nomes foram colocados como sugestão, como Ailton Lopes (PSOL), Adelita Monteiro (PSOL), Camilo Santana (PT), Capitão Wagner (PR), Eunício Oliveira (PMDB), Renato Roseno (PSOL), Soraya Tubinambá (PSOL) e Tasso Jereissati (PSDB). Caso o (a) participante não se veja representado por nenhum destes (as), há a opção “outro (a)".

Quem ainda não votou, tem vinte e dois dias para participar da enquete que não se confunde com a pesquisa eleitoral na forma que se percebe no Art. 33, da Lei 9.504/97. Esta se configura simplesmente como um mero levantamento de opiniões, sem método científico e controle de amostra para sua realização, nesse tipo levantamento não existe rigor técnico e estatístico, dependendo, apenas, da participação espontânea do (a) interessado (a).

Para participar basta acessar o Blog Negro Nicolau a partir deste endereço e do lado superior direito escolher um dos nomes disponíveis. Estes não agradando, pode optar por “outro (a)".



Para votar, basta acessar o Blog Negro Nicolau e do lado superior direito escolher as opções. 

Geraldo Alckmin assume presidência do PSDB com discursos a favor das reformas


Defendendo as reformas trabalhista, Previdenciária e tributária, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu oficialmente, durante a convenção nacional do PSDB neste sábado (9), a presidência da legenda pelos próximos dois anos. O novo presidente do tucanato fez forte e duro discurso contra o ex-presidente Lula (PT) e afirmou que o petista será derrotado pela legenda nas urnas.

Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o método lulopetista de confundir para dividir, iludir para reinar. Mas vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos: ele quer voltar à cena do crime”, ressaltou Alckmin.

Para o novo presidente do PSDB, Lula será condenado nas urnas. “Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história. As urnas o condenarão pela frustração de projetos de milhões de famílias levadas ao desespero. As urnas o condenarão pelo desgoverno, pela destruição da Petrobras, por incitar o maior conflito entre os poderes da história recente”, afirmou.

Também com discurso contra Lula, que tem aparecido na liderança nas pesquisas sobre a disputa pelo Palácio do Planalto no próximo ano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que, apesar dos seus 86 anos indicarem tempo suficiente de vida e história, ainda há energia e prefere derrotar o ex-presidente Lula nas urnas do que vê-lo na cadeia. “Eu já ganhei do Lula duas vezes e temos energia para combatê-lo cara a cara. Eu prefiro combatê-lo na urna do que vê-lo na cadeia”, ressaltou.

O povo está enojado e irritado como todos nós. Sente como uma grande traição nacional. Temos que respeitar a percepção popular. As pessoas querem coisas simples: decência, transporte, segurança, trabalho”, disse FHC.

Eleito novo presidente da sigla, em chapa única e por aclamação, Alckmin foi ovacionado ao ser anunciado no palco da convenção. Ele subiu acompanhado do prefeito da capital paulista, João Doria. Na votação, 470 pessoas votaram a favor de Alckmin, contra três votos contrários e uma abstenção.

Alvo das delações da JBS, motivo que o fizeram se licenciar do partido, o senador Aécio Neves (MG) não compôs mesa e foi vaiado ao chegar à convenção. Na última semana enviou carta de despedida aos colegas fazendo um balanço positivo de sua gestão.

Pacificador

Alckmin foi convencido pelo ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a assumir o comando do partido para tentar pacificar a sigla. O PSDB vive uma crise interna desde a divulgação das delações da JBS, em maio deste ano. A agremiação rachou sobre a permanência na base de apoio de Temer, que foi denunciado duas vezes pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em decorrência das delações. Nas votações que arquivaram ambas as denúncias contra Temer, metade dos deputados do PSDB votaram pelo prosseguimento das ações.

Após o então presidente do PSDB, senador Aécio Neves, se licenciar do comando do partido e indicar o também senador Tasso Jereissati para assumir a presidência interina do tucanato, a crise no partido se agravou. Tasso engrossou o coro dos tucanos que pediam desembarque do governo Temer e desagradou a ala governista do PSDB.

No início de novembro, o governador de Goiás, Marconi Perillo, comunicou pessoalmente a Tasso sua intenção de concorrer à presidência do PSDB. Uma semana depois, Tasso também oficializou sua candidatura. Em reação à candidatura de Tasso e com as acusações de que o cearense estava usando a máquina do partido para se reeleger, Aécio destituiu Tasso do comando partidário e indicou o ex-governador de São Paulo e vice-presidente da sigla, Alberto Goldman, para garantir “isonomia” na disputa entre os tucanos.

Goldman, com apoio de FHC, trabalhou para convencer Alckmin a assumir a presidência tucana, por ser o único nome por quem Tasso e Marconi abririam mão da disputa. O governador paulista só aceitou a incumbência quase 20 dias depois, no fim de novembro, em uma reunião com a presença de Goldman, FHC, Marconi e Tasso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

Após aceitar assumir o partido, o governador paulista anunciou que o PSDB deixaria oficialmente o governo assim que ele assumisse o comando tucano.

Críticas e desembarque

A 14ª Convenção Nacional do PSDB começou com fortes críticas dos tucanos à permanência do partido na base aliada de Temer. “O PMDB é o partido mais desmoralizado desse país. [...] Tenho certeza que 99,9% do partido defende o desembarque do governo”, avaliou o deputado estadual do Rio de Janeiro Luiz Paulo no início da convenção.

Nitidamente dividido, os primeiros tucanos subiram ao palco para criticar o processo de votação e o fato de haver uma chapa única.

O que eu vejo é um partido dividido, mal falado e que não segue o projeto programático. Como pode uma votação como essa, que não tenha uma lista dos candidatos afixada?”, criticou um prefeito tucano, que não quis se identificar, ao Congresso em Foco.

Já Alberto Goldman criticou a relutância dos dois últimos ministros tucanos Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e especialmente de Luislinda Valois (Direitos Humanos) em abrir mão de suas pastas no governo, afirmando que eles ainda estão lá por vontade própria e do presidente Michel Temer (PMDB). Para Goldman, Luislinda Valois já deveria ter deixado o cargo no início de novembro, após “declaração infeliz” de que estaria trabalhando no ministério em condições de trabalho escravo por não receber acúmulo de salário do cargo de ministra e de desembargadora aposentada. “Eu diria que seria conveniente que ela deixasse o ministério porque ela foi muito infeliz na declaração que ela fez”, criticou Goldman. No início de novembro, Luislinda apresentou um pedido ao governo para acumular seu salário como ministra dos Direitos Humanos com sua aposentadoria como desembargadora.

Goldman disse ainda que o PSDB já desembarcou do governo e afirmou que o governo Temer é uma continuação do governo da petista Dilma Rousseff. “O que nós estamos vivendo hoje é o governo Dilma. Michel Temer é o vice-presidente do governo Dilma e nós não elegemos Michel Temer”. Apesar do desembarque, o discurso dos tucanos e do presidente interino é pró-reforma, mesmo com um partido dividido.

Antes do “desembarque” tucano do governo, o PSDB tinha quatro pastas no governo de Temer. Bruno Araújo e Antônio Imbassahy, que comandavam os ministérios das Cidades e da Secretaria de Governo, respectivamente, já entregaram suas pastas. Imbassahy entregou sua carta de demissão ontem (sexta, 8). (Com informações do Congresso em Foco).

Alckmin defendeu as reformas ao assumir presidência do PSDB. (Foto: Joelma Pereira/ Congresso em Foco).

Assembleia Legislativa do Ceará fará homenagem ao educador Paulo Freire


A Assembleia Legislativa do Ceará realizará na próxima segunda-feira, 11, sessão solene em alusão aos 20 anos da morte do educador e filósofo Paulo Freire. Na ocasião, será entregue placa comemorativa à esposa do pensador pernambucano, Nita Freire.

A homenagem será realizada às 18h, no plenário da Assembleia, e atende requerimento do deputado Renato Roseno (Psol). Segundo ele, o educador deixou inquestionável legado, não somente de uma pedagogia crítica, mas uma reflexão sobre o papel de uma educação libertadora na construção de um novo projeto de sociedade.

O ponto de partida era o compromisso com a leitura crítica da realidade e o apelo à tomada de posição, pensando a educação e a aprendizagem como processo coletivo e permanente, uma vez  que entendia o ser humano em permanente processo de aprendizado. A contribuição  dele não foi só no Brasil, e sim  em vários países, especialmente no continente africano”, diz.

Educador, pedagogo e filósofo

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife. Após trabalhos em diversos órgãos sociais da capital pernambucana, assumiu a diretoria do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social do estado. Nesta posição, desenvolveu metodologia única de ensino voltada para analfabetos pobres, replicada posteriormente em diversos países.


Preso pela Ditadura Militar acusado de “subverter a ordem”, foi exilado no Chile, onde trabalhou em programa de educação para adultos. Foi professor na Universidade de Harvard e também consultor do Conselho Mundial de Igrejas, sediado em Genebra, na Suíça. (Com informações de Carlos Mazza, do O Povo/ Agência Assembleia).

Sede da Assembleia Legislativa do Ceará. (Foto: Divulgação).

Temer exclui combate à discriminação de gênero na base curricular e inclui tema na área de Ensino Religioso


A partir do ano que vem, as escolas devem discutir discriminação de gênero e sexualidade apenas dentro do âmbito do Ensino Religioso. A mudança foi apontada na nova versão Base Nacional Comum Curricular elaborada pelo Ministério da Educação. Na nova edição, foram excluídas dezenas de menções à discriminação de gênero e a temática foi incorporada à disciplina de Ensino Religioso. O documento deve ainda passar por modificações e uma aprovação final de um conselho ligado ao MEC.

Pela nova base curricular, as discussões de gênero e sexualidade nas escolas serão feitas apenas de acordo com as tradições religiosas.

Um dos trechos que foi excluído é o que elencava as dez competências gerais da base indicava que as escolas deveriam valorizar a diversidade, “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa”. Na nova versão, só se fala em “preconceitos de qualquer natureza”.

Educadores criticam a medida, uma vez que a discussão de temas sobre identidade de gênero pode influenciar na discussão de problemas sociais como violência contra a mulher, gravidez na adolescência e homofobia.

O governo, por sua vez, ao elaborar uma nova versão da base curricular excluindo termos sobre combate à discriminação de gênero, atende à pressão da bancada religiosa no Congresso, que há anos vem encampando uma narrativa falaciosa sobre a “ideologia de gênero” que, segundo os deputados dessa bancada, serviria para tornar crianças homossexuais. (Com informações da Revista Fórum).

Temer e Mendonça Filho. (Foto: Reprodução/ Revista Fórum).