Blog Negro Nicolau ultrapassa um milhão e meio de acessos


Há menos de um ano registrávamos que o Blog Negro Nicolau atingia uma marca histórica - um milhão de acessos. Na tarde desta quarta – feira, 19, o Blog superou mais uma marca importante. O contador de acessos ultrapassou um milhão e meio de acessos.

Blog Negro Nicolau ultrapassa os 14.000 acessos nesta quarta-feira. Imagem capturada do contador de acessos.

Reiteremos aqui o que afirmamos quando atingimos um milhão de acessos. Ao longo desses seis anos de atuação constante na rede mundial de computadores, nunca usamos do sensacionalismo e do elitismo para adquirir acessos. O nosso único objetivo como bem demonstra o painel do blog é estar A SERVIÇO DA CIDADANIA, do EMPODERAMENTO e da DIVERSIDADE e, para tanto, sempre buscamos oportunizar os menos favorecidos, os que por algum motivo não tem voz através da comunicação. Esta (Comunicação) que consideramos uma das principais armas contra a homofobia, misoginia, racismo, conservadorismo, elitismo, enfim... contra as mais diversas formas que corroborem para perpetuar as desigualdades sociais. E é exatamente por pensar assim que além das nossas lutas diárias em vários espaços de poder, seja na escola ou na rádio, resolvemos ao longo desse período colocar esse portal como mais uma das ferramentas nessa luta de classe onde estamos do lado dos oprimidos na busca permanente por fazer com que cada vez mais pessoas se sintam parte e se sintam principalmente empoderadxs.

Por fim, queremos externar a gratidão aos nossos colaboradores (as), parceiros (as) e a cada um que dedica um pouco do seu tempo para nos acompanhar através do Blog Negro Nicolau.

Relato da professora Luana Tolentino foi um fenômeno de acessos no Blog Negro Nicolau. Imagens capturadas dos grupos "Historiadores Pela Democracia" e "Historiadores", no facebook.

A nossa pretensão era que essa marca só fosse atingida no dia 26 do corrente mês, mas fomos surpreendidos com os 14.323 acessos nesta quarta-feira (19). A matéria que impulsionou essa avalanche foi o relato da professora e historiadora Luana Tolentino que contou mais uma experiência de racismo que sofreu. O título do artigo reproduzido “Questionada se “faz faxina”, historiadora negra responde: “Não. Faço mestrado”. Sou professora” foi publicado em dois em quatro grupos na rede social facebook e em dois no whatsapp. Em dois no faceboo, o texto foi compartilhado 287 vezes até o fechamento desta matéria. No grupo “Historiadores Pela Democracia” foram 228 compartilhamentos e 59 no “Historiadores”. O texto foi visualizado 13.892 vezes, fazendo com que o nosso diário online chegasse aos 1.507.922 (um milhão, quinhentos e sete mil e novecentos e vinte e dois) acessos.

Questionada se “faz faxina”, historiadora negra responde: “Não. Faço mestrado. Sou professora”


Em contundente relato, a historiadora Luana Tolentino, que já foi babá e empregada doméstica e que recebeu a Medalha da Inconfidência de 2016, contou essa e outras experiências que passou ao longo de sua vida por conta do racismo institucional enraizado em nosso país.

Da Revista Fórum - “No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade”. 

Leia a íntegra e se emocione:

Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.

Altiva e segura, respondi:

– Não. Faço mestrado. Sou professora.

Da boca dela não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.

Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.

O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.

No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.

É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.

Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:

“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre. (…) Não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”

É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.

O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.

É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.

É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”

É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.

É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.

É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.

É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.

É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.

O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.

A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo.



Movimento Escola Sem Partido quer tirar direitos humanos da redação do ENEM



O Movimento Escola Sem Partido recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para retirar a parte sobre direitos humanos da Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Do Brasil Escola - Segundo o pedido, o texto que vigora no edital do exame e prevê que os "estudantes elaborem uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos" fere o art. 5º, VIII, da Constituição, que trata das liberdades de pensamento e opinião. O advogado Miguel Nagib, autor da petição, acredita que o item condiciona o estudante a um ponto de vista, que talvez não seja o seu, para obter uma boa nota na prova.

Inconstitucional

A ação diz que a subjetividade do tema pode ferir convicções religiosas, filosóficas ou políticas, obrigando o estudante a dizer o que não pensa para poder entrar em uma universidade. O texto da liminar ainda cita o art. 2018, V, da Constituição para dizer que o acesso aos níveis de ensino será obtido segundo a capacidade de cada um e não segundo convicções subjetivas.

O pedido cita, como exemplo de liberdade de expressão a partir de convicções pessoais, a redação de uma candidata feminista e de um candidato muçulmano sobre a violência contra a mulher. "Os dois possivelmente terão opiniões contrárias, mas consideradas politicamente corretas para as doutrinas praticadas", afirma o advogado. Segundo Miguel Nagib, o termo direitos humanos no edital do Enem por si só já fere os direitos humanos.

O candidato não é obrigado a concordar com a legislação brasileira, ele só não pode incitar ao crime”. (Miguel Nagib, Movimento Escola Sem Partido) 
Processo

O Movimento Escola Sem Partido entrou com uma ação no final de 2016. A ação ainda não foi julgada em primeira instância, mas o movimento entrou com uma tutela de urgência para que a competência 5 da redação do Enem seja excluída do edital do exame. Essa tutela foi negada, mas a organização recorreu e aguarda julgamento do recurso e da petição.

No entanto, Nagib sugere que, 

mesmo antes das provas, os candidatos podem entrar com um mandato de segurança preventivo para que não tenha a redação zerada, em caso de suposto desrespeito aos direitos humanos”.

Inep

O Brasil Escola tentou contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que respondeu que não irá se posicionar enquanto não for notificado sobre o assunto.


Municípios brasileiros são convidados pela UNESCO a integrarem coalizão de cidades contra o racismo



A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou em abril durante o IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, ocorrido em Brasília, a Coalizão Latino-Americana e Caribenha de Cidades contra a Discriminação, o Racismo e a Xenofobia.

Do CEERT - O lançamento da coalizão ocorreu durante cerimônia de posse da nova diretoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), quando o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, a diretora da Área Programática da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto, e o especialista de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Uruguai, Andrés Morales, convidaram gestores dos municípios brasileiros a aderirem à Coalizão e ao seu Plano de Ação de 10 Pontos.

Em 2004, a UNESCO criou a Coalizão Internacional de Cidades Inclusivas e Sustentáveis, e sob esta órbita foram criadas coalizões regionais com o objetivo de adequar os compromissos internacionais às particularidades de cada região. Foi assim que em 2006 surgiu a Coalizão Latino-Americana e Caribenha, na cidade de Montevidéu, no Uruguai, com a participação e o compromisso inicial de 40 cidades da região, designando Montevidéu como cidade líder.

         

A Coalizão Latino-Americana e Caribenha de Cidades contra a Discriminação, o Racismo e a Xenofobia busca representar e promover os interesses de seus membros diante dos organismos internacionais com competência em matéria de direitos humanos e desenvolvimento; fortalecer a cooperação com organismos especializados na luta contra o racismo e a discriminação; e sensibilizar a opinião pública latino-americana e caribenha para os valores que promove.

A Coalizão Latino-Americana e Caribenha assume também a implementação dos “Dez Pontos” adotados em 25 de outubro de 2006, otimizando assim as estratégias e recursos com base nesses compromissos.

UNESCO convida municípios brasileiros a integrarem coalizão de cidades contra o racismo. Foto: EBC.

Ação popular pela anulação do impeachment avança com adesão de Lula e Chico Buarque


A ação popular em favor da anulação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff avança com a assinatura de trabalhadores, estudantes, artistas, intelectuais e ganha força com a adesão de nomes de peso dentro e fora do cenário político. Depois da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e do senador Lindbergh Farias (RJ), que assinaram no último dia 5, ocasião da posse da senadora como dirigente nacional do PT, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Da RBA - Lula assinou na noite da última segunda-feira (10), em lançamento da segunda fase do Memorial da Democracia, em Belo Horizonte. "Não conseguimos falar diretamente com o presidente, mas o Paulo Okamoto se prontificou a levar a ficha até ele, que assinou", conta a compositora e ativista digital Malu Aires, da coordenação do comitê em Belo Horizonte.

De acordo com ela, é cada vez maior o engajamento na ação popular. "Muita gente que nem conhecemos está espalhando as fichas, coletando assinaturas. E não se trata de um simples abaixo-assinado. É uma ação popular que tem força legal. Anular o impeachment significa trazer de volta a credibilidade ao ato de votar, porque o povo votou e rasgaram seu voto ao afastar a presidenta eleita democraticamente sem crime de responsabilidade", diz.

Malu destaca que depende do Supremo Tribunal Federal (STF) trazer de volta a legalidade democrática e o equilíbrio das instituições. "Aí sim a gente pode confiar que as próximas eleições serão respeitadas. Caso contrário, como confiar em uma eleição se houve impeachment sem legalidade democrática, o que dirá dentro de um golpe de Estado? Só a volta de Dilma para caracterizar que o governo Temer é usurpador e poder revogar todas as medidas aprovadas em seu governo", pondera. "Claro que não é algo automático, mas a partir daí podemos questionar tudo judicialmente".

O músico Damu Silva, da coordenação do comitê do Rio de Janeiro, também destaca o envolvimento da população. "As pessoas formam fila diante da nossa tenda na Candelária para assinar a ação. São pessoas de todas as classes sociais, trabalhadores, gente quer dar sua contribuição. Muitas até dizem que não votaram em Dilma, mas entendem que ela tem de voltar", diz.

Damu, que aproveitou um evento para pegar a assinatura do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, conta que a ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda, logo que soube da ação entrou em contato. "E apareceu com mais de 100 assinaturas, inclusive do irmão Chico Buarque, da ex-cunhada Marieta Severo e tantos outros artistas". O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) também assinou a ação.

Fernanda Pieruzzi, do comitê de Brasília, conta que a anulação do impeachment chegou a ser discutida no congresso do PT realizado no início de junho, em Brasília. E que foi aprovada moção de apoio a iniciativas como a ação popular. "Em ato contra a votação da reforma trabalhista no Senado, companheiros anunciaram dos carros de som a coleta de assinaturas", conta.

Por mais remota que pareça a possibilidade de o STF anular o impeachment, Fernanda pensa diferente. "Os ministros ainda não se pronunciaram. Seria diferente se julgassem improcedente. Além disso, muitas pessoas ainda desconhecem essa alternativa do mandado de segurança. E Dilma viaja o mundo denunciando o golpe, tendo dito até não se sentir aliviada porque ainda é presidenta. E voltando, ela pode pedir as eleições diretas. Uma coisa não anula a outra", destaca.

Lançada no dia nacional de paralisação convocado pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais, no último dia 30, a ação popular pretende reunir 1,3 milhão de assinaturas para pressionar o Supremo Tribunal Federal a anular o impeachment.

Com comitês em diversas capitais, o Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment contesta o mérito do processo que depôs Dilma mesmo sem ter sido comprovado crime de responsabilidade.


"A gente sabe que o Supremo é golpista, que está alinhado com as forças do golpe, mas a gente tem que fazer um contraponto, uma oposição a isso. Se o povo pressionar, vai ser outra força e vai fazê-los se posicionar. A colocar ou não as suas digitais formalmente no golpe. É isso que está faltando aqui no Brasil, essa resistência popular de fato", afirma a enfermeira aposentada e militante Edva Aguilar, da coordenação nacional do Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment.


Em tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará, projeto deve fechar Comarca vinculada de Altaneira em Agosto


Deputados do Estado do Ceará querem reforçar debate de projeto do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) que visa fechar 34 comarcas no Interior, segundo informações do Jornal O Povo.

O deputado Audic Mota (PMDB) em requerimento pediu a realização de audiência pública tanto na comissão quanto no plenário da casa. A ideia é adiantar as discussões do tema. Segundo o parlamentar, “a mensagem TJ-CE vai na contramão” do caminho judiciário atual e “o pano de fundo deve ser a crise no Judiciário. Acredito que temos que buscar outra forma de resolver que não seja a negação do acesso à justiça por parte da população”, realçou.

A proposta divide opiniões e a votação do texto só deve ocorrer no segundo semestre. A intenção do O TJ -CE era que todo o processo tivesse ocorrido antes do recesso, tanto que enviou a matéria a Assembleia em tempo. Porém encontrou resistência na tramitação em caráter de urgência.

O deputado Heitor Ferrer (PSB) fez duras críticas ao texto. Para ele, é preciso buscar alternativas para manter a estrutura do judiciário e uma delas é adquirir maus recursos e não aglutinando comarcas. “Diminuir comarca é diminuir cidadania”, pontuou Ferrer.

Com a “reestruturação da organização judiciária” – termo usado pelo TJ – CE, as comarcas de Abaiara, Alcântaras, Apuiarés, Arneiroz, Banabuiú, Catunda, Choró Limão, Deputado Irapuan Pinheiro, Ererê, General Sampaio, Grangeiro, Guaramiranga, Ibaretama, Itaiçaba, Jaguaribara, Martinópole, Milhã, Miraíma, Moraújo, Pacujá, Palhano, Paramoti, Penaforte, Pires Ferreira, Potengi, Potiretama, Salitre, São João do Jaguaribe, Senador Sá, Tarrafas, Tejuçuoca, Tururu e Umari, além da de Altaneira que perderão  o status e passarão apenas a “termos judiciário”.

Se nenhuma mobilização for feita, os altaneirenses ficarão sob a jurisdição de Nova Olinda, tendo que se deslocarem para este município em toda e qualquer ação, dificultando ainda mais o acesso à justiça.

Fórum da Comarca Vinculada de Altaneira. Foto: Raimundo Soares Filho.






De Platão a Foucault e Simone de Beauvoir: 136 curtas de animação para aprender mais sobre filosofia, sociologia e política


A Empresa especializada em educação online Macat produziu uma série de animações curtas sobre as principais teorias de grandes pensadores da humanidade. Ao todo, são 136 vídeos com duração de aproximadamente três minutos cada. Todos eles foram disponibilizados gratuitamente no canal da instituição no Youtube.

Da Revista Bula - Os temas abordados são bastante amplos, contemplando desde filosofia clássica, com os pensamentos de Platão e Aristóteles, até a filosofia moderna, de Foucault e Judith Butler. Além deles, as animações abordam também os principais pensamentos de Charles Darwin, em “A Origem das Espécies”; Sun Tzu, “Arte da Guerra”; Aristóteles, “Política”; Henry David Thoreaus, “A Desobediência Civil”; Sigmund Freud, “A interpretação dos Sonhos”; Virgina Woof, “Um Teto Todo Seu”;  Max Weber, “A Política como Vocação”; Thomas Hobbes, “Leviatã”; Immanuel Kant, “Crítica da Razão Pura”; Friedrich Hegel, “Fenomenologia do Espírito”; Levy Strauss, “Antropologia Estrutural”; Karl Marx, “O Capital”; Friedrich Nietzsche, “Para Além do Bem e do Mal”; Hannah Arendt, “A Condução Humana”; Simone de Beauvoir, “O Segundo Sexo”; entre outros.

Os vídeos estão disponíveis apenas em inglês, no entanto é possível utilizar o serviço de legendas automáticas no youtube, que pode ser ativada no canto inferior direito da tela de reprodução.



Advogado negro é barrado em bar por ‘parecer um segurança’



Um Juliano Trevisan foi barrado na entrada de uma boate em Curitiba, na noite de quinta-feira (13), por causa da roupa que vestia –uma camisa social preta e uma gravata da mesma cor.

Segundo o funcionário que o abordou, o frequentador “parecia um segurança” e iria ser confundido no interior do local, no James Bar.

Por Stelita Hass Carazzai, no Folha. Eu fiquei tão bobo que não tive reação”, contou Juliano Trevisan, 27, à Folha. “Ele me olhou dos pés à cabeça e disse isso.”

Trevisan se retirou do local, sem reclamar, e diz que “a ficha só caiu” minutos depois. “É engraçado, porque no início você se culpa. Pensei: poxa, poderia mesmo ter trocado de roupa. Aí que veio a noção do absurdo.”

Ao chegar em casa, ele postou uma carta ao bar nas redes sociais –que se retratou, pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu o funcionário.

Em nota, o James Bar informou que foi “uma atitude arbitrária” e que isso “não condiz com o que acreditamos”.

Trevisan, natural do interior do Paraná, é advogado e trabalha como diretor de marketing de uma escola. Também tem um canal no YouTube, onde fala sobre preconceito e empoderamento negro. Com tatuagens, barbas e cabelo dreadlock, classifica seu estilo como “excêntrico”.

Infelizmente, a nossa sociedade é muito visual; está pouco preocupada com o que as pessoas têm a oferecer”, afirma.
Para ele, que diz ter recebido mensagens de dezenas de pessoas que passaram por situações parecidas, “preconceito não é mimimi”.

Sempre que isso acontece, passa um filme na minha cabeça; e é isso que ninguém entende”, comenta, lembrando de outras situações de discriminação. “Tem gente que vira para mim e fala: foi só isso? Mas nunca é só isso.”