Do Carta Maior: O dinheiro limpo e o dinheiro sujo, segundo a Rede Globo


A revista Época, de propriedade da Rede Globo, na edição semanal que começou a circular dia 09 de janeiro de 2016, avacalha com a reportagem “Dilma garantiu empréstimo camarada do BNDES para Andrade Gutierrez em Moçambique”.

O texto é entremeado com recursos capciosos e insinuantes, para conferir um aspecto de trama novelesca à suposta “notícia”. A narrativa do que seria um ato administrativo da CAMEX, que é o órgão federal que cuida do comércio exterior, tem pitadas detetivescas e policialescas. Com esta técnica, a revista quer induzir o leitor a digerir ao natural a conclusão de que este “novo escândalo descoberto” tem os seus bandidos, e é óbvio que os bandidos só poderiam ser a Dilma e o PT. 



A leitura atenta da reportagem, entretanto, conduz à conclusão de que a revista Época comete fraude jornalística através da manipulação do fato. É fácil entender porque: 

1. o governo de Moçambique apresentou ao governo do Brasil, pelas vias diplomáticas, razões plausíveis para o não atendimento da condição imposta pelo BNDES, de abertura de conta bancária garantidora em algum país com baixo risco de inadimplência, para poder receber o empréstimo de 320 milhões de dólares para a contratação da Construtora Andrade Gutierrez, que venceu a licitação internacional para a construção da barragem de Moamba Maior; 

2. o governo de Moçambique deixou claro que, sem a flexibilização de parte do BNDES, o contrato da obra seria adjudicado com outra empresa de outro país que aceitasse as capacidades moçambicanas; 

3. a CAMEX reuniu seus integrantes para analisar e deliberar sobre a situação. Ante a ameaça concreta com que se defrontava, de perder ou de manter um negócio de US$ 320 milhões no comércio africano de serviços, a decisão foi pela equalização das normas brasileiras às mesmas exigibilidades adotadas pelos países concorrentes; 

4.  em função disso, o BNDES foi autorizado a assinar o contrato de financiamento com o governo de Moçambique e o consórcio liderado pela Construtora Andrade Gutierrez para a realização daquela obra de infra-estrutura. Ponto final.

A revista Época poderia ter ficado neste ponto, mas avançou o sinal. Com linguajar sinistro, deu a entender que o entendimento jurídico entre os governos do Brasil e de Moçambique se entrelaça com a corrupção investigada pela Operação Lava Jato.

Com este viés, a reportagem associou as contribuições da Andrade Gutierrez para a campanha de reeleição da presidente Dilma com a corrupção na Petrobrás. A reportagem sugere que as contribuições legais da construtora [que estão na prestação oficial de contas da campanha Dilma no TSE], poderiam ser “propinas”: R$ 10 milhões em 29/08/2014 e, entre 23/09 e 22/10/2014, mais R$ 10 milhões, num total de R$ 20 milhões.

A revista da Rede Globo foi preguiçosa e irresponsável. Ou agiu por genuína má-fé. Ela bem que poderia, ao menos, ter analisado as contas da campanha de Aécio Neves também no site do TSE  [aqui], na linha imediatamente abaixo daquela onde estão disponíveis as informações da presidente Dilma, de onde a Época extraiu os dados que alimentaram seus delírios para incriminar a campanha petista.

As contribuições da Andrade Gutierrez para o Aécio foram: R$ 2 milhões [em 01/08/2014]; R$ 4,2 mi [em 08/08]; R$ 2 mi [20/08]; R$ 4 mi [29/08]; R$ 9 mi [05/09]; R$ 1,1 mi [10/09]; R$ 300 mil [12/09]; R$ 800 mil [17/09]; R$ 200 mil [19/09]; R$ 100 mil [26/09]; R$ 1 mi [01/10]; R$ 700 mil [em 03/10]; e R$ 500 mil em 07/10/2014.

No total, a Andrade Gutierrez repassou R$ 25,9 milhões para a candidatura do Aécio; ou seja, R$ 5,9 milhões a mais que o valor repassado para a campanha da presidente Dilma.

Apesar dos dados oficiais, a Rede Globo constrói uma narrativa segundo a qual as doações de empresas para a campanha da Dilma têm origem suja, supostamente originárias da corrupção na Petrobrás; e, ao mesmo tempo, os repasses das mesmas empresas, feitos no mesmo período, saídas do mesmo caixa, e, ainda que em valores muito maiores para a campanha do Aécio, têm origem legal [sic]. Cândido assim!

O delírio da revista Época ganhou pernas nos demais veículos da família Marinho. O Jornal Nacional, também da Rede Globo, na edição de sábado empregou por preciosos minutos o mesmo viés tendencioso e parcial. O Jornal O Globo de domingo traz matéria sobre o assunto.

O objetivo desta “denúncia” não tem nada de nobre: recorta a realidade, seleciona fatos, lança suspeitas infundadas, desestabiliza a situação política e serve como um libelo para os interesses tucano-golpistas no TSE, teatro onde Gilmar Mendes se esbalda no julgamento revanchista das contas da campanha da Dilma.

Os critérios da família Marinho são curiosos. Para eles, dinheiro bom é o dinheiro da FIFA que sustenta o monopólio das transmissões de jogos de futebol; dinheiro limpo e honesto foi aquele conseguido com subserviência e cumplicidade na ditadura civil-militar para montar o império de comunicações; dinheiro bom é aquele das dívidas esquecidas e anuladas pelos governos amigos; é aquele dinheiro dos lucros obtidos com concessões vitalícias, ilegais e que nunca são licitadas e renovadas.

Dor no estômago: O que causa e como evitar?





A dor no estômago é um sintoma muito comum, que pode ter diversas causas, como gastrite ou excesso de gases, sendo muitas vezes acompanhado por outros sintomas, como vômitos ou azia, por exemplo. A dor de estômago também pode ser causada pelo consumo de café em excesso, bebidas alcoólicas, comidas apimentadas, stress, ansiedade e nervosismo.

Quando a dor se mantém, o médico gastroenterologista deve ser consultado pois pode ser necessário tomar remédios antiácidos, como Omeprazol, Ranitidina, remédios antieméticos, como Metoclopramida ou anti-espasmódicos, como o Buscopan. Veja mais em: Remédios para gastrite.

Principais causas da dor no estômago

Outras causas comuns para dor no estômago são:


1. Dor de estômago e gases são um importante sinal de má digestão, que pode estar ligada a complicações como a gastrite, por exemplo. Neste caso quando o bolo alimentar chega ao estômago encontra um ambiente hostil, que pode conter até mesmo a bactéria H. Pylori, dificultando a digestão e por isso o alimento pode permanecer horas e horas ainda no estômago causando os desconfortáveis arrotos.

2. Dor de estômago e diarreia pode ser sintoma de gastroenterite, sendo que é recomendado beber muitos líquidos, como água, soro caseiro ou chá e tentar estimular o apetite com alimentos leves, como biscoito maisena, arroz branco ou fruta, por exemplo. Porém, caso surjam outros sintomas como febre, calafrios ou vômitos frequentes é recomendado ir ao pronto-socorro.

3. Dor de estômago após comer pode ser suspeita de gastrite, úlcera ou refluxo, que provoca também a sensação de azia após comer ou quando se está deitado, sendo que se deve consultar um gastroenterologista, elevar a cabeceira da cama e evitar alimentos gordurosos, como frituras, picanha e embutidos, ou que aumentam a acidez do estômago, como leite de vaca, pimentão, tomate e milho, por exemplo. Confira quais os sintomas e é feito o diagnóstico em: Como identificar os Sintomas de Gastrite.

4. Dor de estômago e vômito, geralmente, indica gastrite ou úlcera, mas também pode surgir noutras situações como intoxicação alimentar e, por isso, é importante ir ao pronto-socorro em caso de vômitos recorrentes.

5. Dor de estômago forte e constante pode ser sinal de problemas em outros órgãos, como a pancreatite ou colecistite e, por isso, deve-se ir ao pronto-socorro, especialmente quando a dor é incapacitante.

6. Dor de estômago após endoscopia é normal, porque durante o exame, o médico injeta no estômago que pode ser difícil de ser eliminado, podendo causar desconforto durante algumas horas.

Qualquer dor de estômago que dure mais de 48 horas deve ser avaliada por um gastroenterologista para se iniciar o tratamento adequado, mas para aliviar os sintomas, pode-se tomar remédios antiácidos ou protetores gástricos.

Dor de estômago na gravidez

A dor de estômago na gravidez é um sintoma muito frequente na gestação causado pela presença de gases estomacais e neste caso é recomendado que a grávida evite utilizar roupas muito apertadas ou comer muito nas refeições. Para aliviar a dor de estômago na gravidez, uma boa dica é tomar chá de erva cidreira com funcho, por exemplo.

​​Caso a dor de estômago não passe após estes cuidados, é importante informar o médico obstetra para que ele avalie a possiblidade de outras causas e indique a ingestão de algum medicamento, se necessário.

O que fazer para aliviar a dor de estômago

O que se pode fazer para aliviar a dor de estômago é:

Afrouxar as roupas e repousar sentando ou recostado num ambiente tranquilo;

Tomar um chá de espinheira santa, que é uma ótima planta medicinal para tratar problemas estomacais;

Comer um pedacinho de batata crua porque este é um antiácido natural, sem contraindicações;

Colocar uma bolsa de água morna na região do estômago para aliviar a dor;

Beber pequenos goles de água fria, para hidratar e facilitar a digestão.


O tratamento para dor no estômago deve ainda incluir uma dieta leve, à base de saladas, frutas e sucos de frutas, como melancia, melão ou mamão, evitando comer alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas. Saiba mais soluções para aliviar a dor de estômago em: O que fazer para dor de estômago.

No entanto, quando a dor de estômago se torna persistente ao longo dos anos e se a dor estiver associada a perda de peso, vômitos ou fezes com sangue, deve-se procurar um médico porque estes sintomas podem indicar câncer de estômago. Saiba mais sobre isto em: Câncer no estômago.

Assista este vídeo para saber como deve ser a alimentação nos casos de gastrite.
    
           

Quando ir ao médico


É aconselhado ir ao médico gastroenterologista quando a dor no estômago é forte e persistente e também quando apresentar vômito com sangue e se as fezes estiverem pretas e com um cheiro muito intenso, porque isso pode indicar uma hemorragia dentro do sistema digestório.

Tratamento sem efeitos colaterais contra câncer será apresentado




O grupo empresarial cubano Labiofam anunciou nesta quinta-feira (8) que trabalha em "novos peptídeos antitumorais" que podem revolucionar os tratamentos tradicionais contra o câncer, e convocou um simpósio em setembro para "compartilhar" seus resultados e tentar "acelerar" o desenvolvimento do produto.


O diretor-geral do Labiofam, José Antonio Fraga, afirmou em entrevista coletiva em Havana que após 14 anos de pesquisas e estudos pré-clínicos o grupo concluiu que o efeito desses peptídeos (um tipo de molécula) obtidos por via biotecnológica "supera amplamente os produtos que existem hoje no mercado internacional".

A empresa diz ter resultados sobre o impacto de peptídeos para tratar o câncer em crianças como o glioma e os tumores cerebrais e do sistema nervoso central, assim como os cânceres de origem epitelial em adultos.

Em particular, o Labiofam destaca o desenvolvimento do peptídeo "RjLB-14", com "resultados impactantes" nos mecanismos de morte celular, já que só atua sobre as células malignas "sem efeitos colaterais", o que permitiria substituir o uso de citostáticos nos tratamentos.

Fraga explicou que nos estudos pré-clínicos realizados com ratos o uso desse produto foi "surpreendente", já que em nove dias de tratamento foi constatada uma redução de 90% do tumor, e em alguns casos o seu desaparecimento.

O diretor disse que não se trata de criar "falsas expectativas e informar algo que não está concluído" porque "os resultados pré-clínicos já fornecem evidências suficientes para comprovar e reafirmar a efetividade do tratamento em células humanas".

Segundo ele, o trabalho está na fase de pesquisa de toxicologia para se chegar ao produto final e solicitar em 2014 a realização de um teste clínico em humanos.

"Mas por que não acelerar, por que não trabalhar, por que não nos unirmos nesse trabalho?", questionou Fraga, ao anunciar a convocação do Labiofam para um simpósio internacional que acontecerá em Havana entre 18 e 20 de setembro.

O objetivo do Labiofam nesse evento será "compartilhar" e "multiplicar" seus resultados para "acelerar" o desenvolvimento de um produto que possa fazer frente ao problema das doenças oncológicas a nível mundial.

Nos últimos anos, os laboratórios do Labiofam trabalharam em outros projetos de tratamento contra o câncer a partir das propriedades do veneno de um escorpião cubano.

Atualmente, comercializam um produto homeopático chamado "Vidatox" que serve como complemento para tratar sintomas provocados pelos efeitos do câncer, além de aliviar a dor.

Em 2012, o câncer foi, pela primeira vez, a principal causa de morte em Cuba, responsável por 25% dos óbitos, superando doenças do coração e cerebrovasculares.

O black power como instrumento de resistência e cultura



Cabelo, cabeleira, cabeludo, descabelado…” Considerado por muitos apenas um instrumento estético, o cabelo vai muito além disso. Uma simples opção por um corte ou penteado diz bastante sobre a personalidade de uma pessoa. Para os negros especialmente, que desde a década de 1950 desfilam com seus black power imponentes, ele transcende o campo da beleza e significa um encontro com a identidade e, por quê não, uma ferramenta de afirmação.

Ativistas dos direitos civis dos negros nos anos 60, Angela Davis não abriu mão do Black Power. Foto: Reprodução.
A trajetória do black power tem início ainda nos anos 20, quando Marcus Garvey, tido como o precursor do ativismo negro na Jamaica, insistia na necessidade de romper com padrões de beleza eurocêntricos e a partir disso promover o encontro dos negros com suas raízes africanas. Décadas depois, nos Estados Unidos, o afro também começou a ganhar espaço e se tornou um dos protagonistas na luta pelos direitos civis nos anos 60. No entanto, foram as mulheres as grandes protagonistas dessa história. Condicionadas desde o tempo da escravidão a alisar o cabelo, elas bateram o pé e decidiram andar pelas ruas ao natural, o que causou espanto e resistência da comunidade branca.

Entre muitos, o nome de Angela Davis surge como um dos principais marcos nesta luta. Ativista desde os primeiros anos de sua juventude, a norte-americana fez parte do Partido Comunista e também do movimento Panteras Negras. Em pouco tempo Angela havia se tornado uma das principais referências na luta pelos direitos dos negros e muito deste respeito vinha de seu afro, que de tão imponente, se tornava mais uma maneira de intimidar opressores.

Esperanza  Spalding também adotou o afro como stilo. Foto: Reprodução.
Mesmo durante os tempos de opressão, os negros sempre estiveram presentes no campo das artes, estilos consagrados como jazz e blues, o último precursor do rock, são exemplos desta presença. Além de brindar o público com seu talento, estes artistas foram responsáveis por um braço da afirmação da estética afro nos quatro cantos do mundo. Jimi Hendrix, revolucionando com sua guitarra, criou tendência ao deixar seus esvoaçados cabelos crespos crescerem ao natural.

Ainda no rock, o tecladista Billy Preston, famoso por ter tocado com os Beatles, também aderiu ao movimento e passou boa parte dos anos 70 excursionando com um black power de dar inveja. Por fim pinçamos o nome da sul-africana Miriam Makeba, carinhosamente chamada de Mama Africa, que durante seu exílio nos Estados Unidos, adotou o black power. Ainda em 1970, o fenômeno da disco music ganhou espaço e liderado pelos negros, surgiu com força total e logo caiu nas graças do público, tendo sido o black power um dos principais ícones do movimento, destacado na cabeça de membros de grupos como o Earth Wind and Fire.

Billy Preston durante os anos 70. Foto: Reprodução.
Apesar de sair de moda nos anos 80, o afro voltou com força total no começo do século 21, mais uma vez amplamente difundido na música. A partir de 2000, Lauryn Hill e Lenny Kravitz e um pouco antes, a cantora Erykah Badu repescaram o fluxo da estética como mensagem de afirmação. Com o avanço dos anos, o estilou ganhou ainda mais força, e nomes como a baixista Esperanza Spalding e a cantora brasileira Anelis Assumpção foram exemplos da preferência aos cabelos naturais.

São quase 70 anos na luta da afirmação de estética como identidade na diáspora, em que o cabelo e sua naturalidade sobressaem aos padrões de beleza ocidentais para se afirmar como instrumento de resistência e cultura. Nesse contexto, seja na política ou nas artes, o black power foi e é um símbolo que transcende as fronteiras da beleza e significa para o negro o resultado da luta de seus antepassados e também a determinação em manter viva a identidade de quem lutou pelos seus direitos. Na busca de direitos, cabelo é identidade e é também um símbolo de respeito.

INEP libera resultado do Exame Nacional do Ensino Médio 2015




O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) liberou hoje (8) o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015. Os 5,7 milhões de candidatos que fizeram as provas já podem conferir as notas na página do participante do Enem. Para acessar, é necessário informar o CPF e a senha escolhida na hora da inscrição.

Alunos(as) da EEEP Wellington Belém de Figueiredo,
em Nova Olinda-Ce.
Os estudantes têm acesso a uma tabela com a nota obtida em cada uma das provas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e redação. Eles ainda não têm, no entanto, acesso ao espelho da redação, com a correção mais detalhada do texto, que será divulgado posteriormente.

A partir de segunda-feira (11) as notas no Enem poderão ser usadas para concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior em todo o país por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições do Sisu ficarão abertas de 11 a 14 de janeiro. Nesta edição serão ofertadas 228 mil vagas. Para participar, o candidato não pode ter tirado 0 na redação.

Leandro Karnal: “Racismo é baixa inteligência e falta de caráter”


Reprodução.


Neste vídeo, o professor Leandro Karnal discorre sobre o atual modelo de "barbárie e civilização", discorrendo sobre o fundamentalismo e a forma como agem os novos bárbaros.

O racismo, segundo ele, é a um só tempo um problema patológico somado à baixa inteligência e a falta de caráter.

Confira:


                               

Compreenda como a nota do ENEM é calculada e para que serve




Dois meses após a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é chegada a hora de 5,7 milhões de candidatos conferirem o seu desempenho na prova. Os resultados estarão disponíveis nesta sexta-feira (8), na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na internet. O desafio, agora, é compreender como funcionam as notas. Você sabe como ela é calculada?



Os estudantes terão acesso às notas obtidas nas provas de linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e redação. O acesso ao espelho da redação, com a correção mais detalhada do texto, será divulgado posteriormente.

Diferentemente das provas de vestibular tradicionais, que contabilizam apenas o número de erros e acertos, atribuindo um valor fixo às questões, o Enem usa uma metodologia especial, a chamada Teoria de Resposta ao Item (TRI). Entenda como ela funciona e como você pode usar o seu resultado para ter acesso a uma vaga no ensino superior ou em outros programas educacionais do governo:

Como é calculada a nota do Enem

A metodologia utilizada na correção do Enem é a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Neste modelo estatístico, o valor de cada uma das questões varia de acordo com o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, os itens que os estudantes acertarem mais serão considerados fáceis e, por essa razão, valerão menos pontos na composição da nota final. Já os itens com menor número de acertos por parte dos estudantes serão considerados difíceis e, por essa lógica, valerão mais pontos.

É por isso que é muito comum dois participantes acertarem o mesmo número de itens, mas terem médias finais diferentes no Enem.

Como saber se fui bem na prova?

Com exceção da redação, que não é corrigida pela TRI e cuja nota varia de 0 a 1000, não existe uma pontuação máxima e mínima fixada que o participante possa atingir no Enem. Como os limites de escala variam conforme o nível de dificuldade das questões e o comportamento dos estudantes em cada pergunta, a pontuação sofre alterações a cada edição do exame. Dessa forma, para saber se foi bem na prova, o estudante deverá comparar seu desempenho com as notas mínimas e máximas obtidas pelos participantes.

Em 2014, as notas dos candidatos em ciências humanas variaram entre 324,8 e 862,1 pontos. Na prova de ciências da natureza, a nota máxima foi 876,4 e a mínima, 330,6. Em matemática, a pontuação mínima foi 318,5 e a máxima, 973,6. Em linguagens, a nota mais alta foi 814,2 pontos e a menor, 306,2 pontos.

Para que serve a nota do Enem

O resultado do Enem pode dar acesso a universidades públicas e a outros programas educacionais.

Confira abaixo:

Sisu

A nota do Enem poderá ser usada para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior em todo o país. As inscrições da primeira edição deste ano poderão ser feitas de 11 a 14 de janeiro. Serão ofertadas 228 mil vagas e, para participar, o candidato não pode ter tirado 0 na redação. Cada unviersidade pode também estabelecer notas mínimas para cada uma das provas e para a redação.

ProUni

A nota poderá ser usada também para obter bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições particulares de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para participar dos programas, o estudante não pode ter zerado a redação e precisa obter pelo menos uma média de 450 pontos nas demais provas do Enem.

Fies

Os estudantes que já concluíram o ensino médio e queiram solicitar o Fies também podem tentar com ajuda do desempenho no Enem. Eles deverão ter realizado o exame de 2010 ou ano posterior, e precisam ter obtido média aritmética das notas nas provas inferior a 450 pontos e/ou nota na redação igual a 0.

Substituição ou complementação do vestibular

Algumas universidades utilizam o resultado do Enem em substituição ao vestibular ou como uma nota complementar ao seu próprio processo seletivo.

Certificação do Ensino Médio

Para obter a certificação do ensino médio, é preciso ter feito a solicitação no início do ano, na hora da inscrição, ter mais de 18 anos e ter obtido pelo menos 450 pontos em cada uma das provas e 500 pontos ou mais na redação.

A nota pode ser usada também para participar do programa de intercâmbio acadêmico Ciência sem Fronteiras e do Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que destina a estudantes vagas gratuitas em cursos técnicos.

Quais são os alimentos 'perigosos'? Saiba quando é seguro requentar a comida


Do BBC

Requentar comida parece um jeito ótimo de evitar o desperdício e economizar. Mas quando esse simples ato pode ser perigoso? O médico e apresentador da BBC Michael Mosley foi atrás da resposta.

Apresentador do BBC investigou riscos de requentar alimentos..
Depois de uma boa refeição, a gente costuma se deparar com sobras da comida, e seria uma pena jogá-las fora. Alguns desses alimentos, por incrível que pareça, podem até ser mais saudáveis após requentados.

No entanto, ninguém quer correr o risco de passar por uma intoxicação alimentar. Se você já enfrentou uma, sabe do que estou falando: são comuns sintomas desagradáveis como vômito, diarreia e cólicas estomacais.

Cerca de 1 milhão de pessoas sofrem com intoxicação alimentar todos os anos no Reino Unido. Em metade dos casos, o alimento que causou o problema foi preparado por elas mesmas – churrascos no verão e comidas requentadas do Natal são as principais culpadas.

Cerca de 100 pessoas morrem anualmente por intoxicação alimentar no país – geralmente muito novas ou muito idosas.

Mas então, qual é a regra? Como e quando é seguro requentar sua comida?

Carne de frango exige uma série de procedimentos de higiene.
Perigo no frango

A intoxicação é geralmente causada por uma bactéria que contamina sua comida. A maior culpada é uma chamada Campylobacter (ou bactéria retorcida). De acordo com a agência de segurança alimentar (Food Standars Agency), ela está presente em mais de 65% dos frangos à venda no Reino Unido.

Essa bactéria pode sobreviver algumas horas em superfícies da cozinha e se espalha facilmente. É por isso que não é uma boa ideia lavar o frango antes de cozinhá-lo: o melhor é colocá-lo direto no forno após temperá-lo – e lavar bem as mãos depois disso.

A chave para matar bactérias é usar o calor. Por isso, cozinhar totalmente o frango (sem deixar partes cruas) é fundamental.

Espere esfriar

Agora falando em casos gerais: o que fazer quando sobrou um pouco da sua deliciosa refeição?

Primeiro de tudo, você precisa esperar ela esfriar antes de colocá-la na geladeira.

Colocar comida quente no refrigerador faz com que sua temperatura interna aumente, criando assim uma incubadora perfeita para bactérias e afins.

Já fiz testes e a temperatura da minha geladeira chegou a aumentar em mais de 5 graus.

Então, cubra o recipiente da comida, espere que ela chegue em temperatura ambiente (mas não deixe mais de quatro horas sem refrigeração) e só então coloque na geladeira.

Se você esquenta sua comida no micro-ondas, saiba que isso requer um cuidado adicional.
Quantas vezes posso requentar a mesma comida?

A agência britânica recomenda que se requente uma refeição apenas uma vez. Porém, a verdade é que é seguro fazer isso várias vezes, desde que a comida tenha sido colocada no refrigerador conforme explicado acima.

Mas tenha em mente que o sabor do prato não vai melhorar a cada reaquecimento.

Outro segredo é requentar totalmente sua comida. Nós costumamos fazer isso no micro-ondas, o que pode ser um problema.

Isso porque ele esquenta a comida de maneira desigual, deixando áreas frias, onde as bactérias podem prosperar.

Assim é importante que, ao usar o micro-ondas, você retire o alimento no meio do processo, dê uma boa mexida e depois coloque para esquentar novamente.

Aquele arroz branquinho pode abrigar um inimigo perigoso.
Arroz indefeso? Talvez não

No caso do arroz, a coisa pode ser mais complexa. Isso porque ele pode ser contaminado por uma bactéria chamada Bacillus cereus.

A bactéria em si é morta com o calor, mas alguns esporos produzidos por ela não são apenas tóxicos, como também extremamente resistentes a altas temperaturas.

E isso pode causar o que conhecemos como "síndrome do arroz frito", batizada com esse nome porque antigamente era comum as pessoas ficarem doentes depois de comerem em bufês de comida chinesa, onde o prato era deixado em temperatura ambiente por várias horas.

Atualmente, os padrões de higiene nesses restaurantes melhoraram bastante.

Apesar desse temor, é seguro requentar o arroz. Eu mesmo costumo usar sobras de arroz do dia anterior para fazer um "stir fry" (método que envolve fritura rápida em fogo alto em um panelão tipo wok).

Mas não deixe o arroz fora da geladeira durante a noite. Assim como a carne, é preciso deixá-lo refrigerado o quanto antes – sempre deixando esfriar antes de colocá-lo na geladeira.

Macarrão não está na lista? Calma, ainda falta um último tópico...
Quais os pratos mais arriscados?

As comidas que são frequentemente requentadas e que a agência britânica lista como potencialmente perigosas são:

Carne cozida ou aquelas que contenham carne, como ensopados e lasanhas

Molhos à base de leite ou cremes

Pratos com peixes e frutos do mar

Arroz e massas

Alimentos com ovo, feijão, castanhas e outros alimentos ricos em proteínas, como quiches, produtos com soja e hambúrguer de lentilha

“Carolina em Nós” – Carolina Maria de Jesus ganha homenagem no Museu Afro Brasil




A escritora, poetisa e sambista brasileira Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977) ganha homenagem em exposição no Museu Afro Brasil. Ela já dá nome à biblioteca do museu e agora é tema do projeto “Carolina em Nós”, idealizado pelo grupo Ilú Obá de Min, que há dez anos ocupa as ruas de São Paulo com atividades para promover a cultura afro-brasileira. Com curadoria de Roberto Okinaka, a exposição é gratuita, vai até o dia 31 de janeiro de 2016 e conta com extensa programação.



Nossa intenção é reconhecer e dar a devida importância à figura de Carolina como escritora, não apenas por ela ser negra e catadora de material reciclável, mas por sua preciosa contribuição para a literatura brasileira”, destaca a produtora Tâmara David que coordena a exposição lado de Ester Dias. O projeto foi selecionado por meio do Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro 2015/2016.

Carolina Maria de Jesus é conhecida principalmente pela obra “Quarto de Despejo”, que teve a primeira edição publicada em 1960 e já foi traduzido para 13 idiomas. O que poucos sabem, porém, é que apesar de todas as dificuldades, ela escreveu ainda outros livros, alguns que sequer foram publicados, além de centenas de textos, entre poesias, peças de teatro e marchas carnavalescas.

Com realização do grupo Ilú Obá de Min e Museu Afro Brasil, a exposição “Carolina em Nós”, vai contextualizar a vida e obra da escritora em painéis, fotos e cenários montados na lateral do prédio. Não é preciso entrar no museu para conferir a mostra, por isso o acesso é totalmente gratuito. “Essa exposição é uma extensão do trabalho que começamos no Carnaval desse ano, quando o grupo Ilú Obá de Min teve Carolina Maria de Jesus como tema do bloco que todos os anos desfila pelas ruas de São Paulo com cerca de 250 ritmistas, todas participantes das oficinas de percussão afro brasileiras”, revela a produtora Ester Dias.

Ao homenagear mulheres negras desde sua criação, o grupo Ilú Obá de Min pretende estimular o empoderamento feminino, o enfrentamento ao sexismo, racismo e à intolerância religiosa por meio das oficinas do toque dos orixás, tradicionalmente mantidos pelas casas de candomblé, e percussão afro-brasileira. Nesta exposição, a reciclagem também vai ser ressaltada, já que Carolina Maria de Jesus era catadora de papel. O programa da mostra vai contar com um informativo sobre o tempo de decomposição dos produtos e, entre as oficinas que vão ser oferecidas, está a de confecção de cadernos a partir de material de reuso.