Consciência Negra: Porque um negro sempre será um negro





Iniciemos essa discussão com o poema de Jorge Posada:

" Um negro sempre será um negro,
Chame-se pardo, crioulo, preto, cafuzo,mulato ou moreno-claro
Um negro sempre será um negro:
Na luta que assume pelo direito ao emprego
E contra a discriminação no trabalho
Um negro sempre será um negro:
Afirmando-se como ser humano
Na luta pela vida".

Movimento Negro: da unidade a diversidade

Tem-se aqui uma nítida concepção de que é preciso um senso crítico quanto ao tema enfoco. Faz-se necessário então a desconstrução do mito da igualdade racial.

O Brasil é o país que tem a maior população de negros fora da África. Os negros foram trazidos do continente africano para cá, escravizados e, não se contentando com isso, as elites político-econômicas da época, através de diversas práticas, cuja escravização inclui-se aqui como a mais clara, fizeram com que eles (os negros) passassem por um processo de ‘aculturação’, sendo obrigados a deixarem de praticar suas linguagens, religiões e costumes adotando práticas europeias.

Nesse dia 20, dedicado à consciência negra, é importante frisar que o movimento negro tem por objetivo não deixar esmorecer e resgatar essa cultura afro- brasileira, rebatendo a rígida desigualdade e a segregação racial que insiste em permanecer sobre o povo negro. Ressalte-se ainda que ele (o movimento) é uma batalha travada contra o senso comum. Numa sociedade onde se assume que existe preconceito racial é contraditória a afirmação que não há discriminação e racismo pessoal.

Não é novidade que o racismo está presente no cotidiano. As questões aqui são: onde o racismo atrapalha, rouba, diminui, fere, interfere, omite, engana, diferencia a população negra que constitui toda uma nação de outra raça? Aí está a chave. Aí entra o movimento negro, numa armadura e resistência coletiva de uma raça presente e atuante.

Nunca é demais lembrar, já que ele insiste, apesar dos avanços que já foi efetivado, que o Estado é o personagem responsável em garantir a equidade, porém, se esta instituição age de forma ativamente contrária ou de forma omissa em seus serviços de policiamento, saúde pública, geração de renda e trabalho, educação, o que leva a discriminação racial, ainda nos dias de hoje, fazendo parte do seu sistema, então tem-se algo além de problemas sociais, o Estado passa a alimentar um retrocesso e constrói um apartheid.

No entanto, o país é composto de edifícios, a saber, as instituições de ensino, Ongs, empresas, templos religiosos e famílias. Porém, muitas dessas organização não estão desconstituídas de conceitos errôneo, uma vez que não romperam com seus dogmas racistas, não tendo em seus quadros representantes de diversas raças e etnias. Isso leva ao fato de que o racismo assume na sociedade atual tem efeito letal e em massa.

Diante desse cenário a movimento negro assume seu papel de destaque, não se baseando apenas em probabilidades e teorias, mas em fatos empíricos experimentados nas diversas ramificações dos negros na sociedade. As ações do movimento estão diretamente ligados às lutas não só contra o racismo e a discriminação racial, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatas.


Zumbi dos Palmares - um dos símbolos de luta do
povo negro.
No Brasil, as referências para essas lutas continuarem são muitas, como por exemplo, Zumbi, Revolta dos Malês, Chibata e tantas representações de luta e resistência do povo negro . Assim, O movimento negro é resultado de uma série de manifestações decorrentes de um processo histórico. Não se pode dizer onde ele nasce ou especificar algum lugar determinado, tal afirmação nos limita, nos tira de uma visão de alpinista para nos deitar num acolchoado particular. A amplitude do movimento negro é um conjunto de manifestações que surgem de inquietações individuais e coletivas.

Conclui-se que o movimento negro precisa expandir suas ações e desembocar em outras localidades. Altaneira, município situado no interior do Ceará e que compõe a região do cariri, pode ser um dos polos de concentração do Movimento Negro. Necessita apenas de organização da classe e partir para ações, implementando uma militância que trace um viés político, educacional, ideológico, cultural, religioso, gênero, artístico, entre outros, objetivando a total liberdade em todas áreas, buscando boa qualidade de vida, desmarginalização, educação, inserção social, melhor moradia e saúde para o povo negro.

Reunião de Elmano e Catanho com opositores a Cid causa mal-estar no PT




Elmano de Freitas (PT).
Não pegou nada bem no PT a informação de que o novo presidente municipal do partido, Elmano de Freitas, e o articulador Valdemir Catanho - braço direito da ex-prefeita Luizianne Lins - participaram de reunião com os principais opositores do governador Cid Gomes (Pros). Colegas de sigla condenam a atitude dos petistas e alegam que eles estão indo contra as determinações do partido, cuja ampla maioria é hoje aliada do governador.

O novo presidente estadual do PT, Diassis Diniz, classifica como “extremamente grave” a presença de Elmano e Catanho no encontro e diz que a questão deverá ser tratada quando o novo comando tomar posse, no dia 10 de dezembro. “O Elmano e o Catanho estão desautorizados a fazer isso, porque tivemos uma tese homologada durante a eleição interna”, afirma Diniz. A tese que saiu vitoriosa na eleição é da manutenção do atual arco de alianças, com vistas a fortalecer o palanque regional para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Críticas de deputados

Entre os parlamentares petistas, o discurso também foi de duras críticas a Elmano e Catanho. “Lógico que é errado. As pessoas precisam respeitar as decisões partidárias, se não, pra que adianta partido?”, questiona Artur Bruno. Ele chamou a articulação de “samba do crioulo doido” e criticou a presença de petistas no grupo. Até Antônio Carlos, que também é ligado a Luizianne, fez ressalvas à conduta. Mesmo dizendo que conversas como essas são normais, afirmou que, se fosse chamado para uma dessas reuniões, não compareceria caso o PSDB também estivesse presente. Catanho preferiu não comentar as críticas e disse que isso deve ser tratado internamente. As ligações para o celular de Elmano, na tarde de ontem, não foram atendidas.

Saiba mais

Os governistas minimizaram a movimentação dos opositores e disseram que é natural que a oposição saia na frente para definir candidaturas.

Mas temos nomes melhores que qualquer nome que eles indicarem”, afirma o vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PTN).

Temos o melhor governo e estamos presentes nos 184 municípios. (...) Quem tem que falar o que vai fazer é a oposição”, disse Mauro Filho.

Via O Povo


Jurista Raimundo Soares afirma que informação de denúcia contra Adeilton provoca picos de audiência em seu BA




Vereador Adeilton com os demais membros da Comissão
Permanente e Assessor Jurídico da casa.
Foto: Júnior Carvalho.
No início da manhã desta terça-feira (19/11) o Assessor de Comunicação da Câmara Municipal de Altaneira, Junior Carvalho, publicou no Grupo “A Política de Altaneira” da rede social Facebook, que a Denúncia apresentada contra o vereador Professor Adeilton (PP) constava na Pauta da Sessão Ordinária a ser efetivada durante a tarde.

A denuncia de pedido de Cassação do parlamentar Adeilton já se encontra na pauta, tudo indica logo mais as 15:00 será recebido pela mesa diretora e que Antonio Henrique seja convocado para votar”, escreveu Júnior.

O Jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho notou e registrou em seu Blog de Altaneira que tão logo tomou conhecimento dessa informação “o vereador Adeilton compartilhou na sua linha do tempo, também na rede social Facebook uma frase do presidente americano John Kennedy onde se lê que escrita em chinês, a palavra “crise” é composta por dois caracteres - um representa perigo, e o outro representa oportunidade e completou ‘Que Deus nos ilumine com sabedoria para que possamos enfrentar os obstáculos impostas pelos incompreendidos. #Força Senhor’. Ele registra ainda que poucos minutos antes da Sessão o vereador compartilhou também a imagem acima.

Lélia de Oliveira (PCdoB), presidente da Casa, não fez em nenhum momento da sessão plenária qualquer tipo de comentário sobre o fato acima descrito.

Vale registrar que nesse caso o Regimento Interno da casa contém dispositivo estabelecendo que de posse da denúncia a Presidente, na primeira sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento pelo voto de dois terços dos vereadores.

A Denúncia foi apresentada no primeiro dia do corrente mês e deveria ser votado no último dia 05/11/2013, mas ainda não tem prazo pra ser analisado em Plenário.

O líder do blog da minoria (oposição), o Professor Adeilton (PP) arguiu que se sente tranquilo e com a consciência limpa, uma vez que nada fez para justificar a perda do mandato e aguarda pacientemente a decisão da presidente. ‘Por mim já teria votado, se eu não posso votar, que se convoque o suplente para votar; acredito que a verdade prevalecerá, pois a Câmara é formada por homens e mulheres de responsabilidade e não dará cabimentos a algo tão leviano’, disse o parlamentar. 

Após o final da Sessão indagado por alguns populares, em face da omissão da presidente da Casa, o Assessor de Comunicação postou a seguinte informação: “A Presidente Lélia de Oliveira juntamente com os vereadores e o Assessor Jurídico Dr. Emanoel, decidiram colocar a denuncia só nas próximas Sessões”.

O administrador do Blog de Altaneira, o Jurista Raimundo Soares Filho afirmou que a informação de que a denúncia seria votada na sessão de ontem provou dois picos de audiência em seu portal, “um com 195 e o outro com 196 acessos respectivamente das 15 às 16 e das 16 às 17 horas”, escreveu ele, conforme gráfico acima.
Via Blog de Altaneira

Escola Joaquim Rufino de Oliveira, em Altaneira, promove projeto sobre cultura afro-brasileira




Crianças em palestra ministrada por José Nicolau,
administrador deste portal. Foto: JR.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Rufino de Oliveira, em Altaneira, lançou nesta segunda-feira, 18, o projeto intitulado “Africanidade: Somos Todos Filhos da Mãe África” que corrobora para a efetivação da Lei nº 10. 639/2003.

O projeto tem o propósito de conscientizar o alunado desse nível de ensino, o fundamental I, da importância dos negros e de sua história na formação da sociedade brasileira. Para a professora Socorro Lino o projeto objetiva ainda a valorização da cultura afro-brasileira. Em conversas com este blogueiro Socorro Lino afirmou que este momento é apenas um ensaio e que em 2014 o tema em debate será trabalhado de forma contínua durante todos os meses.

A professora Socorro Lino (de vermelho) explica que o
projeto é apenas um ensaio para 2014.
O projeto teve início na segunda-feira com leitura e interpretação de histórias infantis e exibição de filmes. Faz parte desse ensaio a Bonequinha Preta, de Alaíde Lisboa, livro que foi capaz de entrar no imaginário das crianças e se perpetuar por gerações, se tornando o maior clássico mineiro da literatura infantil. A obra é um marco da literatura infanto-juvenil (que rompeu com o estereótipo do racismo). Nessa narrativa, a personagem principal é negra e é cuidada pela menina branca e, a Menina Bonita do Laço de Fita, da autora Ana Maria Machado. Aqui, ela traz uma narrativa onde um coelho branquinho queria casar-se e ter uma filha ´bem pretinha´. Durante a obra, o coelho tenta descobrir o segredo para conquistar o seu tão sonhado desejo.

José Nicolau em palestra sobre cultura afro-brasileira na
Escola Joaquim Rufino de Oliveira.
Este signatário abriu o projeto com uma palestra nas turmas dos quinto anos, nos períodos da manhã e tarde. Na oportunidade, falamos sobre a importância da valorização da cultura afro-brasileira e da necessidade do convívio com a diversidade. Levamos até as crianças histórias de um Brasil que caminha a passos lentos rumo a igualdade racial. Para tanto tomamos como base os livros A Semente que Veio da África, de Heloísa Pires Lima e Diversidade é que é legal, da autora Tatiana Belinky, sempre na perspectiva de trabalhar o sentimento do reconhecimento e do respeito às diferenças na criançada. Fez parte da nossa fala ainda a história de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes e símbolos da resistência e da luta contra a escravidão negra e consciência negra, comemorada em 20 de novembro.

Alunos reunidos com a professora Ivonete.
O projeto segue até sexta-feira, 22, mencionando a história de personalidade que se destacam como os cantores, escritores, políticos e atores, leituras e apresentações culturais. No encerramento, um grupo de alunos do ensino médio que participaram de uma oficina de confecções de instrumentos musicais africanos, como parte do Projeto Nossas Raízes, da área de ciências humanas, ministrado por Cícero Chagas fará uma participação especial. 

Vale registrar que passados dez anos da implementação da lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar, o momento é de reflexão, discussão e redefinição das ações de fomento, estruturação e fortalecimento das relações étnico-raciais nas redes estadual e municipal de ensino. Para tanto, se faz necessário elaborar um plano de ações estratégicas a partir de algumas linhas norteadoras, a saber, recursos pedagógicos, formação continuada, orientações e acompanhamento pedagógico, conteúdos pedagógicos digitais, apoio/parcerias técnico-financeiras e diálogo político pedagógico com a sociedade.

Confira mais fotos do evento











Debate sobre Lei da Mídia não unifica a esquerda




A audiência pública sobre o projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática, realizada na terça passada (12), na Câmara, acabou se transformando em uma discussão política e ideológica sobre as diferentes visões da esquerda sobre a comunicação. E demonstrou a voracidade com que se dará, nas eleições 2014, o debate no campo progressista sobre as reformas estruturantes necessárias à consolidação da democracia brasileira.

Enquanto os deputados do PT, PCdoB, PDT, PSB buscaram as convergências que os unem na defesa do projeto, o PSOL fez duras críticas aos governos Lula/Dilma e explicitou diferenças ideológicas que dividem os principais partidos de esquerda que estão na situação e na oposição.

O evento, organizado em conjunto pelas comissões de Educação, Cultura e Ciência e Tecnologia, convidou a representante do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Sônia Corrêa, e a presidente do Fórum Nacional de Democratização da Mídia (FNDC), Rosane Bertotti, que apresentaram o projeto da Lei da Mídia Democrática aos deputados e representantes da sociedade civil. E lotou o plenário da casa com parlamentares, militantes da causa e estudantes, muitos deles os mesmos que ganharam as ruas, em junho, para protestar, entre outras coisas, contra a mídia.

Presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, a deputada Luíza Erundina (PSb-SP) lembrou que o projeto aborda os principais pontos construído na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), ocorrida há quatro anos, que deixou um grande legado sobre o tema. Para ela, o projeto tem o mérito de estar fundamentado em um amplo processo de construção coletiva, a Confecom, além de ser encaminhado ao congresso via iniciativa popular. A deputada ressaltou o fato de que, apesar de haver consenso na sociedade sobre a importância de se regulamentar a comunicação, o parlamento não responde a esta reivindicação histórica da população.

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) recordou a luta travada pela principal liderança do seu partido, Leonol Brizola, contra os abusos da mídia e reafirmou o apoio do seu partido à proposta. Ele cobrou uma presença mais efetiva do das centrais sindicais nas mobilizações, considerando que elas também são vítimas privilegiadas do oligopólio da mídia, assim como os movimentos populares e a política no seu sentido mais amplo. “É essencial uma reforma democrática e democratizante que transfira poder à sociedade”, ressaltou.

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) acrescentou que a luta pela democratização da comunicação precisa sair da seara das entidades que debatem o assunto e virar uma bandeira de toda a população. Segundo ela, uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, que será lançada na semana que vem, revela que 71% da população é favorável a algum tipo de regulação da mídia. “Todos os países regulam a mídia, todas as outras concessões públicas do Brasil tem algum tipo de regulação”, argumentou.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), à exemplo de Erundina,  abordou a dificuldade do tema encontrar abertura no parlamento. “Estou no meu quinto mandato e se há um tema que não consegue avançar aqui, é este, até porque vários parlamentares são donos de meios de comunicação”, observou. Segundo ela, a pauta sobre o tema é extensa, e toda ela travada: seu projeto de regionalização da produção de comunicação continua engavetado, enquanto a comissão criada para regulamentar a Constituição de 88 aprovou, à toque de caixa, proposta bastante conservadora sobre o tema.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) lembrou que a democratização da mídia está diretamente ligada a outra pauta essencial à consolidação da democracia brasileira: a reforma política. E ressaltou que ambas não conseguem avançar no parlamento, apesar do compromisso assumido por seu partido com as duas bandeiras. “Esses dois temas, quando caminham no Congresso, é para pior.  Vejam o debate sobre essa minirreforma eleitoral:  é um insulto à sociedade se discutir tamanho de adesivos quando precisamos de mudanças profundas”, pontuou.

Visões divergentes

A cizânia começou quando o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a forma como os movimentos de defesa da democratização da mídia e a esquerda tradicional encaram o processo de comunicação. “Não podemos considerar os meios de comunicação como controladores absolutos de corações e mentes. (...) Não vamos avançar neste processo se não sairmos deste maniqueísmo simplista que transforma a mídia em inimigo”, contrapôs.

Segundo ele, a produção de sentidos se dá na recepção, cuja audiência é heterogênea. Além disso, na opinião de Wyllys, os veículos de comunicação são arenas de disputa. Como exemplo, citou o fato de, apesar dos meios de comunicação tenham se aliado contra o governo petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deixou de ser reeleito e de eleger a presidenta Dilma Rousseff, por conta do Bolsa Família.  “Não podemos tratar a audiência como algo monolítico, porque a produção de sentido é feita na recepção, a partir da posição do sujeito”,  pontuou.

O deputado - que é adepto das chamadas teorias da recepção e ganhou projeção nacional ao vencer o reality show Big Brother, da TV Globo - criticou duramente o descompromisso do governo do PT com a pauta da comunicação, nesses quase 10 anos de mandato. E defendeu o papel social das novelas na formação de consciência e cidadania, postura conflitante com a da esquerda tradicional, que julga o gênero como principal veia de transmissão dos valores da elite dominante.

No momento em que o governo Dilma enterrava o projeto contra a homofobia, quem manteve o assunto foi uma novela da TV Globo. As novelas, eventualmente, politizam em temas em que o governo se omite”, justificou.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) argumentou a democratização da mídia, assim como a reforma política, é tema fundamental para o aprimoramento da democracia brasileira. E reconheceu que o governo petista deixou a desejar no tema, em função da correlação de forças desfavorável. Ele defendeu que o governo encaminhe ao congresso o projeto deixado pelo ex-ministro da Comunicação, Franklin Martins, que enfrenta o assunto.  E criticou a atual forma de distribuição da publicidade estatal, centrada nos meios convencionais, enquanto o mundo mudou e novos veículos ganharam espaço nas redes.

Mais direta, a deputada Fátima Bezerra ressaltou que e coligação que governa o país não tem interesse nenhum na reforma política e na democratização da mídia.

Isso é o óbvio do óbvio. Todos nós sabemos que ela nuca vai aprovar nada progressista. Por isso, a importância da mobilização popular”, acrescentou.

A deputada Luciana Santos lembrou das implicações do caráter monopolista da mídia brasileira no resultado do processo de comunicação, sustentando que, ainda que o domínio não seja absoluto, o poder de criar consensos de uma mídia concentrada é desproporcional e nocivo ao debate público inclusivo. “Quando se tem um monopólio, você só reflete a visão de mundo daquele grupo. Isso é explícito. E a história dos meios de comunicação no Brasil tem DNA”, argumentou.

Ela lembrou também que Lula se elegeu em um processo democrático, dentro das regras estabelecidas e, por isso, precisou fazer concessões. “Lula se elegeu. Nós não fizemos uma revolução. O poder político do governo é muito menor do que gostaríamos”, justificou.

Com uma visão mais gramsciana do processo comunicacional, a deputada Erika Kokay (PT-DF) acrescentou que vivemos uma espécie de luta de classes pós-moderna, em que os meios de comunicação têm lado muito definido. Segundo ela, eles são responsáveis por um forte processo de invasão da cidadania e desconstrução dos sujeitos, que desestabiliza a correlação de forças. “É óbvio que a sociedade está em disputa e que há outros espaços de construção do sujeito. Mas quando esses outros espaços não estão fortes, a opressão da mídia é inegável”.

Kokay também defendeu um virada no governo para enfrentar esse e outros temas relevantes à democracia. “Temos um governo dominado por limites de uma eleição, inclusive, midiática. O que foi possível construir de transformação dentro desses limites já está se esgotando. Ou enfrentamos questões estruturantes, ou paramos de avançar”, diagnosticou.

Numa postura mais conciliadora, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) agradou a ala mais tradicionalista ao citar o velho Karl Marx – “as ideias dominantes de uma época são as ideias da classe dominante”. Mas, em seguida, concordou com o colega de partido ao admitir que os meios de comunicação desempenham papel de vanguarda em assuntos nos quais o governo se omite.  “A gente tem que considerar, sim, o receptor crítico. Fiquei impressionado com a total rejeição da garotada que foi as ruas em junho aos meios de comunicação”, esclareceu.

As divergências políticas e teóricas preocuparam militantes da democratização da mídia, que esperavam conquistar nos partidos de esquerda uma defesa mais homogênea do projeto, que não encontra respaldo entre os setores mais conservadores do congresso. Porém, divergências à parte, todos concordaram há uma omissão do parlamento e dos sucessivos governos em relação ao tema, que é preciso democratizar o acesso à mídia, regulamentar padrões mínimos de procedimento para os veículos e rever as concessões historicamente tratadas como armas para favorecimento político.


Via Carta Maior

Consciência negra é um ato político – Somos todos Filhos de NZinga Mbandhi*



Rainha NZinga Mbandhi
Tudo é um trabalho de transformação, a cada passo à frente ou recuado é um processo de nossas vidas e o trabalho da Consciência Negra é mostrar no cotidiano o orgulho da cor da pele, aprender ou reaprender os valores da nossa cultura da nossa religiosidade, da culinária e de nossos ancestrais que conseguiu nos trazer de forma oral todo o conhecimento que os grilhões e a chibata não conseguiram apagar.

A Consciência negra é um novo início do despertar que somos a maioria neste país e que temos direitos adquiridos e vamos lutar para que estes sejam preservados e outros conquistados, nos últimos anos tivemos avanços importantes na política e a Seppir, a Lei 10.639, os pontos de cultura por todo o País, a Capoeira como Patrimônio Imaterial do Brasil entre muitos outros avanços importantes e não foi só vontade política do PT foi à construção de vários movimentos que foram ouvidos e juntos construímos políticas publicas que para nós que sempre fomos excluídos em 500 anos de Brasil veio iniciar uma parte da reparação necessária que visa alcançar enfim a igualdade, mas temos a ciência que não será hoje ou amanhã, mas com as políticas de Cotas e a lei 10.639 está enraizando um novo mundo para nosso povo onde nossas tradições começam a ser respeitadas e nosso povo começa ocupar lugares nunca antes sonhados e tenho a certeza que todos aqui seremos filhos de Nzinga Mbandhi nossa Rainha Angolana que lutou contra a igreja e o europeu para defender seu povo! (Via Religiões Afro Brasileiras e Política)


*NZinga nasceu no Ndongo Oriental (território onde hoje é Angola) no século XVI. Se tornou embaixatriz em Luanda, durante o reinado do seu irmão, vindo a travar luta sem quartel durante quase três décadas contra os portugueses, pela independência da seus companheiros e pela sobrevivência do seu reino.

Tâo logo seu irmão morreu, tornou-se a rainha de Ndongo e, para enfrentar os portugueses, formou uma tríplice aliança com o rei do Congo e os holandeses.

Ela teve compromisso total com a libertação de Angola e foi, durante toda a sua vida, a personalidade mais importante daquele país, sendo reverenciada como uma das inspirações do nacionalismo angolano atual, não só pela resistência aos invasores, mas também pela sua habilidade diplomática e sua altivez..

NZinga sempre foi muito respeitada pela estratégia que empregava e que se aproximava da moderna guerrilha. Essa tática de luta influenciou diretamente o quilombo dos Palmares, já que os negros palmarinos eram foragidos dos estados de Pernambuco e de Alagoas, região para onde foram trazidos os africanos de Angola.

Sua morte deu-se no século XVII, mas, na região nordeste do Brasil, sua imagem sobrevive no folclore negro, especialmente nos congos e nas congadas, onde ela é a Rainha Jinga (Ginga). (Texto da redação do Informações em Foco).






Quatro times brigam por uma vaga no Campeonato de Futebol de Altaneira




Tabela de Classificação do Municipal de Altaneira.
Créditos: BA.
O 15º Campeonato de Futebol Amador do município de Altaneira entrou na reta final. Com a rodada finalizada neste domingo, 17, restam apenas mais dois jogos para se saber os quatro semifinalista da competição.

Com a vitória no sábado, 16, do Maniçoba sobre o Serrano a disputa pela vice-liderança ganhou novo ânimo.  Com o mesmo número de pontos do Caixa D’Água, mas perdendo no saldo de gols, os maniçobanos entram de vez na brica pela segunda colocação. Embalado pela vitória no último confronto contra o líder, o atacante Dadazim voltou a balançar as redes, desta vez em duas oportunidades e Alanzino, uma vez, deram mais três pontos para o time da casa. Adriano descontou para o Serrano, vindo a dar números finais ao jogo.

Ainda no sábado o São Romão, dentro dos seus domínios se reencontrou com o caminho da vitória ao bater o empolgado Juventude.  Marcaram para o time do distrito Zé, Cícero e o atacante Jurica que depois de um bom tempo sem encontrar as redes adversárias, voltou a marcar. Pedro e Negão descontaram para a equipe do Taboleiro/Taboquina.  Com a vitória o São Romão mantem viva a esperança de buscar uma vaga nas semifinais. O Juventude, por sua vez, perdeu a chance de sacramentar sua vaga.

Encerrando a rodada, o domingo, 17, proporcionou uma situação quase que inusitada. O Caixa D’Água que na rodada anterior havia diminuído a vantagem para o líder, ver agora essa chance cair pelos ares ao ser derrotado pelo Chelsea.  Com a partida empatada em dois a dois, o final do jogo foi eletrizante com chances reais de gols para ambos os lados. Porém, quem conseguiu marcar foi o time de nome estrangeiro em terras alencarinas. A exemplo do São Romão, o Chelsea ver uma luz no fim do túnel até o quarto lugar a duas rodadas do fim.

A líder Portuguesa a duras penas voltou a vencer e já garantiu a primeira colocação, já que os dois clubes que vem logo na sequência não apresentam mais nenhuma possibilidade de alcançá-lo.  O adversário da vez foi o saco de pancadas Vila Rica que mesmo assim vendeu caro a derrota dentro do seu território.