15 de janeiro de 2024

Cinco homens mais ricos do mundo dobram fortuna desde 2020, enquanto 5 bilhões ficaram ainda mais pobres

 

Quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram aumento de 51% da riqueza desde 2020. No mesmo período, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres. (FOTO | Agência Brasil/Reprodução).


A fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo mais que dobrou desde 2020, passando de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões. Uma taxa de US$ 14 milhões por hora. No mesmo período, no entanto, quase cinco bilhões de pessoas ficaram mais pobres. O levantamento é do novo relatório Desigualdade S.A., lançado nesta segunda-feira (15) pela Oxfam, organização que faz parte de um movimento global contra a pobreza, a desigualdade e a injustiça.

14 de janeiro de 2024

Coletivo Camaradas será dirigido por três presidentes

(FOTO  | Reprodução | WhatsApp)

                                                                                                                                                                                  
A escritora Estrela do Sul, o sociólogo Antônio Júnior e o geógrafo Ricardo Alves são os novos presidentes do Camaradas.

Rede de Jornalistas Pretos abre inscrições para curso gratuito sobre Diversidade, Inclusão

Rede de Jornalistas Pretos abre inscrições para curso gratuito. (FOTO | Pexels).

A Rede de Jornalistas Pretos Pela Diversidade na Comunicação – Rede JP, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, por meio do Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ, anuncia a abertura das inscrições para o curso internacional “Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós-Cultura Digital”.

13 de janeiro de 2024

Dissertação de mestrado em História que aborda blog Negro Nicolau é publicada no site da UECE

 

À esquerda o professor Thiago. Na sequência, a professora Cicera Nunes (URCA) e avaliadores). (FOTO | Reprodução | Instagram).

Por Nicolau Neto, editor 

O blog Negro Nicolau, mídia preta criada em 2011, é uma das poucas com foco na luta antirracista do Ceará e do nordeste, foi tema de dissertação de mestrado do professor da rede estadual de ensino de Maranguape-CE, Thiago Medeiros.

12 de janeiro de 2024

Seduc-Ce realiza Seminário com lideranças educacionais sobre escola plural e acolhedora

 

(FOTO | Reprodução | Seduc-Ce).

A Secretaria da Educação do Estado (Seduc) realizou, nesta quinta-feira (11), o Seminário da Educação Básica no Ceará: por uma escola plural e acolhedora. O encontro, que aconteceu no Centro de Eventos, teve a presença da secretária Eliana Estrela e reuniu secretários municipais, gerentes municipais do Programa Aprendizagem na Idade Certa (Paic Integral), orientadores e coordenadores regionais da capital e do interior.

Primeira escola indígena do Cariri será localizada em Brejo Santo

 

(FOTO  | Reprodução).

O cariri cearense contará com a primeira escola indígena da região, a ser localizada no município de Brejo Santo. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC). Essa é uma demanda antiga do Povo Isú-Kariri e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), que agora se concretiza com a criação da Escola Indígena Isú-Kariri.

11 de janeiro de 2024

Blog Negro Nicolau é escolhido do público como o melhor de 2023 na categoria site/blog

 

Nicolau Neto, editor do blog. (FOTO | Valéria Rodrigues).

Por Nicolau Neto, editor 

O Blog Negro Nicolau foi o melhor do ano 2023 em pesquisa de opinião pública na categoria “Site/Blog”, promovida pela empresa Ventura Publicidade, em Altaneira-CE.

Cultura Viva para além da cidadania e participação social

Integrantes do Reisado São Francisco liderado por Mestre Dodô. (FOTO | Reprodução).

 

Por Alexandre Lucas, Colunista 


Cidadania cultural e participação social são elementos fundantes da Política do Cultura Viva - Pontos de Cultura, como instrumentos de afirmação e ampliação de direitos e  composição de uma nova visão  de política pública. Iniciada em 2004 e estabelecida dez anos depois como Política de Estado ( Lei 13.018/2014, que institui a Política Nacional do Cultura Viva), essa experiência apresenta aspectos que vão para além da democratização do acesso aos bens culturais e a produção artística. 

A cidadania cultural como reconhecimento de direitos historicamente negados a maioria da população é ingrediente substancial para análise da realidade concreta e apontamento das demandas sociais. A expressão de cidadania cultural parte da mesma premissa do conceito de democracia cultural que reside no entendimento de como a produção simbólica é criada, dividida e distribuída entre as classes sociais distintas e antagônicas, separadas primariamente por um recorte desigual de economia.

Efetivar o conceito de cidadania cultural com os mecanismos controle e participação social é uma das premissas da Política do Cultura Viva. Esse deslocamento do controle e do planejamento da política pública, já garantido na constituição de 1988, começa a ganhar corpo e resignificar a forma de transferir recursos, reconhecer e  legitimar processos simbólicos, ampliar diálogos e ganhar capilaridade social em escala, fatores essenciais para o  reposionamento político das camadas populares e a  incidência política. 

A política do Cultura Viva tem a dimensão de reconhecer o campo de disputa política e autonomia dos movimentos socioculturais, o que se apresenta como algo contemporâneo e marcado por conflitos de entendimentos, mas foi essa dimensão que proporcionou que o Cultura Viva tivesse  as condições para  criar redes de articulação para além das localidades de atuação dos Pontos de Cultura. Essa perspectiva teve consequências para olhar  dos gestores de cultura e dos  movimentos sociais. O que pode ser constado pela dimensão latino-americana do Cultura Viva, resultado do caráter democrático de alguns  governos  e da oxigenação e resistência das organizações populares. 

A partir desta relação vão se aprofundando novas práticas de intercâmbio e fortalecimento político a partir dos territórios e identidades. 

Na historiografia brasileira das políticas públicas, o Cultura Viva se apresenta como uma política de  ruptura que diverge da visão oficiosa, coercitiva e tolerada de cultura alinhada a um concepção elitizada e excludente. O idealizador do Cultura Viva, o historiador Célio Turino no seu livro: Ponto de Cultura - O Brasil de Baixo para Cima  destaca   "A questão da cultura na construção de um novo espaço público envolve 
a quebra de hierarquias e a edificação de novas legitimidades. Uma política pública de acesso à cultura tem que ir além da mera oferta de oficinas artísticas, 

espaços e produtos culturais; precisa ser entendida em um sentido amplo, expresso em um programa que respeite a autonomia dos agentes sociais, fortaleça 
seu protagonismo..."  Essa dimensão revolucionária do Célio aponta um caminho de tomada do poder político dentro das estruturas do governo. 

Esse entendimento apresenta o caminho do conflito e do dialogo como parte da construção da política pública que cabe o povo no debate e no orçamento. A inclusão dos Pontos de Cultura no orçamento representa um dos pilares edificantes para promoção da cidadania cultural, mas é preciso de um norte político que diga qual tipo de  sociedade que ser construir para a classe trabalhadora.