28 de agosto de 2022

Artefatos da Cultura Negra chega a sua 13ª edição em 2022

 

(FOTO/Reprodução/Instagram).

Por Nicolau Neto, editor

O Congresso Internacional Artefatos da Cultura Negra chega a sua décima terceira edição. Construído em permanente diálogo com instituições de ensino superior do Estado do Ceará, movimentos negros, estudantes, professores e professoras da educação básica e pesquisadodores/as de temáticas ligadas às questões da população negra no Brasil e em outros países, esse ano de 2022 o evento apresenta como proposta temática “O Futuro é Ancestral: Tecnologias, Juventude e Territórios Negros”.

A primeira versão do evento foi em 2009, e desde então vem se formatando como um importante espaço de formação de professores e professoras, estudantes de graduação e pós-graduação e de ativistas dos movimentos sociais, o que acabou se tornando um celeiro de produção acadêmica na temática voltada para as relações étnico-racial.

Em 2009 a Artefatos foi realizado em uma semana com bancas de mestrados e doutoramentos e surgiu dentro do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza Naquela oportunidade, o nome era apenas “Artefatos da Cultura Negra do Ceará”, tendo o objetivo de socializar os estudos e pesquisa com a temática das relações raciais.

Quando completou uma década de Artefatos, o Blog dialogou com uma das mentoras do congresso, a professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri, Cícera Nunes. Segundo ela, em 2010 o município de Juazeiro do Norte, no cariri cearense, recebeu uma edição como parte da atividade do programa de pós-graduação, sendo defendidas a sua tese de doutorado (Os Congos de Milagres e Africanidades na Educação do Cariri Cearense) e a dissertação de Kássia Mota (Entre a Escola e a Religião: Desafios para Crianças de Candomblé em Juazeiro do Norte), hoje professora da Universidade Federal de Capina Grande (UFCG), campus Cajazeiras (PB).

Quem também falou sobre o congresso foi Henrique Cunha Jr, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em 2019 ele apontou o Artefatos “o maior evento de pesquisa sobre população negra do Brasil” ao lembrar das várias atividades que o constitui, citando por exemplo, “as economias solidarias, com feira de artesões e vendedores de produtos da nossa cultura”.

Conforme informações divulgadas nas redes sociais do Congresso, este ano “com programação ampla envolvendo mesas redondas, rodas de conversa, feiras culturais, terreiradas culturais, exposições artísticas, mostra de cinema, lançamento de livros e comunicações científicas, o evento terá lugar no Cariri cearense e estabelecerá diálogo com pesquisador@s e ativistas de vários estados brasileiros e outros países” e ocorrerá entre os dias 19 e 24 de setembro.

Submissão de Trabalho

Para aqueles que desejam ter ser trabalhos de pesquisas apresentados e publicado, o prazo para as submissões terão início nesta segunda-feira, 29 de agosto, e se estenderá até 05 de setembro.

Para maiores detalhes sobre as regras de submissão é só acessar o site de eventos da URCA.

Ciro lança canal on-line para driblar o pouco espaço na TV e rádio

 

Ciro Gomes. (FOTO | Reprodução |Jovem Pam).

O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) lança, neste sábado (27), uma programação diária de vídeos on-line para tentar compensar o fato de ter apenas 52 segundos disponíveis para propaganda na televisão e rádio. A Ciro TV deve ter a grade disponibilizada na internet e vai apostar em debates, atividades da campanha e apresentações musicais.

O canal estreará às 21h e a previsão da campanha é que ele fique no ar 24 horas por dia. Ciro aposta em um programa comandado por ele junto a mulher, Gisele, que será exibido ao fim da propaganda do presidente. De acordo com a agenda do candidato, outro destaque deve ser o quadro Drible de Mestre, que a cada dia deve ser veiculado de um diferente estado do país.

A Ciro TV também terá um momento em que o pedetista comenta propaganda de adversários que foram ao ar minutos antes da transmissão. Outo quadro, Ciro de Verdade deve trazer as propostas do candidato.

A primeira transmissão deve ocorrer diretamente de um centro comunitário da periferia de São Paulo. A previsão inicial é que 30% dos quadros sejam ao vivo, percentual que deve subir para 50% quando a eleição se aproximar. A expectativa é que o canal continue após a votação.

Estacionado no terceiro lugar, Ciro Gomes busca crescer nas pesquisas. De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada em 18 de agosto, o pedetista tinha 7% das intenções de voto, contra 47% de Lula e 32% de Jair Bolsonaro.

Lula deve ter 3 minutos e 39 segundos de propaganda em cada bloco, e Bolsonaro acumula 2 minutos e 38 segundos. Com apenas 52 segundos, Ciro tem tempo inferior ao de Simone Tebet (MDB), com 2 minutos e 20 segundos, e Soraya Thronicke (União Brasil), que tem 2 minutos e 10 segundos.

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Com informações do portal IG.

27 de agosto de 2022

Manual gratuito orienta escolas para práticas antirracistas

 

(FOTO | Reprodução | Porvir).

Existe muita coisa que não te disseram na escola/Cota não é esmola”, diz um trecho da canção de Bia Ferreira que tomou as caixas de som do Centro Cultural São Paulo nesta quinta-feira (25). Outras músicas, de Elza Soares a Gilberto Gil, com suas letras de resistência, também recepcionaram os convidados para o evento de lançamento do “Manual para escolas antirracistas”. Produzido pela comissão de professoras e professores de referência em relações raciais da Camino School, escola particular e trilíngue em São Paulo, o livro de 97 páginas, disponível gratuitamente para download, compartilha orientações pedagógicas para a construção de uma educação contra o racismo.

Hoje, muito mais do que falar, é essencial promover o antirracismo em todas as esferas, especialmente na esfera educacional. Queremos abrir o diálogo para a educação antirracista e somos ambiciosos: pretendemos levar o debate para o Brasil inteiro”, afirma Leticia Lyle, cofundadora da Camino Education, da plataforma digital de aprendizagem Cloe e diretora da Camino School, escola que conta com um programa de bolsas de estudos para estudantes negros, pardos e indígenas de baixa renda. “O material foi feito com pais, com leitores críticos, para que possamos fazer uma educação que tenha todas as vozes, a fim de gerar e promover consciência de toda a comunidade.”

No glossário, são apresentados conceitos para o letramento racial. O capítulo “Antirracismo na prática escolar” sugere ações voltadas a gestores, docentes, famílias e estudantes. Uma lista com sugestões de livros e um mapa sobre ações antirracistas no Brasil e no mundo também compõem a publicação. “O manual não se encerra em si. Temos um trabalho de casa para fazer, de formação continuada, de trazer pessoas para dialogar constantemente. Um trabalho árduo: sabemos que não vamos acabar com o racismo de uma hora para outra. Mas esperamos que possamos melhorar nossas práticas internas e servir de espelho para que outras escolas pensem em ações antirracistas dentro de seus ambientes”, acredita o professor Leonardo Bento, coordenador do projeto. “Precisamos todos entender que a sociedade é racista e o racismo dá as caras a todo momento”, reforça.

Protagonismo negro

A roda de conversa contou com representantes da Camino: as integrantes do comitê de diversidade racial da escola, Fernanda Cimino (servidora do Tribunal Regional do Trabalho e especialista em direitos humanos) e Adriana Arcebispo (assistente social e digital influencer da página @familiaquilombo), além do professor Rodrigo Bueno.

O manual é capaz de garantir para as pessoas brancas o nível básico de letramento racial, capacidade de transformá-lo em práticas e ações antirracistas, promovendo direitos humanos. Nessa construção coletiva, o papel das pessoas responsáveis por crianças e adolescentes é fundamental”, opina Fernanda. “Pensando no contexto de uma escola particular, majoritariamente branca, uma andorinha só não faz verão. Quanto mais atuação, mais chance de as ações serem efetivas. As pessoas brancas devem tomar frente da luta por uma educação antirracista, respeitando o protagonismo negro”, complementa.

Para o professor Rodrigo, o manual é algo muito necessário, tanto externa quanto internamente. “A questão do lugar de fala apareceu em uma aula minha, no nono ano. Os alunos fizeram uma batalha de SLAM, movimento bastante comum da periferia paulistana, e, no começo do debate, os estudantes brancos disseram que não tinham lugar de fala. Discutimos isso o tempo todo. Achamos a resposta em um discurso da [filósofa e feminista] Djamila Ribeiro: o lugar de fala do branco é o lugar de fala da raça branca, raça minoritária no nosso país que posa de majoritária, mas não é. Isso precisa ser exposto na escola”, comenta. “Fizemos um evento muito legal, que parou a escola toda, com poemas impactantes e conversas sobre política e feminismo”, diz. Nenhuma criança nasce racista, mas a sociedade a transforma, afirma o educador.

Precisamos ver qual é o alimento do racismo e cortá-lo. Um é a ignorância, e falo isso como historiador branco que aprendeu nas universidades. Eu não conhecia nada da história brasileira até fazer uma especialização em relações raciais”, diz Rodrigo. “O Brasil misturou duas coisas cruéis: a sociedade escravista e a sociedade de consumo. Esse racismo vai empurrando o tema para longe dos brancos. E espero que os brancos se incomodem com a minha fala”, complementa o educador, que finalizou a participação com uma frase do ativista afro-americano Malcolm X (1925-1965): “Não confunda a reação do oprimido com a violência do opressor”. O professor aponta que a branquitude está do lado do opressor e isso precisa ser desconstruído.

Práticas antirracistas

Mãe dos alunos Akins (10) e Dandara (6), matriculados na Camino School desde 2018, Adriana usa as redes sociais para falar sobre sua experiência de existência e resistência. Na escola, apoia a promoção de encontros e rodas de conversas entre as famílias. “Ganhamos com a Camino por estarmos nesse espaço, mas a escola também ganha com a nossa presença nesse movimento antirracista. Uma escola diversa ganha com essa valorização”, pontua.

Akins sofreu racismo na escola e Adriana não hesitou em conversar com a direção da Camino para, juntos, pensarem como resolver a situação. Para ela, é fundamental que a escola seja diversa em todas suas esferas, inclusive na coordenação. “Quando chego em um espaço todo tocado por pessoas brancas, esse espaço é opressor para pessoas pretas. Precisamos garantir que dentro da escola as estratégias sejam colocadas em prática, que as crianças e as famílias sejam ouvidas e acolhidas. É preciso contratar pessoas pretas e ter compromisso com isso, para construir o antirracismo.”

Entre as sugestões levantadas pela digital influencer, uma é urgente: implementar e fiscalizar o cumprimento das leis 10.639, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira, e 11.645, com a cultura e história indígena em todo o sistema educacional. “Com esse manual, a Camino School fecha um compromisso público com a questão antirracista e suas concretudes”, diz. 

Para Caio Garcez, vice-diretor da Camino School, a proposta é fazer o “Manual para escolas antirracistas” ganhar vida Brasil afora. “Esse é o primeiro, segundo, terceiro passo de uma maratona. Precisamos ganhar fôlego para correr atrás desse movimento. É uma iniciativa que deve ser espalhada”.

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Com informações do Porvir.

Lula segue próximo de vitória no 1º turno, Bolsonaro não cresce: leia as pesquisas da semana

 

Ex-presidente segue com larga vantagem em relação a Bolsonaro - Ricardo Stuckert e Agência Brasil.

A semana da campanha eleitoral pela Presidência da República foi marcada pela divulgação de duas novas pesquisas eleitorais de âmbito nacional. A primeira delas foi na segunda-feira (22), do Instituto FSB, sob encomenda do banco BTG Pactual. A outra na quinta (25), pelo Atlas Intel, sob encomenda da Arko Advice.

FSB/BTG: distância oscila na margem de erro

A pesquisa do Instituto FSB apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da corrida eleitoral pela Presidência da República, com 45% das intenções de voto.

Na sequência, apareceu o atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 36%, que oscilou positivamente em dois pontos percentuais. Com relação à pesquisa anterior, publicada há sete dias, em 15 de agosto, Lula se manteve estável. Na ocasião, ele havia subido quatro pontos percentuais (41% para 45%).

A queda na diferença entre os dois principais candidatos ao Planalto ocorre dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A oscilação ocorre após o início das campanhas eleitorais e a posse de Alexandre de Moraes como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O estudo mostra que Ciro Gomes tem 6%, dois pontos a menos do que os 8% da pesquisa da semana passada. E Simone Tebet (MDB) registrou 3%, oscilação positiva de um ponto percentual. Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros), cuja candidatura foi retirada pelo seu partido, somaram 1%.

Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 2%, não sabem ou não responderam foram 3%.

Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 52% a 39%, ante 53% a 38% na pesquisa de 15 de agosto. Lula venceria Ciro por 49% a 30% e Simone por 53% a 25%. Ciro bateria Bolsonaro por 47% a 40%. Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Simone haveria empate: 42% a 42%.

A pesquisa foi feita entre sexta-feira (19) e domingo (21) com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 2 pontos percentuais e está registrada no TSE sob o número BR-00244/2022.

Atlas: vantagem está em oito pontos

Uma pesquisa Atlas Intel/Arko Advice, divulgada na quinta-feira 25, indicou a liderança de Lula na corrida à Presidência da República com aproximadamente 8 pontos de vantagem sobre Bolsonaro.

O levantamento seguiu uma metodologia intitulada Atlas Random Digital Recruitment, ou RDR, segundo a qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo.

Foram entrevistadas 7.475 pessoas em 2.013 municípios entre 20 e 25 de agosto. A margem de erro é de um ponto percentual, considerando o nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-00848/2022.

Primeiro turno:

Lula (PT): 46,7%

Jair Bolsonaro (PL): 38,3%

Ciro Gomes (PDT): 6,4%

Simone Tebet (MDB): 3,6%

Pablo Marçal (PROS): 1,5%

Felipe D’Ávila (Novo): 0,7%

Vera Lúcia (PSTU): 0,4%

Sofia Manzano (PCB): 0,2%

Constituinte Eymael (DC): 0,1%

Léo Péricles (UP): 0,1%.

Cenários de segundo turno:

Lula 51,8% x 40,8% Bolsonaro

Lula 46,5% x 22,7% Ciro

Ciro 41,5% x 39,8% Bolsonaro

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Com informações do Brasil de Fato.

MST entrega produtos da reforma agrária a apresentadores do ‘Jornal Nacional’

 

Produtos da reforma agrária são cultivados em acampamentos e assentamentos e beneficiados em cooperativas e agroindústrias do MST espalhadas pelo país. (FOTO/ Divulgação).

Uma comitiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai até a sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), para entregar uma cesta de produtos da reforma agrária aos apresentadores do Jornal Nacional Renata Vasconcellos e William Bonner. A ação ocorre após o MST ser citado durante a entrevista de ontem (25) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque Renata questionou se a resistência de setores do agronegócio a Lula seria em função da relação do PT com os sem-terra. O ex-presidente rebateu.

O MST está fazendo uma coisa extraordinária: está cuidando de produzir”, respondeu Lula. “Não sei se você sabe, o MST, hoje, tem várias cooperativas e o MST é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, Renata. Você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais”, acrescentou.

Do mesmo modo, Marina dos Santos, a Marina do MST, que lidera a comitiva do movimento que vai até a emissora carioca, comentou o episódio. “Temos que desmistificar as informações que chegam à sociedade brasileira sobre o MST. E acreditamos no papel central que cumpre, para isso, uma imprensa livre e comprometida com o desenvolvimento social.”

As cestas que os apresentadores do Jornal Nacional vão receber contêm o arroz orgânico Terra Livre, o suco Monte Vêneto, o café Guaií, um boné do MST, melado da cooperativa Copavi, açúcar mascavo e uma geleia. Todos os produtos são comercializados no Armazém do Campo, rede de lojas do MST presente em 14 estados e no Distrito Federal.

O MST, que tem mais de 38 anos de história, organiza mais de 450 mil famílias assentadas e 90 mil acampadas. Além disso, conta com 160 cooperativas e 140 agroindústrias espalhadas pelo país.

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Com informações da RBA.

26 de agosto de 2022

Trajetória política de Leonel Brizola

 

Leonel Brizola.

Político gaúcho (22/1/1922-). Um dos principais líderes da esquerda trabalhista no Brasil. Nascido em Carazinho, de família pobre, Leonel de Moura Brizola trabalha como engraxate e ascensorista. Forma-se em engenharia em 1949. No ano seguinte casa-se com Neuza Goulart, irmã de João Goulart, futuro presidente da República. Seu padrinho é o então presidente Getúlio Vargas.

Filia-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), é deputado federal em 1954 e, no ano seguinte, prefeito de Porto Alegre. Eleito governador do Rio Grande do Sul em 1958, estatiza empresas multinacionais e inicia o processo de reforma agrária. Após a renúncia de Jânio Quadros (1961) chefia a campanha pela posse do vice-presidente João Goulart, que os militares queriam impedir.

Em 1962 elege-se deputado federal pelo estado da Guanabara, sendo o candidato mais votado do país. Resiste ao Regime Militar de 1964 e é cassado. Exila-se no Uruguai, de onde é expulso em 1977. Muda-se para os Estados Unidos e em seguida para Portugal. Com a anistia de 1979, volta para o Brasil. Tenta reorganizar o PTB, mas perde a sigla numa disputa com outros trabalhistas na Justiça Eleitoral.

Funda então o Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelo qual se elege governador do Rio de Janeiro em 1982 e em 1990. É o candidato do PDT à Presidência da República em 1989 e em 1994. Em 1998 é candidato à Vice-presidência, na chapa de Luís Inácio Lula da Silva.

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Com informações do Só História.

Lula no Jornal Nacional: linguagem simples, sem rancor, objetivo e preparado

 

Lula no Jornal Nacional. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Linguagem simples que o agricultor, a agricultora e a senhora ou senhor que está fazendo o cafezinho consegue entender. Sem rancor, objetivo e com a firmeza de quem já governou e sabe os caminhos para colocar o Brasil nos trilhos. Preparado. Respondeu todas as perguntas sem ódio ou ressentimento. Esse foi o Lula no Jornal Nacional de hoje, 25 de agosto.

Não lhe perguntaram sobre Educação, Cultura, Pauta Racial, Saúde, dentre outros temas relevantes. Mas como um líder e um estadista que é, Lula conseguiu encerrar sua fala com o tema Educação. "Não existe nenhuma experiência de país que ficou rico sem investir em Educação", disse.  Até Paulo Freire, o maior educador brasileiro, foi citado. "A gente tem que juntar os divergentes para derrotar os antagônicos" foi a citação. Um luxo. Por fim, concentrou suas críticas em quem deve ser criticado: o atual mandatário. É ele, o Bolsonaro, que deve ser confrontado atualmente. E Lula sabe disso e assim agiu.

Como já disse, voto no Lula não por afinidade ideológica. Voto no Lula porque é o único que, neste momento, consegue vencer as algemas do autoritarismo, da demagogia e do risco da falência da democracia. Meu voto ideológico seria no Léo Péricles (UP). Mas neste ano e entendendo a gravidade do momento, Lula tem meu voto já no primeiro turno.

Abaixo você confere as considerações finais de Lula

               

25 de agosto de 2022

Lula volta à bancada do ‘Jornal Nacional’ após 16 anos. Relembre a sabatina de 2006

 

Última entrevista de Lula ao Jornal Nacional, como candidato à Presidência, ocorreu em 2006. (FOTO/ Reprodução / TV Globo).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai voltar à bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quinta-feira (25). Há 16 anos, nas eleições de 2006, o petista participou pela última vez do telejornal da principal emissora de televisão brasileira.

Na ocasião, a duração da sabatina era mais curta, de apenas 11 minutos e 30 segundos (com possibilidade de acréscimo de mais de 30 segundos), tempo muito inferior aos atuais 40 minutos. Como Lula era presidente e, à época, a regra permitia que a entrevista fosse realizada fora dos estúdios, a sabatina foi no Palácio da Alvorada.

A entrevista de Lula, no entanto, ficou quase todo o tempo em um único tema: corrupção. Os programas sociais, a situação econômica ou a política externa sequer foram abordados. A maior parte das perguntas foram relativas ao “Mensalão”, suposto esquema delatado um ano antes pelo então deputado federal e hoje candidato a presidente Roberto Jefferson (PTB).

O vídeo do programa está disponível no site da Globo. O Brasil de Fato reproduz, abaixo, a transcrição da íntegra. A entrevista foi conduzida por William Bonner e Fátima Bernardes. Atualmente, a apresentadora Renata Vasconcellos é quem divide a bancada com Bonner.

Além de Lula, neste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também participam das sabatinas ao vivo. O atual chefe do Executivo foi o primeiro, na noite desta segunda-feira (22). Ciro é recebido na terça (23), e Tebet será entrevistada nesta sexta-feira (26).

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Com informações do Brasil de Fato e Rede Brasil Atual. Clique aqui e leia a íntegra da entrevista de Lula de 2006.