Carlos Alberto Tolovi. (FOTO/ Reprodução/ YouTube/ Papo Social Podcast). |
Por
Nicolau Neto, editor
Em 2018, o Brasil testemunhava um dos maiores retrocessos
desde o projeto português de colonização e que implantou a escravização dos
povos originários, inicialmente e, de povos africanos, posteriormente, como a
principal ferramenta de sua manutenção. Naquele fatídico dia 28 de outubro, o
capitão reformado do exército que desde 1991 estava como deputado federal, mas
que pouco aparecia na mídia, não por decisão própria, mas porque nada tinha pra
mostrar nesses anos todos como parlamentar, elegeu-se presidente com mais de 57
milhões de votos. 55,1% no segundo turno. Algo inimaginável para um país que
carrega na sua trajetória política dois imperadores e dois processos
ditatoriais. Estes últimos já no século passado.
Mesmo assim, dois meses depois do resultado das
eleições de 18, este Blog entrevistou o professor universitário, filósofo e
autor dos livros “Mito, Religião e Politica. Padre Cícero e Juazeiro do
Norte” (2019) e “Moral e Ética nas Relações de Poder” (2021), o Dr.
Carlos Alberto Tolovi. Naquela oportunidade, algumas questões nortearam a
entrevista, como por exemplo. Quais os desafios do Brasil pós-eleição? Quais as
estratégias que devem ser tomadas para que os a margem do poder não sejam cada
vez mais massacrados nesses quatro anos vindouros? Como os movimentos sociais
devem se comportar? É possível um diálogo mais eficiente entre partidos de
esquerda e os movimentos sociais? Como isso deve ser feito para atingir os
menos favorecidos?
Para Tolovi, a vitória de Bolsonaro foi uma
“tragédia” social no Brasil e que ele representou a “construção de uma
narrativa organizada pela direita, que respondia aos desejos e necessidades da
coletividade a partir de um caos produzido intencionalmente”.
O professor foi taxativo ao destacar que o processo
que culminou na vitória de Bolsonaro representa ações de um movimento fascista
e lembrou que “não podemos nos esquecer
que, na guerra ideológica, o campo da educação é um dos mais importantes.
Principalmente em um movimento fascista como esse que estamos vendo”.
Para complementar, asseverou:
A diversidade sempre foi vista como uma ameaça para um sistema de poder que quer ser absoluto.
2022 chegou e os desafios são enormes, a começar
pela retirada da cadeira de presidente daquele que representa um perigo para a
já fragilizada democracia; para os menos favorecidos; para negros/as e povos
originários; para a comunidade lgbtqia+......
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