26 de setembro de 2013

Locutores da Rádio Altaneira FM participarão de minicurso



João Alves entrevistando a Secretária de Assistência Social
Ellany Cristina no Noticias em Destaque
A Rádio A Rádio Altaneira Fm um dos principais veículos de comunicação do município e o único que atende os lugares e pessoas mais distantes do centro (e no próprio) e que por diversas razões não possuem acesso as redes sociais e, ou, a rede mundial de computadores continua tendo um trabalho de informações precários, embora reconheçamos os grandes avanços que vem tendo.

Apesar de vários cursos já terem sido proporcionados aos locutores, o que inclusive tem melhorado no desempenho de suas funções e, ao mesmo tempo contribuído para fazer desse espaço de comunicação mais agradável, com programações mais significativas, alguns deles preocupados com músicas de qualidade e com maior interatividade, ainda sentimos que falta algo mais. No quesito informar a população local com notícias e fatos que a interessam e que de forma direta e indireta atingem-na continua sendo feita de forma fragilizada, por exemplo. 

Flávia Regina (apresentadora do Noticias em Destque)
ao lado de Carlos Alberto Tolovi (um dos grandes 

coresponsáveis pelas mudanças na Rádio
É digno de registro que há sim programas que contribuíram para o relatado acima, a saber: Esperança do Sertão, Acorda Povo, Notícias em Destaque, dentre outros que, além de deixar a comunidade informada, permitiu a quebra da uniformidade, da não variedade e, ou, da monotonia que vinha ate então sendo desenvolvida pela emissora radiofônica. Mas falta algo mais.

Ante a esse cenário, pensamos em contribuir para que a nossa Rádio ganhe mais notoriedade e, acima de tudo, ganhe a um só tempo mais qualidade na área da informação. Tendo em vista o que foi frisado acima e por acreditarmos que a informação é o que gera conhecimento e, este é um dos bens mais preciosos da humanidade, vimos a necessidade de ministrar um minicurso com o objetivo de gerar não só instrução, direcionamento, mas também reflexão e debate voltado para a formação cidadã a partir dos nossos locutores que de forma voluntária nos acordam cedo, nos acompanham na hora do almoço e, as vezes na hora de dormir. 

Michele Alves - Apresentadora do Programa Tarde Mania
A sociedade vem sofrendo grandes transformações em sua estrutura social, econômica e política, estabelecendo novas relações sociais, passando a exigir da escola, do rádio e dos vários espaços a formação de um novo cidadão, capaz de atuar na sociedade, de maneira a transformá-la. Ante a isso e por acreditar na força do Rádio e dos locutores pretendemos desenvolver esse minicurso que discutirá a importância da cidadania nas suas várias facetas. E isso passa necessariamente pelos espaços de poder e por quem tem esse poder. A formação cidadã vem sendo destacada como necessária, para que os cidadãos possam contribuir na construção de novos valores calcados na solidariedade, pois as novas relações sociais estabelecidas estão provocando a exclusão social das classes menos favorecidas.

Nesse sentido, esse Projeto de Comunicação (a partir do minicurso) será, não sem razão, de caráter informativo cujo objetivo maior é aguçar a capacidade crítica dos locutores a partir de questões temáticas e que envolvam o nosso cotidiano.

Temas como política, educação, saúde, esportes e cultura serão tratados por nós de forma simples e direta visando levar os locutores altaneirense a está sempre na estrada da cidadania, sem perder o caminho, para que os ouvintes também possam ser.

No início deste mês nos reunimos com os (as) locutores (as) Flávia Regina, Rafaela Chavier, Elenice Pereira, João Alves e com o parceiro Cláudio Gonçalves. Na oportunidade, ficou acordado a data do inicio do minicurso. No entanto, por motivos superiores não foi possível à realização desse processo. Uma nova data será marcada. 

25 de setembro de 2013

III Conferência Estadual da Cultura Consolida propostas que nortearão etapa nacional




Cícero Chagas representará Altaneira na Conferência
Nacional da Cultura. 
Por Cícero Chagas (Cícero Popó)

Confiram as propostas aprovadas por eixo que servirão de guia para a comitiva cearense em Brasília, na III Conferência Nacional de Cultura.


Eixo 1 - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA

Propostas Estaduais

1.1 – Reformulação dos marcos legais do estado adequando ao SNC. Institucionalização e implementação do SEC com todos os elementos constitutivos (Órgão Gestor de Cultura, Conselho de Política Cultural, Plano de Cultura, Sistema de Financiamento à Cultura, Conferência de Cultura, Sistema de Informações e Indicadores Culturais, Sistemas Setoriais de Cultura, Programa de Formação na Área da Cultura e Comissões Intergestores) em consonância com o Sistema Nacional de Cultura. 

1.2 – Revisão da Lei do Fundo Estadual de Cultura (FEC), destinando-o exclusivamente para formação, fomento, criação e difusão previstas nos planos estadual e municipais, garantindo 2% do orçamento geral do Estado para o FEC e repasse de 50% dos recursos aos municípios com os Sistemas Municipais de Cultura implementados para o fomento das atividades culturais locais.

1.3 - Reformular o organograma da Secult-CE, com a criação da coordenação de gestão cultural, politicas culturais, secretarias executivas regionais, efetivação do SIEC e divisão da CODAC em diretoria setoriais para acompanhar, orientar e assessorar os municípios, artistas e instituições culturais no Sistema municipal, politicas, programas e projetos culturais.

1.4 –(aglutinação das propostas 1.4 e 1.5) Reformulação e atualização do Sistema de Informações e Indicadores Culturais da Secult, visando à ampliação dos cadastros realizados e do acesso às informações culturais do Estado. Realização do mapeamento da diversidade das expressões artísticas e do patrimônio cultural em todo território cearense, objetivando o incentivo a pesquisa na área cultural e a fruição dos bens culturais do Estado.

1.5 – Revisão da política de editais da Secult, garantindo a regionalização, a ampliação de recursos, a desburocratização, a transparência em todo o processo e a criação de novas temáticas que contemplem as demandas locais e todas as linguagens e setores, buscando a equidade de gênero.
   
1.6 – Implementação de parcerias intersetoriais entre a Secult, as secretarias correlatas (Seduc; Setur; STDS; DAS; Secretaria do Esporte; Secitece; Seplag; Sefaz e Sejus), os municípios e os Fóruns Regionais de Cultura e Turismo do Estado com intuito de realizar projetos e programas voltados para a área cultural.

1.7 – Criação de programas de capacitação em Gestão Cultural e na área de Arte e Cultura anuais voltados para os gestores, conselheiros, pareceristas e demais funções na área da cultura dos municípios e do estado, instituições culturais sem fins lucrativos e artistas, com uma plataforma virtual semi-presencial e presencial.

1.8 - Modificação da lei do conselho estadual de cultura dando-lhes as funções consultiva, deliberativa, normativa e fiscalizadora. Garantindo-lhe paridade na sua composição. Os conselheiros representantes da Sociedade civil devem ser eleitos via fóruns setoriais, de acordo com a distribuição dos fóruns nacionais.

1.9 - Apresentação do plano estadual de cultura para consulta pública e envio imediato para aprovação na assembleia legislativa.

1.10 - Fazer cumprir os instrumentos legais que versam sobre acessibilidade conforme meta 29 do plano nacional  de cultura - PNC e decreto 5.296 de 02 de Dezembro de 2004.

1.11 - Instituir através de Lei estadual o Programa Agentes de Cultura no estado do Ceará, com atuação em todos os municípios cearenses.

1.12 - Alterar a Lei do Mecenato modificando o percentual de renúncia fiscal para 10% nas empresas de pequeno porte, 6% nas empresas de médio porte e 3% nas empresas de grande porte. Mantendo o teto estipulado pela SEFAZ.

Propostas Nacionais

1.1 - Articulação com o congresso nacional para a aprovação e posterior sanção do PEC nº 150-2003, garantindo as porcentagens para os fundos de cultura e o funcionamento dos sistemas de cultura.   

1.2 – Criação de um escritório de representação regional do ministério da cultura no Ceará para atendimento dos estados: Ceará, Piauí e Maranhão; tendo, entre outras funções, a de assessorar os municípios na implantação dos seus Sistemas Municipais de Cultura, através de cursos, oficinas, palestras e outras atividades, assegurando dotação orçamentaria para execução dessas atividades.

1.3 – Implantação do Programa Nacional de Formação em Gestão Cultural, para gestores de órgãos governamentais, não governamentais e conselheiros de cultura, e ampliação do número de vagas no curso de gestão oferecido pelo ministério em parceria com as universidades federais.

1.4 – Ampliação da política de editais, bem como das linhas de financiamento, que contemplem todas as linguagens e setores artísticos, garantindo a produção, circulação e intercambio destes, e desburocratização dos processos, dando maior acesso aos municípios de pequeno porte.

Eixo 2 - PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

Propostas Estaduais
2.1. Criação, estruturação, ampliação e implantação de cursos de curta, média e longa duração contínuos (técnicos, profissionalizantes e de nível superior) em Arte, Cultura e Patrimônio promovidos pelo Governo do Estado do Ceará, voltados para a formação de profissionais da cultura e gestores culturais, contemplando todos os municípios cearenses.  

2.2. Criação e estruturação de escolas de arte e cultura nas 14 microrregiões do Estado permitindo a formação artística, cultural, patrimonial (material e imaterial), de acordo com a necessidade de cada microrregião.

2.3. Ampliação e efetivação da parceria entre Secult, Seduc e Secretarias Municipais de Educação e Cultura para a implementação na matriz curricular do ensino fundamental e médio, assegurando formação continuada dos professores nos conteúdos: de história local, cultura e cidadania, que versem sobre a diversidade cultural brasileira, cearense e municipal, com destaque nas leis 10.639-03 e 11.645-08 e com caráter de punição aos municípios que não as cumprirem.

2.4 Garantir um espaço de transmissão de saberes e fazeres das culturas tradicionais   aos mestres de cultura, grupos culturais, entre outros sujeitos dentro da escola.

2.5. Criação de programa de intercâmbio cultural do estado do Ceará garantindo a difusão de conhecimentos das manifestações artístico-culturais, tradicionais e contemporâneas que contemplem os povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais a fim de promover o fortalecimento e a divulgação das culturas municipais, bem como a valorização dos artistas populares.

2.6. Ampliação da divulgação das manifestações culturais locais e regionais através dos meios de comunicação públicos e privados (rádio, TV, Internet, jornal, etc...) e produções artísticas (livros, documentários, etc...).

2.7. Criação e manutenção de centros de cultura digital, disponibilizando cursos de informática e serviços digitais que contemplem as comunidades, artistas e grupos culturais nos municípios.

2.8. Implantação do Cinturão Digital em todos os municípios do Ceará.

2.9. Criação de cursos sobre patrimônio cultural material e imaterial que promova a valorização e preservação dos mesmos.

2.10. Criar mecanismos orçamentários de fomento e incentivo à implantação dos arquivos públicos municipais.

2.11. Reformulação da Lei dos Mestres, objetivando a ampliação do número de mestres do tesouro vivo, assegurando a transparência dos critérios de escolha, com a participação dos mestres na reformulação da lei, bem como o fortalecimento de grupos e pessoas que detenham o título de tesouro vivo para a permanência e desenvolvimento dos mesmos.
(proposta: revisão dos valores, criação de comitê gestor para acompanhamento e valorização dos mestres)

2.12. Criação e manutenção de políticas públicas de estado que valorizem e preservem a diversidade cultural, as comunidades indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência nos municípios.

2.13. Manter os eventos consolidados nas regiões e descentralizar os recursos para realização de novos eventos e circulação de cursos de segmento cultural de acordo com a demanda de cada município do Ceará.

2.14. Fomento à criação artística, à estruturação e à manutenção de grupos artísticos e culturais nos municípios, garantindo o mapeamento e a produção artístico-cultural cearense.

2.15 – Retorno da TVC para a Secretaria de Cultura, tendo como principal pauta a produção cultural cearense.

Propostas Nacionais

2.1 - Ampliação e implantação de intercâmbios artístico-culturais a nível nacional e internacional e cursos de formação, técnicos, profissionalizantes e de nível superior na área de arte, cultura e patrimônio que atendam à demanda dos profissionais, artistas e gestores da cultura, em todos os níveis federativos.

2.2 - Ampliação da divulgação de conteúdo cultural nos meios de comunicação públicos e privados a fim de valorizar e promover a diversidade cultural brasileira.

2.3 - Ampliação dos programas de fomento, valorização e preservação do patrimônio artístico-cultural brasileiro que contemplem todos os níveis federativos, respeitando as especificidades locais e agregando-as ao conjunto formador da cultura brasileira.

2.4 Ampliação das políticas públicas de valorização e preservação das manifestações culturais das comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.

Eixo 3 – CIDADANIA E DIREITOS CULTURAIS

Propostas Estaduais

3.1. Reestruturação do calendário cultural do Ceará garantindo o direito à livre manifestação e participação artística e cultural locais, independente de filiação junto às entidades representativas de cada segmento/linguagem, contemplando todo o estado, viabilizando a itinerância.

3.2. Ampliação dos pontos de cultura do Ceará contemplando todos os municípios cearenses, garantindo o acompanhamento periódico por técnicos da Secretaria da Cultura no que diz respeito à lícita aplicação dos recursos e democratização de seus equipamentos, além da manutenção dos já existentes.
(proposta de assessoria jurídica e prestação de contas por técnicos da secretaria da cultura)

3.3. Reestruturação do projeto Agentes de Leitura transformando-o em política pública de modo a garantir a continuidade do projeto, respeitando a proporcionalidade do número de habitantes de cada município, garantindo monitoramento das ações executadas pelos agentes durante sua execução.

3.4. Criação e manutenção de espaços e equipamentos culturais com atividades contínuas, valorizando as culturas locais e contemplando todos os municípios cearenses, respeitando as particularidades de cada um. (proposta: fomentar a estruturação, ampliação, manutenção e usufruto efetivo de espaços culturais, em todo o Ceará dotados de pessoal qualificado e de tecnologia assistiva, necessários para a produção, circulação e divulgação de atividades de arte e cultura acessíveis; de acordo com os artigos 9º e 30º do decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, o artigo 47 do decreto 5.296/2004 e por fim, a convenção sobre a proteção e promoção da Diversidade das expressões culturais)

3.5. Garantia do acesso democrático a todos os equipamentos, bens e serviços culturais do estado, tornando-os  acessíveis às pessoas com deficiência por meio de recursos estruturais e de fruição cultural, tais como, audiodescrição, audiolivro, legendagem para surdos e tradução em libras e braille e pessoas com necessidades especiais.
          
3.6. Instituir no âmbito do organograma da SECULT/CE, uma coordenadoria designada a potencializar a participação popular no Estado do Ceará.

3.7 – Assegurar a contratação de profissionais com deficiência para atividades em arte e educação em espaços culturais públicos e privados, incentivando a formação e qualificação destas pessoas.

3.8 -  Edital de fomento ao artista com deficiência

3.9 – Reconhecer e transformar as escolar públicas em espaços privilegiados de fruição, circulação, vivência e experimentação estética e artística e cumprimento da resolução do conselho estadual de educação nº 611 que dispõe sobre o ensino de arte nas escolas de ensino básico, através de política intersetorial entre a SECULT e SEDUC.

Propostas Nacionais

3.1 - Criação e Ampliação de programas para manutenção, construção e reforma de auditórios, centros culturais, equipamentos culturais, etc., em parceria com instituições públicas e privadas, garantindo o cumprimento da meta 29, do Plano Nacional de Cultura.

3.2 - Tornar o programa Centros Unificados de Esporte e Cultura – CEU’s uma política pública de Estado, ampliando sua atuação e contemplando todos os municípios brasileiros que possuam seus sistemas municipais de cultura efetivados.

3.3 – Fortalecimento do Programa Cultura Viva, expandindo a rede e garantindo a manutenção dos Pontos de Cultura já existentes.

3.4 – Fortalecer e facilitar a formação e funcionamento de fóruns e redes de equipamentos e artistas, agentes, gestores, investidores, ativistas e produtores culturais.

Eixo 4 – CULTURA E DESENVOLVIMENTO

Propostas Estaduais

4.1. Ampliação da oferta de cursos continuados e criação de cursos técnicos e de graduação, gratuitos, de formação em Gestão Cultural para a elaboração de projetos, para fomento financeiro e promoção de bens e serviços culturais, de forma periódica, e em todo território cearense, contemplando os agentes culturais, com transparência no processo de seleção.

4.2. Criação de bolsas voltadas para o financiamento da qualificação de artistas, proporcionando a inserção no mercado de trabalho formal.

4.3. Elaboração de tabela de referência de valores de serviços voltados para a cultura do estado, visando à ampliação da formalização dos profissionais do setor cultural.

4.4. Promoção de ações voltadas para a sustentabilidade do Turismo Cultural, Religioso, Gastronômico, de base comunitária, entre outros, em parceria intersetorial entre as Secretarias do Estado, contemplando todos os municípios, garantindo a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. (proposta: incluir povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais)

4.5 – Criação de programas em parcerias entre o estado, as empresas privadas, públicas e o terceiro setor para o fomento/financiamento de ações dos grupos, associações, ONG's, entidades, entre outros, que desenvolvam atividades artísticas, culturais, extrativistas e turísticas.

4.6 – Criação de assessoria na SECULT para a divulgação e orientação acerca da política de direitos autorais nacional.

4.7 – Implementação de programas e projetos de financiamento aos territórios criativos, contemplando as várias linguagens e setores em todos os municípios cearenses.

4.8 – Criação de Centros Regionais de Referência do Artesanato em parceria com a STDS e a SECULT com programas de capacitação/qualificação, realização de feiras para o escoamento da produção e fomento das cooperativas e associações de artesãos contemplando, também, artesãos com deficiência, ampliação da divulgação e expansão da Carteira do Artesão expedida pela CEART.

4.9 -  Realização do mapeamento das cadeias produtivas do setor cultural em todos os municípios cearenses.

4.10 – Efetivação do Criativa- Birô no estado do Ceará.

4.11 – Criação do Departamento de Economia Criativa dentro da Agência de Desenvolvimento Econômico do estado do Ceará.

4.12 – Formação da Rede Colaborativa permanente da Economia Criativa com a criação do observatório da cultura do Ceará.

4.13 – Qualificação do corpo técnico dos centros regionais de artesanato e de economia criativa para atender pessoas com deficiência.

 Propostas Nacionais

4.1 – Criação de novos roteiros turísticos culturais de base comunitária, bem como ampliação, potencialização, certificação e qualificação dos roteiros já existentes, que valorizem o patrimônio material, imaterial e natural, com foco no desenvolvimento local e/ou regional em parceria entre o Ministério da Cultura, o Ministério do Turismo, Ministério das Cidades e Ministério do Desenvolvimento Social.

4.2 – Efetivação do projeto Criativa Birô (escritórios regionais de economia criativa) objetivando o apoio aos agentes criativos para fomentar o desenvolvimento econômico dos setores criativos nacionais.

4.3 – Regulamentação das práticas e atividades culturais, garantindo os direitos trabalhistas, previdenciários e autorais aos profissionais do setor cultural de forma desburocratizada.

4.4 – Criação de programas de incentivo à sustentabilidade das cadeias produtivas do setor cultural (artesãos, artistas, grupos e coletivos culturais), promovendo a difusão, fruição e comercialização, nacional e internacional, dos produtos e serviços culturais, garantindo a acessibilidade e a inclusão.


Mujica faz discurso inspirador na ONU




Mujica discursa na ONU. "Parece que nascemos só para consumir e
consumir. E quando não podemos, carregamos frustrações, pobreza e
autoexclusão".  (Reprodução/ UN).
O presidente do Uruguai, José Mujica, criticou duramente o consumismo durante seu discurso na 68º Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (24/09). “O deus mercado organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos frustração, pobreza e autoexclusão”, afirmou.

No discurso, que durou 40 minutos, ele também elogiou a utopia “de seu tempo”, mencionou sua luta pelo antigo sonho de uma “sociedade libertária e sem classes” e destacou a importância da ONU, que se traduz para ele um “sonho de paz para a humanidade”.

Aos jornais uruguaios, Mujica prometeu um “discurso exótico” e fugiu do protocolo ao dizer que “tem angústia pelo futuro” e que nossa “primeira tarefa é salvar a vida humana”. “Sou do Sul (…) e carrego inequivocamente milhões de pessoas pobres na América Latina, carrego as culturas originárias esmagadas, o resto do colonialismo nas Malvinas, os bloqueios inúteis a Cuba, carrego a consequência da vigilância eletrônica, que gera desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego a dívida social e a necessidade de defender a Amazônia, nossos rios, de lutar por pátria para todos e que a Colômbia possa encontrar o caminho da paz, com o dever de lutar pela tolerância”.

A humanidade sacrificou os deuses imateriais e ocupou o templo com o “deus mercado, que organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza, a autoexclusão”. No mesmo tom, ressaltou o fracasso do modelo adotado no capitalismo: “o certo hoje é que para a sociedade consumir como um americano médio seriam necessários três planetas. Nossa civilização montou um desafio mentiroso”.

Para o presidente, o atual modelo de civilização “é contra os ciclos naturais, contra a liberdade, que supõe ter tempo para viver, (…) é uma civilização contra o tempo livre, que não se paga, que não se compra e que é o que nos permite viver as relações humanas”, porque “só o amor, a amizade, a solidariedade, e a família transcendem”. “Arrasamos as selvas e implantamos selvas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com remédios. E pensamos que somos felizes ao deixar o humano”.

Paz e guerra

“A cada 2 minutos se gastam dois milhões de dólares em insumos militares. As pesquisas médicas correspondem à quinta parte dos investimentos militares”, criticou o presidente ao sustentar que ainda estamos na pré-história: “enquanto o homem recorrer à guerra quando fracassar a política, estaremos na pré-história”, defendeu.

Assim, criamos “este processo do qual não podemos sair e causa ódio, fanatismo, desconfiança, novas guerras; eu sei que é fácil poeticamente autocriticarmos. Mas seria possível se firmássemos acordos de política planetária que nos garantam a paz”. Ao invés disso, “bloqueiam os espaços da ONU, que foi criada com um sonho de paz para a humanidade”.

O uruguaio também abordou a debilidade da ONU, que “se burocratiza por falta de poder e autonomia, de reconhecimento e de uma democracia e de um mundo que corresponda à maioria do planeta”.

“Nosso pequeno país tem a maior quantidade de soldados em missões de paz e estamos onde queiram que estejamos, e somos pequenos”. Dizemos com conhecimento de causa, garantiu o mandatário, que “estes sonhos, estes desafios que estão no horizonte implicam lutar por uma agenda de acordos mundiais para governar nossa história e superar as ameaças à vida”. Para isso é “preciso entender que os indigentes do mundo não são da África, ou da América Latina e sim de toda humanidade que, globalizada, deve se empenhar no desenvolvimento para a vida”.

“Pensem que a vida humana é um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico é acima de todas as coisas, impulsionar e multiplicar a vida e entendermos que a espécie somos nós” e concluiu: “a espécie deveria ter um governo para a humanidade que supere o individualismo e crie cabeças políticas”.

Via Pragmatismo Político/Opera Mundi

Calote aos cofres públicos passa de R$ 304 bilhões




O calote aos cofres públicos passou de R$ 304 bilhões, mostra o placar online da sonegação fiscal no Brasil, instalado hoje (25) perto do Congresso Nacional. Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), o valor daria para construir 10.566.231 postos de saúde equipados. O leitor que quiser consultar a ferramenta em tempo real e ver alguns exemplos do prejuízo que o país tem deve acessar o endereço www.sonegometro.com na internet.

Segundo os procuradores, se o Sonegômetro fosse um estado brasileiro, e o valor sonegado fosse colocado como seu Produto Interno Bruto (PIB), estaria em quarto lugar no ranking, perdendo apenas para São Paulo (R$ 1,248 trilhão), Rio de Janeiro (R$ 407 bilhões) e Minas Gerais (R$ 351 bilhões).

O Sinprofaz destaca que não é só o volume do prejuízo que importa, mas a relação direta entre sonegação fiscal e corrupção. Por isso, a categoria considera importante esclarecer a população sobre o problema. A ação faz parte da Campanha Nacional da Justiça Fiscal "Quanto custa o Brasil pra você?", criada pela entidade em 2009.

O valor estimado de sonegação tributária é superior a tudo que foi arrecadado em 2011 de Imposto de Renda (R$ 278,3 bilhões). Para chegar ao índice de sonegação, o estudo selecionou tributos que correspondem ao 87,4% do total da arrecadação tributária no Brasil, entre eles os impostos de Renda, sobre Produtos Industrializados (IPI), sobre Operações Financeiras (IOF) e ,sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); as contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e sobre o Lucro Líquido (CSLL), além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para os procuradores, existem duas situações: em uma delas, encontra-se a grande maioria dos cidadãos, que precisa trabalhar até quatro meses por ano só para pagar impostos. Na outra, "muito bem camuflada" está uma minoria que se beneficia das diversas brechas da legislação tributária, do sucateamento da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), fazendo fortuna e alimentando os caixas da corrupção, da lavagem de dinheiro e do crime organizado, explicam os procuradores.

“Indiferente e acomodado, o governo prefere repassar a conta para o cidadão, que suporta uma das maiores cargas tributárias do mundo”, destaca o Sinprofaz.

O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, no entanto, garante que existe um esforço, pelo menos por parte do Fisco, para mudar tal realidade. “Não trabalho com esses números, que são do âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional, uma fase seguinte da cobrança dos créditos tributários. A visão da Receita Federal, sim, é que nós aperfeiçoamos os instrumentos de cobranças aos grandes contribuintes”, disse Nunes.

O secretário lembrou que foram criadas delegacias especializadas e preparadas para trabalhar com os grandes contribuintes para combater a sonegação. “Então, há, sim, cobrança de impostos dos assalariados, da classe média, mas também foram aperfeiçoados os instrumentos de cobrança em relação aos grande contribuintes.”

Luiz Fernando Nunes lembrou que o Fisco tem pessoas treinadas e capacitadas, que procuram atuar firmemente em relação a esses contribuintes. “Há delegacias especializadas no Rio de Janeiro e em São Paulo apenas para trabalhar com os chamados grandes contribuintes."

Via Agência Brasil

24 de setembro de 2013

Cícero Popó representará Altaneira na Conferência Nacional da Cultura




Cícero Pópó representará Altaneira na
Conferência Nacional da Cultura.
Foto: perfil da rede social facebook
O município de Altaneira participou entre os dias 20 e 22 do corrente mês da III Conferência Estadual de Cultura que constitui etapa para a Conferência Nacional e foi precedida de conferências municipais, realizadas entre os dias 03 de julho e 10 de agosto, com a participação de 74% do total de municípios cearenses.  Ao todo, 136 municípios realizaram sua fase e que contribuíram com diretrizes para a esta etapa estadual, vindo a eleger 654 delegados que vão definir as diretrizes e estratégias que, posteriormente, levarão para etapa nacional.

Altaneira esteve presente no evento que tem como tema “Uma política de estado para a Cultura – Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, com a Secretária Municipal de Cultura, Ana Maria Rodrigues e os delegados eleitos na etapa local realizada no dia 10 de agosto.

Cícero Chagas, também conhecido como Cícero Popó, um dos delegados, teceu várias críticas ao evento. Ele constatou falhas na organização e no andamento da Conferência, principalmente no que diz respeito a inserção dos povos negros e indígenas na etapa nacional. “Agora pouco em Fortaleza na Conferência Estadual da Cultura ao mesmo tempo que conseguimos incluir a discussão dos povos negros e ou quilombolas, dos povos indígenas e comunidades tradicionais, não conseguimos garantir um número mínimo desses povos enquanto delegados/as na Conferencia Nacional. Até quando Casa Grande e Senzala vai prevalecer”, arguiu no seu perfil da rede social facebook.

No sábado (21) Cícero teceu duras críticas, desta feita a falta de preparo da organização que não disponibilizou vagas para participantes especiais. “Outro fato triste na Conferência Estadual de Cultura do Ceará uma delegada surda muda eleita em seu município, até o momento não tem seu direito garantido na participação porque a Secretaria de Cultura do Estado não disponibilizou um profissional em Libras”, publicou.

No retorno a terra “alencarina” Cícero nos procurou e reforçou as críticas, afirmando que 70% (setenta por cento) dos participantes desconhecem o real sentido do termo cultura.  "Teve um participante que chegou a sugerir a retirada de artigos que mencionam os povos negros e ou quilombolas, além dos povos indigenas", disse Cícero com um ar de indignação. "Mencionei para ele as Leis 10.639/03 e 11.645/08 e lhe perguntei se tinha conhecimentos delas", completou. Mas nem só de más notícias foi a Conferência. Os dados levantados fizeram com que ele se sentisse reforçado para representar Altaneira em Brasília. “Me senti obrigado a participar do processo de eleição de delegados para a Conferência Nacional, em Brasília”, disse Cícero.  O público aprovou o seu posicionamento e Altaneira será representada na fase final, em novembro.


Popó ficou de nos entregar todas as propostas aprovadas. 


Vereadora Zuleide rasga a Constituição ao falar de Estado Laico




Vereadora e professora Zuleide rasga a CF/88 ao falar de
Estado Laico. Foto de Arquivo
Depois de fazermos referência aqui mesmo nesse portal sobre a relação conflituosa entre política-partidária e religiosidade sob o pilar do catolicismo do poder legislativo do município de Altaneira que fere brutalmente o já tão desrespeitado e fragilizado estado laico, a vereadora Zuleide de Oliveira, com assento na Câmara pelo PSDB, seguiu o caminho que já havia iniciado na sessão do dia 17 de setembro e na reunião desta terça-feira ,24, reforçou uma opinião descabida, desmedida e que foge aos princípios constitucionais.

Zuleide cogitou na sessão plenária dia 17/09 a construção de uma estátua de Santa Tereza D´Ávila na avenida que leva o seu nome. Na oportunidade nos posicionamos contra por entender que matéria dessa natureza surra o estado laico. Toda via, a parlamentar continuou no intento e colocou requerimento solicitando do executivo municipal verba para o seu propósito.  Na defesa da matéria a edil mencionou artigo veiculado no INFORMAÇÕES EM FOCO e arguiu que pessoas que tem esse tipo de posicionamento tem dificuldades de respeitar as religiões.

Como assim vereadora? Defender o cumprimento do que (religiosamente falando) reza a Constituição Federal, no seu Art. 19 é lutar pela não hierarquia do catolicismo frente às demais crenças. É lutar pelo não favorecimento de um grupo religioso em detrimento de outros. É buscar formas de garantir que as pessoas que não possuem crenças em um “ser superior” sejam respeitados na sua plenitude. E isso é tolerância.

Zuleide parece que está confundindo Estado Laico com Estado Ateu. Ou melhor, parece que ela possuiu uma visão errônea do que seja laicidade, pois chegou a ter um discurso falsário. Para ela, o fato dos espaços públicos possuírem símbolos religiosos não fere a laicidade. Assim como não fere, o fato da administração abraçar sua causa.

Talvez a vereadora não saiba, mas a Laicidade do Estado não é, portanto uma convicção entre outras, mas a condição primeira da coexistência entre todas as convicções no espaço público. Todavia, nenhuma liberdade sendo absoluta e todo o direito supondo deveres, os cidadãos permanecem submetidos às leis que se deram a si próprios.  Assim, manter imagens nos espaços de poder com caráter público fere brutalmente o princípio supracitado e contido na Carta Magna, ao sobrepor uma religião sobre as outras.

A vereadora desconhece a história do Brasil ao afirmar que somos um país cristão, de forte tendência ao catolicismo ao se utilizar desse norte para defender o indefensável. Ela desconhece a forma como foi implantado o catolicismo no Brasil. Adotou-se a aculturação ao impor uma crença aos índios e na mesma proporção aos negros que além de serem forçados a vir trabalhar como escravos tiveram que esquecer suas próprias crenças e adotar os traços do catolicismo português. Tivemos uma imposição de valores que, no contraponto, alimentou a aculturação.

Não se pode continuar alimentando essa vergonha onde a maioria quer decidir sobre a minoria. Não se pode apoiar em um discurso onde a maioria vence. Não se pode rasgar a Constituição Federal simplesmente para favorecer a um grupo, ou sob a pesperctiva de querer fomentar o turismo religioso. Nesse quesito não funciona assim. Afina de contas, a tolerância pressupõe sempre que alguém tolera e que alguém é tolerado: em geral, uma maioria tolera as minorias. A Laicidade faz melhor: as leis que o povo se confere democraticamente são válidas para todos os cidadãos. Sendo a cidadania cega às diferenças, uma minoria não pode ser tratada diferentemente da maioria.

A vereadora está esquecendo que para garantir simultâneamente a liberdade de todos e a liberdade de cada um, a laicidade diferencia e separa o domínio público, onde se exerce a cidadania, e o domínio privado, onde se exercem as liberdades individuais (de pensamento, de consciência, de convicção) e onde coexistem as diferenças (biológicas, sociais, culturais). Desta feita, ao pertencer a todos, o espaço público é indivisível. E pensar assim é saber que nenhum cidadão ou grupo de cidadãos deve impor as suas convicções aos outros. Simétricamente, o Estado laico proíbe-se de intervir nas formas de organização colectivas (partidos, igrejas, associações etc.) às quais qualquer cidadão pode aderir e que relevam do direito privado.

Intolerantes não são os que buscam liberdade de crença ou os que buscam reparar um erro histórico, a saber, a falta do cumprimento constitucional. Demonstram racionalização e não racionalidade a os vereadores que votaram favorável ao requerimento da social-democrata, como o progressista e líder da oposição, o professor Adeilton, o social-liberal Gilson Cruz e trabalhista Genival Ponciano. O fato lamentável é que a atitude desrespeitosa foi iniciada por uma professora e comungada por mais dois professores.

O Blog de Altaneira divulgou em primeira mão que o requerimento foi rejeitado. Votaram favorável a matéria os edis Gilson Cruz (PSL), Genival Ponciano (PTB), professor Adeilton (PP), além da autora. Se posicionaram contrário Antonio Leite e Edezzyo Jalled, ambos do PRB, Alice Gonçalves (PSB), Flávio Correia (PCdoB) e a presidente da casa, também do PCdoB corroborou para a rejeição da matéria. 

Por via das dúvidas, segue abaixo o Art. 19 da Constituição Federal:

“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. 




Vereadora Zuleide rasga a Constituição ao falar de Estado Laico