5 de agosto de 2012

"Mensalão": A mais atrevida e escandalosa farsa



É mais um episódio, na acidentada vida republicana brasileira, em que a democracia é posta à prova e vem à tona o que há de pior nas classes dominantes e suas representações – o reacionarismo político e o golpismo.

O Supremo Tribunal Federal cumpre seu dever constitucional de julgar a ação penal. Conta com a confiança liminar da população, que espera o discernimento jurídico de seus membros e absoluta isenção. Que julgue exclusivamente com os autos.

A peça acusatória é subjetivista e vaga. O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza prejulga e condena o que chama de “sofisticada quadrilha”, que segundo ele teria comprado apoio de partidos para o projeto político do PT e do ex-presidente Lula. Já o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que o Supremo julgará “o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”.

São acusações improcedentes, afirmações de efeito propagandístico, para dar a uma mídia sequiosa e furibunda elementos de agitação política e alimentar os sonhos de uma oposição fracassada e sem bandeiras.

Nunca ficou, nem ficará provada a existência da “quadrilha”, nem a compra de apoio político. Nem muito menos o desvio de dinheiro público. Assim, o país pode estar diante não do “mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção”, mas da mais atrevida e escandalosa construção de uma farsa.

A ação penal que começa a ser julgada nesta quinta-feira tem feição jurídica, mas é no fundo a expressão de uma tentativa de linchamento de lideranças políticas de envergadura, com grandes serviços prestados à luta pela emancipação do povo brasileiro e das classes trabalhadoras. José Dirceu é o militante e dirigente da esquerda que liderou em 2002 a batalha político-eleitoral mais importante até então da vida republicana brasileira, a que resultou, pela primeira vez na história do Brasil, na eleição de um líder operário e popular e na constituição de um governo nucleado por forças de esquerda.

Estamos diante não de uma ação penal para julgar o nunca provado “mensalão”, mas para condenar a chamada era Lula. Por isso, não se pode deixar de chamar pelo nome o conjunto dos fatos iniciados em 2005 que sete anos depois desembocam no STF. É um golpe antidemocrático contra o Partido dos Trabalhadores e suas melhores lideranças, o que inexoravelmente atinge toda a esquerda. É um intento da direita para criminalizar o exercício do governo por forças de esquerda.

Em outras épocas, a crônica política já repetiu à exaustão a frase do político udenista baiano Otávio Mangabeira sobre o novo regime político nascido dos escombros do Estado Novo e do ambiente democrático resultante da derrocada do nazi-fascismo no plano mundial. A democracia no Brasil seria, segundo Mangabeira, “uma planta tenra que necessita ser regada para produzir frutos”.

Observando a cena política brasileira, sua evolução histórica e o momento atual, a impressão que se tem é que ainda falta muito para a plantinha do constituinte de 1946 se transformar numa árvore robusta, frondosa e frutífera. Na verdade, a convicção que se cristaliza é a de que a democracia continua tenra, instável, vacilante, precária e ameaçada, mesmo considerando todos os avanços registrados como fruto das lutas do povo brasileiro e das vitórias eleitorais que levaram ao centro do poder, por três vezes, presidentes da República identificados com a ampliação da liberdade e participação políticas, o progresso social e a soberania nacional.

Entre tantos fatores que podem ser catalogados como obstáculos ao pleno desenvolvimento da democracia no Brasil, destacamos o que nos parece principal, sem cuja remoção o Brasil poderá permanecer por muitos anos mais com um regime republicano instável, uma democracia mutilada e instituições de poder apartadas do povo e da vontade nacional.

Há uma distância, ainda abissal, até mesmo uma contradição, entre o governo de turno e a essência das instituições que conformam a superestrutura jurídico-política, o Estado. É o paradoxo da conjuntura política brasileira atual. A despeito de termos um governo democrático, permanece intocado o regime político das classes dominantes, cujo caráter político e ideológico é reacionário.

Isto leva essas classes a percorrerem os caminhos do golpe e dos atentados à democracia sempre que os seus interesses são contrariados. O sábio Darcy Ribeiro dizia que no Brasil tudo muda, menos o reacionarismo das classes dominantes. Com o passar dos anos, muda de endereço, já viveu na Casa Grande, nos salões palacianos, nos estados-maiores das Forças Armadas. Hoje é mais cosmopolita, sendo dispensáveis, por enquanto, a força propriamente dita. Sua morada atual é visível por meio da usina de desinformação e mentiras em que se converteu a mídia.

Muito ao contrário do que reza a cartilha da historiografia vulgar, o Brasil não evolui tranquila, pacífica e gradativamente para uma democracia, nem esta é ou será resultado da conciliação nacional própria de um mitológico caráter compassivo, cordial e generoso das classes dominantes. Intermitentemente, quando assim o determinam os seus interesses fundamentais ou o dos potentados internacionais a que devem vassalagem, elas entram em cena com sua ação golpista. Mudam as formas da sua intervenção política, a intensidade, a duração e a maneira de assestar os golpes com que os reacionários do topo da pirâmide social amesquinham, mutilam e liquidam o sistema democrático. Mas é invariável a sua determinação de impedir que o país e o povo avancem por meio de conquistas democráticas e sociais.

O povo brasileiro inegavelmente está progredindo na acumulação de forças, alcançando muitas conquistas políticas, sociais e econômicas. Externamente, o país situa-se de maneira soberana num mundo marcado pelo apetite de dominação das grandes potências. Em aliança com forças anti-imperialistas latino-americanas e caribenhas, o Brasil tem contribuído para reconfigurar o sistema geopolítico regional, transformando numa triste lembrança o pan-americanismo hegemonizado pelo imperialismo estadunidense. Vistas de uma perspectiva histórica, são mudanças que contrariam a essência do projeto político das classes dominantes e seus aliados externos. Por isso, na visão destas classes, é algo que não pode nem deve continuar. Uma condenação do líder José Dirceu como “chefe de quadrilha” e o achincalhe à “era Lula” como o período de “maior corrupção da história” servem a esses propósitos.

É sintomático que às vésperas do julgamento que se inicia nesta quinta-feira, entre a miríade de artigos e reportagens, preparados sob medida para mentir, tergiversar, enganar e iludir, venha à tona a voz das catacumbas. Por meio de um vídeo, ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez considerações sobre como a “opinião pública” deve ser levada em conta pela Suprema Corte no julgamento da ação penal do “mensalão”, assim como sobre a importância de evitar a “impunidade”. Também o PSDB, partido de Cardoso, em vídeo institucional, foi explícito quanto às suas intenções, ao fazer insidiosa vinculação entre o “mensalão” e o ex-presidente Lula.

É a senha reveladora dos objetivos políticos daqueles que deram golpes institucionais durante seu governo [1995-2002] e instituíram a ditadura dos punhos de renda. Depositam agora as esperanças de redenção de sua força em decadência na condenação do PT e do governo Lula.

Do ponto de vista da esquerda, o momento requer vigilância e mobilização democráticas em favor de outro desfecho, a absolvição dos acusados.

O episódio como um todo pede reflexão e a extração de ensinamentos. A avaliação rigorosa sobre a evolução da vida política brasileira e o cenário presente deve servir para alargar a perspectiva histórica e aumentar o impulso de luta e transformador. É um momento propício também a retomar o debate sobre os caminhos para a conquista de uma democracia verdadeiramente popular, consoante as peculiaridades nacionais, que signifique uma mudança de fundo do regime político do país.













Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

Potengi – Ce: Prefeito Samuel inaugura Comitê do 65 em grande Comício



Uma verdadeira multidão saiu às ruas na noite deste sábado, 04 de agosto, para gritar o 65 e declarar apoio ao Prefeito e candidato a reeleição do Município de Potengi, Samuel.

O evento se deu a partir da realização de um comício histórico e contou com a presença do Deputado Federal Chico Lopes e da Deputada Estadual Ana Paula Cruz. O povo saiu em arrastão da Praça José Alves Batista até o Bairro São Francisco.

Os concorrentes a vagas no plenário municipal pela Coligação PARA POTENGI CONTINUAR CRESCENDO reuniram suas caravanas para declarar apoio irrestrito à reeleição de Samuel. È importante frisar que o Prefeito recebeu apoio da multidão que lotou o as ruas de Potengi e o local do comício que marcou a inauguração do Comitê.




















Com informações do potenginainternet

4 de agosto de 2012

A importância da História Oral



A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. Começou a ser utilizada nos anos 1950, após a invenção do gravador, nos Estados Unidos, na Europa e no México, e desde então difundiu-se bastante. Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercâmbio entre os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros.

No Brasil, a metodologia foi introduzida na década de 1970, quando foi criado o Programa de História Oral do CPDOC. A partir dos anos 1990, o movimento em torno da história oral cresceu muito. Em 1994, foi criada a Associação Brasileira de História Oral, que congrega membros de todas as regiões do país, reúne-se periodicamente em encontros regionais e nacionais, e edita uma revista e um boletim. Dois anos depois, em 1996, foi criada a Associação Internacional de História Oral, que realiza congressos bianuais e também edita uma revista e um boletim. No mundo inteiro é intensa a publicação de livros, revistas especializadas e artigos sobre história oral. Há inúmeros programas e pesquisas que utilizam os relatos pessoais sobre o passado para o estudo dos mais variados temas.

As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro. Caracterizam-se por serem produzidas a partir de um estímulo, pois o pesquisador procura o entrevistado e lhe faz perguntas, geralmente depois de consumado o fato ou a conjuntura que se quer investigar. Além disso, fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretam acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral. Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo, facilitando a apreensão do passado pelas gerações futuras e a compreensão das experiências vividas por outros.

O trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das entrevistas. Quando a pesquisa é feita por uma instituição que visa a constituir um acervo de depoimentos aberto ao público, é necessário cuidar da duplicação das gravações, da conservação e do tratamento do material gravado. É o que faz o Programa de História Oral do CPDOC.





Fonte: cpdoc.fgv
  

Humanização das Cidades: Essa é a luta, Afirmou Renato Rabelo

RENATO RABELO


"Esta é maior campanha eleitoral que o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) participa". Foi o que afirmou Renato Rabelo, durante reflexão no programa "Palavra do Presidente". Além disso, o presidente nacional do PCdoB destacou os primeiros passos da campanha eleitoral e lembrou que esta primeira fase torna-se importante porque é o momento em que os candidatos estreitam o contato com o povo, apresentam para a sociedade suas propostas.

Falou também das cidades e sobre o desenvolvimento desordenado das principais capitais. Ele explica que "o chamado inchamento das cidades é um grande mal nestes tempos e que urge pensar em um processo de humanização para as cidades, o qual o PCdoB está defendendo em todas as suas candidaturas. Para tanto, o PCdoB entende que humanizar é garantir existência digna para as pessoas, ou seja, garantir educação, moradia, saúde, cultura, esporte, lazer, mobilidade e segurança".

Diz que a diferença do PCdoB nas campanhas é a militância. "O fator militância é uma questão decisiva, pois é ela que tem o compromisso de dar continuidade ao projeto, ao programa do Partido."

Também ressaltou como ponto forte a ampliação da participação feminina e dos jovens nestas eleições. "Avalio que hoje o PCdoB é um partido que melhor representa a presença feminina e da juventude nestas eleições."

Veja Mais

Vereador e candidato a reeleição Flavio Correia apresenta suas Propostas para 2013/2016

FLÁVIO CORREIA (PCdoB)


O papel do vereador é um dos mais relevantes do município. Projetos importantes, como os que visam beneficiar a comunidade e, outros que busquem angariar recursos para a realização de obras, contribuindo para o desenvolvimento do espaço social só se efetivarão por intermédio do parlamento.

Dos nove vereadores que compõem o parlamento, sete resolveram disputar mais um mandato. È o caso de Deza Sores, Lélia de Oliveira e Flavio Correia, todos do PCdoB, Raimundo Rodrigues (Raimundim – PRB), o Professor Adeilton (PP), Genival Ponciano (PTB) e Antonio Henrique (PV).

Nove aparecem pela primeira vez na disputa a uma das nove vagas na Câmara. Cita-se o Jovem estudante de Ciências Contábeis, Edezyio Jalled, o ex-secretário de infraestrutura e obras, Antonio Leite e Antonio Nevoeiro que já exerceu mandato, todos pelo PRB, as ex-primeiras damas Robercivânia e Alice Gonçalves, ambas pelo PSB, a professora Francisca Maurício (PCdoB), Francisco Ponciano (PV), além dos professores (as), Gilson (PSL), Celiete e Zuleite Ferreira, ambas do PSDB.

Toda via, dos dezessete nomes, apenas três apresentaram nas redes sociais as propostas.  O primeiro foi Deza Sores (PCdoB). Na sequência veio o jovem Edezyo Jalled (PRB) e recentemente, Flavio Correia (PCdoB).  No caso do Primeiro e do último candidato citado, eles solicitaram espaço no Portal de Comunicação INFORMAÇÕES EM FOCO para a divulgação de suas propostas.

Devemos lembrar que essas se constituem um dever de cada candidato e, um direito da comunidade tê-las acessíveis. E é inadmissível que mais de um mês depois de realizadas as convenções ou demais concorrentes a vagas na Câmara não tenham apresentado propostas ou plano a serem efetivadas durante os quatro anos de mandatos.

Ressalte-se ainda que isso é um desrespeito para com o eleitor altaneirense, além de se configurar como um ato que demonstra a falta de compromisso e, acima de tudo, a falta de propostas. 

Clique no link e conheça as propostas do Vereador e candidato a reeleição Flávio Correia: 

Propostas do Vereador e Candidato a Reeleição Flávio Correia


Conheça também as de Deza Soares: 

Vereador Deza Soares apresenta plano de trabalho para o mandado 2013/2016



Propostas do Vereador e Candidato a Reeleição Flávio Correia



Propostas do Vereador Flávio Correia
Agricultura
- Trabalhar para o melhoramento no atendimento ao homem do campo na nossa cidade.
- Incentivar e lutar por mais recursos para os financiamentos dos nossos agropecuaristas.
- Realizar a defesa e auxiliar os usuários desta Secretaria como sempre fiz.

Esporte
- Incentivar a formação de programas esportivos cada vez mais, para as nossas crianças e adolescentes.
- Lutar pela implantação da nossa academia popular, Projeto de Lei, de minha autoria e que já existe e necessita só ser efetivado.
-Lutar pela criação de espaços públicos melhores para a prática de esportes ao ar livre, especialmente as corridas de fim de tarde e início de manhã.

Saúde
- Lutar cada vez mais em defesa dos menos favorecidos na nossa cidade.
- Lutar por uma maior implantação e melhoramento dos atendimentos médicos na nossa cidade.
- Buscar incentivos em relação aos transportes de pacientes para outras cidades.
- Defender e procurar desenvolver as melhoras nas cirurgias de diversos tipos que são realizadas em pessoas do nosso município.

Cultura
- Apoiar os eventos culturais da nossa cidade.
- Apoiar e incentivar mais a encenação da Paixão de Cristo, evento que foi resgatado ultimamente no nosso Município.
- Trabalhar projetos para desenvolver melhor o lado turístico da nossa cidade, fazendo com que ela possa se tornar muito mais conhecida no nosso estado e no Brasil.

Infraestrutura
-Lutar para trazer o asfalto ligando Altaneira às outras cidades vizinhas, uma luta muito antiga desse Vereador e, que vai continuar.
- Lutar por melhoras nas nossas estradas em nossa cidade, para facilitar o deslocamento de pessoas e coisas, cada vez mais.
- Buscar a preservação dos prédios históricos da nossa cidade. Em parceria com a Secretaria de Cultura, lutar para manter viva a nossa história, retratada através dos prédios mais antigos e mais importantes.
- Criar Projetos de Leis que visem uma melhor circulação de veículos e pessoas dentro da nossa cidade, evitando assim, o enorme risco de acidentes que existe.

Assistência Social
- Lutar por mais programas sociais que visem o bem estar da comunidade altaneirense, fiscalizando-os e apoiando a sua ampliação.
- Buscar encontrar soluções que visem à ligação dos jovens com os serviços oferecidos pela Secretaria de Assistência Social, cada vez mais.
- Trabalhar forte em busca de projetos e outras medidas que procurem dar ao altaneirense, uma qualidade de vida melhor, para que assim ele cresça muito mais.

Educação
- Lutar pela ampliação do Programa Municipal Bolsa Universitária.
- Lutar por uma qualificação técnica de jovens que estão terminando o segundo grau, para que se adequem ao mercado de trabalho da melhor maneira possível.
- Lutar e buscar cada vez mais, a melhora no modo de transporte dos nossos estudantes; crianças e adolescentes. Para o bom desempenho, na função de estudante.
- Lutar por melhorias em nossas escolas, buscar cursos e capacitações para os profissionais do magistério, fazendo com os mesmos se aperfeiçoem cada vez mais, para assim cuidar melhor de nossas crianças.



Vereador Flávio Correia - PCdoB
Número 65.666
Fazendo a diferença!

3 de agosto de 2012

ENEM 2012: Seduc - Ce intensifica preparação para 100 mil estudantes



No dia 11 de agosto, data dedicada nacionalmente aos estudantes, a Secretaria da Educação (Seduc) vai lançar uma série de ações destinadas aos alunos do 3º do Ensino Médio que se preparam para o Enem. A programação acontecerá no Centro de Convenções Edson Queiroz, às 9 horas, com a participação de 2 mil jovens de escolas estaduais da Capital e do Interior. Durante o evento, a secretária Izolda Cela fará a entrega simbólica de 100 mil exemplares com uma coletânea de provas de exames anteriores. Para motivar ainda mais os jovens, haverá uma “aula show”, entre outras atividades.

Além disso, professores e alunos vão contar com palestras, Guia do Estudante para Redação, simulados e o portal “Rumo à Universidade”. Nas datas das provas do Enem, denominado pela Seduc, DIA “E”, está programado um serviço de apoio aos alunos com transporte e alimentação para garantir a presença dos inscritos.

Caberá às 20 Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Credes), presentes no interior, e Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) selecionar os alunos que vão participar do lançamento. O evento será transmitido por vídeo conferência para todas as escolas.

A iniciativa faz parte do trabalho que a Seduc começou esse ano com suas atividades letivas nas unidades de ensino, onde também aconteceu um grande movimento para que o maior número de alunos fosse inscrito no Enem. A mobilização deu certo. A rede estadual alcançou a marca de 91 mil inscrições no Exame em 2012. O número atingido superou em mais de 7 mil o de inscritos do ano passado.

Para dar continuidade, neste mês de julho, a Seduc realizou o projeto “Enem não Tira Férias” com aulões e simulados em 147 escolas estaduais e as Colônias de Férias, no Interior.

Além do ingresso em universidades federais do país utilizando o desempenho no exame,   o MEC ampliou os objetivos do Enem e incluiu a certificação para as pessoas com idade a partir de 18 anos que por algum motivo deixaram de concluir o Ensino Médio na idade certa. Para isso, a rede estadual cearense conta com 32 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas), onde o interessado pode fazer sua solicitação.

As provas do Enem acontecem nos dias 3 e 4 de novembro, em todas as unidades da Federação, a partir das 13 horas (de Brasília). Serão 180 questões sobre as diversas áreas do conhecimento e uma redação.






















Com informações da SEDUC CE

2 de agosto de 2012

Mensalão: espetacularização do julgamento recebe críticas


Na noite desta quarta-feira (1º), na Câmara dos Deputados, os parlamentares fizeram discursos em que prevaleceu a avaliação de que a grande mídia quer transformar o assunto em “novela”. E a oposição se aproveitar dessa cobertura para a campanha eleitoral deste ano.

A líder do PCdoB na Câmara, deputada Luciana Santos (PE), declarou ao Vermelho que “o aparato, a orquestração, a coincidência com o momento eleitoral, tudo isso aponta e evidencia que esse é um esforço com o objetivo claro de atacar a esquerda e armar um palco para a oposição, que sem proposta e nem projeto político, não tem como se contrapor ao círculo virtuoso que vivenciamos no Brasil com o governo Lula e Dilma ”.

“Isso é evidentemente um processo político, não tem nada a ver com combate a corrupção ou defesa do erário e do patrimônio público”, afirma a líder comunista.

“Basta verificar que todos os dias, todas as noites, durante 10 minutos, 15 minutos, falam sobre o chamado mensalão. Quando vem o direito de resposta, são 10 segundos, 15 segundos. Portanto, não há um debate sério relacionado a esse tema”, denunciou o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto(SP).

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) reforçou as palavras do líder petista e, em resposta aos parlamentares da oposição, disse que ouviu “manifestações de deputados da oposição com certo tom de regozijo, pelo início do julgamento do chamado mensalão”. O deputado pernambucano acha curioso observar “como se somaram essas vozes a uma série de matérias jornalísticas que requentaram esse noticiário, com o intuito claro de dar conotação política e ideológica para este momento”.

O momento a que se referem os parlamentares é a campanha eleitoral. “Querer dar a dimensão do maior julgamento do século, da maior tragédia do século no País, revela claramente a intenção política e eleitoral”, avalia Ferro.

Discussão importante

Em entrevista para o Vermelho, Wagner Gomes diz que “o mais relevante é que a direita brasileira vai usar esse episódio para sair das catacumbas. (Eles) Farão esforço para dar visibilidade e publicidade e apostam em um julgamento político. Mas temos convicção que eles não conseguirão isso, o julgamento vai transcorrer de forma técnica”.

O líder sindical diz que o momento seria apropriado para uma discussão aprofundada sobre o financiamento público de campanha. “O que levou a esse processo é o problema gerado pela falta de recursos para a campanha eleitoral. O financiamento público de campanha criaria regra mais clara e oportunidade para todos”, avalia.

Luciana Santos compartilha da mesma opinião do líder sindical. “O esforço consequente do enfrentamento a qualquer tipo de desvio de dinheiro público é a reforma política garantindo o financiamento público de campanha”, resume.

Jilmar Tatto engrossa o coro: “Ali não há malversação de dinheiro público; não há essa história de que deputados do PT precisam receber dinheiro do PT, do governo do PT, para votar projetos do PT. Há, sim, um debate que nós queremos fazer aqui nesta tribuna, neste plenário e com a sociedade brasileira. Há um debate sobre financiamento público de campanha”.

Ele disse ainda que “esse é o debate para valer, para evitarmos o caixa dois, para evitarmos que deputados, senadores, presidentes da República, governadores, prefeitos e vereadores se elejam dependendo da quantidade de recursos que têm. Esse é o debate para valer que nós temos que fazer, se quisermos aperfeiçoar a democracia brasileira. Mas o foro para discutir não é o STF. É aqui! É o Congresso Nacional, é a Câmara!”, destacou.

Momento inoportuno

Para Jilmar Tatto, o julgamento “é a maior peça de marketing na história recente deste País, porque aceitar a ideia de que deputados do PT recebam dinheiro aqui, nesta Casa, para votar projetos do próprio Governo do PT é no mínimo uma insanidade”.

Ele disse ainda que “sem querer confrontar o Supremo Tribunal Federal”, considera “inoportuno neste momento, a dois meses das eleições, julgar um processo político no tribunal. Na avaliação do parlamentar, se houver absolvição, o PT será beneficiado —essa é a tese —, e, se houver condenação, o PT será prejudicado. Isso pode, eventualmente, interferir no processo eleitoral, analisa.

“Então, não havendo prejuízo processual, por que não fazer o julgamento logo no dia seguinte à eleição? Por que marcá-lo justamente para o início do processo eleitoral que se avizinha?”, indagou.

Povo sábio

Os parlamentares acreditam no julgamento técnico no STF. Fernando Ferro foi enfático nessa defesa: “Não vamos aceitar criminalizar um projeto, uma trajetória política apoiada pela maioria da população do País, que não pode ficar refém de um discurso cínico, falso, daqueles que não têm autoridade política e moral para criticar o PT e o governo do Presidente Lula”.

Tatto avalia que “o povo brasileiro é mais sábio que todos nós juntos. É tão sábio que, apesar da peça de marketing de grandes setores da mídia e conservadores da oposição, quando houve o debate sobre a denúncia do chamado mensalão, elegeu o presidente Lula em 2006; é tão sábio que, depois de todo esse processo, elegeu a sucessora do governo Lula, a presidenta Dilma Rousseff”.

















Com informações do Portal Vermelho