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Cavalo não desce escada: PMDB não sai do Governo



 Cavalo não desce escada”, avisava o folclórico Ibrahim Sued, pai do colunismo social, antes de seu “ademã, que eu vou em frente”.

Muito menos o PMDB sai de Governo, a não ser que tenho outro prontinho, ali na frente, para colocar os pés.

E, claro, as mãos.

O Blocão durou apenas o tempo do blefe mal sucedido, porque a rosa de Malherbe não merece a comparação com o odor fétido que se expeliu das nossas valorosas representações parlamentares.

Diz a Folha “que dos oito partidos governistas que integravam o blocão, só restam quatro: PMDB, PR, PTB e PSC.”.

O PR já avisou que vai desembarcar na terça. O PTB, creio eu, deve sair até antes.
O Governador Sérgio Cabral, com uma carinha de falsa compunção, jura que vai apoiar Dilma e só quem aceita nota de três reais acredita na historinha que ele mandou plantar, de que a Presidenta Dilma disse que candidatura do PT no Rio é “invenção do Lula”.

Eduardo Cunha se apresentará para negociar com suas tropas reduzidas aos dissidentes de sempre no PMDB.

E nesta tropa estropiada, nem 10% se interessam pela votação do marco civil da internet. Essa causa – chamemos assim, por elegância – é do próprio Cunha.

Dependendo das articulações que passam ao largo do “Jim Jones” peemedebista, ele não leva essa.

Vai ser tratado com seco respeito, por determinação de Dilma Rousseff.

Hoje, sentido o peso, Cunha passou a manhã a xingar a imprensa no seu twitter, depois de ter chamado ontem a revista Istoé de “Quantoé”.

Agora o alvo é , além de André Singer, por seu artigo na Folha,  o colunista Lauro Jardim, da Veja (onde Reinaldo Azevedo salta em sua defesa), de quem diz servir como “jardim do Governo”.

A razão? Esta nota.

O Palácio do Planalto detectou alguns movimentos feitos por Eduardo Cunha antes de articular a convocação de dez ministros para depor na Câmara.
Cunha encontrou-se com Eduardo Campos e Aécio Neves. De acordo com as informações com as quais Dilma Rousseff trabalha, quem intermediou a conversa entre Aécio e Cunha foi Sérgio Cabral.

A propósito, o governo já definiu qual será o próximo lance de seu enfrentamento com o líder do PMDB. O alvo escolhido é Fabio Cleto, feito em 2013 vice-presidente da CEF pelas mãos de Eduardo Cunha.

Cleto é também integrante do conselho do Fundo de Investimentos do FGTS, que cuida de uma bolada de 32 bilhões de reais em investimentos, e pleiteia a presidência do órgão. Sua cabeça deve rolar até o fim de março.”

Cunha caminha para ser um destes paradoxos: vai ser engolido por sua própria goela.


Via Tijolaço

O sarcófago do Real



O PSDB reuniu seus próceres e alguns convidados ilustres, como os governistas de sempre, Renan Calheiros e Romero Jucá, para comemorar os 20 anos do Plano Real.

Atordoado com o indiciamento e a renúncia de Eduardo Azeredo (deputado do PSDB-MG); atropelado pelo escândalo da Siemens e chamuscado com o fio desencapado do caso Alstom; com a garganta seca pelo susto de uma crise de racionamento de água em São Paulo; enfim, com uma avalanche de notícias ruins, era preciso mudar de assunto.

Que tal como comemorar, pela enésima vez, mais um aniversário do Plano Real?

A celebração, embora feita no Senado neste dia 25, teve como referência o 27 de Fevereiro de 1994, data em que foi publicada a certidão de nascimento do Plano Real.

A Medida Provisória nº 434, assinada pelo presidente Itamar Franco, criava a Unidade Real de Valor (URV) e previa sua posterior substituição por uma nova moeda, o Real - o que viria a ocorrer em 1º. de julho daquele ano.

Aécio aproveitou o aniversário para criticar a política econômica do governo Dilma Rousseff. É seu foco principal, quase exclusivo.

Sua crítica mais ácida é que Dilma não respeita o tripé que sustenta o Plano Real: o cumprimento das metas de inflação, o câmbio flutuante e a manutenção de um superávit primário elevado.

É difícil saber por que os tucanos reclamam. Das três vezes em que a inflação superou o teto da meta, duas foram no governo FHC (2001 e 2002).

O câmbio flutuante só foi implantado por FHC em seu segundo mandato, de uma forma tão atabalhoada que gerou a crise econômica mais aguda que o Real já atravessou.

O Superávit primário foi sempre maior nos governos de Lula e Dilma do que ao longo do governo FHC (a página do Banco Central na internet traz as séries históricas que permitem fazer todas essas comparações).

Os tucanos reclamaram, na solenidade, que o PT não apoiou o Plano Real e não reconheceu o "legado" de FHC. De fato, o PT foi contra o Plano Real e carimbou de “herança maldita” a situação que recebeu em 2003.

Mas é fácil explicar a posição do PT. É isso o que se espera de um partido de oposição: que se comporte como oposição.

Difícil é entender que o próprio PSDB não tenha defendido o Real, com unhas e dentes, e não tenha se ufanado do legado de FHC durante as últimas três campanhas presidenciais.

Em 2002, 2006 e 2010, os candidatos tucanos, José Serra e Geraldo Alckmin, varreram FHC para baixo do tapete.

Renegaram o legado que FHC invoca. Deixaram para trás o que julgavam passado.

Hoje, Aécio celebra o passado. O PSDB tem mesmo boas razões para comemorar. Demorou 12 anos para o partido voltar a defender o governo FHC.

Antes que seja tarde, ambos, FHC e o PSDB, lutam para entrar para a História em uma posição melhor do que saíram.

O governo tucano terminou com inflação retornando à casa de 2 dígitos, dólar fora de controle, zero de reservas internacionais, empréstimos do FMI, apagões e racionamento de energia.
Eis uma parte importante do legado que, décadas depois, preferem que seja esquecida.

Os tucanos seguiram à risca o provérbio de Pedro Malan, segundo o qual, no Brasil, até o passado é incerto. A aposta e a celebração, portanto, fazem sentido. Olhar o passado é sempre uma oportunidade para tentar reescrevê-lo.

O PSDB demonstrou, neste aniversário do Real, que sobrevive e resmunga em seu sarcófago, esperando o retorno de seus dias de glória. 

O partido quer voltar a ser governo porque simplesmente não consegue e não aguenta mais ser oposição.

O difícil é chegar lá dormindo o sono profundo de sua falta de projeto para o país e confinado à letargia de suas iniciativas.

Essa elite política destronada e embalsamada roga aos deuses do universo que a despertem e a conduzam ao seu Palácio; suplica que lhe devolvam o cetro, de preferência, em uma carruagem dourada.

Assim se explica que FHC tenha invocado, em seu discurso, a ajuda divina. Exclamou, ou praguejou, contra a reeleição de Dilma Rousseff: "De novo o mesmo, meu Deus?!"

A análise é do cientista político Antonio Lassance e foi publicado originalmente no Carta Maior

Após declarações de Guimarães, Eunício se reúne com Dilma



O senador diz que questionará Dilma sobre as declarações
do Deputado José Guimarães. 
Após o desconforto gerado pelas declarações do deputado federal José Guimarães (PT), o senador Eunício Oliveira (PMDB) levará a questão à presidente Dilma Rousseff (PT), durante reunião prevista para a noite desta segunda-feira, 17.

O encontro será no Palácio Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Além de Eunício, Dilma e Temer, outras lideranças peemedebistas devem participar da reunião, que ocorre dois dias após Guimarães ter dito que, em caso de racha na base aliada, a preferência do PT é apoiar o Pros do governador Cid Gomes.

Eunício afirmou ao O POVO Online, através de sua assessoria, que questionará Dilma sobre as afirmações do deputado e que, inclusive, levará à presidente a edição do O POVO desta segunda-feira, na qual o assunto é abordado. Eunício interpretou a postura como sinal de rompimento e entendeu que Dilma e o PT "não precisam do PMDB" na eleição. "Tudo bem. Tem tanta gente querendo o PMDB...”, emendou.

Há duas semanas, o senador já se reuniu com a presidente e disse ter sido convidado para o Ministério da Integração Nacional. Seria uma forma de agradar ao PMDB e, ao mesmo tempo, tirar Eunício da disputa estadual. O senador diz que recusou o convite.

Peemedebistas saem em defesa do senador

A tensão entre PT e PMDB no Ceará tem agitado os bastidores. Um importante peemedebista do Estado – que não quis ser identificado - citou o risco que a questão do Ceará pode ter para a aliança nacional entre as duas siglas. “Será que Guimarães sabe que o PMDB cearense tem 61 votos na Convenção Nacional (do partido) e que esses votos podem inviabilizar a coligação nacional?”, questionou e em seguida acrescentou, em tom de ameaça:
Somados aos votos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de Pernambuco podem colocar o 

PMDB nos braços do Eduardo Campos (PSB) ou do Aécio Neves (PSDB)”. Campos e Aécio são prováveis candidatos à presidência.

Na Câmara Municipal, os vereadores do PMDB Vitor Valim e Carlos Mesquita também passaram a adotar postura mais crítica em relação ao prefeito Roberto Cláudio (Pros) e a Cid, ao mesmo tempo em que elogiam Eunício. Na Assembleia Legislativa, o maior apoiador do senador é seu sobrinho Danniel Oliveira (PMDB).

Via O Povo


Dilma escolhe o adversário



O "cara de pau" só pode ser o governador de Pernambuco
Na festa de comemoração, no dia 10, dos 34 anos de vida, o Partido dos Trabalhadores parece ter tomado uma decisão importante quanto ao rumo da batalha presidencial pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Os petistas indicam que farão do governador de Pernambuco, o presidenciável Eduardo Campos (PSB), o principal adversário nessa etapa inicial da corrida eleitoral.

Despida dos rituais da Presidência, Dilma discursou na festa petista com os recursos de um velho truque de palanque. Mandou chumbo na oposição. Mas entre os oposicionistas havia um alvo preciso, Eduardo Campos, ao qual se dirigiu sem dar o nome. Ela falou genericamente aos “pessimistas” descrentes do Brasil.

Eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou, que o nosso modelo se esgotou”, atacou a candidata. Quem primeiro desfraldou a bandeira foi Eduardo Campos. Ex-aliado e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, inscreveu-se com esse prelúdio na lista de presidenciáveis. Na sequência apoiou-se em discursos a respeito de uma “nova política” e outras melodiosas aos ouvidos conservadores.

Fazer de Campos um adversário preferencial não nasce de revanchismo de petistas gerado pela troca de camisa nem é temor do enfrentamento com o tucano Aécio Neves. A razão é outra. Os petistas usam conhecida tática comum em certos momentos do jogo eleitoral. Ela permite ao candidato mais forte escolher o adversário de sua conveniência.

Tudo indica que essa possível opção por Campos tem uma lógica guiada principalmente pelos números das pesquisas. A mais recente, de meados de janeiro, circulou restritamente por não ter sido registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Nela há somente uma variação. A pequena queda do tucano de 15% para 13%. O porcentual de Dilma gira em torno dos 43%, onde está empacada. Campos patina em torno de 8%.   

O confronto com o socialismo maroto do PSB mantém o nome de Eduardo Campos no noticiário. Dá mais visibilidade e força uma disputa secundária entre ele e Aécio Neves. Caso Marina Silva assuma a posição de vice na chapa do PSB, como é esperado no partido dele, talvez agregue ao porcentual de Campos votos suficientes para superar o candidato tucano.

A situação de “lanterninha”, a despeito de outros candidatos de menor porte eleitoral, pode não ser uma situação definitiva para o tucano. O PSDB tem potencial de votos. Minas Gerais e São Paulo podem ajudar Aécio a retomar a posição de agora. Entre os eleitores mineiros, ele projeta, com convicção, uma maioria absoluta. E Marina, as pesquisas já mostraram, tem intenções de voto bem razoáveis entre os paulistas. A serem confirmados nas urnas, porém.

Esse tripé do Sudeste, formado pelos três maiores colégios eleitorais do País, decidirá a peleja entre os dois principais adversários de Dilma. Nessa etapa também estará sendo definido o curso da eleição.

Haverá segundo turno? Os números de agora indicam que não. Se a maré mudar, Eduardo ou Aécio teriam mais condições de apagar a estrela do PT em 2014?


A Análise é de Maurício Dias e foi publicado originalmente no Carta Capital

Em discurso no plenário, Gleisi Hoffman classifica Eduardo Campos como “Oportunista” e “Ingrato”



Após deixar o ministério da Casa Civil para pleitear o cargo de governadora do Estado do Paraná, a senadora Gleisi Hoffman (PT) endureceu as críticas contra o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) nesta quarta-feira, 5. Em discurso no plenário, a petista classificou o presidenciável como "oportunista", "hipócrita" e "ingrato", logo após o governador ter chamado o governo Dilma de "mofado".

"Foram manifestações oportunistas. O governador está criticando uma política pública da qual se beneficiou nesses oito anos. Grande parte do sucesso de Pernambuco se deve ao apoio que a União deu", enfatizou a ex-ministra.

Em seguida, o pré-candidato à presidência rebateu as palavras da senadora. "A gente faz uma crítica política, para discutir a macroeconomia e a pessoa vem com ataque pessoal, com desaforo".

Os ataques fazem parte do período pré-eleitoral que devem movimentar os bastidores da política nos próximos meses quando ocorrerão as articulações para formalizar alianças nas esferas nacional e estadual.

O PSB entregou os cargos que tinha no governo federal para lançar a candidatura do atual presidente do partido Eduardo Campos. O mesmo movimento de entrega de cargos se deu em Pernambuco por parte do PT. Na ocasião, houve uma aproximação do partido de Campos com o PSDB, ex-opositor do governo.


Via O Povo

Presidenta Dilma anuncia saída de ministros



Aloizio Mercadante assumirá a chefia da Casa Civil.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou na tarde desta quinta-feira, 30, no Blog do Planalto, nota que confirma a saída de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, ministros da Casa Civil e da Saúde, respectivamente.

Com as mudanças o ministério da educação também foi alterado, haja vista que o até então titular da pasta Aloizio Mercadante assumirá, de acordo com a nota publicada, a chefia da Casa Civil. O atual secretário-executivo do ministério, José Henrique Paim Fernandes exercerá a função que outrora era de Aloizio. Ainda em conformidade com as informações veiculadas o médico Arthur Chioro ocupará o posto de Ministro da Saúde.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República a posse dos novos ministros está marcada para o dia 11 de Fevereiro, no Palácio do Planalto, às 11 horas.

É digno de registro que as mudanças se dão em virtude de rearranjo da base aliada para o processo eleitoral em outubro, uma vez que Gleisi Hoffmann deve ser candidata ao governo do Paraná pelo PT, enquanto que e Alexandre Padilha poderá disputar o mesmo cargo em São Paulo.


Vencermos por ser iguais ou por sermos diferentes



Reproduzimos abaixo excelente artigo intitulado “Vencermos por ser iguais ou por sermos diferentes”?. Aqui há uma excelente análise político-econômica do Brasil que perpassa por discussões que, segundo o autor,  só interessa a direita. O texto foi publicado no blog Tijolaço.


Vamos a ele


Ter, por dever de ofício, de ler o noticiário político brasileiro todos os dias é algo que deixa a gente desanimado.

Talvez seja por isso que enfado tanto os leitores e leitoras deste blog com questões econômicas.

Porque, convenhamos, discutir se o prato de peixe que Dilma Rousseff comeu em Lisboa custou 40 ou 70 euros é de doer.

Até porque. todos sabem – inclusive a mídia – que ela é uma pessoa de hábitos pessoais austeros.

Pior ainda é aceitarmos a discussão do “vai ter ou não vai ter Copa”.

Será possível que não se enxergue que isso é uma falsa discussão, que só interessa aos provocadores da direita?

Que tudo o que se tiver, eventualmente, sido gasto em exageros não atinge sequer o que pagaremos por um mísero único dos vários pontos percentuais que se acrescentaram à nossa taxa de juros?

Que, aliás, não gera “indignados” em parte alguma entre estes grupos, não é?

Enquanto isso, vamos deixando de lado qualquer debate sobre os caminhos do Brasil.

A política econômica tornou-se uma administração de varejos da pior qualidade.

O governo, preocupado em adular os “mercados”, como se eles gostassem de adulação, enquanto gostam mesmo é de dinheiro.

A oposição, com um discurso que, em relação a esse mercado, já nem é de adulação, mas de capachismo, mesmo.

Enquanto isso, lá fora, ronca nas entranhas do Federal Reserve uma elevação nas taxas de juros americanas que, só de ameçar, já abala as moedas mundo afora.

Por toda parte sente-se uma ausência que, acreditem, se reflete nas ruas e é extremamente perigosa ao processo eleitoral.

Que só não se complica porque temos uma oposição que, francamente, só é nanica porque a mídia lhe dá alguns centímetros mais de altura para que apareça mais alto que o pó do chão.

Seria muito bom se os líderes do PT e os “gênios da comunicação” do governo, em lugar de ficar pensando em soltar uma pombinha branca nos estádios para promover a paz, como sugeriu a D. Helena Chagas outro dia, entendessem que este projeto político iniciado em 2002, venceu duas eleições, em 2006 e 2010, porque soube apontar um projeto, um caminho para o país.

Em 2006, o que significava não retroceder aos tempos da alienação de nossas riquezas e empresas públicas.

Em 2010, o de avançar ao desenvolvimento e a um Brasil do tamanho que ele pode ter e terá.

Em 2014, certamente não será por sermos bonzinhos, fazermos “tudo o que o seu mestre mercado mandar” que eles nos deixão ficar mais um pouquinho “na pracinha”.

Obvio que não se sugere aqui nenhuma política do tipo “força cega”. A política real, das alianças, da administração de alianças e meios eleitorais é importante e precisa ser feito por gente capaz, não por tecnocratas.

Mas nunca será bem-sucedida se não se puder representar, diante da população, um horizonte que a anime a fazer verdadeiros os versos que dizem que “quem sabe onde quer chegar, escolhe o caminho certo e o jeito de caminhar”.

E, neste Brasil de hoje, depois de anos em que a esquerda abriu mão, no dia a dia, do debate ideológico e que não conseguiu dar corpo físico às conquistas e desafios do Brasil, só resta uma figura capaz de provocar uma mudança no diapasão da política.

Lula.

Sua ausência prejudica o próprio desempenho de Dilma, que está, como todos sabem, manietada por um “politicamente correto” que limita sua capacidade de polemizar.

O ex-presidente – que já considera acelerar  sua reentrada na cena político-eleitoral –  precisa entrar logo neste ringue.

E levar a contenda para onde ela está, de fato, e onde ela vai decidir algo essencial, não insignificâncias: o rumo do desenvolvimento brasileiro.

Porque, se é para “acalmar o mercado” sendo “bonzinho”, melhor chamar o Palocci  ou o Meirelles.

Não vencemos as eleições, uma vez depois da outra, por sermos iguais, mas por sermos diferentes.

2014 será o ano de reconhecimento de Dilma, diz Lula em artigo



Lula sobre Dilma: Foi perseguida, presa e torturada durante
a ditadura, mas nunca abandonou suas ideias.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu artigo no El País sobre a presidenta Dilma Rousseff, considerada pelo jornal espanhol uma das principais lideranças ibero-americanas de 2013. Lula avaliou que 2014 “será um grande ano para o Brasil”.

O país colherá os frutos que a presidenta Dilma semeou: a exploração do petróleo na camada do pré-sal; as concessões dos aeroportos, da rede ferroviária e dos portos; os grandes investimentos em educação, saúde e saneamento. Será o ano do reconhecimento da seriedade e da competência desta mulher brasileira de tanta coragem”, diz Lula.

O ex-presidente destaca os avanços sociais da gestão, a coragem da presidenta em enfrentar os protestos de junho e os investimentos em educação.

Abaixo o texto traduzido na íntegra:

Dilma Rousseff, o poder da coragem

Lutou desde muito jovem para transformar o Brasil. Na presidência, enfrentou, neste ano, com êxito, os protestos de junho e a espionagem dos Estados Unidos, que ela mesmo sofreu.

Luiz Inácio Lula da Silva

Se tivesse que escolher uma palavra que definisse o caráter da presidente Dilma Rousseff, essa seria coragem. Esta companheira lutou desde muito jovem para transformar o Brasil, para melhorar as condições de vida das pessoas mais humildes. Foi perseguida, presa e torturada durante a ditadura, mas nunca abandonou seus ideais. Em uma sociedade acostumada a ver sempre os homens em postos dirigentes, ela foi a primeira mulher secretária de Finanças do seu Estado, a primeira ministra de Minas e Energia do Brasil, a primeira chefe da Casa Civil, a primeira presidente.

Durante o meu governo, ela reorganizou o setor de energia levando a eletricidade a três milhões de casas nas zonas rurais. Dirigiu o maior programa de infraestrutura de nosso período que garantiu o crescimento econômico com uma grande inclusão social.

Em seu governo, o país alcançou a cifra de 36 milhões de pessoas resgatadas da miséria absoluta. Em meio a uma crise mundial, o Brasil da presidente Dilma é o país mais empenhado na luta contra o desemprego, que caiu para 5,2%.

2014 será um grande ano para o Brasil, e não só por causa da organização da Copa do Mundo de futebol. O país colherá os frutos que a presidente Dilma semeou: a exploração do petróleo na camada do pré-sal; as concessões dos aeroportos, da rede ferroviária e dos portos; os grandes investimentos em educação, saúde e saneamento. Será o ano do reconhecimento da seriedade e da competência desta mulher brasileira de tanta coragem.



Via Rede Brasil Atual

'Problema é de classe social', diz Lula sobre ataques ao PT, ao governo e à economia



Lula: a mídia deu mais destaque a emprego de Dirceu em
hotel do que a cocaina em helicóptero.
Apresentando-se como “comandado” do PT para a campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (12) que os frequentes ataques aos petistas, ao governo e à condução da economia ocorrem mais por um problema de classe social do que pelo erros que o partido tenha cometido nesses quase 11 anos no comando do país.

Falando para um grupo de 600 delegados na abertura do 5º Congresso Nacional do PT, em Brasília, Lula destacou os avanços do Brasil na última década, sobretudo nas áreas social e econômica, e disse que alguns grupos empresariais, políticos e midiáticos sentem-se "incomodados" por essas conquistas.
"O problema não é econômico, o problema é de pele, é de classe social", disse ele, ao lado de Dilma, do governador Agnelo Queiroz (DF), do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e vários ministros, deputados, senadores e outras autoridades.

Se eu tivesse fracassado como imaginavam, diriam que era porque eu era um coitadinho de um operário, que não estava preparado. Fizeram um país para governar por mais de 20 anos e quem está governando há 12 anos somos nós. Um dia pegaram uma jovem de 20 anos, prenderam-na, torturaram-na, e depois a soltaram. Alguns anos depois essa jovem rebelde vira presidenta da República desse país. Isso não é uma coisa simples de compreender”, frisou.

Lula disse que o país “está dando certo naquilo que outros não conseguiram acertar” e fazendo, em pouco tempo, “o que pensavam fazer em muito”. O ex-presidente criticou os empresários que divulgam a tese segundo a qual investidores estrangeiros estariam preferindo outros países devido a supostos problemas na economia brasileira.

Quero entender qual é o país que está melhor que o nosso Brasil. Alguns países estão bem porque começaram décadas antes de nós, mas nenhum país está bem como o nosso. Não há nenhum país que tenha registrado 4,8 milhões de empregos formais em três anos, que tenha mais responsabilidade fiscal do que nós”. frisou.

De acordo com Lula, o PT tem sido vítima das suas virtudes e dos seus defeitos. Ele foi bastante ovacionado quando comparou os ataques aos condenados na Ação Penal 470, conhecida por processo do mensalão, a episódios mais graves envolvendo figuras da oposição ligadas ao PSDB.

Se forem comparados os erros do PT com os dos outros partidos, notamos uma desproporcionalidade na divulgação. Basta ver as notícias sobre o emprego do José Dirceu no hotel e da cocaína num helicóptero, que se percebe uma desproporcionalidade na divulgação dos dois assuntos”, afirmou. Ele referia-se à apreensão de 450 quilos de pasta de cocaína num helicóptero pertencente ao deputado estadual mineiro Gustavo Perrella (SDD), filho do senador Zezé Perrella (PDT), ambos ligados ao presidenciável tucano Aécio Neves.

Responsabilidade

O ex-presidente destacou que a reeleição de Dilma terá o efeito de continuar as mudanças que estão sendo feitas pelo PT, mas para isso o partido precisa estar mais integrado com as bases e com a sociedade.

Lula lembrou que o fato de mais de 400 mil filiados terem comparecido ao chamado do PT para participar do Processo de Eleições Diretas (PED), no mês passado, é sinal de que muita coisa boa está acontecendo no Brasil. E reiterou aos novos dirigentes empossados que precisam percorrer o país no ano que vem. “Preparem-se para viajar conosco do Oiapoque ao Chuí e deixar o PT mais forte”, reiterou.

Num recado claro aos dirigentes, o ex-presidente pediu alerta e apoio para o próximo ano. “Não se iludam que cada coisa, quanto melhor fizermos, mais aumentará a ira da oposição contra nós. Tudo isso deixa as pessoas em dúvida sobre o que vai acontecer nesse país. Temos uma responsabilidade de reeleger a Dilma presidenta e para isso precisamos ter uma boa bancada de deputados federais, aumentar o número de senadores, eleger governadores e deputados estaduais”.

Sobre a intensificação das alianças, o ex-presidente ressaltou que o ideal seria escolher a chapa toda do PT, mas na política real isso não é possível, motivo pelo qual, é importante construir as alianças necessárias à governabilidade.

Temos que trabalhar e construir alianças, pois não teremos uma eleição fácil. Não vamos esperar moleza: estas eleições precisam de dedicação e muito compromisso de nossa parte. Teremos que ir para a rua”, conclamou.

Via Rede Brasil Atual

Os problemas da oposição



Dilma tem seus problemas, mas o da oposição são maiores.
A 11 meses da eleição presidencial, as oposições enfrentam problemas. Não apenas elas, pois a presidenta Dilma Rousseff também tem os seus, mas aqueles dos adversários são claramente mais complicados.

As dificuldades dos diversos possíveis candidatos oposicionistas começam pela indefinição a respeito da própria candidatura. Nos vários partidos que pensam disputar a eleição contra Dilma há nomes de mais ou de menos.

Nas duas principais legendas é evidente o conflito entre os postulantes à cabeça de chapa. No PSDB, Aécio Neves e José Serra estão em rota de colisão cada vez mais acelerada. A qualquer hora vão trombar, com mortos, feridos e um rastro de destroços pelo caminho. 

No PSB, Marina Silva comporta-se como a convidada bem trapalhona na festa de Eduardo Campos. Desde a sua filiação ao partido, o governador de Pernambuco amarga uma dor de cabeça após a outra.
Enquanto os tucanos se bicam e os socialistas encenam o jogo da “aliança programática”, pequenas legendas entram na dança das candidaturas próprias. Nenhuma sabe se será para valer, mas algumas têm até nomes provisórios para oferecer. Outras estão à cata de um.

No PPS, há quem fantasie o lançamento da vereadora Soninha Francine, para desagrado de seu presidente, Roberto Freire, que parece vê-la como substituta insuficiente de Marina Silva que tanto desejava. No PSC, o pastor Everaldo discursa como presidenciável. Não é impossível surgirem outras candidaturas semelhantes.

O estímulo a essas microcandidaturas vem de cima, do PSDB e do PSB. São parte da estratégia imaginada por Aécio Neves e Eduardo Campos para tentar dificultar o caminho de Dilma Rousseff, multiplicando o número de oponentes que ela terá de enfrentar, por menores que sejam.

Não são, portanto, candidaturas espontâneas. Nem sequer pretendem representar uma parcela, mesmo pequena, da sociedade. Nascem apenas como linha auxiliar de um combate que as transcende.

Os partidos ideológicos não agem assim, sejam os de extrema-esquerda, sejam os de agenda específica. Eles participam de eleições sem expectativa realista de vitória, na busca por marcar posição e levantar bandeiras. PPS, PSC e congêneres não têm ideologia para defender.

Nessas e em outras movimentações há algo que não conhecíamos em nossa história política pós-ditadura: a constituição de uma espécie de “frente ampla” oposicionista, sem agenda propositiva e cuja finalidade se define pela negação, por buscar a derrota do “lulopetismo”. Aécio e Campos aparecem em fotos nas quais trocam sorrisos, enquanto fabricam nanicos para correr por fora, na tentativa de trazer alguns votos para o balaio comum. Desde 1989, é a primeira vez que se esboça algo assim.

A oposição extrapartidária, especialmente a brigada midiática, mostra-se encantada com a entente cordiale armada para 2014 e a encoraja a todo instante. Se depender dela, a paz reinará na seara oposicionista, de preferência enquanto o governismo se fraciona e guerreia.

Dá-se o caso, contudo, de essa possibilidade só existir no sonho de alguns. No mundo real, nem há paz dentro dos partidos da oposição, nem haverá entre eles na hora em que a disputa eleitoral se intensificar. Para Aécio e Campos, ou qualquer composição de nomes de seus partidos, o sabor de uma hipotética derrota petista não anularia o gosto amargo da vitória do outro. Ambos apostam em conseguir mais votos e querem somente se aproveitar do aliado ocasional.

No fundo, tudo isso apenas reflete o aspecto central do oposicionismo brasileiro de hoje: sua falta de identidade e rosto natural. O contrário do que havia em 2002, quando o governismo foi derrotado por uma candidatura de oposição inteiramente natural, a de Lula pelo PT.

Aécio? Serra? Campos? Marina? Soninha? O pastor Everaldo? Mais alguém? Em frente ampla? Cada um por si? Tantas interrogações indicam: por razões distintas, está tudo no ar no campo oposicionista.

O mau desempenho dos nomes da oposição nas pesquisas atuais e a vantagem de Dilma, é fato, não significam que a presidenta só terá bons ventos pela frente. Parece claro, porém, que as dificuldades de seus oponentes serão maiores.

Nem precisamos lembrar que a presidenta possui um amplo estoque de boas notícias e propostas para apresentar ao eleitorado. Quanto à oposição, até agora não mostrou saber o que quer, a não ser assumir o poder.


Via Carta Capital