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Alunas Daiane e Kézia serão colunistas do Informações em Foco


Ás vésperas de completar cinco anos na rede mundial de computadores no próximo dia 27 de abril, o blog Informações em Foco contará na sua linha de edição com as contribuições das alunas do ensino médio integrado a educação profissional Ana Daiane e Kézia Adjane que atuarão como colunistas.

Ana Daiane e Kézia Adjane (da esquerda para a direita). Montagem: Informações em Foco.
O convite foi lançado e prontamente aceito pelas duas alunas que estudam na Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo no curso técnico em Redes de Computadores, 3º e 2º ano respectivamente. A coluna será mensal e elas versarão em seus textos sobre diversos temas, dentre eles Homofobia, Racismo, Feminismo, Protagonismo Negro e Indígena, Sentimento de Pertencimento - áreas em que ambas se dedicam diariamente em suas análises e que eram enfocado durante os grupos de debates coordenado por este professor signatário nos anos de 2014 e 2015.

Com 15 anos Kézia é uma das alunas mais atuantes do colégio e ocupa a função de presidente do Grêmio Estudantil e junto com Daiane lideram um grupo de jovens que tem como principal finalidade o desenvolvimento da capacidade crítica e atuação de forma efetiva na sociedade.

A coluna se configura como uma das formas de estimular o protagonismo juvenil e democratizar ainda mais o portal.

Kézia demonstrou entusiasmo e satisfação com o convite. “Se eu fiquei feliz com o convite? Imagina. Vai ser um prazer”, afirmou. "Obrigado pelo convite Nicolau", complementou.

Para Daiane a ideia permite maior interatividade e dinamismo e disse que aceita o convite recheada de alegria. 

Aluna Daiane em resposta a vereadora que promoveu jantar: “quantos livros a senhora deixou de ler”?


Ao compartilhar em seu perfil na rede social facebook artigo publicado no Informações em Foco acerca da notícia em que a vereadora porto-alegrense Mônica Leal (PP) promoveu na última quinta-feira, 31 de março, jantar em comemoração aos 52 anos do golpe militar de 1964, a aluna da rede pública do estado do Ceará Ana Daiane não poupou críticas a parlamentar.

Quando eu penso que a sociedade está perdida pq pessoas foram as ruas, meses atrás, pedido intervenção militar, vem essa vereadora e consegue me surpreender promovendo um jantar para comemorar o golpe! E qual a minha reação?”, questionou inicialmente a aluna. “Um belo de um por que na mente que não me permite pensar logicamente em como um ser humano, pior, uma mulher consegue ter a ousadia de fazer isso!”, disse ela em tom de indignação.

Naquela oportunidade Mônica Leal, que é filha do coronel do Exército Pedro Américo Leal, ex-deputado estadual e ex-vereador e porta-voz do regime militar no Rio Grande do Sul, ao explicar a finalidade do jantar disse “O movimento cívico de 31 de março defendeu a nação brasileira. Foi um movimento democrático, que impediu a implantação do comunismo, combateu a ordem subversiva e a corrupção. Ah, e é importante destacar, que teve o apoio da população brasileira na Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

A discente ao dar destaque a explicação da parlamentar fez diversas indagações -  “... vem cá, senhora vereadora, quantas aulas de história, sociologia, filosofia, geografia e outras tantas a senhora perdeu? Quantas vzs a senhora foi à escola simplesmente esquentar cadeira? Quantas vzs se deixou levar por falsos moralistas ? E quantos livros a senhora deixou de ler, falando sobre ciência política e até mesmo sobre essa época de vergonha do Brasil?” E foi taxativa ao mais uma vez realizar questionamentos a edil. “Senhora vereadora, como tal, não procura saber a história de vida da atual presidenta do brasil? Como mulher, não procura saber o quanto essa época era horrível para tal?”.

Me decepciona ver 'educadores' pedir a ditadura de novo. Me revolta ser representada por pessoas como a senhora. Me revolta saber que no Brasil existe pessoas q nem a senhora. Me magoa cada vez mais, durante todos os anos, pessoas saindo das escolas pensando que a ditadura militar foi boa para o Brasil”, complementou a aluna.

Daiane é aluna do curso técnico em Redes de Computadores na EEEP Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda-Ce, e já está no terceiro ano. Às vésperas do estágio, a criticidade continua sendo um dos seus fortes e o feminismo uma das suas bandeiras de luta.