Em
28 de setembro de 1885 foi promulgada a Lei dos Sexagenários. Por ela, os
escravizados que conseguissem ultrapassar 60 anos de idade tinham garantido sua
liberdade. Como os (as) escravizados (as) além da condição humilhante em que
exerciam diversos tipos de trabalho de sol a sol e de chuva a chuva sem receber
nenhum benefício por isso, eram submetidos (as) aos mais variados castigos,
tanto físico como psicológico, dificilmente eles/as atingiam essa idade.
Não
é nenhum exagero ou anacrônico comparar a Lei dos Sexagenário com a Proposta de
Emenda a Constituição (PEC) sob o número 287, de 2016, que trata da Reforma da
Previdência. Por ela, o (des) governo Temer estipula que para obter a
aposentadoria integral, homens e mulheres, indiscriminadamente, precisam
contribuir por 25 anos ininterruptos e ter uma idade igual a 65 anos. Qual
brasileiro (a) que em péssimas condições de trabalho atinge 65 anos?
O
Temer ao propor essa reforma considera que o país é um paraíso e que os vários
pontos de trabalhos são grandes escritórios com mesas fartas de alimentação e ar
condicionado. Na roça, nas prefeituras, nas câmaras e nas empresas, há sucos,
bolos e trabalhadores (as) com ótimas condições de trabalho. Todos (as) estão
na sombra. Mulheres e homens ao sair do trabalho irão executar as mesmas
funções. Deve ser isso que ele pensa para propor uma reforma aberrante dessa.
Galera
ainda é tempo de barrar essas e outras atrocidades. E não se iludam com essas
listas da Odebrecht sendo divulgadas propositalmente agora e reproduzidas e editadas pela
grande mídia para lhe favorecer.
Avante!!!!
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Em março, Nova Olinda disse não a Reforma da Previdência. Foto: Lucélia Muniz. |
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