Arquivo Público do Ceará lança a exposição "Manuscritos da Escravidão do Ceará "

(FOTO | Márcio Porto).

No mês em que, oficialmente, se comemora a abolição da escravidão no Brasil, o Arquivo Público do Estado do Ceará, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), apresenta a  Exposição “Manuscritos da Escravidão do Ceará”, para enriquecer as fontes que atestam algumas dimensões do Ceará escravista. A mostra conta documentos sobre a escravidão no Ceará, dos séculos XVIII e XIX.

Com lançamento nesta sexta-feira (20), a atividade ocorrerá de 20 de maio até final de julho, e pode ser conferida através de agendamento. Cartas de Alforria, Relação de Escravos Libertados com o Fundo de Emancipação de Escravos da Província do Ceará (século XIX), Casamento de escravos, Hipoteca de escravos, Declaração de libertação de escravos, Escritura de Compra e Venda de escravos, documento de Sociedades Abolicionistas são alguns dos documentos que integram a exposição.

São documentos que revelam os enredos da vida em cativeiro, cuja leitura nos revela um passado de violações. A escravidão que ligou durante quase quatrocentos anos a África à América, foi singularmente perversa, pois seus efeitos se prolongaram, esgarçando o tecido político e social das sociedades de seus descendentes no mundo contemporâneo.

Entre as peças que podem ser conferidas, os visitantes encontrarão um Manuscrito da Junta de Classificação de Escravos, do município de Aracati, a serem libertados pelo Fundo Provincial de Emancipação. No documento constam os nomes dos escravos, cor, idades, profissões, moralidade, valores e nomes de seus respectivos senhores.

Dada a imensidão do território brasileiro abarcado pelo regime escravista, ele se metamorfoseou, adaptando-se às peculiaridades das estruturas econômicas regionais, ou seja, se apresentou com diversas feições, com diferentes modos de vida escravizada, nas fazendas e nos núcleos urbanos dominados pelos senhores brancos. Muitos proprietários aumentavam suas rendas urbanas, com a prática da escravidão de ganho, as cozinheiras e as amas de leite.

O Arquivo Público fica na Rua Senador Alencar, 348 – Centro e a visitação acontece por agendamento.

Agendamento para visitação: apec348@gmail.com / 85 3101-2614

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Com informações da Secult CE.

Domingo acontecerá Pipada no Gesso

(FOTO | Reprodução |WhatsApp).


Por Naju Sampaio

O Coletivo Camaradas realizará a IX edição da Pipada, no dia 22 de maio de 2022, no Largo da Comunidade do Gesso (ao lado da Quadra), às 8:30 da manhã. Durante a pipada, cada pessoa confecciona sua própria pipa para depois empinar, contribuindo para a organização popular durante o encontro.

No Território Criativo do Gesso é comum observar as crianças empinando pipas, a brincadeira é tradição na comunidade e vem passando de geração para geração. A Pipada é destinada às mulheres e homens de todas as idades.

A ação da Pipada é uma forma de reconhecimento e fortalecimento dessa prática antiga da comunidade. Sendo importante ressaltar que o cerol e a linha chinesa representam perigo e o uso desses materiais ou qualquer outro cortante na prática de empinar pipas é crime.

Quem defende a educação de verdade é contra o homeschooling e contra o Bolsonaro.

 

(FOTO |Reprodução)


Lugar de criança é na escola

#HomeschoolingNão

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 18, o texto-base do projeto de lei que regulamenta o ensino domiciliar no Brasil, conhecido como homeschooling. Foram 264 votos favoráveis e 144 contrários, com duas abstenções. Hoje, 19, os deputados devem analisar os destaques, que são propostas de mudança na redação.

O que está em jogo é a regulamentação do ensino domiciliar na educação básica, nas etapas de Educação Infantil, Fundamental e Ensino Médio, a partir de uma modificação na Lei de Diretrizes e Bases. A prática não é regulamentada no País, por um entendimento do Supremo Tribunal Federal de 2018 de que não há lei que estabeleça as diretrizes do ensino domiciliar.

A maioria das propostas para a regulamentação do tema tem como autores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, caso do PL 2401/19, que leva as assinaturas de Damares Alves, ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação. À proposta está apensado o PL 3179/12, do deputado Lincoln Portela (PL-MG), um pastor evangélico.

Votei contra o projeto e permanecerei sendo contra o ensino domiciliar. Escola é lugar de aprendizado, de convívio social e de proteção. As escolas devem receber mais investimentos e os educadores devem ser valorizados. Bolsonaro é inimigo da educação pública de qualidade. Quem defende a educação de verdade é contra o homeschooling e contra o Bolsonaro.

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Texto do Deputado Federal Glauber Braga, em suas redes sociais.

Como funciona a máquina de fake news da direita nas eleições 2022?

 

As recentes e constantes bravatas do presidente e de seus aliados sobre a suposta fragilidade das urnas eletrônicas são uma representação disso - Alan Santos/PR

Se no ano eleitoral de 2018, as mensagens falsas que mais circulavam nas redes sociais estavam de alguma forma relacionadas aos próprios candidatos, agora o padrão são desinformações que visam lançar dúvidas sobre o processo eleitoral em si, segundo especialistas ouvidas pelo Brasil de Fato. As recentes e constantes bravatas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados sobre a suposta fragilidade das urnas eletrônicas são exemplos dessa mudança. 

Não à toa, a pauta também é “dominante” nos grupos de extrema direita nas profudezas do Telegram. “Nessas plataformas mais subterrâneas, como o Telegram, é dominância total da extrema direita. E os [assuntos] mais compartilhados, as pautas e as narrativas que se sobressaem no conjunto dos grupos e canais que a gente analisa, tem a ver não necessariamente com alegação direta de fraude nas urnas, mas com a deslegitimação da institucionalidade que garante o resultado da eleição”, diz Letícia Cesarino, professora no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

No mais recente ato, o capitão reformado afirmou que o Partido Liberal, do qual faz parte, irá contratar uma empresa privada para fazer auditoria nas eleições. "A empresa vai pedir ao TSE algumas informações. O que pode acontecer? Essa empresa que faz auditoria no mundo todo, empresa de ponta, pode chegar à conclusão que, dada a documentação que se tem na mão, ela pode falar que não foi auditável. Olha a que ponto vamos chegar”, afirmou Bolsonaro. 

“Isso sempre esteve colocado, mas nesse ano a pauta ganhou corpo”, afirma Letícia Cesarino. “No 7 de setembro, por exemplo, uma pauta que ganhou proeminência foi o passaporte sanitário, mas numa espécie de crossover com a pauta de fraude nas urnas. Eram boatos de que pessoas não vacinadas seriam impedidas de votar. Então mesmo que não seja a pauta [naquele momento], o tema está circulando pelo menos desde setembro.” 

O movimento é parecido com o do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Antes mesmo de perder as eleições do ano passado para Joe Biden, o empresário apontou para uma suposta fraude eleitoral no pleito. “Em todo caso, nada importa porque as eleições na Califórnia estão totalmente manipuladas”, afirmou Trump, na época. Mesmo depois de derrotado, ele não reconheceu os resultados das urnas, estimulando sua base eleitoral a se rebelar, levando-os a invadir o Capitólio. 

Revelando verdades 

Segundo Cesarino, uma das características desses grupos da extrema direita que habitam os subterrâneos das redes sociais é a pretensão de revelar verdades que a imprensa e os opositores querem esconder. “O modo como eles se vendem, como produtores de conteúdo tem a ver com estar revelando verdades que a mídia esconde. E é assim que eles ganham fidelidade desses seguidores”, afirma a pesquisadora. 

Revelar a verdade também é o que o presidente Jair Bolsonaro diz fazer. Em julho do ano passado, por exemplo, ele prometeu apresentar provas de que teria ocorrido uma fraude no sistema eleitoral durante o pleito de 2018. Na época, disse que havia ganhado o pleito já no primeiro turno, contra o candidato do PT, Fernando Haddad. Logo depois, no entanto, a verdade revelada não passou de alegações antigas e falsas de que as urnas eletrônicas completaram o voto no número do PT à revelia da escolha dos eleitores.  
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O texto completo pode ser lido no Brasil de Fato.

Governadora do Ceará anuncia concurso para professores de escolas indígenas

 

Governadora Izolda Cela anuncia concurso para professores de escolas indígenas, no Ceará. (FOTO  |Reprodução).


Um concurso público para a seleção de 200 professores que vão trabalhar em escolas indígenas foi anunciado, nesta terça-feira (17), pela governadora do Ceará, Izolda Cela. As vagas vão ser distribuídas entre ensino fundamental e médio e os professores também vão ser indígenas.

Izolda explicou que a seleção pretende beneficiar 29 escolas indígenas de 13 etnias presentes no estado. O concurso vai ter três etapas: prova escrita, prática e análise de títulos.

"As vagas serão tanto para o ensino fundamental, nos anos iniciais, portanto, para professor polivalente, como também para áreas de conhecimento, que os anos finais já exigem, assim como o ensino médio", comentou Izolda.

A secretária de Educação do Ceará, Eliana Estrela, também esteve presente no evento do anúncio. Ela afirmou que a Seduc pretende impor celeridade ao processo. “Nós vamos botar a mão na massa para que em nenhum momento pare esse processo, para que todo mundo possa estar muito empenhado”, disse a secretária.

Cristina Pitaguary, coordenadora da Organização dos Professores Indígenas do Ceará (Oprice), também comentou a seleção. É um momento histórico, que a gente já espera há 30 anos. Sabemos que nossa classe de professores indígenas já está com quase 700 professores, e vamos ter esse concurso com 200 vagas, mas mesmo assim, é uma felicidade para a gente. É uma porta que está abrindo para que aconteçam outros.

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Com informações do G1 CE.

Quando o bolo acabou

 

Alexandre Lucas. (FOTO |Acervo pessoal).

Por Alexandre Lucas, Colunista

Vá se lascar! Essas foram suas últimas palavras, bateu forte o portão e entrou movida pela ira do momento. As esperanças parecem que se findaram naquele instante. Todos os momentos carregados do era para sempre se despedaçaram, se lascaram mesmo.

Depois daquele dia não fez mais bolo de cenoura com cobertura de chocolate, uma delícia para apaixonar os corações mais amargos. O café de fim de tarde aos sábados, os curtos passeios de bicicleta e as pinturas das subjetividades da vida com têmpera sobre papel foram encaixotadas para as profundezas do vá se lascar.

O tempo passou e o vá se lascar ganhava mais sentido, a respiração recebia o contorno de tranquilidade e o ar parecia pintado de liberdade com as cores mais fortes. Tudo indicava que foi libertador, aquela ação intempestiva.  

Como todas as cartas de amor são ridículas, com atesta Campos, de Pessoa, vá se lascar, são como todas as cartas de amor.

Nos dias mais cinzentos, em que o coração pede socorro e a saudade bate, a vagareza se instala,  é possível notar a roseira encarnada e ponteada de espinhos, os olhos se fazem cacimba e ela sempre esquece do vá se lascar.

Chimamanda Ngozi Adichie fala sobre racismo no Brasil

 

Chimamanda Ngozi. (FOTO |Reprodução).

A escritora é mãe de uma menina, também falou sobre feminismo: ‘Vou ter que ensiná-la que raça não a define. E também sobre as pessoas que são racistas, que isso é problema delas’.

A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que tem livros traduzidos em mais de 30 idiomas e se tornou um ícone contemporâneo, veio ao Brasil neste fim de semana e falou para três mil pessoas no “Ler – Festival do Leitor”, no Rio de Janeiro.

Aos 43 anos de idade, ela já foi parar em coleção de moda, estampando camisetas e bolsas. E também na música “Flawless”, de Beyoncé, que reproduziu trechos de uma das palestras mais famosas da escritora.

Ela carrega o poder da palavra que arrasta multidões. Para se ter uma ideia, os três mil ingressos disponíveis para o evento no Rio acabaram em 45 minutos.

Estou muito feliz em estar aqui. Sinto uma conexão com o Brasil e gostaria de falar português, o português brasileiro”, afirma Chimamanda.

Quando tinha 19 anos, ela desembarcou nos Estados Unidos, onde se formou em Ciências Políticas e Comunicação. Foi aí que ela se descobriu negra.

Esta é a segunda vez que Chimamanda vem ao Brasil

Na primeira visita, em 2008, a escritora ficou surpresa com a ausência de negros em espaço de poder. Ela acredita que o Brasil é uma Nigéria, só que com estradas melhores.

Eu me lembro de ter ficado impressionada com a ausência de pessoas negras. Então disse para as pessoas ao meu redor: ‘Onde estão os negros?’. Acho que é algo que deveria mudar só porque se você vive em uma democracia, a ideia de democracia é que todos devem ser representados”, diz.

O combate ao racismo e ao machismo também é destaque no livro “Para Educar Crianças Feministas”, escrito em formato de uma carta de Chimamanda para uma amiga que acabou de se tornar mãe de uma menina. Trata-se de um guia que traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças.

A gente sabe que os homens, enquanto grupo, têm poder. Mas acho que, como indivíduos, esse patriarcado em que vivemos também é ruim para eles. Os meninos crescem e se tornam homens que não têm nenhuma conexão real com seus “eus” emocionais. É ruim para todos”, afirma.

O guia foi escrito antes de Chimamanda se tornar mãe de uma menina.

Minha filha tem apenas 6 anos, mas é uma menininha muito feroz. Ela tem as opiniões dela, sabe quem é e eu sou muito grata”.

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Com informações da Revista Raça.

Caetano Veloso visita Lula para declarar apoio. ‘Segundo turno é agora’, diz Aloysio Nunes

 

Segundo colunista, Caetano deve manifestar apoio a Lula. Ex-chanceler tucano defende "salvar o Brasil da tragédia Bolsonaro". Uns Produções (Divulgação)/Marcelo Camargo (ABr)



O segundo turno já começou e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no primeiro turno.” A declaração é do ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, um dos mais enraizados tucanos do estado de São Paulo, berço do PSDB. “Não existe essa terceira via; só existem duas: a da democracia e do fascismo. Se quisermos salvar o Brasil da tragédia de Bolsonaro, teremos de discutir o que vamos fazer juntos”, continuou o ex-ministro do governo Michel Temer à jornalista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira (13). A fala do tucano ocorre no mesmo dia em que o compositor Caetano Veloso, eleitor de Ciro Gomes em 2018, visita Lula para declarar apoio ao ex-presidente este ano.

Em fevereiro, ao mesmo jornal, Nunes já havia sinalizado para esse desfecho, ao afirmar que a aproximação do ex-governador Geraldo Alckmin de Lula “é um movimento correto do ponto de vista político, tanto da parte do Alckmin quanto do Lula”.

Em outra frente, a da cultura, a adesão de Caetano, que também já havia sido sinalizada em outras manifestações do artista, será celebrada em São Paulo, no apartamento de Lula. A informação é do jornalista da GloboNews Gerson Camarotti. Segundo ele, o encontro foi articulado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que abandonou a disputa pelo governo do Amapá para ser um dos coordenadores da campanha do petista.

Chico Buarque, Martinho da Vila, Zélia Duncan, Chico César, Marieta Severo, Bruna Gonçalves, Paulinho da Viola, Antonio Pitanga e muitos outros estão no barco de Lula, a quem o apoio do setor cultural é virtualmente unânime.

Símbolo do samba, Zeca Pagodinho já se reuniu com Lula no Rio de Janeiro, junto de outros artistas. No final de abril, ele afirmou, inclusive, que pode deixar o país. “Eu não quero ir embora daqui, mas, do jeito que está, eu penso em ir embora”, declarou ao portal UOL.

Na cultura, repulsa a Bolsonaro

Jair Bolsonaro provoca repulsa no meio cultural. Sua perseguição a artistas, produtores e entidades é permanente e revela não apenas ódio, mas perversidade. Seu último gesto, por exemplo, em relação ao setor, foi vetar as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que permitiriam o repasse de R$ 3,8 bilhões e R$ 3 bilhões, respectivamente, para fomentar uma das atividades mais devastadas pela pandemia de covid-19.

Antes mesmo de assumir mandato, o atual chefe de governo já anunciava a extinção do Ministério da Cultura, medida que defendera ainda como pré-candidato à Presidência em 2018. Em evento em março daquele ano prometeu acabar com o Minc e defendeu uma de suas bandeiras da morte: “A arma, mais que a defesa da vida, é a garantia da nossa liberdade”.

“Visão de mundo”

Na área política, outro nome de peso a declarar apoio a ao ex-presidente nesta sexta foi o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), em artigo na Folha de S. Paulo nesta sexta. Depois de elencar alguns projetos em relação aos quais discorda da visão de Lula e do PT (reforma trabalhista, independência do Banco Central e capitalização da Eletrobras), o deputado esclareceu.

A visão de mundo do ex-presidente Lula e a minha são diferentes, sobretudo em relação à economia. Muitas de nossas posições são antagônicas nesse campo tão essencial. Mas concordamos em algo ainda maior: a democracia. E é por isso que estarei com Lula nesta eleição”, escreveu o parlamentar, que deixou o PL quando Bolsonaro entrou para a legenda.

Da seara tucana, os ex-senadores José Aníbal e Arthur Virgílio também podem apoiar Lula, até por discordar dos rumos seguidos pelo PSDB a partir da ascensão de João Doria, cuja campanha à Presidência da República é um fracasso.

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Com informações da RBA.

Altaneira pode perder territórios de acordo com novo mapeamento geográfico

 

Sítio Taboquinha em Altaneira. (FOTO/ Orlando Vieira).

Por José Nicolau, editor

Um novo mapeamento geográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz com que o município de Altaneira, no cariri cearense, tenha sua área territorial reduzida.

A informação foi externada pelo prefeito Dariomar Rodrigues (PT) durante sessão da Câmara realizada no último dia 04 de maio e divulgada tanto no site da casa como também no Blog de Altaneira. Ao apresentar imagens, o gestor destacou que os sítios Poças, Córrego, Taboquinha e Tabuleiro já não fariam mais parte do município. Ele frisou que as comunidades mencionadas já são assistidas por Altaneira e que pretende lutar por elas, já que “integram nossa história e cultura altaneirense.

Altaneira faz divisa com os municípios de Assaré, Nova Olinda, Santana do Cariri e Farias Brito que podem ser beneficiados com esse novo limite territorial. 

A população de Altaneira de acordo com a estimativa do IBGE em 2021 é de 7.712 habitantes.

A nível de Estado, o Ceará também corre risco de ficar despossuído de algumas cidades para o Piauí. Ao todo, são 13 que fica na Serra da Ibiapaba.

Sobre a possibilidade de Altaneira perder territórios:

1 - Os limites realmente precisam ser rediscutidos e redefinidos sim, haja vista estarem defasado e não corresponderem de fato a realidade da população que ocupa esses espaços;

2 - Por consequência do primeiro item, as populações dos territórios em análise se deslocam para a cidade de Altaneira para as tarefas básicas, como por exemplo, compras de alimentos e vestimentas; serviços de saúde e acesso à educação.

3 - Por tudo isso e por terem construído um sentimento de pertencimento ao lugar, é crucial realizar encontros por setor e mobilizar as pessoas desses espaços para que cientes da situação, lutem. Algumas estratégias podem ser usadas, como por exemplo, a realização de abaixo-assinado para entregar aos órgãos competentes e manifestações de ruas.

4 - Altaneira precisa ganhar territórios e não perder.

Lula segue líder, Bolsonaro estaciona e disputa muda pouco: o que dizem as pesquisas da semana?

 

Ex-presidente tem larga vantagem em relação a Bolsonaro; na foto, Lula em evento com sindicalistas, em São Paulo - Ricardo Stuckert.

A divulgação de novas pesquisas eleitorais não trouxe novas tendências para a disputa presidencial de outubro. Foram publicados quatro levantamentos de terça-feira (10) até a última sexta-feira (13). Os estudos apontam estabilidade, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com larga vantagem na liderança, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

CNT/MDA: ecos da desistência de Sergio Moro

A primeira delas, divulgada na terça-feira (10), encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto MDA, mostrou que Lula obteve 40,6% das intenções voto na corrida presidencial das eleições de outubro. Bolsonaro apareceu com 32%. O levantamento foi o primeiro feito pela CNT/MDA depois que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) desistiu da pré-candidatura à Presidência da República. O anterior foi divulgado em fevereiro.

Os números confirmam que Bolsonaro herdou um percentual de intenções de voto que estavam direcionados a seu ex-ministro da Justiça. O crescimento de Bolsonaro de dois a quatro pontos percentuais já havia sido captado por outras empresas de pesquisa a partir do final de março, quando Moro abriu mão de concorrer ao pleito e saiu do Podemos.

Desde o final de abril, porém, outros levantamentos mostraram que o fôlego de Bolsonaro com a saída do ex-juiz da Lava Jato não durou muito. Estudos que são mais frequentes, divulgados a cada 15 dias, como PoderData e Ipespe, apontaram estabilidade de Lula e a interrupção do crescimento do atual presidente.

Quaest: vitória em primeiro turno é possível

O segundo estudo da semana foi feito pela Quaest, encomendado pela corretora Genial Investimentos, e divulgado na quarta-feira (11). O levantamento mostrou Lula com grandes chances de vitória no primeiro turno das eleições presidenciais.

Com 46% das intenções de voto, Lula teve mais votos que todos os outros candidatos somados (44%), o que garantiria a vitória no pleito ainda no primeiro turno. No entanto, considerando a margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos, o cenário ainda está longe de uma definição. A pontuação em votos totais garantiria a Lula um patamar de 51,1% dos votos válidos.

O petista oscilou positivamente em 1 ponto percentual. Seu principal oponente, Bolsonaro, não teve alterações na pontuação e se manteve como segundo colocado, com 29%. Nas duas pesquisas anteriores (março e abril), o atual presidente havia ganhado 3 e 5 pontos percentuais, respectivamente.

PoderData: distância entre Lula e Bolsonaro volta a crescer

A pesquisa PoderData, divulgada também na quarta-feira (11), mostrou que Jair Bolsonaro parou de evoluir e que a distância que o separa de Lula ficou estável nos últimos 15 dias. Lula seguiu na liderança com 42% das intenções de voto na simulação de 1º turno que inclui uma lista de todos os pré-candidatos já anunciados. Bolsonaro apareceu com 35%.

A distância entre os pré-candidatos oscilou para 7 pontos percentuais. Nas rodadas de 24 a 26 de abril e de 10 a 12 de abril, essa diferença se manteve em 5 pontos.

XP/Ipespe: estabilidade é a tônica da semana

Uma nova pesquisa da Ipespe, encomendada pela corretora XP Investimentos, divulgada nesta sexta-feira (13), mostrou Lula na liderança da corrida pelo Palácio do Planalto. Clique aqui para fazer o download da íntegra.

Com 44% das intenções de voto, Lula teve dois pontos percentuais a menos do que todos os outros candidatos somados (46%). Considerando a margem de erro de 3,2 pontos para mais ou para menos, o petista segue com chance de vitória no primeiro turno. Para isso, precisa superar numericamente os votos de todos os oponentes.

Lula manteve o mesmo percentual da pesquisa anterior, publicada há 15 dias. Enquanto isso, Bolsonaro oscilou positivamente em 1 ponto percentual e chegou a 32%. O levantamento confirma pesquisas divulgadas por outras empresas nos últimos dias, apontando que a redução de vantagem entre os dois, motivada pela saída de Sergio Moro (União Brasil) da disputa, foi interrompida.

Análises

No Twitter, o cientista político Antônio Lavareda fez uma análise sobre a nova edição da pesquisa. Segundo ele, o cenário da corrida pelo Palácio do Planalto é de "engessamento", já que o percentual de eleitores que já definiram os seus votos é muito superior ao que costuma ocorrer nas eleições anteriores.

O responsável técnico pela pesquisa Quaest, Felipe Nunes, também publicou uma análise, em sua conta no Twitter, explorando o detalhamento do levantamento para explicar as motivações na baixa variação da pontuação dos candidatos presidenciais.

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Com informações do Brasil de Fato.