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Ex-presidente tem larga vantagem em relação a Bolsonaro; na foto, Lula em evento com sindicalistas, em São Paulo - Ricardo Stuckert. |
A
divulgação de novas pesquisas eleitorais não trouxe novas tendências para a
disputa presidencial de outubro. Foram publicados quatro levantamentos de
terça-feira (10) até a última sexta-feira (13). Os estudos apontam
estabilidade, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com larga
vantagem na liderança, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
CNT/MDA: ecos da desistência de Sergio
Moro
A
primeira delas, divulgada na terça-feira (10), encomendada pela Confederação
Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto MDA, mostrou que Lula obteve 40,6%
das intenções voto na corrida presidencial das eleições de outubro. Bolsonaro
apareceu com 32%. O levantamento foi o primeiro feito pela CNT/MDA depois que o
ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) desistiu da pré-candidatura à Presidência da
República. O anterior foi divulgado em fevereiro.
Os
números confirmam que Bolsonaro herdou um percentual de intenções de voto que
estavam direcionados a seu ex-ministro da Justiça. O crescimento de Bolsonaro
de dois a quatro pontos percentuais já havia sido captado por outras empresas
de pesquisa a partir do final de março, quando Moro abriu mão de concorrer ao
pleito e saiu do Podemos.
Desde
o final de abril, porém, outros levantamentos mostraram que o fôlego de
Bolsonaro com a saída do ex-juiz da Lava Jato não durou muito. Estudos que são
mais frequentes, divulgados a cada 15 dias, como PoderData e Ipespe, apontaram
estabilidade de Lula e a interrupção do crescimento do atual presidente.
Quaest: vitória em primeiro turno é
possível
O
segundo estudo da semana foi feito pela Quaest, encomendado pela corretora
Genial Investimentos, e divulgado na quarta-feira (11). O levantamento mostrou
Lula com grandes chances de vitória no primeiro turno das eleições
presidenciais.
Com
46% das intenções de voto, Lula teve mais votos que todos os outros candidatos
somados (44%), o que garantiria a vitória no pleito ainda no primeiro turno. No
entanto, considerando a margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos, o
cenário ainda está longe de uma definição. A pontuação em votos totais
garantiria a Lula um patamar de 51,1% dos votos válidos.
O
petista oscilou positivamente em 1 ponto percentual. Seu principal oponente,
Bolsonaro, não teve alterações na pontuação e se manteve como segundo colocado,
com 29%. Nas duas pesquisas anteriores (março e abril), o atual presidente
havia ganhado 3 e 5 pontos percentuais, respectivamente.
PoderData: distância entre Lula e
Bolsonaro volta a crescer
A pesquisa PoderData, divulgada também na quarta-feira (11), mostrou que Jair Bolsonaro parou de evoluir e que a distância que o separa de Lula ficou estável nos últimos 15 dias. Lula seguiu na liderança com 42% das intenções de voto na simulação de 1º turno que inclui uma lista de todos os pré-candidatos já anunciados. Bolsonaro apareceu com 35%.
A
distância entre os pré-candidatos oscilou para 7 pontos percentuais. Nas
rodadas de 24 a 26 de abril e de 10 a 12 de abril, essa diferença se manteve em
5 pontos.
XP/Ipespe: estabilidade é a tônica da
semana
Uma
nova pesquisa da Ipespe, encomendada pela corretora XP Investimentos, divulgada
nesta sexta-feira (13), mostrou Lula na liderança da corrida pelo Palácio do
Planalto. Clique aqui para fazer o download da íntegra.
Com
44% das intenções de voto, Lula teve dois pontos percentuais a menos do que
todos os outros candidatos somados (46%). Considerando a margem de erro de 3,2
pontos para mais ou para menos, o petista segue com chance de vitória no
primeiro turno. Para isso, precisa superar numericamente os votos de todos os
oponentes.
Lula
manteve o mesmo percentual da pesquisa anterior, publicada há 15 dias. Enquanto
isso, Bolsonaro oscilou positivamente em 1 ponto percentual e chegou a 32%. O
levantamento confirma pesquisas divulgadas por outras empresas nos últimos
dias, apontando que a redução de vantagem entre os dois, motivada pela saída de
Sergio Moro (União Brasil) da disputa, foi interrompida.
Análises
No
Twitter, o cientista político Antônio Lavareda fez uma análise sobre a nova
edição da pesquisa. Segundo ele, o cenário da corrida pelo Palácio do Planalto
é de "engessamento", já que o percentual de eleitores que já
definiram os seus votos é muito superior ao que costuma ocorrer nas eleições
anteriores.
O
responsável técnico pela pesquisa Quaest, Felipe Nunes, também publicou uma
análise, em sua conta no Twitter, explorando o detalhamento do levantamento
para explicar as motivações na baixa variação da pontuação dos candidatos
presidenciais.
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Com informações do Brasil de Fato.