Pré-candidato
do PDT à presidência da República, Ciro Gomes declarou ter pena da presidente
do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que disse que uma eventual aliança em que o PT
ocuparia a vice de Ciro numa chapa presidencial não passaria nem com "reza brava" (saiba mais aqui).
Glesi deu a declaração em resposta uma especulação surgida após declaração do
ex-governador baiano Jaques Wagner.
Neste
sábado, em entrevista a Fernando Canzian e Fábio Zanin, Ciro reagiu. "Vou ter paciência, respeito e compreendo o
drama do PT. E tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente
nacional do PT dizer uma coisa dessas. Para se ver como é questão de dar pena,
meu partido, o PDT, portanto, eu, estou apoiando quatro dos cinco dos
principais candidatos a governador do PT. Minha crença é que a população
brasileira não é um eleitorado de cabresto, nem meu nem de ninguém. Eu vou
tocar o meu bonde", afirmou.
Ou
seja, Ciro sinalizou que ele espera ter apoio de eleitores do PT, mas não uma
aliança formal com o partido.
Ele
também se negou a assumir um compromisso a dar um eventual indulto ao
ex-presidente Lula, que hoje é um preso político, em Curitiba. "O presidente Lula está a meio caminho de
recursos [na Justiça]. Se a burocracia do PT cria uma campanha pelo indulto, o
que ela está dizendo? Que o Lula será condenado em última instância. Isso nega
a estratégia dos advogados do Lula. A sentença contra o Lula é injusta e a
prova é frágil. Eu não vou cair nessa burrice", afirmou. (Com informações do Brasil 247).
Professora usa cultura africana para ensinar matemática. (Foto: Reprodução/ Educação Integral).
Ao
imaginar a calculadora mais antiga do mundo, é provável que pensemos no início
dos computadores, com dimensões enormes, ou lembremos do ábaco, o instrumento
de cálculo composto por bastões e contas. Mas a primeira ferramenta para
calcular de que se tem notícia é o osso de Ishango, desenvolvido por africanos
20 mil anos antes de Cristo, a partir do fêmur de um macaco babuíno.
“Esse
é o tipo de informação que raramente temos na escola, porque só estudamos os
matemáticos de sempre, quando desde muito antes dos árabes e gregos, os
africanos, além dos egípcios, já dominavam os conhecimentos que estudamos
hoje”, diz Andreia Viliczinski, professora que tomou para si a iniciativa de
ensinar matemática por meio da cultura e da história africana, com o projeto
que denominou “África, berço da matemática”.
"A
etnomatemática propõe ensinar matemática levando em consideração outras
culturas que também produzirem e produzem conhecimento, de variadas maneiras,
mas que são frequentemente apagadas das narrativas da sociedade e da escola. A
afroetnomatemática, por sua vez, apresenta a matemática a partir da cultura
africana. "
As
atividades para ensinar matemática por meio de projetos envolvendo a cultura
africana tiveram início em 2016, na Escola Estadual de Ensino Médio Governador
Celso Ramos, em Joinville (SC), quando Andreia pesquisou sobre etnomatemática e
apresentou a ideia para os alunos, que se entusiasmaram com o assunto.
“Eu
não conhecia a história dos negros no Brasil, só sabia o que aprendi no Ensino
Básico. Pesquisando, passei a compreender as questões das relações raciais no
País e perceber nas salas de aula e na comunidade muito preconceito e racismo.
Mas durante o projeto notei também que alguns alunos se sentiram representados,
se identificaram”, comenta a professora.
Conhecendo
a contribuição africana
O
início do projeto consistiu em assistir ao filme Besouro (2009), que traz parte
da memória dos afrodescendentes no Brasil, ao relatar a história da capoeira e
das religiões desse povo. Depois, a professora dividiu os alunos em turmas para
realizarem, durante um mês, pesquisas sobre matemática e cultura africana.
Ao
final do período, os alunos fizeram apresentações sobre o que descobriram.
Estas primeiras atividades introduziram o tema, permitindo que os alunos
fizessem suas primeiras descobertas e as compartilhassem com os colegas.
A matemática dos búzios e outros
elementos
Em
seguida, começaram os estudos matemáticos propriamente ditos: números primos,
raciocínio lógico, geometria, ângulos, e probabilidade, envolvendo a
contribuição de africanos para a ciência e sua cultura.
Andreia
usou os gráficos de Sona – representações simbólicas e narrativas da África
central – para explicar análise combinatória e os búzios para tratar
probabilidade
Andreia
conta que usou os gráficos de Sona – representações simbólicas e narrativas da
África central desenhadas na areia – para explicar análise combinatória e os
búzios para ensinar probabilidade, já que eles, assim como a moeda, também têm
dois lados. “Eu propunha exercícios como: qual a probabilidade de, em um jogo
com quatro búzios, dois caírem abertos e dois fechados?”, conta.
Com
o osso de Ishango, estudaram números primos e sequências matemáticas, fazendo
reproduções da calculadora primitiva em argila, aprendendo que ela foi também o
primeiro calendário lunar. Ao mesmo tempo, discutia com os jovens a história de
como os búzios vieram para o Brasil, os tipos de jogos, quais são as religiões
africanas e afro-brasileiras que os utilizam e os seus significados.
O
osso de Ishango, encontrado na atual região do Congo, possui três faces, com
riscos em cada uma delas, representando sequências numéricas.
Para
estudar fractais – figuras da geometria não-Euclidiana –, fizeram máscaras
africanas e estudaram seus padrões geométricos. O exercício foi ponte também
para abordar o uso cultural dessas máscaras, os rituais nos quais são
utilizadas, os diversos significados de suas pinturas, bem como a configuração
de algumas aldeias, que reproduzem fractais por meio da disposição de seus
elementos.
Valorização cultural e alunos
engajados
“Os alunos se interessaram, se envolveram, e
trouxeram a questão da música africana, que eu aproveitei para falar não só da
música nos países do continente africano, mas também sobre o som, que nada mais
é do que uma onda. Então fomos para trigonometria, amplitude, frequência”,
conta Andreia.
Para
finalizar o projeto, trabalharam dados do IBGE sobre as violências contra as
mulheres negras, analisando sua incidência, atores, tipos de violência, entre
outros pontos. “É nosso dever discutir as
questões étnico-raciais e uma das maneiras é mostrar toda a contribuição dos
negros construtores do conhecimento, porque eles têm um papel muito grande para
a comunidade científica”, finaliza a professora. (Com informações do Educação Integral).
Tenho
dito sempre que as eleições de outubro não são a saída para a crise ou o
caminho para a reversão do golpe. As classes dominantes brasileiras têm deixado
claro que não vão se deter por algo tão pequeno quanto a expressão de uma
vontade popular por meio do voto. Nenhuma mudança virá da decisão de um
presidente eleito, por melhor que seja ele, se não houver capacidade de
sustentá-la com mobilização social. A luta política tem que ser pensada para
além das eleições ou do parlamento.
Isso
não quer dizer que as eleições sejam irrelevantes.
O
pleito marcado para outubro, caso ocorra conforme está sendo desenhado,
possuirá baixíssima legitimidade. Uma eleição em que o candidato favorito é
arbitrariamente excluído da disputa não é capaz de gerar um governante
legítimo. Nem por isso, boicotar as eleições é uma opção. Se tivéssemos força
para organizar um boicote significativo, certamente não estaríamos na situação
em que nos encontramos. É melhor aproveitar a oportunidade que a disputa
eleitoral dá para apresentar narrativas diferentes, gerar educação política,
mobilizar e apontar caminhos para a organização popular.
O
melhor candidato para cumprir este papel, no momento, é Guilherme Boulos.
A
luta pela liberdade do presidente Lula e por seu direito de se candidatar é
prioridade para todos os democratas. Trata-se de combater o Estado de exceção e
a criminalização da esquerda. Isso não obriga, no entanto, a aderir ao projeto
político que Lula encarna. A experiência do PT no governo teve méritos
inegáveis: é preciso muita arrogância ou insensibilidade para não ver a
importância da retirada de milhões de pessoas da miséria. Mas também teve
limites profundos, por sua recusa a qualquer enfrentamento com os dominantes.
Se a prudência podia justificar esse comportamento no início, cabe perguntar
por que não se trabalhou no sentido de gerar as condições de dar mais passos
adiante.
O
golpe de 2016 mostrou como a desmobilização, que foi parte essencial do pacto
lulista, cobra um preço alto quando a direita endurece suas posições. Mostrou
que a ausência de enfrentamento não supera as contradições, apenas adia a hora
em que elas emergem. E mostrou também que, mesmo que se quisesse reeditar o
pacto, as condições para tal estão esgotadas. É preciso de um projeto novo para
a esquerda brasileira.
Guilherme
Boulos não é a encarnação deste projeto, até porque o projeto não está pronto.
Mas encarna a disposição de construí-lo, de forma aberta e em diálogo com os
movimentos sociais. Sempre foi uma voz lúcida no debate político no Brasil, tem
firmeza de posições sem cair no dogmatismo e sabe fazer política a partir de
baixo, sem reduzi-la ao jogo eleitoral. Sua companheira de chapa, Sônia
Guajajara, também com trajetória de liderança popular, acrescenta a preocupação
central com o meio ambiente, item em que o registro da experiência petista é
particularmente fraco, numa chave claramente (para não se confundir com alguma
Marina Silva) ecossocialista.
Para
além dos votos que obtenham e do fortalecimento da bancada do PSOL no
Congresso, é importante que as vozes de Boulos e Guajajara se façam ouvir na
campanha eleitoral, qualificando o debate e contribuindo para uma luta que,
eles sabem, vai muito além de outubro. (Por
Luis Felipe Miguel, professor da UnB, no DCM).
Prefeito de Altaneira unifica Secretaria de Educação e Secretaria de Cultura. (Foto: Reprodução/ Portal Oficial do Município).
Altaneira
não conta mais com a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. Ao menos de forma independente. A informação
foi publicada nesta quinta-feira, 03, na fanpage do município na rede social
facebook.
Os
serviços na Secretaria de Cultura não mais vinham sendo percebido desde que a
sede da Secretaria de Educação passou a ocupar o mesmo prédio daquela e
confirmado com a nomeação do até então titular da pasta, o servidor público
Antonio Pereira da Silva, popularmente conhecido por Antônio de Kaci, para
assumir as funções de Controlador Geral do Município.
“O
Controlador Geral é servidor público municipal efetivo e já exerceu os cargos
de Secretário de Saúde, Gerente do Departamento de Recursos Humanos e
Secretário de Cultura, Esporte e Turismo – cargo que ocupava desde junho de
2014”, diz a nota na fanpage. Ainda segundo a nota, o ex-secretário “disse que utilizará de toda a sua
experiência como ordenador de despesa, secretário e gestor de recursos humanos
para desempenhar sua nova atividade” e que “fará controle na origem do fato, indo às unidades gestoras, bem como em
todos os órgãos públicos, para verificação in loco dos trabalhos desenvolvidos
pelos servidores e ordenadores”.
O
fato que causou estranheza foi a nomeação pelo prefeito Dariomar Rodrigues (PT)
da então Secretária de Educação, a professora Leocádia Soares, para acumular a
função também de gestora da cultura.
O
Blog de Altaneira (BA) registrou que a unificação das pastas foi criticada.
Para o vereador professor Adeilton (PSD), a atitude se configura como
retrocesso. “Enquanto se prometia
progresso e lutamos por ele, somos surpreendidos com retrocessos. Lamentável”,
realçou.
O
ator, humorista e desenhista Ricardo Sousa classificou a decisão como “um
grande tiro no pé”. E foi taxativo ao dizer que “as ações desastrosas falam por
si”.
Quem
também criticou a união das duas secretarias foi Zé Filho, do Frigorífico
Frigofrios. De forma irônica ele classificou a fala da Secretária Leocádia que
disse receber a nova função com ânimo como “estranha”,
pois segundo ele, já tinha presenciado algumas vezes ela dizer que estava
sobrecarregada na função. “isso sim é
superação”, concluiu ele.
Até
o servidor público e radialista João Alves que não costuma se manifestar em
redes sociais, se pronunciou. “Na minha
opinião seria cada secretário em seu lugar E aí sim poderia trabalhar muito
mais melhor e mais tranquilo”, escreveu.
Segundo
o BA o único que ainda defendeu a medida foi o ativista de rede social, Italo
Duarte. “Mas sem nenhuma argumentação
lógica, apenas partiu para agressões pessoais e despropositadas”, concluiu o
Blog.
O
Blog A Pedreira também noticiou a nomeação do Controlador Geral do Município ao
reproduzir texto da Fanpage “Prefeitura de Altaneira” e do Portal Oficial do
Município.
Até
o fechamento desta matéria ninguém ligado a Administração havia se manifestado
acerca das críticas sofridas.
Professor Sifu Batista e seus alunos. (Foto: Reprodução/ Ubuntu Notícias).
Diversos
atletas de todos os estados do Nordeste e de São Paulo e Acre participarão do
VII Campeonato Interestadual de Kung Fu Wushu em Nova Olinda, na região do
cariri cearense. O evento é organizado e realizado pela Associação Cearense de
Artes Marciais Chinesas – ACAMC em parceria com a prefeitura, com o SESC e
apoio da Federação Cearense de Kung Fú Wushu - FCKW.
A
abertura ocorrerá na noite deste sábado, 05, Ginásio Poliesportivo Laurênio
Alves Feitosa, no centro da cidade com 18 lutas profissionais tendo em disputa
os cinturões e uma premiação em dinheiro. Na manhã do dia seguinte será a vez
dos amadores envolvendo mais de 150 lutas com premiação em medalhas e troféus.
A
competição terá diversas modalidades do Kung Fú Wushu, como Sanda Profissional,
Wushu Sanda, Wushu Tradicional, Wushu Moderno, Wushu Interno, Wushu Livre e
Lutas de Shuaijiao. Para o Professor Sifu Batista esta será uma oportunidade “de
juntos mostrarem o verdadeiro espírito de competição sadio e de amizade. E
desta forma ter oportunidade de divulgar e buscar o desenvolvimento da Arte
Marcial que inclusive vem se difundindo em nosso município”.
Para
adentrarem ao local do campeonato é preciso doar 01 kg de alimento não
perecível. A arrecadação será repassada ao SESC Mesa Brasil. (Com informações do Ubuntu Notícias).
Uma
declaração da vereadora Zuleide Ferreira, com assento na Câmara de Altaneira
pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na última sessão ordinária
realizada na manhã desta quarta-feira, 02, não causou mal-estar na população,
tão pouco foi rebatida pelos companheiros e companheiras que com ela compõem aquela
casa legislativa.
Vereadora Zuleide Ferreira por ocasião da última sessão. (Foto: Júnior Carvalho).
Ao
afirmar que estar sendo alvo de críticas, Zuleide declarou que lamenta ser
julgada por alguns e “que não está
preocupada com esses julgamentos”.
Diante
dessa assertiva cabe indagar a parlamentar – quem é responsável por eleger
vereadores, vereadoras e prefeito ou prefeita? A resposta salta aos olhos. Mas parece
que a vereadora esqueceu ou não quer lembrar para passar despercebida a fraca
atuação no legislativo.
É
bem verdade que a população, de forma especial a altaneirense leve muito a
sério a noção frágil de “democracia representativa” e não quer nem saber da "democracia participativa”. Acreditam mesmo que seu poder acaba junto ao resultado
das eleições e a partir desse momento não acompanham mais o trabalho daqueles e
daquelas que elegeram. Mas isso não lhe dar a prerrogativa de dizer tal estultice
e se configura até uma atitude que desconsidera a vontade expressa nas urnas
daqueles/as que ajudaram ela a se eleger.
É
preciso lembrá-la que uma das funções de quem tem mandato eletivo é justamente justificar
seus atos à população. A vereadora deve uma explicação ao povo. Seria até uma
atitude louvável de sua parte um pedido de desculpa. A menos que ela não deseje
mais renovar seu mandato.
Gleise Hoffmann descarta possibilidade de apoio do PT a Ciro Gomes (PDT). (Foto: Reprodução/Brasil 247).
A
presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), descartou a hipótese
sugerida pelo ex-governador Jaques Wagner sobre um eventual apoio ao candidato
Ciro Gomes, do PDT .
“Mas
ele não sabe que o Ciro não passa no PT nem com reza brava?”. Foi assim que a
reagiu a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao saber da
hipótese sugerida pelo ex-governador Jaques Wagner sobre um eventual apoio ao
candidato Ciro Gomes, do PDT, segundo informa a colunista Mônica Bergamo.
Wagner
disse ao jornalista Ricardo Galhardo, do Estado de S. Paulo, que o PT poderia
abrir mão do comando de chapa, numa aliança com Ciro, mas depois disse que suas
palavras foram distorcidas. De todo modo, Valter Pomar, um dos intelectuais do
partido, afirmou que o "Plano B de
Wagner deveria se chamar Plano S, de suicídio". Pesa contra o Ciro o
fato dele manter uma postura ambígua em relação à Lava Jato e não considerar
Lula um preso político. (Com informações do Brasil 247).