Trevas: Projeto que criminaliza exibição de órgãos genitais na arte será analisado na Câmara


Apresentado em outubro do ano passado pelo deputado Delegado Francischini (SD-PR), o projeto de lei que visa alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para tornar crime a exibição de órgãos genitais para fins artísticos voltou a ser pauta de discussão entre os deputados com o início do ano legislativo.

Nesta quarta-feira (7), o site da Câmara divulgou uma nota em que repercute a tramitação da matéria, que deverá ser analisada, em breve, pelas comissões de Cultura; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, e pelo Plenário.

O Projeto de Lei 8740/17, segundo o autor, tem como objetivo “combater a erotização disfarçada na forma de arte”.

Motivações

Uma das principais motivações para a criação da proposta foi a polêmica envolvendo a exposição Queermuseu, no Santander Cultural de Porto Alegre. Na ocasião, após pressão de grupos direitistas, a mostra foi censurada sob a acusação de incentivar a erotização de crianças e praticar blasfêmia com relação ao uso de símbolos religiosos.

Pouco tempo depois a caçada moralista atingiu o Museu de Arte Moderna em São Paulo (MAM), que estava exibindo uma performance envolvendo nu artístico. Assim como o Queermuseu, a performance foi alvo de ataque dos direitistas. (Com informações da Revista Forum).


O nascimento de vênus. (Foto: reprodução/ Revista Fórum).




Altaneira registra chuva de 39 mm nesta quinta-feira


Depois de um mês de janeiro com intenso calor em Altaneira, os primeiros dias de fevereiro não foram muito animadores, principalmente para aqueles/as que dependem quase que exclusivamente da agricultura.

As tradicionais cenas de agricultores e agricultoras deixando suas residências com destino ao roçado estão se tornando cada vez mais escassas em face da falta de regularidade de pancadas de chuvas. Durante todo o mês de janeiro só choveu em apenas 5 (cinco) dias, totalizando 65 mm.


A chuva desta quinta-feira, 08, que banhou a cidade alta desde as primeiras horas da manhã, pode servir de estímulo para o plantio. Segundo dados colhidos junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as precipitações atingiram 39 mm.

Não foi encontrado nenhum registro do momento da chuva, mas o professor e sindicalista José Evantuil usou a rede social na manhã de ontem, 07, para postar foto da Rua Joaquim Soares, afirmando que o clima tinha amanhecido diferente e que isso seria prenúncio de chuvas, conforme foto que ilustra este artigo.

"O Clima amanheceu diferente. Prenuncio de chuvas", disse José Evantuil ao compartilhar esta foto
da Rua Joaquim Soares na manhã de quarta-feira, 07.





Bebê morre após médico se negar a socorrê-lo por ser de "outra cidade"



Uma criança teve atendimento negado por um médico no hospital Materno Infantil na cidade de Pinheiro, no Maranhão (MA), e morreu dentro da ambulância na porta do local na madrugada da última quinta-feira (1).

Segundo informações divulgadas no “Pragmatismo Político, Paulo Roberto Penha Costa, de 44 anos, foi preso em flagrante e autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e se não pagasse fiança correspondente a 50 salários mínimos (equivalente a R$ 47,7 mil), o médico seria transferido para o presídio ainda no dia do ocorrido.

O Pragmatismo apurou junto a Polícia Militar que o recém-nascido chegou em estado grave ao Hospital em uma ambulância da cidade de São Bento, que fica a 63 km de Pinheiro. No entanto, Paulo Roberto alegou que não atenderia um paciente de outro município por determinação do hospital.

Ainda de acordo com a polícia, o médico não saiu do seu quarto nem para atender a criança e nem para dar explicações aos policiais. Diante da recusa de Paulo Roberto, os policiais decidiram prender o médico pelo crime de omissão de socorro.

O bebê, que segundo a polícia apresentava insuficiência respiratória, morreu minutos depois dentro da ambulância na porta do hospital.

Hospital divulga nota

Não querendo assumir responsabilidades, a direção do Hospital Materno Infantil informou que, ao chegar à unidade de saúde, o recém-nascido já estava morto por conta do transporte inadequado.

A direção do hospital ainda responsabilizou o médico que realizou o transporte da criança e informou que todos os hospitais do município de Pinheiro sempre prestam atendimento a todos os pacientes de todos os municípios do Maranhão. (Com informações do Pragmatismo Político).

(Foto: Reprodução/ Pragmatismo Político).



Julgamento no STF sinaliza chance de Lula escapar da prisão


Um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira 6 acendeu uma luz na tentativa do ex-presidente Lula de evitar a prisão. O motivo chama-se Rosa Weber, a juíza que assumirá o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um dia depois do prazo final, 15 de agosto, de registro de candidaturas para a eleição de outubro.

Ao decidir sobre a execução antecipada da pena de cinco anos de cadeia aplicada a um deputado condenado por fraude de licitação, João Rodrigues (PSD-SC), a 1a Turma do STF rejeitou um recurso do parlamentar. Na sessão desta terça-feira 6, Rosa declarou que esse tipo de detenção vai “contra minha posição pessoal”.

A frase indica que ela manterá o voto dado duas vezes no plenário da corte contra essas prisões. Estes dois julgamentos, ambos em 2016, permitiram encarcerar réus após um tribunal de apelação, o da segunda instância, confirmar a sentença de um juiz. É a situação de Lula.

Nos últimos meses, circulam rumores em Brasília de que Rosa mudaria seu voto, caso o plenário do STF voltasse ao tema. Em fevereiro de 2016, a corte autorizou a prisão provisória por 7 votos a 4. Em outubro daquele ano, por 6 a 5. A juíza esteve entre os derrotados nos dois placares.

De uma decisão a outra em 2016, Dias Toffoli recuou. Primeiro votou a favor da prisão antecipada. Depois, passou a defender que a detenção esperasse por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a corte de terceira instância.

Toffoli chegou ao STF em 2009, sem muita experiência na carreira de advogado, por indicação de Lula. Um amigo do petista conta que certa vez o juiz foi sondado sobre o impeachment de Dilma Rousseff e o futuro do ex-presidente. “Não me peçam nada por ela, por ele pode pedir”, teria respondido. Toffoli comandará o STF a partir de setembro, com a eleição a mil.

A partir de 2017, foi a vez de Gilmar Mendes mudar de ideia sobre as prisões provisórias. O juiz de indisfarçável paixão tucana esteve entre os vencedores nas duas votações plenárias que autorizaram essas detenções em 2016.

Ele explicitou a nova posição ao dar um habeas corpus em agosto passado. Claro, o cárcere ameaça seus amigos de PSDB, PMDB, etc. Um mês depois, em setembro, dava outro HC, para soltar um ex-chefe de gabinete, Rodrigo Fermo Vidigal Stefenoni, de um enrolado ex-governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira, tucano durante o mandato.

Em dezembro, comentou publicamente: “A prisão em segundo grau, no contexto da (Operação) Lava Jato, tornou-se algo dispensável. Passou a ocorrer-se a prisão provisória de forma eterna, talvez até com objetivo de obter delação (...) Ou se muda isso ou se empodera de maneira demasiada a Justiça de primeiro grau e o MP (Ministério Público).”

Com a mudança de posição de Mendes e a sinalização de Rosa de que manterá a dela, o plenário do STF tende a voltar atrás, por 6 a 5, na autorização para prender réus condenados em segunda instância.

O placar seria assim: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre Moraes a favor da prisão. Os quatro primeiros de posições conhecidas duas vezes em 2016 e Moraes, que ainda não pertencia à corte naquele ano, de posição revelada nesta terça-feira 6 na 1a Turma. Ao examinarem o caso do deputado João Rodrigues, Barroso e Fux reafirmaram o apoio à prisão antecipada.

Contrários a esse tipo de prisão no plenário no STF estariam Mendes, Rosa, Toffoli, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. A exemplo de Mendes, Celso de Mello e Lewandowski também têm dado habeas corpus contrários à prisão.

Marco Aurélio é relator de duas ações movidas contra a prisão provisória, ambas de maio de 2016. Uma é de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assinada pelo jurista Lenio Streck, ex-membro do MP e um crítico da Lava Jato. A outra, do PEN, o Partido Ecológico Nacional.

Em agosto de 2017, o juiz anunciava que logo liberaria as ações para serem julgadas, defensor de a detenção aguardar no mínimo uma sentença do STJ, igual a Toffoli. Em 4 de dezembro, informava Cármen Lúcia, a presidente do STF, de que os casos estavam prontos para ir ao plenário.

Na noite de 29 de fim janeiro, Cármen jantou com empresários (gente de Shell, Coca Cola, Souza Cruz, Vivo, Siemens) e jornalistas em Brasília e quiseram saber se ela marcaria outro julgamento a respeito das prisões, devido à situação de Lula. “Não sei por que um caso específico geraria uma pauta diferente. Seria realmente apequenar muito o Supremo”, disse.

Comentou ainda que não havia nada disso na pauta de fevereiro e de março da corte. Assessores dela, porém, sopraram nos corredores do STF que o assunto entrará na ordem do dia em março.

O motivo do aparente teatro? Temor de Cármen de enfrentar uma desgaste de imagem que uma decisão a restaurar um entendimento antigo do Supremo geraria para ela. Sobretudo se um novo julgamento for encarado como algo feito para ajudar Lula.

Um receio normal para quem, como se comenta nos gabinetes do STF, inclusive no dela, morre de medo da mídia, principalmente das Organizações Globo.

No dia seguinte ao jantar, Cármen deu pistas na Globonews de que pode haver novo julgamento, sim. “Não há pauta sobre isso, neste momento, portanto, não há o que se cogitar neste momento.” (Com informações de CartaCapital).

Rosa Weber durante sessão da 1ª Turma do STF, na terça-feira 6. (Foto: Nelson Jr./SCO).

Gilmar Mendes utiliza casa fornecida pelo STF, mesmo sendo dono de imóveis no DF


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes utiliza uma casa funcional, cedida pela corte, mesmo tendo em seu nome dois imóveis próprios na capital federal. Segundo o próprio tribunal, seis dos 11 ministros, incluindo Gilmar, têm ajuda com residência oficial, pertencente à União.

Levantamento feito pela Folha de S.Paulo em três cartórios que abrangem regiões centrais do Distrito Federal mostra que, desses seis, apenas Gilmar tem registro de propriedade em seu nome.

Pelas regras do Ministério do Planejamento, para ter acesso a um imóvel, “o servidor e seu cônjuge não poderão ser proprietários, promitentes compradores, cessionários ou promitentes cessionários de imóvel residencial em Brasília”.

De acordo com certidão de 2º Ofício do Registro de Imóveis no DF, Gilmar, com sua ex-mulher ou a atual, tem em seu nome três terrenos que abrigam uma casa no Lago Norte, um apartamento na Asa Norte e terrenos em duas fazendas na região. O Supremo cedeu a Gilmar uma casa localizada no Lago Sul, região nobre de Brasília.

O ministro disse que está em “processo de devolução do imóvel funcional”. Gilmar ocupa a casa pelo menos desde 2008, quando informou o endereço em uma ação na Justiça.

Os ministros Alexandre de Moraes, Celso de Mello, Rosa Weber, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski também usam imóvel funcional, mas não têm casa própria no Distrito Federal. Os ministros do Supremo têm os mais altos salários da República. Recebem mensalmente R$ 33.763, que é formalmente o máximo que um funcionário público poderia ganhar no Brasil.

Em declarações nos últimos dias, Gilmar diz ser contrário ao pagamento de auxílio-moradia a juízes. Ele afirmou que “a autonomia financeira dos tribunais terá que ser rediscutida”, ao ser perguntado sobre se concorda com a manutenção do benefício, e disse também que há “castas dentro desse modelo”.

Pagar auxílio-moradia a beneficiados que têm imóvel próprio ou patrimônio elevado é uma prática comum nos três Poderes e também no Ministério Público. Vinte e seis ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e do Superior Tribunal Militar fazem parte da lista.

Em São Paulo, quase metade dos juízes que recebem auxílio tem propriedades na cidade. Um deles, o recordista, tem 60 imóveis registrados em seu nome.

Integrantes da cúpula da PGR (Procuradoria-Geral da República) e ministros do TCU (Tribunal de Contas da União), órgãos que entre outras funções são responsáveis pela fiscalização do dinheiro público, também se encontram na mesma situação.

O gasto com auxílio-moradia no Judiciário e no Ministério Público cresceu a partir de 2014, quando o ministro Luiz Fux concedeu liminares estendendo o pagamento a toda a magistratura, inclusive àqueles que têm casa própria nas cidades onde trabalham, o que tornou a prática legal. (Com informações da Folha de S. Paulo e da Revista Fórum).

 
(Foto: TSE/ Divulgação).

Papa condena golpe no Brasil, mas Igreja se calou ante Estado de exceção, diz Leonardo Boff


O teólogo e escritor Leonardo Boff é o convidado desta terça-feira (6) do programa Entre Vistas, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, na TVT, às 21h – canal digital 44.1, e também pelo Youtube e Facebook. Em quase uma hora de programa, o frei que foi um dos mentores da Teologia da Libertação no Brasil discorre sobre o papel da Igreja Católica no contexto político e social do país, e sobre a posição do Papa Francisco diante do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Os padres perderam sua capacidade ‘profética’. Hoje temos uma Igreja enfraquecida, dividida, com alguma posição diante da Amazônia e da Previdência, mas que se calou diante da reforma trabalhista e do Estado de exceção que persegue. É uma Igreja adaptada à situação”, criticou.

Boff elogia, porém, a conduta do Papa Francisco e sua atitude de não apenas “dar discurso” para os pobres, mas sim ir ao encontro deles, estar onde eles estão. E fez uma revelação: “A Dilma pode não falar, mas o Papa enviou uma carta de apoio durante o impeachment. Enquanto houver esse governo, ele não virá ao Brasil. Veio uma vez porque é um grande devoto de Nossa Senhora Aparecida, mas não recebeu o Temer. Ele é um homem de princípios”.

Durante a entrevista, o teólogo foi contundente ao analisar o impeachment de Dilma Rousseff e o golpe em curso no Brasil. “Os bilionários do país foram os que deram o golpe, porque se deram conta que as políticas sociais do Lula iriam se consolidar”, afirmou. Para ele, a verdade e a justiça em algum momento prevalecerão. “O que nos faltou foi uma Bastilha”, ponderou, se referindo à revolta que pôs fim a monarquia da França em 1789. “A casa-grande continua com a mesma lógica, paga um salário como se fosse esmola."

No programa, gravado nesta segunda-feira (5), no Café do Sindicato dos Bancários, no Edifício Martinelli, centro de São Paulo, Leonardo Boff defende um melhor diálogo com os grupos evangélicos dispostos a enfrentar as injustiças do Brasil, e não descartou o surgimento de um movimento de “desobediência civil” no país. “Objetivamente seria uma sublevação, mas não basta o desejo, tem de haver condições de fazer isso. Acho que eles (o governo de Michel Temer) estão esticando o barbante demais.”

Além do jornalista Juca Kfouri, o Entre Vistas que vai ao ar nesta terça conta com a participação de Adriana Magalhães, secretária de comunicação da CUT-SP, Alexandre Conceição, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Edin Abumanssur, orientador do programa de pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). (Com informações da RBA).


Além de Boff e Juca, participam Alexandre Conceição (MST), Adriana Magalhães (CUT-SP)
e Edin Abumanssur (PUC-SP). (Foto: Reprodução/ RBA).

Danilo Gentili, apresentador do SBT, faz enquete fascista sobre a morte de Lula


O apresentador do SBT Danilo Gentili, conhecido apoiador da ideologia de extrema-direita, divulgou em sua conta no Twitter uma enquete de cunha fascista contra o ex-presidente Lula e contra a memória da ex-primeira-dama Marisa Letícia; ele listou três casais, Lula e Marisa entre els, e perguntou qual deles o público gostaria que voltasse a ficar junto em 2018

Confira abaixo (Com informações do Brasil 247).

(Foto: Reprodução/ Brasil 247).