Mudanças e Permanências: “A longa transição de escrava a empregada domestica”


A despeito de vários estudos realizados nas últimas décadas, a transição da escravidão para o trabalho assalariado no Brasil é um tema que ainda precisa ser esmiuçado. Que destinos tiveram os ex-escravos? Que novas relações de trabalho lhes foi possível estabelecer? Que profissões exerceram? Como conviveram com a chegada maciça de imigrantes europeus? Onde habitavam e em que condições?

Um jantar brasileiro, 1927. Imagem de J. Baptiste Debred.
Um novo livro, recém-publicado com apoio da FAPESP, ajuda a responder a perguntas como essas. Trata-se de Libertas entre sobrados: mulheres negras e trabalho doméstico em São Paulo (1880-1920), de Lorena Féres da Silva Telles.

Graduada em História pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Université Paris IV-Sorbonne, Lorena é atualmente doutoranda, com bolsa da Fapesp. Seu livro resultou de dissertação de mestrado orientada pela historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias, professora titular aposentada da USP.

O sujeito desse estudo foi constituído por mulheres, trabalhadoras domésticas na cidade de São Paulo, algumas escravas, outras libertas, outras já nascidas livres”, disse Lorena à Agência Fapesp.

Fiz o trabalho com base em documentos policiais: um livro de inscrições e um livro de contratos de trabalho. Esses livros foram produzidos em função de uma lei, posta em prática em 1886 em São Paulo, que obrigava os trabalhadores domésticos a se inscreverem na polícia”, disse.

Nessa época, dois anos antes do fim da escravidão, quase não havia mais escravos na cidade de São Paulo. A maioria deles estava nas fazendas de café do Sudeste do país. Essa lei, obrigando os registros, tinha o propósito de controlar os trabalhadores livres.

As inscrições eram fichas de polícia, com nome, filiação, sinais característicos, profissão, nome do patrão, estado civil etc. Enfim, uma documentação de controle, estritamente policialesca”, explicou a historiadora.

Com base em dados tão ralos, Lorena procurou entender quem eram essas trabalhadoras domésticas. “Eu dispunha de uma amostragem com cerca de mil inscritos e 1,3 mil contratos. Dos inscritos, pouco mais de 600 eram mulheres e 490 eram mulheres negras”, contou.

O estudo exigiu uma boa dose de imaginação. Foi preciso ler nas entrelinhas e fazer várias suposições a partir das poucas informações disponíveis.

Por exemplo, quando a filiação era desconhecida, eu podia supor que provavelmente se tratava de uma escrava. Se o pai tinha um nome como ‘José Congo’, eu podia supor que ela era filha de um africano. Dessa forma, fui juntando os fios para tecer histórias de vidas. E, com base nesse levantamento, busquei as origens escravistas do trabalho doméstico”, disse.

Um dos recursos utilizados foi cruzar dados do livro de inscrições com dados do livro de contratos. “Desse modo, pude rastrear, a partir de contratos sucessivos, as trajetórias de algumas daquelas mulheres”, disse.

Ao preencher os contratos, muitos patrões simplesmente seguiam a fórmula estabelecida pela Câmara Municipal. Outros, porém, acrescentavam informações, o que ajudou muito o trabalho da pesquisadora.

Encontrei, por exemplo, o caso de uma cozinheira denominada pelo patrão de ‘Preta Felicidade’. O simples fato de ele chamá-la de ‘Preta’ já indicava que, provavelmente, se tratava de uma ex-escrava. Outro caso foi de uma africana, de 60 anos, que escandalizou sua patroa ao dizer: ‘Não sou sua escrava’. Isso foi anotado no livro. E me trouxe a imagem de uma altiva africana, destemida e zelosa por sua liberdade”, disse.

Em 1872, por ocasião do primeiro censo realizado no Brasil, havia no país pouco mais de 10,1 milhões de habitantes. Destes, cerca de 1,5 milhão eram escravos. O recenseamento de 1890 revelou que a população havia crescido para aproximadamente 14,3 milhões.

Três anos antes, em 1887, a apenas alguns meses do dia 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil, o contingente escravo somava 723.419 pessoas, menos da metade daquele do início da década anterior.

Essa curva descendente da população escrava, que não mudou de inflexão desde o fechamento dos portos africanos, em 1850, estimulou o tráfico interno, direcionando a mão de obra cativa para as regiões de maior dinamismo econômico, como o oeste paulista, fronteira da expansão da cafeicultura. Como consequência, na última década do período escravista, a cidade de São Paulo tornou-se notavelmente desprovida de escravos.

O censo de 1886 computou na cidade aproximadamente 48 mil habitantes, dos quais pouco mais de 10 mil foram classificados como negros ou mulatos. Desse segmento de ascendência africana, mais de 95% eram constituídos por homens e mulheres livres. O recenseamento apontou 268 escravas e 225 escravos”, disse Lorena.

A forma predominante de moradia desses “negros” e “mulatos” livres eram as habitações coletivas de aluguel. Com cômodos subdivididos, de forma a abrigar um número cada vez maior de pessoas, essas habitações se multiplicavam nos bairros do Bixiga e do Brás, bem como naquele bairro que, à época, constituía ainda uma área periférica, com características rurais: a Penha.

Havia escravas que negociavam com suas donas e donos moradia em pequenos cômodos, fora da casa senhorial. Por outro lado, no caso de muitas mulheres livres ou libertas, empregadas domésticas, a moradia, a roupa e a alimentação eram a única forma de pagamento. Ou, então, seus salários eram tão baixos que frequentemente inviabilizavam o pagamento de um cômodo de aluguel, razão pela qual os cômodos e seus custos eram compartilhados”, disse a historiadora.

O salário de uma trabalhadora doméstica responsável por todo o serviço da casa variava de 12 mil réis a 20 mil réis. E o aluguel de um cômodo custava, às vezes, 15 mil réis. Assim, era praticamente impossível, para essas empregadas, morarem sozinhas. “Se não moravam com os patrões, era muito provável que morassem com parentes, companheiros, filhas e filhos”, conjecturou Lorena.

Um capítulo especialmente interessante do livro é aquele que a autora dedicou às trabalhadoras que já possuíam uma certa especialização: cozinheiras, quitandeiras, lavadeiras, engomadeiras, amas de leite. Sua atividade profissional e sua vida cotidiana são descritas de forma muito vívida, como neste parágrafo dedicado às lavadeiras:

Enfrentando a lida diária de longas caminhadas, expostas ao frio, à chuva e ao sol a pino, equilibristas de trouxas pesadas e prazos de entrega, as lavadeiras foram fundamentais à sociedade da higiene, com seus lençóis e roupas brancas. Circulando nas imediações urbanas, em direção às beiras de rios e chafarizes, à procura de emprego, eram impelidas às ruas pela necessidade do ofício, dependentes de si mesmas e dos parcos ganhos auferidos do exercício desse trabalho desqualificado”, disse Lorena.

Para compor sua narrativa, uma das fontes documentais utilizadas pela pesquisadora foram processos criminais de mulheres presas por vadiagem. “Muitas dessas mulheres eram lavadeiras, que tinham uma mobilidade maior pela cidade, pois iam às casas para buscar ou entregar roupas. E foram presas por estarem desempregadas ou bêbadas. Percebemos, assim, como havia um forte controle social e policial sobre os negros, pobres e mendigos nas ruas”, comentou.

A introdução das redes de abastecimento de água e dos tanques domésticos, iniciada na década de 1880, enclausurou esse trabalho, antes exercido extramuros. Posteriormente, os próprios rios seriam enclausurados, em dutos subterrâneos, invisíveis aos olhos dos habitantes, cada vez mais ignorantes acerca da topografia e dos recursos naturais de sua cidade.

Amas de leite

Outra mudança fundamental, constituída pela entrada maciça de imigrantes europeus, foi destacada pela historiadora no subcapítulo dedicado às amas de leite, agora tema central de seu doutorado.

Desde 1870, com a Lei do Ventre Livre e a perspectiva de que não nasceriam mais escravos no Brasil, a solução da imigração começou a ser levada a sério pelas elites econômicas e políticas. E as consequências práticas logo se fizeram notar.

As brasileiras negras continuaram a ser maioria entre as amas de leite, mas surgiu uma competição entre elas e as imigrantes – portuguesas, italianas e alemãs. Isso aparece de forma bem clara no livro de inscrições”, afirmou.

Como uma das conclusões de sua pesquisa, a historiadora enfatizou o quanto o trabalho doméstico ficou marcado, no país, pela herança escravista.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada em 1943, ignorou a categoria, sob a alegação de que as trabalhadoras domésticas desempenhavam atividades de caráter não econômico. E a Constituição Federal de 1988 limitou o acesso delas a somente 9 dos 34 direitos garantidos aos demais trabalhadores”, afirmou.

Apenas em 26 de março de 2013, quase 125 anos depois do fim da escravidão, a aprovação do projeto de emenda constitucional conhecido como ‘PEC das Domésticas’ estendeu à categoria direitos básicos, como jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais, pagamento de horas extras e adicional noturno, fundo de garantia por tempo de serviço e seguro-desemprego. Benefícios como auxílio-creche, seguro para acidentes de trabalho e salário-família carecem ainda de regulamentação”, disse.


Entidades e Escola de Altaneira viram espaços para urnas do Plebiscito Popular


Durante a semana da pátria (1 a 7 de setembro), urnas estarão espalhadas pelo Brasil coletando votos para o Plebiscito Popular por uma Assembleia Constituinte. Com uma única pergunta, o plebiscito quer saber se a população brasileira é a favor da convocação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Uma constituinte, cujos representantes serão exclusivamente eleitos para este fim.

Francilene Oliveira e o representante do Levante Popular
da Juventude no Cariri durante entrega das urnas na
Fundação ARCA. Foto: João Alves.
O plebiscito faz parte da ação concreta e articulada da sociedade civil organizada diante de um quadro pós-manifestações de 2013, quando melhorias em diversas áreas (transporte, saúde, educação, etc.) foram objeto de reivindicação nas ruas de todo o país. Passado aquele momento de manifestações populares massivas, algumas reivindicações foram atendidas, em certa medida, pelo poder público, principalmente no que tange à pauta que unificou a maioria dos grupos que foram às ruas: o preço da tarifa de ônibus. No entanto, a falta de mecanismos de participação efetiva da sociedade nas principais decisões do país e o sentimento de não-representação diante da estrutura do sistema político permanecem presentes.

É por esta análise que movimentos sociais, entidades sindicais, organizações populares, partidos políticos de esquerda, coletivos e associações identificaram a reforma do sistema político como uma pauta organizativa desta insatisfação popular. Reforma que se baseia em três questões fundamentais: acabar com a influência determinante do poder econômico no processo eleitoral, pondo fim ao financiamento empresarial das campanhas eleitorais e da atividade política em geral; ampliar os instrumentos, mecanismos e espaços de controle social e de participação direta da população; e garantir mecanismos de participação de mulheres, negros/as, indígenas, jovens, LGBTs e setores populares no sistema político.

Os dados ajudam nesta compreensão. A cada eleição, cresce a participação empresarial no financiamento dos candidatos e partidos. Em 2008, as empresas “doaram” 86% dos recursos totais das campanhas. Em 2010, o montante representou 91% e, em 2012, 95%. No que diz respeito à composição, o Congresso Nacional condensa o que há de mais conservador da política e não dá conta da diversidade e do pluralismo da sociedade brasileira. Mais de 70% dos parlamentares federais são ruralistas ou empresários (de diversas áreas, como saúde, educação, comunicação, indústria, etc.). E mais: apenas 9% da Câmara dos Deputados e 12% do Senado é ocupado por mulheres (ainda que sejam mais da metade da população do país); somente 8,5 dos deputados federais e senadores se declaram negros; nenhum é indígena e menos de 3% são jovens.

Mas engana-se quem acredita que o “não me representa” tão presente nas manifestações era direcionado exclusivamente para o sistema político. Os meios de comunicação também foram colocados em xeque durante os protestos de junho e julho de 2013. Após o comportamento da grande mídia diante dos atos de rua, marcado pela manipulação das informações veiculadas, a Rede Globo tornou-se também um alvo da insatisfação popular. Por isso, não era raro ouvir os manifestantes gritando palavras de ordem como “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a Ditadura”, ou “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.

Fundação Educativa e Cultural ARCA, em Altaneira.
Neste sentido, as manifestações de junho e julho de 2013 abriram uma oportunidade de massificarmos de forma mais contundente a pauta da democratização da comunicação, em articulação com a reforma do sistema político.

O diálogo entre as duas pautas não encerra por aí. O oligopólio midiático é parte do que se resume como poder econômico brasileiro. Só a família Marinho, com as organizações Globo, somam a fortuna de US$ 28,9 bilhões, configurando-se como a família mais rica do Brasil, segundo dados recentes da revista Forbes. A mesma família – assim como outras famílias detentoras de concessões de rádio e televisão – tem forte influência nas discussões e decisões do Congresso Nacional. Congresso que, é preciso ressaltar, tem em sua composição uma presença ativa de políticos concessionários de veículos de radiodifusão, ferindo inclusive a Constituição Federal de 1988, que são usados para benefício próprio, o que também contribui para gerar privilégios, desigualdades e distorções no sistema político.

Por esses motivos, a democratização das comunicações, especialmente a partir da luta por um novo marco regulatório para o setor (tendo como estratégia a coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular) e a reforma do sistema político, por meio da realização de uma Constituinte Exclusiva e Soberana, apresentam-se como duas demandas essenciais no processo de radicalização da democracia brasileira.

A organização do Plebiscito Popular já possui esta compreensão de que a democratização dos meios de comunicação é pauta fundamental. A campanha Para Expressar a Liberdade, que busca recolher mais de um milhão de assinaturas em apoio ao Projeto de Lei da Mídia Democrática,  também faz parte da mobilização por reforma política. Nesse sentido, em muitas urnas, também será possível manifestar apoio a esse projeto.

Professora Laelba, alunas do Grêmio Estudantil da Escola
Santa Tereza e o Representante do Levante no Cariri.
Além das urnas espalhadas em todos os estados, também é possível votar pela Internet. Basta acessar o seguinte link: http://bitbitbit.com.br/plebiscito/

Nós apoiamos essas iniciativas e vamos votar sim por mudanças reais no sistema político. Sim à democratização dos meios de comunicação. (via Carta Capital).

No município de Altaneira, na região do cariri, três são os postos que estão recebendo os cidadãos altaneirenses que almejam uma mudança no sistema político brasileiro, a saber, Fundação Educativa e Cultural ARCA, Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira – SINSEMA, além da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza. 


Aqui, professores(as) e alunos amparados pelo Grêmio Estudantil da referida instituição de ensino fizeram uma breve exposição da importância do plebiscito da constituinte conforme foto publicada via rede social facebook e que ilustra esse artigo 

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo


Neste espaço, você encontrará informações sobre algumas das personalidades negras que marcaram a história do Brasil e do mundo. É, portanto, um espaço inacabado e que estará em contínua construção, porque a luta em favor da cultura negra e contra o racismo produziu e irá produzir, por tempo indeterminado, um grande número de lideranças que precisarão ser resgatadas. Veja, abaixo, a listagem de algumas delas.


A
Abdias do Nascimento
Albert Luthuli
Antonieta de Barros
B
Benedita da Silva
C
Carolina de Jesus
Cartola
Clementina de Jesus
Conceição Evaristo
Cruz e Sousa


D
Dandara
E
Ernesto Carneiro
F
Francisco José do Nascimento – Dragão do Mar
G
Geraldo Filme
Givânia Maria da Silva
Grande Otelo
J
Jair Rodrigues
Janete Rocha Pietá
João Cândido (Almirante Negro)
José Correia Leite
Jovelina Pérola Negra
Juliano Moreira
Jurema da Silva
L
Léa Garcia
Leci Brandão
Lélia Gonzales
Lima Barreto
Luís Gama
Luísa Mahin
Luislinda Valois
Luiza Bairros
M
Machado de Assis
Mãe Aninha
Mãe Beata de Iemanjá
Mãe Menininha
Mãe Stella
Marina Silva
Martin Luther King
Mercedes Baptista
Mestre Bimba
Milton Santos
Miriam Makeba
Mãe Biu do Xambá
N
Nelson Mandela
O
Oliveira Silveira
P
Paulo Paim
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
R
Ruth de Souza
S
Sandra de Sá
Severina Paraíso da Silva
Solano Trindade
Sueli Carneir
T
Tia Ciata
U
Ubirajara Fidalgo
V
Veridiano Farias
Vovô do Ilê
Z
Zezé Motta
Zózimo Bulbul
Zumbi dos Palmares

Via Palmares 
Confira abaixo o vídeo do prêmio Curta Histórias que discorre sobre as personalidades negras que mudaram o mundo

                                    



Fundação ARCA, em Altaneira, realiza Dia D Cultura na Praça


A Fundação Educativa e Cultural ARCA, localizada no município de Altaneira, na região do cariri cearense, realizou na manhã deste domingo, 31 de agosto, na Praça Manoel Pinheiro de Almeida, no centro, o Dia D Cultura na Praça.

Crianças e Adolescentes do Projeto Arcanjos da Música.
Foto: Nicolau.
Objetivando proporcionar e divulgar grandes cenários na área da cultura nordestina por intermédio da música e da poesia, esse evento teve ainda como norte a exposição de produtos artesanais feitos por membros(as) incluídos(as) no Projeto ARCA, além de jogos de xadrez, uma iniciativa da Associação Universitária de Altaneira – AUNA e, que vem sendo desenvolvido junto a crianças e adolescentes da ARCA.

A abertura foi realizada pelas crianças do projeto Arcanjos da Música que entoou o hino da entidade. Na letra percebe-se o difícil caminho que esta instituição sem fins lucrativos vem percorrendo há mais de uma década para se manter a partir de trechos como esse – “O caminho é difícil e tem muitas pedras para atrapalhar. Mas a gente vai levando e vai quebrando a cara só para chegar lá...... E vamos lá para vencer... A Situação tem que mudar.... O evento foi sequenciado por músicas que ainda hoje retratam o cenário nordestino como a sempre atual Asa Branca, do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Charles e as crianças do Projeto Melodia.
Foto: Nicolau.
A novidade no Dia D Cultura na praça foi à inserção da temática negritude como um dos eixos a ser incorporados na luta da Fundação através de discussões e atuações nos campos como o racismo e intolerâncias correlatas, assim como também pelo sentimento de pertencimento do povo negro e, principalmente por debates e ações no que toque a políticas públicas para essa classe social e no embate pelos espaços ocupados por eles (nós negros, grifo meu). Para tanto, foi lido um poema de Jorge Posada. “Um negro sempre será um negro. Chame-se pardo, crioulo, preto, cafuzo, mulato ou moreno-claro. Um negro sempre será um negro: na luta que assume pelo direito ao emprego e contra a discriminação no trabalho. Um negro sempre será um negro: afirmando-se como ser humano na luta pela vida”, recitou a criança Vinícius.

O evento era sempre intermediado por chamadas de conscientização relacionadas à cidadania, a politização e sobre a importância do engajamento nas lutas do terceiro setor, feitas pelo comunicador Rogério Silva.

Confira outras fotos







































A importância e os benefícios de correr


Sabemos que correr é um ótimo jeito de ficarmos em forma. Mas como isso afeta o corpo?

Este blogueiro/professor durante os preparativos para iniciar as corridas de fim de tarde rumo ao sítio Serra do Valério, em Altaneira.
O efeito mais óbvio da corrida é que ela queima calorias e aumenta a taxa metabólica — o ritmo no qual o corpo usa energia. Isso pode ajudar no controle do peso. Correr também tonifica os músculos, principalmente na parte inferior do corpo. Estar tonificado e em forma facilita a realização de outras atividades físicas. Mas a corrida, ou qualquer outra forma regular de exercício, também afeta outros sistemas do corpo.

A corrida é uma forma de exercício aeróbico — a frequência cardíaca aumenta durante a atividade. Quando a frequência cardíaca aumenta, todo o sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos) se exercita. Exercícios regulares fazem o sistema cardiovascular trabalhar de forma mais eficiente. Mas o que isso significa? O coração é um músculo. Portanto, quando a frequência cardíaca aumenta durante o exercício, o coração se exercita. Os exercícios regulares deixam o coração e as outras partes do sistema cardiovascular mais fortes, e as ajudam a trabalhar com mais eficiência. O coração bombeia mais sangue a cada batida. Isso, por sua vez, ajuda os vasos sanguíneos a reterem elasticidade. O maior volume de sangue também carrega mais oxigênio dos pulmões para outras partes do corpo. Os pulmões também se exercitam, em função do aumento da frequência respiratória durante uma corrida. 

Antonio Dantas e Ivanildo Alves,  antigos parceiros meu
nas corridas. Foto: Prof. Nicolau.
Sistemas Vivos

Mas por que esses efeitos são importantes? O controle do peso desempenha um papel fundamental na prevenção do diabetes tipo 2, doença na qual os açúcares dos alimentos não são adequadamente metabolizados. A incidência dessa doença está aumentando drasticamente em todo o mundo, principalmente em países sob rápida industrialização. Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver doenças renais e cardiovasculares, cegueira, gangrena e outras doenças.

Os exercícios regulares reduzem a pressão arterial, ajudando assim a controlar a hipertensão (alta pressão arterial). Os exercícios também aumentam o bom colesterol (lipoproteínas de alta densidade, ou HDL) e reduzem o mau colesterol (lipoproteínas de baixa densidade, ou LDL), o tipo de colesterol que se acumula nas artérias. Tudo isso ajuda a prevenir ataques cardíacos e derrames, além de outras doenças cardiovasculares.

Professora Vanúsia Fernandes e sua amiga durante
caminhada para a Serra do Valério. Foto: Prof. Nicolau.
Outra vantagem da corrida é que ela é um exercício de impacto, no qual a força dos músculos sobre os ossos ajuda a aumentar a densidade óssea. Isso deixa os ossos mais fortes e mais saudáveis.

Se qualquer exercício aeróbico, de impacto, é uma boa forma de exercitar o corpo como um todo, por que escolher a corrida? A resposta é a simplicidade da atividade. A corrida pode ser praticada ao ar livre ou em ambientes fechados, como uma pista ou esteira. Exige muito pouco equipamento além de um bom par de tênis de corrida, e pode ser praticada tanto no inverno quanto no verão. (Via Planetsed).

Um dos caminhos preferidos da maioria dos altaneirenses para as corridas de fins de tarde é o sítio Serra do Valério, a poucos quilômetros da sede e todos os dias aparecem novos integrantes. Costumeiramente encontramos a professora Vanusia Fernandes.

Conclusão

Deixe a preguiça em casa e comece correndo o quanto antes pois, conforme vimos, isso só trará benefícios para você. Você sentir-se-á no máximo de suas capacidades, seu corpo parecerá mais jovem e seu sistema cardiovascular sairá fortalecido.

III Etapa do Campeonato de Ciclismo de Altaneira ocorrerá neste domingo (31)


Será realizada no Circuito da Trilha Sítio Poças em Altaneira amanhã (31/08) a terceira etapa do Campeonato Municipal de Ciclismo de Altaneira na categoria MTB com a participação especial da equipe Ninjas do Crato. 13 ciclistas altaneirenses já pontuaram no certame que é liderado pelo jovem Ricardo Pereira que ganhou a primeira etapa e ficou em quarto na segunda totalizando 37 pontos.

O recorde do circuito é de Lindevaldo Ferreira que completou a primeira volta da segunda etapa com tempo de 15min.22seg. A surpresa do campeonato é o veterano Luciano Veloso que está na segunda colocação no quadro geral.

O jovem Higor Gomes, vencedor da segunda etapa é o terceiro colocado e tem grandes chances de assumir a liderança já que o líder Ricardo Pereira foi suspenso por indisciplina.
A terceira etapa contará com três estreantes, o professor Fabrício Ferraz, o universitário José Robson e a criança Raimundo Soares Neto.

Os três primeiros colocados de cada etapa, além das medalhas receberão premiação em dinheiro totalizando R$ 300,00, sendo 150 para o primeiro, 90,00 para o segundo e 60,00 para o terceiro colocado. A premiação é um patrocínio do Governo Municipal através da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo.

O resultado geral do Campeonato Municipal de Ciclismo de Altaneira foi o seguinte:

Confira a pontuação geral do Campeonato Municipal de Ciclismo após a primeira etapa:

Primeiro Lugar: Ricardo Pereira - 37 pontos;
Segundo Lugar: Luciano Veloso - 30 pontos;
Terceiro Lugar: Higor Gomes - 25 pontos;
Quarto Lugar: Lindevaldo Ferreira - 18 pontos;
Quinto Lugar: Juliano Silva - 18 pontos;
Sexto Lugar: Antonio Bobó - 15 pontos;
Sétimo Lugar: Cicero Enzio - 15 pontos;
Oitavo Lugar: Raimundo Soares - 14 pontos;
Nono Lugar: Douglas Bernardo - 8 pontos;
Décimo Lugar: Delvamberto Soares - 6 pontos;
Décimo Primeiro Lugar: Ariocélio Soares - 6 pontos;
Décimo Segundo Lugar: Edycler Jefferson - 5 pontos;
Décimo Terceiro Lugar: Palito MegaSom - 1 pontos.


Publicado originalmente no Blog de Altaneira

XVI Campeonato de Futebol de Altaneira terá início neste sábado (30)


O Governo Municipal de Altaneira, através da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo iniciará neste sábado, 30 de agosto, a sua 16ª edição do Campeonato de Futebol.  A informação foi confirmada tão logo se deu aprovação do documento que regulamenta a competição na manhã do último dia 10 do corrente mês e divulgado por Humberto Batista, ora no cargo de presidente da Associação Esportiva Altaneirense – AEA, entidade responsável pela realização do torneio.

Cartaz de Divulgação da XVI Edição do Campeonato de
Futebol de Altaneira. Foto:  Divulgação.
O campeonato obedece ao menos a princípio, as mesmas regras dispostas na sua 15ª edição realizada em 2013 com o envolvimento de oito equipes em confrontos de ida e volta, tanto na sede do município quanto na zona rural onde há equipes que as representam.  A novidade esse ano é à saída da equipe do Chelsea para a entrada de um clube que leva o nome do órgão realizador do torneio. Toda via, devido a questionamentos nas redes sociais e nos portais de comunicação quanto a entidade que organiza o torneio participar e ainda levar o nome, o Secretário Municipal de Cultura, Antonio Pereira, conhecido popularmente por Antonio de Kaci, divulgou via facebook que a denominação foi trocada, ostentando agora o nome de Santa Cruz.

Além do Santa Cruz, farão parte ainda o Caixa D’Água, Juventude, Maniçoba, Portuguesa, São Romão, Serrano e Vila Rica. A programação de abertura está marcada para ocorrer a partir das 16:00h defronte a Secretaria de Assistência Social. Aqui, haverá um desfile com os jogadores percorrendo os principais logradouros da cidade com destino ao Ginásio Poliesportivo.

Ainda aqui, farão parte da cerimônia de abertura as bandas de músicas dos municípios vizinhos, a Manoel de Benta de Assaré e a Fanfarra da Escola Pe. Luis Filgueiras, de Nova Olinda, além da anfitriã, a Pe. David Moreira.

No mesmo horário haverá o confronto entre o Vila Rica e a AEA no distrito do São Romão. Na sede o Caixa D’Água receberá o Serrano. Ao término da primeira fase as quatro equipes que mais pontuarem se classificam para as semifinais

De acordo com o regulamento apenas atletas inscritos na AEA, residentes e domiciliados no Município poderão participar do campeonato.

A final está marcada para o dia 18 de dezembro, dia do município. Ano passado, a equipe da Portuguesa foi campeã ao bater nos penalty o Caixa D’Água.