PTB, PMDB, PSD e o dinheiro dos escravocratas



Trabalhador resgatado em usina do Dep. João Lyra exibe
luva rasgada.

A partir do cruzamento de dados do Cadastro de Empregadores flagrados com trabalho escravo, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (mais conhecido como a “lista suja” do trabalho escravo) e as informações de doadores de campanhas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, organizadas pelo Portal Às Claras, a Repórter Brasil mapeou todos os candidatos e partidos beneficiados entre 2002 e 2012 por empresas e pessoas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão. PTB e PMDB são os partidos que mais receberam dinheiro dos atuais integrantes da “lista suja” no período e o recém-criado PSD é o que mais recebeu dinheiro na eleição de 2012. Confira abaixo o panorama geral dos últimos dez anos:

Ao todo, 77 empresas e empregadores flagrados explorando escravos que constam na lista atual fizeram doações a políticos, o que equivale a 16% dos 490 nomes. Eles movimentaram R$ 9,6 milhões em doações, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O levantamento mostra que os quase R$ 10 milhões se distribuem entre 23 partidos políticos, considerando as doações feitas aos seus candidatos ou diretamente às agremiações, através de seus diretórios regionais. 

Como a inclusão de um nome na “lista suja” demora em função do processo administrativo decorrente do flagrante, no qual quem foi autuado tem chance de se defender, e considerando que, em linhas gerais, as doações eleitorais são fruto de relações prolongadas e não pontuais, a Repórter Brasil incluiu mesmo doações feitas em pleitos anteriores à inclusão no cadastro. O levantamento informa as doações dos atuais integrantes da relação, e não de todos os que já passaram por ela.

PSD torna-se o favorito

Em 2012, ano da última eleição, o país tinha 29 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aptos a concorrer. Naquele ano, os candidatos do novato PSD – fundado em 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo (SP) Giberto Kassab – receberam R$ 171 mil de oito nomes da “lista suja”. A cifra representa 22% do total dos R$ 769 mil doados por escravocratas para as campanhas de 2012 e faz do PSD o partido que mais dinheiro recebeu para o pleito.

Considerando a soma das doações nos seis pleitos realizados entre 2002 e 2012, o partido que mais se beneficiou com dinheiro do trabalho escravo foi o PTB, que recebeu mais de R$ 2 milhões de 16 nomes da “lista suja” do trabalho escravo. No entanto, metade desse valor veio de somente uma doação da Laginha Agroindustrial a João Lyra em 2002. Hoje filiado ao PSD, o deputado federal pelo Alagoas é dono da empresa produtora de cana-de-açúcar flagrada por duas vezes mantendo trabalhadores em condições análogas às de escravos. Em 2008, 53 pessoas foram libertadas no Alagoas. Dois anos depois, outros 207 foram resgatados em Minas Gerais. Hoje em recuperação judicial, a Laginha é a listada na relação atual de flagrados explorando mão-de-obra escrava que mais doou às campanhas eleitorais: a empresa enviou um total de R$ 4,2 milhões a três comitês financeiros partidários e 15 políticos de Alagoas, Pernambuco e Minas Gerais, como o governador mineiro Aécio Neves (PSDB) em 2006 e o ex-prefeito de Maceió (AL) Cícero Almeida em 2004 e 2008, quando foi candidato pelo PDT e pelo PP respectivamente.

Já o PMDB, segundo colocado entre os partidos que mais receberam de escravocratas, teve como beneficiárias 40 candidaturas ao longo dos dez anos estudados. O valor de  R$ 1,9 milhão contribuiu para que 12 prefeitos, seis vereadores e três deputados federais fossem eleitos. Somente o produtor rural José Essado Neto doou R$ 1,6 milhão ao partido, que o abrigou por três pleitos até alcançar o cargo de suplente de deputado estadual em Goiás em 2010, quando declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 4,3 milhões em bens. Ele entrou na “lista suja” do trabalho escravo em dezembro de 2012, depois de ser flagrado superexplorando 181 pessoas.

O resultado do levantamento foi organizado em um infográfico, que pode ser conferido abaixo:


Doações ocultas

No Brasil, a lei eleitoral exige que os candidatos prestem contas e deixem claro quem financiou suas campanhas. Deve ser discriminado, também, todo o montante que veio do próprio candidato – as chamadas “autodoações”. Dos R$ 9,6 milhões gastos por escravocratas em campanhas eleitorais, R$ 2,3 milhões – ou quase um quarto do total – vieram de 19 pessoas nessa situação, ou seja, políticos flagrados com trabalho escravo que doaram a si mesmos. O recurso, no entanto, dá margem para corrupção, permitindo que os pleiteantes a cargos eleitorais sejam financiados “por fora” e injetem o valor na campanha como se fosse proveniente do seu próprio bolso, ainda que não seja possível presumir que seja esse o caso dos políticos da relação.

Outro possível artifício para se ocultar a quais candidatos serão direcionadas os recursos é a doação aos diretórios partidários, como explica a reportagem de Sabrina Duran e Fabrício Muriana para o projeto Arquitetura da Gentrificação sobre a atuação da bancada empreiteira na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Por meio dessa modalidade, os valores são distribuídos pelo partido ao candidato, sem que o próprio partido tenha de prestar contas e informar de quem recebeu o dinheiro. Os integrantes da “lista suja” do trabalho escravo usaram esse expediente em 36 ocasiões diferentes, totalizando R$ 1,3 milhão, valor cujo destino não é possível ser conhecido.

Escravocratas e ruralistas

Entre os que têm defendido publicamente proprietários de empresas e fazendas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos no Congresso Nacional estão integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada Bancada Ruralista. Os integrantes de tal frente pertencem a partidos que estão entre os que mais receberam dinheiro de escravocratas.

A votação na Câmara dos Deputados da PEC do Trabalho Escravo, que determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e seu encaminhamento para reforma agrária ou uso social, é um exemplo de como o interesse dos dois grupos muitas vezes converge. Dos seis deputados federais em exercício na época da aprovação da proposta na Casa que foram financiados por escravocratas, três se ausentaram da votação, conforme é possível ver no quadro ao lado. Três votaram pela aprovação.

Em outros casos, tais associações também ficam evidentes, como no processo de flexibilização da legislação ambiental com a reforma do Código Florestal. A mudança, que diminuiu a proteção às florestas nativas e foi aprovada em abril de 2012, teve apoio dos seis partidos que mais se beneficiaram com doações de escravocratas e que, juntos, receberam R$ 7,9 milhões, ou 82% do total (confira o placar da votação da reforma do Código Florestal no site do O Eco).

Outras empresas

O levantamento levou em consideração a “lista suja” do trabalho escravo tal qual sua última atualização, de 17 de setembro, o que exclui empresas que forçaram suas saídas da relação através de liminar na Justiça, como a MRV, e outras que devem entrar em atualização futura, como a OAS.
Nos dois últimos anos, a MRV foi flagrada em quatro ocasiões diferentes – em Americana (SP), Bauru (SP), Curitiba (PR) e Contagem (MG) – explorando trabalhadores em condições análogas às de escravos. A empresa é uma das maiores construtoras do Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal de moradias populares instituído em 2009. Nas eleições de 2010 e 2012, a construtora doou um total de R$ 4,8 milhões a candidatos e partidos políticos, em valores corrigidos pela inflação.

Já a OAS foi autuada no mês passado por escravizar 111 trabalhadores nas obras de ampliação do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Terceira empresa que mais fez doações a candidatos de cargos políticos entre 2002 e 2012, a empreiteira desembolsou R$ 146,6 milhões (valor corrigido pela inflação) no período. A OAS também faz parte do consórcio que venceu a licitação para a concessão do Aeroporto de Guarulhos à iniciativa privada no ano passado.

Via Repórter Brasil

Candidatura de Tasso ao Governo do Ceará recebe apoio do Solidariedade



O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, esteve reunido na tarde desta quinta-feira (17) com o ex-senador e ex-governador Tasso Jereissati, a quem confirmou apoio a candidatura tucana ao Governo do Estado do Ceará nas próximas eleições, tendo o nome do empresário como principal indicação para o cargo.

As informações foram publicadas em uma nota do jornalista Lauro Jardim, na Coluna Radar on-line, no portal da Revista Veja.

A decisão de Paulinho “põe em xeque” o prometido apoio de Genecias Noronha, presidente do partido no Ceará, ao candidato de Cid Gomes nas eleições de 2014.


Via Ceara News

Homenagem a Chico Mendes é rejeitada por bancada ruralista



Bancada ruralista impede homenagem ao líder seringueiro
Chico Mendes.
A bancada ruralista se recusou a dar o nome de Chico Mendes ao plenário onde funciona a Comissão da Amazônia, na Câmara dos Deputados. Os representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, que fazem parte da comissão, criticam duramente a homenagem. Alegam que o nome do líder seringueiro é uma ‘infeliz escolha’ e que a história de Mendes ‘é uma farsa’.

Os principais opositores são os deputados Moreira Mendes (PSD-RO) e Paulo César Quartiero (DEM-RR).

O projeto que batiza o espaço de Chico Mendes é da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP). Ele foi aprovado no plenário da Câmara há cinco meses. No entanto, até agora, não foram instaladas placa e foto do seringueiro, nem houve qualquer celebração, como é de praxe nesse tipo de evento. Janete disse que vai recorrer para o cumprimento da decisão no plenário da Câmara.

Em entrevista ao jornal O Globo, o deputado federal e produtor de arroz, Paulo César Quartiero (DEM-RR), atacou o seringueiro. “Essa homenagem é um blefe. Chico Mendes foi um factoide criado pelas ONGs.”

Chico Mendes foi assassinado na porta de casa, em dezembro de 1988, pelos fazendeiros Darly Alves da Silva e Darly Alves Ferreira, em Xapuri, no Acre. À época, Mendes reuniu indígenas, pescadores e populações ribeirinhas para a criação de reservas extrativistas e lutar contra a derrubada da floresta para dar lugar às serrarias, ao pasto e aos latifúndios de monocultura.



Via Pragmatismo Político/Brasil de Fato

Nota de repúdio ao autoritarismo e arrogância do Pároco de Altaneira



Comunidade religiosa em peso lota arredores da Igreja
Católica em procissão depois de atos arrogantes e
autoritários do pároco Alberto. Foto: João Alves.
Nesta terça-feira, 15, um fato inusitado ocorreu. Tão logo este se deu, publicamos na rede social facebook, no grupo Altaneira – Ce, nota explicativa sobre um fato que, em tese, deveria abalar as estruturas da Igreja Católica. Em tese, por que, na mesma terça-feira, durante a noite, testemunhamos através de fotos compartilhadas no facebook pelo amigo João Alves, vulgo Garoto Beleza, a grande participação da comunidade local na procissão, ato de encerramento dos festejos destinados a Santa Tereza D’Ávila, padroeira do município que teve início no último dia 06 com o tradicional cortejo do pau da bandeira. O amigo, parceiro, jurista e também blogueiro Raimundo Soares Filho publicou em seu Blog de Altaneira artigo relatando o feito supracitado.

O que nos chamou a atenção é que todo esse cenário de participação e fervor católico ocorreu depois de uma atitude grosseira, insana, autoritária e mal educada do Pároco Alberto para com esse que vos escreve. Queremos, depois de publicarmos nota na rede social, externar todo o nosso repúdio ao sacerdote local através desse portal de comunicação. Afirmamos, outrossim,  que levaremos esse repúdio aos quatro cantos da cidade, aos diversos espaços de poder, principalmente na Rádio Comunitária Altaneira Fm e no Poder Legislativo para que a comunidade altaneirense, de forma específica os que professam o credo religioso católico possam perceber o líder que lhes doutrinam, que lhes orientam. Esperamos atingir o máximo de pessoas possível e vamos manter a esperança de que possamos vir a ter um resultado satisfatório. O silencio ante a essa e muitas outras atrocidades cometidas pelo pároco (muitas delas veiculadas aqui mesmo nesse espaço de comunicação) não pode imperar. A comunidade precisa romper com a onda de silêncio. Ou os religiosos se identificam com o destino dos seus companheiros, com ele sofrendo, sentido a mesma dor e partilhando da mesma luta, ou se dissociam destes, alimentando o egoísmo e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo.

Leia também:


Pároco Alberto durante procissão no encerramento dos
festejos destinados a Santa Tereza, padroeira do município
Vamos à nota que publicamos na terça, 15, à tarde

Meus familiares, católicos, ao se desfazer de alguns batismo por conveniência financeira, haviam me convidado para ser padrinho de consagração do meu sobrinho Ryan.Por várias tentativas tentei me esquivar do convite, inclusive apontando que não comungo de nenhuma religião, não acredito na existência de um ser supremo. Mas ante a insistência, acabei aceitando, mesmo não entendendo que sentido tem um batismo.

Fomos a igreja e nos deparamos com um espaço vazio, nenhum banco para as pessoas sentarem. Todos estavam exposto ao sol. Se os que lá chegavam quisessem se sentar que fosse pegá-los e colocar na parte interna da igreja. Um fato, injustificável, haja vista que todos os sacramentos são avisados antecipadamente e devidamente pagos. Por que, então, eles ainda não haviam sido postos para dentro da igreja? Depois, de quase meia hora de atraso, o pároco chega e inicia o batismo.

Como essa era a minha primeira vez ante aquela cena fiquei a "matutar" sobre os moldes como o pároco conduzia esse sacramento. E, podem acreditar, não é de forma nenhuma diferente das características e adjetivos por nós elencados no blog INFORMAÇÕES EM FOCO e nas redes sociais. Um sacerdote autoritário, retrógrado, mal educado e um mal orientador. Pobres fieis.

A cada palavra professada uma chamada de atenção nos fieis. Na linguagem popular, a cada palavra dita um "gato" nos que estavam presente.

"A senhora tá fazendo o que aqui? Eu disse padrinhos, volte para o seu lugar", dizia o pároco de Altaneira. "A senhora é padrinho ou madrinha? Aprendam a ouvir", resmungava ele. O espírito de arrecadação, de capitalista e explorador financeiramente dos fieis, vez ou outra aparecia nas palavras dele. Tem algum padrinho e madrinha que não são casados na igreja, pois se tiver não podem estar nessa função. As pessoas pensam que podem viver do jeito que querem. "Na casa de vocês tem regras? perguntava ele. Pois na igreja também tem", completou. Mal sabem os fieis que esse jogo não passa de um discurso capitalista para retirar cada vez mais dinheiro deles. Na idade média, a igreja católica ditava as formas como as pessoas deviam se vestir, se comportar e se relacionar. Hoje, de forma específica em Altaneira, não é muito diferente.

Ah, quanto a mim o pároco me olhou atravessado e perguntou (e isso ele não tinha perguntado a ninguém, somente a mim. Que privilégio. Hehehe!): ei você de rosa, é católico? Olhando para ele (mesmo sabendo que estava no local errado e no momento errado) e disse: Não. Como que já sabendo a minha resposta, se não ele não teria perguntado, pois, repito, não perguntou a mais ninguém, disfarçou está abismado e voltou a perguntar: "Como você tem a ousadia de ser padrinho? Eu não aceito que você seja padrinho sem ser católico, sem acreditar nas doutrinas que EU ORIENTO. Pais, procurem outro padrinho", retrucou o pároco.

A única palavra que saiu da minha boca foi o sonoro NÃO que lhe dei como resposta quanto a ser católico.

Ante isso perguntamos: Porque somente eu tive o privilégio (pois para mim é sim um privilegio ser indagado quanto a meus ideias) de receber aquele já premeditada pergunta? Será se pároco tivesse sido mais insistente e ter continuado naquela primeiras perguntas sobre os padrinhos serem ou não casados na igreja (como requisito para o sacramento) teríamos a continuidade?

Ah, pároco, se deus existisse ele não iria se agradar de seus autoritarismo, de sua falta de educação, afinal, um mal educado não pode se julgar orientador. Alias, talvez seja por isso que ele é um mal orientador. Ele impõe uma verdade (falsa), uma doutrina. Ficou comprovado hoje tudo que já relatamos a seu respeito. Repito, se deus existisse ele iria ficar bravo, pois está escrito no livro base para os que creem que não se deve julgar. ou melhor,"não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." (Mateus, VII: 1-2). E foi exatamente o que fez. Ou seja, leem a bíblia e não interpretam, usa para lhe satisfazer.

Mas em um ponto ele tem razão. Fui ousado.

Se eu tivesse insistido em permanecer na igreja ou até mesmo feito o que ele queria, lhe criticado dentro dos seus domínios eu teria sido expulso. Ou ainda se fosse em outros tempos as velas que que teriam servido para os batismo serviriam para me queimar vivo, como no tribunal da inquisição.

Altaneira participará da Conferência Estadual da Educação



O Fórum Estadual de Educação do Ceará realizará no período de 17 a 19 de outubro a II Conferência Estadual de Educação do Ceará COEE-CE, no Centro de Eventos do Ceará.  O encontro faz parte da segunda etapa preparatória da Conferência Nacional de Educação - Conae 2014.

Os municípios do estado realizaram a primeira fase nas Conferências Municipais. Em Altaneira, o encontro ocorreu em junho, dia 20, no auditório da Escola 18 de Dezembro e envolveu representantes das várias instituições municipais, organizações, entidades, segmentos sociais e setores; de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, e Judiciário; dos sistemas de ensino; das entidades de trabalhadores/as da educação; de empresários/as; de órgãos públicos; de entidades e organizações de pais/mães e de estudantes; da sociedade civil e dos conselhos instalados no município.

Delegados (as) eleitos para representar o município de
Altaneira na II COEE - CE. Foto: João Alves.
Naquela oportunidade, além das discussões dos sete eixos temáticos proporcionados durantes as oficinas, foram escolhidos (as) os (as) quatro (as) delegados (as) que irão representar o município em Fortaleza. Os eleitos obedeceram à distribuição por seguimentos, entre os seus pares, a saber, 01 gestor/a, 01 trabalhador /a, 01 pai/mãe e 01 aluno/a, tendo para cada setor um suplente, obedecendo a esta ordem, Leocádia Rodrigues, Welton Cardoso, Antônia Almeida, e José Erick. Além destes, o Secretário Municipal da Educação, Deza Soares também se fará presente.

A finalidade do encontro é formular um conjunto de propostas para a efetivação da política nacional de educação, no sentido de subsidiar a implementação do Plano Nacional de Educação-PNE e do Plano Estadual de Educação-PEE, tendo como referência as deliberações das Conferências Municipais.

O Fórum, órgão responsável pela realização da Conferência, é constituído por movimentos sociais, órgãos públicos, entidades e instituições educacionais. Durante o evento, serão eleitos os delegados para a Conae que acontecerá em fevereiro de 2014, em Brasília e debatidas através dos eixos temáticos, propostas para construir conceitos, diretrizes e estratégias para a efetivação de um Sistema Nacional de Educação oficialmente articulado.




Bolsa Família recebe prêmio internacional por garantia de direitos aos mais pobres




Para a ministra, reconhecimento desmonta críticas de que
programa seja assistencialista.
O programa Bolsa Família (PBF) recebeu hoje (15) um prêmio da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), entidade mundial que reconhece trabalhos voltados para a garantia de direitos sociais às populações mais vulneráveis. O prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security foi anunciado na Suíça e divulgado pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante apresentação de estudo sobre aspectos macroeconômicos do programa em seus dez anos de existência.

De acordo com a ministra, o principal ponto destacado pela ISSA foi o fato do Bolsa Família, além ser pioneiro na redução da pobreza com os critérios que possui, nortear uma ação governamental marcada por compromisso, determinação política e acompanhamentos constantes sobre os impactos dos benefícios na população.

O instituto internacional enfatizou, ainda, como aspectos positivos do programa, o fato de ser um trabalho diretamente ligado à implantação de outras políticas públicas e demais áreas preponderantes para a redução das desigualdades no país – caso da Educação, por exemplo.

“Na divulgação do prêmio, foi colocado que um programa de distribuição de renda e seguridade deve garantir o empoderamento da população, de um modo geral, o que no Brasil tem sido feito por meio do Bolsa Família. A ISSA ainda sugeriu que os países desenvolvidos deveriam repensar seus modelos para redução das desigualdades utilizando como exemplo a experiência do Brasil”, ressaltou a ministra.

“É uma premiação gratificante porque nos mostra que estamos construindo, no país, uma rede de proteção que ancora a população pobre como merecedora de direitos oferecidos pelo Bolsa Família. Isso vai de encontro às críticas de que se trata de um programa assistencialista”, completou.

A ministra acrescentou que hoje é possível fazer uma avaliação mais consistente sobre os resultados do programa. “Estamos prontos e podemos fazer uma discussão que não é só ideológica e conceitual. Temos agora dados e estatísticas que comprovam os benefícios que o Bolsa Família trouxe para a população brasileira e que vão reforçar todos os estudos e acompanhamentos”, frisou.

Fundada em 1927, a ISSA é considerada a principal organização internacional voltada à promoção e ao desenvolvimento da seguridade social no mundo. A entidade, que possui 330 organizações filiadas em 157 países, atua na produção de conhecimento sobre o tema e no apoio aos países para a constituição e aprimoramento de seus sistemas de proteção social.

O prêmio concedido hoje ao Brasil pelo Bolsa Família está sendo instituído pela primeira vez e deverá ser concedido a cada três anos a instituições e programas, conforme a relevância de sua contribuição.

Durante toda a manhã, a ministra, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), economista Marcelo Neri, e técnicos da entidade e do ministério divulgaram dados mais detalhados sobre a última avaliação do Bolsa Família – a primeira que mostra os efeitos macroeconômicos do programa, de forma comparativa, nas transferências sociais.


Via Rede Brasil Atual

Secretário da Educação de Altaneira tece homenagem aos professores




O Secretário da Educação de Altaneira, Deza Soares, publicou na rede social facebook nota em homenagem pela passagem do dia do professor.


Transcrevemos abaixo

 “Neste dia 15 de outubro, momento em que o país se volta para homenagear os profissionais da educação, precisamos parar e pensar na importância que nós, professores, temos para oferecer ainda mais na construção de espaços de poder pautados na justiça social e na cidadania e em contrapartida, o que podemos fazer para continuar ajudando no reconhecimento e na valorização desses mestres na arte de ensinar.

Precisamos saber que as responsabilidades como educadores são complexas, são cumpridas em circunstâncias muito especiais, sob permanente exposição a centenas de olhares fixos daqueles que pretendemos formar.

E pensar assim é saber que devemos ser formador de opinião para que nossos alunos e alunas também possam ser e no futuro bem próximo possam agir como cidadãos atuantes em busca de contribuir na perspectiva da igualdade social.

O ofício de educar, como outros, pressupõem a qualidade, gerada na satisfação e na conquista de aprendizagens protagonizadas por docentes e discentes. O prazer maior nas relações de ensino-aprendizagem está na construção do conhecimento como algo útil, agradável e capaz de desencadear alegria e realização. O professor, sem dúvida, é um dos maiores interessados em qualidade na educação, pois esta sempre carrega potenciais para sua satisfação (o fracasso dos educandos também representa o seu fracasso).

Ante a isso perguntamos: Quem sai ganhando com a desqualificação da educação pública? Quem ganha quando os professores e professoras não são tratados com a dignidade que merecem? Quem goza de alguma vantagem quando os alunos de nossas escolas saem delas sem as mínimas condições de ler e interpretar o mundo, para melhor inserir-se nele? Ninguém. Ao contrário, a sociedade perde. 

E é por isso, que vamos continuar com essa parceria entre governo municipal e a entidade representativa da categoria, o SINEMA, para que possamos proporcionar cada vez mais, melhores condições de desenvolvimento do trabalho e valorização do magistério, com mais formações, melhor remuneração e mais realização de projetos, para que tenhamos melhores resultados na educação. Sem dúvida, somos capazes, em parceria chegaremos ao nosso objetivo e atingiremos a nossa meta.

Reflitamos um dos pensamentos de Paulo Freire “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”. E ainda diz “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Parabéns a todos nós, professores e professoras, que tenhamos muito sucesso na nossa importante missão de educador(a).

Comunicamos que em breve estaremos enviando convite para a realização da nossa confraternização”. 

Dia do professor: A escola tem que politizar seus estudantes




Professores da rede estadual de ensino, em Altaneira,
que entraram em greve no ano no ano de 2011 objetivando a
aplicação do piso do magistério. Foto: Montagem do professor 

Paulo Robson.
A perpetuação de um sistema educacional que não ensina as nossas crianças a ler, escrever, interpretar e articular suas ideias é a chaga que propaga em nosso país males como a corrupção, a violência e a miséria.

É corrente em algumas redes de ensino a ideia de que os professores fingem que ensinam, os alunos simulam a aprendizagem e os resultados falseiam a realidade. A consequência mais evidente desse autêntico drama brasileiro é que os votos da população menos (ou não) esclarecida acabam dando sobrevida a políticos que não têm a mínima intenção de aperfeiçoar ou melhorar a educação ou qualquer outra instância da realidade nacional.

Quando ouvimos uma pessoa dizer que um determinado político “rouba, mas faz” - temos que nos indignar e articular respostas e reflexões que ajudem a pessoa a mudar de opinião. Quando ficamos sabendo que alguém vai trocar seu voto por algum favor ou benefício material, temos que nos mobilizar para que isso não aconteça...

E não podemos simplesmente esperar que o voto, por si só, seja capaz de promover as alterações que desejamos para o país ou para a educação. Participamos da democracia quando votamos e, principalmente, a partir do momento que fiscalizamos e cobramos as autoridades quanto aos projetos, ideias e necessidades de nossas comunidades, cidades, estados e país.

A educação é momento primordial de esclarecimento não apenas dos conhecimentos previstos no currículo oficial através de cada disciplina. Os anos de chumbo da ditadura ajudaram a silenciar nossa consciência crítica, a televisão que esvazia os nossos discursos e tolhe o diálogo nos imobiliza e isola, as mentiras e omissões dos políticos se repetem e nos insensibilizam de tão frequentes e impunes.

Professores do município de Altaneira por ocasião da
semana pedagógica 2013. Foto: João Alves
Por tanto, que possamos fazer da educação o caminho para formar, de fato, jovens politizados. Porém, a tarefa é árdua demais, difícil demais, porque os responsáveis pela politização sucumbi ante a realidade e o jogo político.

No nosso dia, faz-se necessário que recorramos ao que nos afirmava o sociólogo Florestan Fernandes "Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde".  Ser um professor cidadão implica buscar ser também um formador de opinião para que o aluno também o seja.  (grifo meu). Pensar assim vai ao encontro do que ele já nos dizia: “Ou os estudantes se identificam com o destino de seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”.

Professores, professoras, enfim os formadores de opinião que possamos ficar com as palavras de um dos maiores educadores dos últimos tempos, Paulo Freire que na obra Educação como Liberdade nos alertava: ““Defendo a educação desocultadora de verdades. Educando e educadores funcionando como sujeitos para desvendar o mundo”. A educação como prática da liberdade, defendida por ele, enxerga o educando como sujeito da história, tendo o diálogo e a troca como traço essencial no desenvolvimento da consciência crítica.

No mais, para todos nós educadores e educadores e ainda os futuros mestres no processo de ensino-aprendizagem, os nossos parabéns e continuemos nessa luta.