 |
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante a cerimônia de abertura da 37ª Assembleia da União Africana, em Addis Abeba, 17 de fevereiro de 2024. (FOTO | Ricardo Suckert/Brazilian Presidency/AFP). |
No dia 15 de agosto, o governo da Guiné-Bissau determinou a expulsão da RTP (Rádio Televisão Portuguesa), da RDP África e da Agência Lusa, três veículos de comunicação oficiais portugueses, dando um prazo de menos de uma semana para que os seus representantes deixassem o país. Além do fato em si, chamou a atenção o fato de a decisão não vir acompanhada de absolutamente nenhuma explicação, o que veio a reforçar a percepção do seu caráter autoritário, para grande parte do público. De fato, o regime político liderado por Umaro Sissoco Embaló, presidente do país desde 2020, vem sendo criticado e denunciado pela prática de diversas violações dos direitos humanos, bem como por provocar ainda mais instabilidade política num país já historicamente marcado por rupturas institucionais e golpes de Estado. Com relação a este último aspecto, as principais críticas devem-se ao adiamento das eleições gerais (anteriormente previstas para novembro de 2024) para novembro deste ano, por decisão unilateral do presidente.