9 de julho de 2022

Pesquisas da semana: Lula segue na liderança e alta rejeição mostra limites de Bolsonaro

 

Na disputa com Lula, Bolsonaro oscila dentro ou próximo à margem de erro em simulações de segundo turno - Ricardo Stuckert e Agência Brasil.

As duas pesquisas nacionais sobre a corrida presidencial divulgadas nesta semana mostram uma diminuição, dentro da margem de erro, da distância entre o líder dos levantamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo assim, ambas trazem a possibilidade de vitória do petista em primeiro turno.

Na Quaest/Genial, publicada na quinta-feira (7), Lula tem 45% contra 31% de Bolsonaro. Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%, André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), com 2% cada um, e Pablo Marçal (Pros), com 1%. Vera Lúcia (PSTU), Eymael (Democracia Cristã), Felipe d'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) não pontuaram, enquanto brancos e nulos somaram 6%, e indecisos outros 6%.

Lula tem 45% contra 42% de seus adversários somados. Na pesquisa anterior do instituto, o petista tinha 46%, enquanto Bolsonaro aparecia com 31%. Quando se observa a rejeição, o atual presidente tem o maior índice, com 59% dos eleitores afirmando que não votariam no capitão reformado. Ciro Gomes tem 55% e Lula, 41%.

As pesquisas e a rejeição a Bolsonaro

A elevada rejeição evidencia os limites do crescimento do candidato à reeleição. Em um eventual cenário de segundo turno, o petista tem 53% contra 34% do atual presidente, com 9% afirmando que votariam em branco, nulo ou que não votariam, e 4% se dizendo indecisos.

Ou seja, em relação ao percentual que apresenta no cenário de primeiro turno, Bolsonaro cresce três pontos, apenas um acima da margem de erro da pesquisa, sugerindo que não consegue agregar votos de forma significativa no turno decisivo, enquanto Lula cresce oito pontos percentuais.

O mesmo acontece na pesquisa PoderData, feita por telefone e divulgada também na quinta. Os dados mostram o petista com 44%, seguido pelo candidato do PL, com 36%, com uma oscilação positiva de 2%, dentro da margem de erro, em relação ao levantamento anterior. Nesta sondagem, os adversários somados de Lula têm 47%, configurando empate técnico com o ex-presidente e colocando a possibilidade de a eleição ser resolvida no primeiro turno.

Em cenário semelhante ao da pesquisa Quaest, na PoderData Bolsonaro apenas oscila na margem de erro na simulação de segundo turno, passando de 36% para 38%. Já Lula consegue adicionar seis pontos percentuais, passando de 44% para 50%. Segundo o instituto, o atual presidente é rejeitado por 52% dos brasileiros, índice que é de 38% para Lula.

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Com informações do Brasil de Fato.

8 de julho de 2022

Livro produzido pela UFRN integra lista das 225 obras mais importantes sobre racismo

 

IV edição do Conselho Internacional de Literaturas e Culturas Africanas (Griots), em 2018, na UFRN. À esquerda, professora Tânia Lima.

Um livro de coletânea, organizado por professores da UFRN, passou a integrar uma biblioteca virtual dos 225 livros mais importantes sobre temática racial no Brasil e no mundo. O livro se chama “Griots - culturas africanas - linguagem, memória, imaginário”. E a sigla vem do Conselho Internacional de Literaturas e Culturas Africanas (Griots), iniciativa da universidade que promove encontros de reflexão sobre estudos transculturais, anticolonialismo, ancestralidades, sexualidade, questões diaspóricas e a temática racial.

Os professores Tânia Lima, Izabel Nascimento e Andrey Oliveira são responsáveis pela coletânea, que agora é reconhecido “como uma espécie de patrimônio público no combate ao racismo mundo afora. É um reconhecimento internacional que advém justamente dos primeiros congressos que nós organizamos aqui, em 2009”, afirma Tânia, que também é coordenadora do Griots.

O reconhecimento é partilhado com o apoio significativo da UFRN, como explica a professora. “A UFRN desponta no Nordeste como uma universidade que faz uma travessia, um percurso, por toda essa internacionalização dos estudos, que não ficam apenas aqui no Rio Grande do Norte, mas também na África e no contexto europeu”.

Griots

A primeira edição do conselho aconteceu em maio de 2009. Desde então, o evento proporciona conferências, oficinas, mesas-redondas, simpósios temáticos, performances poéticas musicais, e partilha conhecimento sobre a escrita literária no Brasil e no continente africano.

A professora Tânia Lima explica que o trabalho coletivo do congresso age na desconstrução do racismo estrutural por meio da educação. “Produzimos durante esse tempo mais de 10 livros, então é um reconhecimento de um trabalho coletivo, de todos nossos irmãos quilombolas, indígenas, na desconstrução de todo esse racismo que aí está. A única possibilidade de incluirmos todas essas minorias que sofrem ao longo da história, desde a escravidão até os dias de hoje, é pela inclusão educacional. Nós só podemos trabalhar o racismo dentro de uma perspectiva educacional. Então a educação é a única porta de entrada para que as comunidades, que foram ao longo da história excluídas, sejam reconhecidas. E se temos uma dívida, ela é imensa” comenta a coordenadora.

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Com informações da Tribuna do Norte.

Insegurança alimentar grave afeta 15,4 milhões de brasileiros

 

(FOTO/ Getty Images).

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou, nesta quarta-feira (6), relatório sobre a fome que mostra que a prevalência da insegurança alimentar grave atingiu 15,4 milhões de brasileiros (7,3% da população) entre os anos de 2019 e 2021.

Os dados mostram um crescimento nos números em comparação com o período antes da pandemia de coronavírus. De 2014 a 2016, a quantidade de brasileiros afetados pela insegurança alimentar grave foi de 3,9 milhões, ou 1,9%.

A FAO classifica de insegurança alimentar severa quando as pessoas provavelmente ficaram sem comida, passaram fome e, no mais extremo, ficaram dias sem comer, colocando sua saúde e bem-estar em grave risco, com base na Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES).

O relatório também aponta que 61,3 milhões de brasileiros sofreram entre 2019 e 2021 com insegurança alimentar moderada ou grave, ou 28,9% da população. Em comparação, o período de 2014 e 2016 apontou 37,5 milhões de pessoas (18,3%).

A insegurança alimentar moderada refere-se ao nível de gravidade em que as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e são forçadas a reduzir, em alguns momentos do ano, a qualidade e/ou quantidade dos alimentos que consomem por falta de dinheiro ou outros recursos.

Taxa de prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave por ano no Brasil

2014-2016: 18,3% (37,5 milhões)

2015-2017: 21,5% (44,4 milhões)

2016-2018: 21,8% (45,4 milhões)

2017-2019: 20,6% (43,1 milhões)

2018-2020: 23,5% (49,6 milhões)

2019-2021: 28,9% (61,3 milhões)

Taxa de prevalência de insegurança alimentar grave por ano no Brasil

2014-2016: 1,9% (3,9 milhões)

2015-2017: 1,8% (3,6 milhões)

2016-2018: 1,7% (3,6 milhões)

2017-2019: 1,6% (3,4 milhões)

2018-2020: 3,5% (7,5 milhões)

2019-2020: 7,3% (15,4 milhões)

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)

América Latina e Caribe

De acordo com o estudo, cerca de 56,5 milhões de pessoas foram atingidas pela fome na América Latina e no Caribe em 2021, totalizando 8,6% da população regional, aumento de 4 milhões em relação ao ano anterior.

Em apenas dois anos, 13 milhões de pessoas foram empurradas para a fome e 4 em cada dez 10 pessoas vivem com insegurança alimentar, enquanto o mundo se prepara para os impactos da maior crise alimentar, incluindo a guerra na Ucrânia.

Em 2021, 40,6% da população – 268 milhões de pessoas – enfrentava insegurança alimentar moderada ou grave. Já a insegurança alimentar grave afetou 93,5 milhões de pessoas em 2021 –14,2% – um aumento de quase 10 milhões de pessoas a mais em um ano e quase 30 milhões a mais em comparação com 2019.

Em 2021, 31,9% das mulheres no mundo tinham insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 27,6% dos homens. A diferença crescente é mais evidente na América Latina e no Caribe, onde a diferença entre homens e mulheres foi de 11,3 pontos percentuais em 2021 em comparação com 9,4 pontos percentuais em 2020.

No mundo

Ainda segundo relatório da FAO, entre 702 e 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021. O número cresceu cerca de 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19. Foram 103 milhões de pessoas entre 2019 e 2020 e mais 46 milhões em 2021.

Projeções da FAO indicam que até 2030, a fome ainda deve afetar 670 milhões de pessoas no mundo, ou 8% da população mundial.

A insegurança alimentar moderada ou grave afetava 2,3 bilhões de pessoas em 2021, ou 29% da população global.

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Com informações do Geledés.


Lula reúne 50 mil na Cinelândia, no Rio de Janeiro

 

Ato com Lula na Cineilândia (RJ). (FOTO | Ricardo Stuckert).

O ex-presidente Lula (PT) reuniu uma multidão no ato realizado nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), de Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do Rio apoiado por Lula, de André Ceciliano (PT), pré-candidato ao Senado, e outras lideranças do campo progressista do estado e do Brasil.

Segundo projeções feita pro dirigentes do PT ouvidos pela Fórum, o ato reuniu cerca de 50 mil pessoas - acima da expectativa inicial, de 30 mil.

Logo que chegou ao palco, Lula saudou o público de mãos dadas a Freixo, Ceciliano e Alckmin. O gesto de Lula reforça a posição do PT em exigir que Ceciliano integre a chapa majoritária como candidato ao Senado. O deputado federal Alessandro Molon (PSB), presidente do PSB do Rio, tem defendido sua candidatura, mas tem sido desestimulado até mesmo por Freixo, seu correligionário, em prol da manutenção da aliança com o PT.

Nas redes sociais, Lula divulgou o ato como "Lula, Freixo e André no ato Vamos Juntos Pelo Brasil".

O ato foi marcado por um esquema de segurança próprio para garantir a integridade do ex-presidente sem abrir mão de um ato público. Grades foram instaladas na Cinelândia e um detector de metal foi utilizado para controlar a entrada do público no espaço. Não foi permitida entrada com alimentos, garrafas, embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidro. Somente bandeiras com cabo de PVC foram liberadas.

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Com informações da Revista Fórum.

7 de julho de 2022

Comitê será lançado neste domingo no Crato

  

(FOTO |Reprodução| WhatsApp). 

Por Alexandre Lucas, Colunista

Neste domingo a partir das 16 horas, na comunidade do Mutirão, no Crato, será lançado mais um Comitê Popular de Luta. O lançamento contará com a presença do ex-senandor Inácio Arruda, do Partido Comunista do Brasil- PCdoB.

Os Comitês é uma iniciativa dos movimentos sociais e dos partidos políticos do campo democrático e popular que visa fortalecer a luta contra a onda fascista no país e derrubada do Governo de Bolsonaro.

Na região do Cariri já foram montados outros comitês. No Mutirão, o Comitê reuni militantes da Associação Mensageiras da Paz, Coletivo de Mulheres do Mutirão, União Brasileira de Mulheres - UBM, União da Juventude Socialista - UJS, Coletivo Camaradas e do PCdoB.

A expectativa do lançamento é reunir pontos de cultura, coletivos artísticos, movimentos identitarios, organizações juvenis, associações de moradores e partidos políticos.

Pesquisa Quaest/PDT revela que no Ceará, Lula tem 59%, Bolsonaro 18% e Ciro 11%

 

(FOTO/ Reprodução/ Poder360).

Por Nicolau Neto, editor

O Jornalista Érico Firmo, do O POVO, publicou na manhã desta quinta-feira, 07 de julho, dados da Pesquisa Quaest que foi contratada pelo PDT para orientar escolha de candidatos da agremiação ao Governo do Ceará. A informação, segundo Firmo, foi divulgada por Carlos Mazza, colunista do portal mencionado.

A pesquisa ouviu de forma presencial 1.500 eleitores espalhados em 49 municípios do Estado entre os dias 27 de junho e 1º de julho e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio dos números BR-07841/22 e CE-05334/22. Firmo destacou que a pesquisa demonstrou que o ex-presidente Lula (PT) atingiu quase 60% (59%), enquanto que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu alcançar 20%, ficando, pois com 18%. Ciro Gomes (PDT) chegou a pontuar no seu Estado 11%.

Ainda pontuaram André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) com 3% e 1%, respectivamente. 4% pretendem votar branco/nulo, enquanto que 3% ainda não decidiram em quem votar.

O levantamento que foi realizado visando orientar a escolha de quem será o representante do PDT ao governo do Ceará nas eleições deste ano e mostrou que o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio é o que tem o melhor desempenho frente ao Capitão Wagner (União Brasil). Cláudio aparece com 40%. Segundo a margem de erro, ele está tecnicamente empatado com Wagner, pré-candidato da oposição, que pontuou com 44%.

Já a atual governadora Izolda Cela atingiu 30% diante de 52% do Wagner. Movimentos nas redes sociais já foram lançados em prol de Izolda para que a governadora e ex-secretária estadual da Educação seja a escolhida do PDT na disputa.

A pesquisa também fez simulação com os outros nomes do PDT, como Mauro Filho e Evandro Leitão. Ambos com resultados menores.

Clique aqui e veja os dados completos.

6 de julho de 2022

Nicolau Neto é escolhido do público nas categorias Historiador e Professor de História


Professor Nicolau Neto. (FOTO |Lucélia Muniz).

Valéria Rodrigues, Colunista

Nicolau Neto, administrador e editor do Blog Negro Nicolau foi o melhor do ano em pesquisa de opinião pública em duas categorias promovida pela empresa Nova Ideia Consultoria e Marqueting, de Brejo Santo-Ce.

A votação ocorreu por meio da Rede Social Instagram da empresa que já afirmou que irá entregar aos vencedores e vencedoras das diversas outras categorias as placas em evento a ser marcado.

As categorias referentes ao município de Altaneira, no cariri cearense, foram as de "Historiador" e "Professor de História."

Na tarde desta terça-feira, 05, tão logo o resultado foi divulgado pela empresa, o professor usou suas redes sociais para agradecer a votação.

Compartilho com amigos e amigas a alegria de mais uma vez ter sido escolhido em duas categorias o melhor em pesquisa de opinião pública. Agradeço a todos e todas que votaram em mim, escreveu.

Em 2021, além da placa de Historiador, Nicolau também recebeu a da categoria "Site/Blog" referente a este espaço de comunicação antirracista.

Veja abaixo os resultados.





Lei Aldir Blanc 2, para além da emergência

 

(FOTO | Reprodução |Internet).

Por Alexandre Lucas, Colunista 

Qual o significado da aprovação da Lei Aldir Blanc 2 para o Brasil? Se a lei Aldir Blanc 1 teve caráter emergencial, reoxigenou a economia da cultura, num momento crise sanitária, econômica e política, ela também apontou caminhos para uma política estruturante para o país. Uma política de estado para cultura.

Fruto da luta ampla dos diversos segmentos da cultura, gestores e parlamentares, a Lei Aldir Blanc 1, impôs a contragosto do governo brasileiro, a descentralização de recursos da União para estados e municípios, possibilitando pela primeira vez na história, que o Sistema Nacional de Cultura injetasse dinheiro para maioria das cidades brasileiras e ao mesmo tempo provocou que minimamente os entes federados organizasse os seus  sistemas municipais e estaduais de cultura.  

Os comunistas tiveram papel destacado na engenharia de escuta, mobilização e de articulação ampla para aprovação das Lei Aldir Blanc 1 e 2. Isso é incontestável, a bancada comunista foi “propositora”/relatora (Jandira Feghali),  da Aldir Blanc 1, a qual foi apresentada por Benedita da Silva – PT-RJ e subscrita por 23 deputados federais. O PCdoB foi   propositor  da Aldir Blanc 2  de autoria de Jandira Feghali - PCdoB/RJ, Renildo Calheiros - PCdoB/PEAlice Portugal - PCdoB/BA e tem a co-autoria de Luizianne Lins - PT/CEAlexandre Frota - PSDB/SP e Fernanda Melchionna - PSOL/RS, foi a partir de um leque para além dos nossos pares que foi possível aprovar, as leis Aldir Blanc.   

Ainda em 2022, será possível a aplicação de 3,8 bilhões de reais com a aprovação da Lei Aldir Blanc 2 e  Paulo Gustavo ( de caráter emergencial). A partir de 2023 serão aplicados anualmente 3 bilhões por meio da Aldir Blanc 2. Calcula-se que os segmentos da cultura e da arte no país geram em torno de 6 milhões de empregos diretos, o que corresponde aproximadamente a 4% do Produto Interno Bruto e 5% dos empregos gerados no Brasil. Esses valores impactam de forma direta na economia da cultura e movimenta diversas  cadeias produtivas nos municípios e estados.

Os dados da aplicação de recursos da Lei Aldir Blanc pelos estados demonstram números significativos de projetos aprovados. O Nordeste por exemplo teve 20.813 projetos aprovados, seguido do Sudeste com 20.248, o Norte 10,279, Centro-Oeste 5.682 e o Sul 4.343 projetos aprovados. O que representa mais de 60.000 projetos beneficiados somente pelos estados brasileiros. Quando os recursos de 3 bilhões foram fatiados pelas regiões brasileiras vamos ter os seguintes percentuais de investimentos: Nordeste 31,7%, Sudeste, 35,6%, Norte 12,4%, Sul 12,4% e Centro-Oeste 7,4%.

De acordo com dados fornecidos pelo movimento da Lei Emergência Cultural,  63% dos projetos beneficiados pela Lei Aldir Blanc 1 não haviam sido beneficiados com recursos públicos nos últimos 5 anos.  Esse percentual demonstra a fragilidade do setor cultural e a carência de uma política nacional de fomento consorciada com os entes federados.    

A Lei Aldir Blanc 2, tem caráter permanente e possibilita uma política nacional de fomento à cultura, ou seja, os R$ 3 bilhões são exclusivos para o fomento! São recursos complementares para a política pública para a cultura no país. Ao mesmo tempo fiquemos esperto para que os estados e municípios não se excluam de injetar mais recursos na política de fomento.

Essa Lei terá vigência de 5 anos, contribuirá para o processo de reconstrução do Ministério da Cultura, caso as forças progressistas e democráticas derrotem o governo Bolsonaro.

Esse é o canal para ir constituindo um sistema federativo de cultura, ainda é cedo,  mas já estamos no caminho  para erguer o Sistema Nacional de Cultura  que se entrelaça com estados e municípios para estabelecer planejamentos da política pública para cultura, mecanismos de controle e participação social e garantia de recursos públicos. A Lei Aldir Blanc 2 é estruturante para o país e  poderá extinguir a escassez da política cultural, ampliar horizontes, alimentar sonhos e bocas.