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Tasso Jereissati conversa com a médica Mayra Pinheiro, nova filiada do Partido. Foto: Kiko Silva |
Na
mesma semana em que o deputado Fernando Hugo e o ex-deputado Marcos Cals
deixaram o PSDB, o partido apresentou, nesta quinta-feira (3), novos filiados
que irão, segundo o ex-governador Tasso Jereissati, irão renovar a legenda.
“Nós estamos recomeçando”, disse ele.
Segundo
o partido, somente nesta quinta-feira foram 45 novos filiados, sendo 30
médicos. Outros 200 profissionais da saúde deverão se registrar no PSDB até o
próximo sábado (5) quando encerra o prazo para novas filiações em todo o País.
Uma
das novas filadas é a médica Mayra Pinheiro, que estava no protesto do
Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) ocorrido no último dia 26 de agosto,
quando profissionais da saúde de Cuba foram hostilizados na Escola de Saúde
Pública do Ceará (ESP-CE). No discurso de filiação, Mayra fez críticas às
políticas de saúde pública Estadual e Federal. A médica afirmou que as pessoas
hoje no poder são um retrocesso “só visto em governos fascistas”, disse.
Tasso
Jereissati critica a criação de novos partidos
“A
política do Brasil e do Ceará está vencida. Se eu quisesse ser um pouco mais
duro diria apodrecida.
Não existe mais política no sentido original da
palavra”, disse Tasso Jereissati. Segundo ele, os partidos políticos hoje
viraram “um grande departamento de moeda de troca”.
O
ex-senador criticou o que ele chamou de “grotesco espetáculo de novos
partidos”. “São partidos que ninguém sabe de onde veio, de quem é para fazer o
quê e o que ele pensa. E nem fazem questão de dizer o que pensa”, afirmou. Para
ele, estas legendas estão interessadas apenas numa “jogatina de interesses”.
Com
relação ao atual período político e às manifestações populares ocorridas em
todo o País, Tasso os comparou com os movimentos ocorridos há 25 anos, no fim
da ditadura militar, como o “Diretas Já”, que pedia eleições diretas para
presidente. “Isso mostrou que um ciclo estava sendo encerrado completou.
Ex-governado
disse que uma nova candidatura seria um retrocesso
Tasso
Jereissati reiterou que não será candidato nas próximas eleições. “Quando me
dizem: você deveria ser candidato a governador, é um retrocesso. Eu fui 12 anos
governador e mais 12 anos de família Gomes e vai voltar para mim? Isso aqui não
é oligarquia. Nós entramos para modernizar o Estado brasileiro, disse.
Contudo,
Tasso deixou claro que vai atuar na campanha política pelos candidatos do PSBD,
tanto na esfera local quanto nacional, apoiando a candidatura do senador Aécio
Neves (MG) a Presidência da República que, de acordo com Tasso, já está
assegurada.
Via
Diário do Nordeste