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Católicos de Altaneira voltam com o cortejo do pau da bandeira depois de 2 anos

 

Igreja Matriz de Santa Teresa D'ávila, em Altaneira.(FOTO | Erick Silva).

Por Nicolau Neto, editor

Na última quinta-feira, 06, teve início o tradicional novenário em homenagem a Santa Teresa D`Ávila, Padroeira do Município de Altaneira. O evento sempre é aberto com a busca do pau da bandeira no sítio poças até a Igreja Matriz, no centro da cidade.

Festa de Santa Teresa para os mais devotos e Festa de Outubro para aqueles mais ligados as bandas de forró que vem animar o público, ocorre entre os dias 6 e 15 do mês em curso. Mas para os foliões do mundo profano, ela acaba mais cedo, no dia 14. No dia 15, entretanto, acontece o encerramento com procissão. É o momento onde fieis percorrem as principais ruas da cidade com a imagem da Padroeira.

Essa é a primeira festa religiosa e profana realizada desde o início da pandemia, em 2020, de forma presencial. Marca também a volta das bandas de forró e dos artistas da terra no calçadão. Os eventos desse porte vinham sendo realizados no Parque João Almeida Braga desde a gestão do ex-prefeito Delvamberto.

Festa de Santa Tereza em Altaneira: Faça o que eu digo e me deixe fora dessa




"Fieis" demonstram força e coragem durante carregamento do
Pau da Bandeira em Altaneira. Foto: João Alves
Este ano é a primeira vez que dedico um pouco do tempo para me direcionar a um fato que não é a primeira vez que ocorre e, sem dúvida nenhuma, não será a última. O carregamento do Pau da Bandeira é um evento tradicional que antecede os festejos destinados a padroeira do município de Altaneira, Santa Tereza D’Ávila, que se inicia na tarde do dia 06 e se estende até o dia 15 de outubro.

É inegável a importância deste evento para o município, seja na área econômica, gerando renda, seja na área turística e cultural, permitindo o conhecimento e acesso dos visitantes à cultura religiosa da cidade e visita aos parentes, seja pela própria dinâmica social que gera entre as pessoas. Mas o que marca esse festejo é, sem dúvida a participação de diversas pessoas em momentos estratégicos que antecedem o cortejo à santa, o carregamento do pau da bandeira para ficar exposto em frente à Igreja com a imagem de Santa Tereza.

Como na história há um preceito de que os processos históricos são tomados de mudanças e permanências, pode-se dizer que dentro deste cenário, a imagem que se percebe da sociedade altaneirense é praticamente a mesma que se tinha na sociedade feudal, onde havia uma organização e uma divisão clara dos papeis sociais. Organização e divisão essa que tinha o aval da autoridade divina. Afinal, tudo o que era feito recebia explicações e justificativas divinas, o que em tese não se diferencia muito das hoje apresentadas. Nesse modelo de sociedade, dividida em classes sociais ou estamentos, cabia ao clero cuidar da salvação espiritual de todos; aos guerreiros, zelar pela segurança; e aos servos, executar o trabalho nos feudos. Assim, “O próprio Deus quis que entre os homens, alguns fossem senhores e outros servos, de modo que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos amem e venerem a seu senhor, seguindo a palavra do apóstolo: Servos, obedecei a vossos senhores temporais com temor e apreensão; senhores, tratai vossos servos de acordo com a justiça e a equidade”.

Hoje, esse cenário não mudou muito. Se não vejamos. Quem em Altaneira, especialmente os que participam ativamente dos cortejos a padroeira, já viu os figurões religiosos (os padres) estarem inserindo de forma efetiva durante o evento de carregamento do pau da bandeira? Quem já testemunhou um padre se juntar aos “fieis” e colaborar no ato (pegar, segurar e carregar o material) até a igreja?

Não, não se percebe isso. Não que eu queira afirmar que a presença do pároco nesse ato ajudasse, por exemplo, a superar o atraso que se verificou na chegada do pau dentro da cidade, já ao anoitecer.  Não seria hipócrita de cogitar essa possibilidade. O que estou querendo afirmar é que a cultura religiosa reinante durante a idade média continua a ser alimentada na contemporaneidade. Agora com novas vestimentas e de forma camuflada. A sociedade de estamentos onde o Clero está para orar, os Guerreiros para garantir a segurança e os Camponeses (servos) executar o trabalho, se reveste de novas formas e métodos, mas com o mesmo princípio, manter o clero afastado e ao mesmo tempo perto dos fieis.  Aqui, o pároco fica ditando o ritmo durante o cortejo em cima de um carro, exercitando a força espiritual, enquanto que a força braçal fica a cargo dos fieis.

Religiosamente falando, pode-se dizer que a própria história do cristianismo é relegada. Afinal de contas, para os que acreditam em um ser divino, Jesus foi enviado a terra para salvar a humanidade e um dos requisitos para isso foi ter que carregar uma cruz. Na idade média e na contemporaneidade os que estão para continuar essa “obra” se esquivam dos “serviços pesados”. Irônico não?

Assim, mantem-se uma cultura religiosa da divisão de papeis. Onde o Clero ora e os fieis são ao mesmo tempo guerreiros e servos. Mantem a segurança do evento, pois se o pau cai alguém pode se machucar e executam o trabalho pesado, carregando o pau até o centro da cidade. Fica então, a expressão (de cima de um carro, para que visualizar o povo melhor e para que este o escute) faça o que eu digo, mas me deixe fora dessa.





Vereador Flávio Correia critica leilão nos festejos da padroeira de Altaneira




Vereador Flávio Correia diz que leilão é uma afronta a
comunidade carente. Foto de arquivo
A sessão desta terça-feira, 01, foi, em sua grande parte, como as outras. Mas teve algo que a diferenciou das demais. Pela primeira vez, um parlamentar ousou discordar de uma das práticas difícil de digerir realizadas todos os anos pelo igreja católica e com a colaboração luxuosa da maior parte do políticos partidários locais, o leilão durante festejos da padroeira do município de Altaneira, Santa Tereza D’Ávila. O dono do discurso revolucionário para os padrões locais? O vereador Flávio Correia. 

Este fazia o melhor discurso até o momento. Pouco mais de 02 (duas) horas de discussão. "Não gosto de leilão. Acho uma afronta à comunidade carente", disse. Acrescentamos ainda vereador, que o leilão é uma versão moderna da "política do pão e circo", prática comum da Roma Antiga. Um conjunto de pessoas bem financeiramente (não vamos aqui discutir os meios utilizados para isso), demonstrando que possui muito dinheiro enquanto que a maioria esmagadora da população fica a mercê dessa prática desmoralizante, desumana. Na antiguidade, utilizava-se da política do pão e circo para manter a população fiel às ordens estabelecidas e conquistar seu apoio em troca de alimentos e de diverti-la. Um estratégia para mantê-las longe das revoltas sociais.

Vereador professor Adeilton caminha na direção
oposta ao povo.
Hoje, essa prática se modernizou e ganhou contornos dramáticos, sendo alimentado pelas classes sociais dominantes, revestidas de poderes políticos e religiosos.  Enquanto ainda há ( não podemos ser hipócritas) famílias que passam dificuldades financeiras no município, há aos mesmo tempo figuras políticas que deveriam está pensando ( ou até mesmo agindo) em construir projetos nesse sentido, prefere continuar a caminhar em direção oposta as classes menos favorecidas economicamente. E o pior alimentando uma rivalidade político-religiosa onde só quem sai perdendo é o povo. Se não vejamos. O vereador professor Adeilton (PP) chegou a publicar nesta terça-feira, 01/10, poucas horas antes do início da sessão no Grupo “O que acontece em Altaneira?”, a seguinte frase “Hoje pela manhã estive reunido com o ex-prefeito e liderança politica de nossa cidade Antonio Dorival para formularmos convites a vários amigos e autoridades da nossa região para participarem da Festa de Santa Tereza, em especial do nosso Leilão no dia 12/10, para que o mesmo seja um sucesso”.

Sucesso pra quem, vereador?

Em um cenário onde a maior parte da população se encontra entre os que não possuem boas condições financeiras, o vereador segue na linha de discursos retrógrados. Para ele o mais importante é o jogo do gato e do rato. Do rico e do mais rico. O jogo da rivalidade política tentando, sempre que possível colocar em evidência um confronto entre personalidades, onde nesse quesito ele prefere até sair de cena em nome da sua referência, o ex-prefeito e com os direitos políticos suspensos (Antonio Dorival de Oliveira - PSDB). Nesse jogo, o ganhador não é o povo. Ao contrário, é nele e por ele que se evidencia um dos maiores atos de desumanidade, de falso moralismo. Um grupo de cinco, seis e até sete pessoas (não me arrisco a aumentar o número) arrebatando um quilo de frango por R$ 300,00, até R$ 500,00, quando várias pessoas sequer têm R$ 10,00 semanais para comprar.

Ora, que sentido tem em um leilão em um evento religioso onde uma maioria assiste a uma minoria desdenhar de sua condição financeira? Essa moderna política do pão e circo é ainda mais perversa não só porque vem sendo alimentada por grupos com poderes políticos e religiosos, mas principalmente porque se comparada aos moldes antigos, essa permite que o povo não receba, não participe e ao mesmo tempo testemunhe a sua ingenuidade.



Manter uma tradição religiosa praticando crime ambiental vale a pena?




A Igreja Católica do Município de Altaneira, através do pároco Alberto e fieis praticantes ou não, ou ainda aqueles que querem apenas uma diversão, estão, a um só tempo, praticando um crime contra o meio ambiente ao realizar de forma desenfreada o desmatamento para sustentar uma tradição calcificada na religiosidade. Querem manter os festejos, as manifestações de fé de qualquer forma. Ante a isso, todo anos árvores são derrubadas para cumprir um ritual do tradicional Pau da Bandeira em homenagem a padroeira do município, Santa Tereza D´Ávila.

Aroeira foi escolhida para o Pau da Bandeira na festa de
Santa Tereza D'Ávila, padroeira de Altaneira.
Foto: Humberto Batista
Ora, não estamos tomando as dores de um ambientalista simplesmente, mas de cidadãos preocupados com a saúde ambiental. É sabido que diversas são as consequências desse tipo de agressão ao meio ambiente e que no contraponto acaba afetando também a sobrevivência humana. Destruição da biodiversidade, empobrecimento do solo, aumento considerável da temperatura, desertificação, levando a destruição e extinção de diferentes espécies. Muitas delas, inclusive, podem ajudar na cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são desconhecidas do homem, correndo o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas.

Certo que elas (as árvores) são cortadas anualmente em lugares diferentes, o que em tese reduziria ou tardaria essa catástrofe. Em tese, uma vez que não há preocupação da igreja e dos seus seguidores no processo de reflorestamento. Ainda não vimos  nenhuma ação no sentido de replantar as áreas desmatadas. Não se pode continuar alimentando a fé sem o cuidar do espaço. Manter a manifestação de fé sem levar em conta os riscos ambientais não vale a pena. Será que estão esquecendo que são elas, as plantas, os únicos seres capazes de colocar oxigênio no planeta?. Será que estão esquecendo que eles, enquanto humanos não possuem fábricas onde possam fabricar moléculas de oxigênio?

Fieis católicos de Altaneira realizam corte de árvore e praticam
crime ambiental. Igreja Católica não está preocupada com
o desmatamento desenfreado.  
Ora, o extermínio das árvores das florestas, pela poluição e desmatamento, são dois fatos que podem acabar com as condições de vida na Terra. Sem plantas para repor o oxigênio da atmosfera os seres humanos estão fadados a extinção. Ante a isso, se faz necessário, e de forma urgente, uma política de conscientização ambiental tanto para a instituição e seus fieis quanto para os proprietários dos terrenos. Não estamos propondo um fim dos festejos, do carregamento do "pau da bandeira", mas uma educação ambiental.

O assunto não é novo, como também não é nova a preocupação em cuidar da saúde ambiental de Altaneira que está a beira de uma catástrofe se nenhuma medida séria for tomada e, de forma urgente. No último sábado, 14, Tony Sousa, residente em Franco da Rocha, estado de São Paulo, ao comentar artigo publicado no Blog de Altaneira intitulado “Aroeira é escolhida para o Pau da Bandeira de Santa Tereza D’Ávila” questionou essa manutenção da tradição religiosa sem levar em consideração a saúde ambiental local.  “pra que fazer uma coisa ridícula desta matar uma arvore que demora 100 anos pra chegar a esta altura. por que não inventa um outro meio de comemorar esta festa . deus não concorda com estas barbaridades que os administradores da igreja fazem.nos anos dos festejo de nossa querida santa Tereza em altaneira já foi desmatado quase uma floresta . e a igreja plantou alguma arvore nestes anos todos?”, perguntou Tony. Tão logo outros comentários em defesa do reflorestamento foram feitos, como o do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, por exemplo, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho editou matéria em seu portal com o título “Altaneirenses criticam derrubada de árvores para o Pau da Bandeira”. 

Derrubada de árvore em Altaneira para manter uma tradição
calcificada na religiosidade representa crime ambiental
no município de Altaneira
Toda via e, lamentavelmente o assunto não mereceu se quer uma nota na Rádio Altaneira Fm. Os internautas, por sua vez., dentre os quais incluímos professores e estudantes pouca atenção deram. Assim, o assunto do crime contra o meio ambiente praticado pela igreja católica de Altaneira e seus fieis não teve maiores repercussões.

Alguns até ousaram comentar, mas foi para questionar a demora das críticas. No entanto, o assunto de que bandas virão tocar nos festejos à padroeira em outubro próximo continuam a todo vapor. Não tivemos explicação do figurão da instituição religiosa supracitada ( e nem vamos ter, pois não faz parte dele responder ou explicar nada que vá contra as normas religiosas) e tampouco teremos mais defensáveis do meio ambiente. Gostaríamos de ouvir os nobres representantes do legislativo municipal quanto a esta problemática, se possível nesta terça-feira, 17, durante sessão plenária na Câmara Municipal no tema livre. Afinal assunto como esse não pode passe despercebido pelos legisladores e fiscalizadores, não é mesmo Edezyo Jalled, Flávio Correia, Professor Adeilton, Antonio Leite, Alice Gonçalves, Genival Ponciano, Zuleide Ferreira, Lélia de Oliveira e Gilson Cruz? 

O que os jovens de Altaneira discutem?




Jovens em festa no Sítio Córrego com o Forró do Misturado
Foto: João Alves
Os festejos destinados a Padroeira do Município de Altaneira, ocorrido tradicionalmente entre os dias 06 e 15 de outubro, chama a atenção dos jovens não pelas atividades referentes ao que os religiosos chamam de sagrado, mas pelo que esse grupo o denominou de profano.

Os jovens de Altaneira sejam eles católicos ou protestantes não lutam por uma instituição religiosa progressista (não me arriscaria a dizer revolucionária, pois seria pedir demais e, se assim viesse a ocorrer, acabaria por extingui-la).  Não lutam pelo afastamento de religiosos envolvidos em pedofilia, assédio sexual ou corrupção. Não discutem temas que mexem com imaginário local, como o fato de chamar a atenção da igreja que deveria “permitir” que as mulheres católicas usassem a pílula do dia seguinte.

Assim, temáticas como a permanência de símbolos religiosos em instituições oficiais, como o uso de quadros e crucifixos nos legislativos e na sala do judiciário, o uso de recursos e a forma de adquiri-los para a manutenção das instituições religiosas, o fim do ensino religioso em escolas públicas nenhum dessas temáticas são levantadas pela grande maioria da juventude altaneirense. Infelizmente. Por que será? Diversas são as justificativas e vários são os motivos para tal. Tem-se uma juventude apática. Aparecem nas discussões meramente por motivos supérfluos.

Os festejos da padroeira se aproximam e com ela discussões infantis. Debates vêm e vão por querem carros de som acompanhando o pau da bandeira, quais bandas irão tocar no palco, etc. Discutir isso é importante? Claro que é. O problema são as formas como se dão. Esporadicamente. Quando assuntos mais importantes são colocados em evidência pouca coisa se constrói, para não dizer quase nada.

Ora, se não vejamos. A história religiosa de Altaneira é cheia de ações que não representam nenhuma novidade quando equiparadas nacionalmente e mundialmente. Nos últimos anos, o líder da igreja católica (tenho sérias dificuldades em atribuir essa característica a membros desse grupo), está sendo tachado como o intransigente, intolerante e retrógrado. Quem não se lembra da polêmica envolvendo os membros da peça Paixão de Cristo? Naquela oportunidade os participantes haviam solicitado o patamar da Igreja Católica para o momento da Crucificação, o que foi negado pelo Pároco sem justificativas convincentes. 

Jovens altaneirenses nos festejos de São José.
Este ano, nos festejos alusivos a semana de São José realizado na Capela, ele, o Padre Alberto confundiu mais uma vez o conceito de público e privado. De acordo com informações publicadas pelo professor Antonio Nonato no seu perfil no facebook e, em conversa informal, o sacerdote o denunciou na delegacia por ter colocado em praça pública brinquedos para as diversões das crianças, uma vez que as peças foram montadas sem a sua autorização.

São fatos como esses que a juventude precisa discutir. Além de outros notoriamente importantes. A juventude participa dos festejos, brinca e se diverte, cobra bandas reconhecidas nacionalmente para vir tocar nas festividades sem ao menos saber o que há por trás das músicas e, principalmente vão às novenas e cultos sem ao menos conhecer a trajetória dessas instituições, ou seja, sem saber e sem procurar saber o que as mantem (o que é mais grave). Tudo isso ocorreu e ocorre, mas ela não está (na sua maioria) preocupada com os desmandos, com o autoritarismo do pároco recentemente demonstrada e reforçada nas linhas acima.

Está na hora da juventude acordar e procurar se inserir nos espaços de poder. Deixarem de ser coadjuvante. Deixarem de discutir infantilmente.  A festa é importante? Participar das escolhas e sugerir atrações a seu gosto é necessário? Claro que é. E como é. O problema é que para por ai. Ainda não vi a classe dos jovens entrar nas redes sociais ou em qualquer outro meio para discutir pontos mais importantes como uma Semana Cultural com diversas atrações. Acredito que seria muito mais produtivo o debate. Lutar por uma cultura que venha a surtir efeitos positivos nos altaneirenses e que tenha constância e não em apenas eventos esporádicos e vinculados apenas aos aspectos religiosos (Festa da Padroeira e Paixão de Cristo).