(Foto: Reprodução/ RBA) |
Professores,
acadêmicos de universidades brasileiras divulgaram manifesto em defesa dos
direitos humanos para marcar o Dia do Professor, nesta segunda-feira (15). O
texto defende o exercício da tolerância no contexto das eleições 2018, e alerta
para escalada de manifestações de ódio. "Nossa sociedade, mergulhada em uma profunda indignação, mostra-se
aberta às trevas do passado", afirma o documento, amplamente
compartilhado pelas redes sociais.
Intitulado
Professores Universitários pelos Direitos e pela Tolerância, o manifesto vê com
preocupação a preferência de parcela significativa da sociedade pelo candidato
da extrema-direita à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL). Ele, que defende
abertamente a ditadura civil-militar (1964-1985), bem como suas práticas
obscuras, como a tortura de opositores. A escalada do ódio já reverbera nas
ruas. Ataques de apoiadores do candidato já ultrapassam os 50, bem como
manifestações de homofobia e racismo, até mesmo a defesa aberta do nazismo.
"Estamos
diante de uma liderança que busca ocupar o cargo mais alto de nossa República e
que vem atingindo cada vez mais pessoas com discursos racistas, separatistas,
misóginos e homofóbicos. Discursos de apologia à tortura, à ditadura e à
violência contra a mulher, contra militantes contrários e contra minorias
refletem a fragilidade dos direitos humanos e de nossa Constituição em seu
eventual governo", completa o texto.
Os
professores clamam pela defesa da democracia liberal, frente às ameaças
terroristas infundadas, pregado por ele e seus seguidores, para angariar votos.
"O medo insensato do comunismo forja um cenário em que os oprimidos se
tornam os maiores apoiadores dos opressores. Essa tortura psicológica impõe a
aceitação da ideia de que a ordem deva ser alcançada a qualquer custos, sem
limites."