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Boulos e Marina quebram monotonia do segundo debate entre os presidenciáveis


Marina encontrou oportunidade para dialogar com o público feminino que pretende votar em Bolsonaro: defesa da mulher. (Foto: Reprodução).

Os candidatos Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (Psol) quebraram a monotonia do debate na Rede TV! na noite desta sexta-feira (17), marcado por um clima morno e pela repetição da abordagem de temas, como a corrupção e o desemprego. Durante o terceiro bloco, quando os candidatos se enfrentaram com perguntas, era quase meia noite quando Marina revidou uma fala de Jair Bolsonaro (PSL) para Henrique Meirelles (MDB) sobre o problema de mulheres receberem salários menores do que os homens. “Na CLT está garantido que a mulher ganhe igual, não temos de nos preocupar”, disse Bolsonaro a Meirelles.

Só uma pessoa que não sabe o que significa uma mulher ganhar um salário menor do que um homem e ter as mesmas capacidades, a mesma competência, e ser a primeira a ser demitida, ser a última a ser promovida e quando vai em uma fila de emprego, pelo simples fato de ser mulher não é aceita. Então, não é uma questão de que não precisa se preocupar, tem de se preocupar sim, porque quando se é presidente da República, a gente tem de fazer cumprir o artigo quinto da Constituição, que diz que nenhuma mulher deve ser discriminada. Não fazer vista grossa, dizendo que não precisa se preocupar, precisa sim, um presidente da República está lá para combater injustiças”, defendeu Marina, quando Bolsonaro a escolheu para indagar sobre sua ideia de armar a população para aumentar a segurança.

Temos aqui uma evangélica que defende o plebiscito para o aborto e para maconha e quer agora defender a mulher. Você não sabe o que é uma mulher, Marina, que tem um filho jogado no mundo das drogas. Você não sabe o que é isso, para você defender um plebiscito nesse sentido”, disse Bolsonaro. “Eu defendo a mulher, inclusive, defendo a castração química para estupradores”, afirmou Bolsonaro, para depois defender que “a mulher de bem” tenha posse de uma arma de fogo dentro de casa se desejar.

Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência”, afirmou Marina, “nós somos mães, nós educamos os nossos filhos, a coisa que uma mãe mais quer é ver um filho ser educado para ser um cidadão de bem, e você fica ensinando o nosso jovem que tem que resolver as coisas é na base do grito, Bolsonaro, você é um deputado, é pai de família. Você um dia desses pegou a mãozinha de uma criança e a ensinou como se faz para atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança... Ensina a criança no caminho que deve andar”, afirmou, "e quando for grande não se desviará do caminho".

50 tons de Temer

A oportunidade para Boulos atacar Alckmin surgiu no quarto bloco, quando os candidatos fizeram as considerações finais. Sem atentar para o tempo escasso, de apenas 45 segundos, Alckmin quis usar a figura de Boulos no primeiro debate, transmitido pela TV Bandeirantes, de que entre os candidatos predominam “50 tons de Temer”, e acabou por não completar o seu raciocínio sobre propostas de sua candidatura.

Dos 50 tons de Temer, 40 são vermelhos, do PT e seus aliados, afinal, foram eles que escolheram o Temer de vice da Dilma”, disse o candidato tucano.

Parece que a carapuça de 50 tons de Temer serviu ao Geraldo Alckmin, não por acaso”, disse Boulos, para emendar: “querem fazer você acreditar que o único jeito de ser presidente do Brasil é ter apoio de banqueiro, de grande empresário, é fazer campanha com marqueteiro. Mas aqui não. Aqui tem um outro jeito de fazer política, que é com o olho no olho, política e campanha feita por gente como a gente. Não se deixe enganar, muitos aqui disseram que são a mudança, mas se não fizeram até hoje, não vão fazer”. (Com informações da RBA).