Com
a desistência de José Serra na véspera, Aécio tinha tudo para fazer do
lançamento de seu “pré-programa” de Governo um acontecimento.
Afinal,
era o início do voo solo do candidato da maior força de oposição do país, agora
inconteste representante dos tucanos na disputa.
Tudo foi cuidadosamente montado, até o cenário parecido com o de eventos eleitorais americanos.
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Aécio Neves lança seu pré-programa de Governo para disputa do Palácio do Planalto em 2014. |
E
o resultado…Bem, o resultado você viu qual foi.
Ou
melhor, não vou, porque não foi.
A
ausência de uma menção sequer ao pré-sal, apontada por Saul Leblon em texto
indicado aqui, foi uma lacuna no meio do nada.
Até
a Folha, que aplaude qualquer crítica ao atual governo, tachou de “sem
inspiração” a fala do mineiro.
Sorridente,
arrumadinho, mas incapaz de fixar alguma ideia na cabeça de alguém: pronto para
o que disse ser esquecido em dez minutos.
E
olhe que Dilma Rousseff e Eduardo Campos, adversários de Aécio, não são
propriamente donos de um desempenho pessoal
de estrelas.
Aécio
tem o discurso do velho, do passado, do pretender apontar maravilhas num
período do qual os brasileiros se recordam como pesadelo.
Lembro-me
do Tio Ivo, da vila de subúrbio onde passei minha infância, que – cardíaco –
jogava com a garotada de “beque parado” e delá nos orientava, aos gritos.
Dependendo de quem estivesse com a bola, no time adversário, ouvíamos a sua
voz: “larga, deixa sozinho que a Natureza marca”.
Aécio,
sem adversários internos e assumindo um clima de amizade ajantarada com Eduardo
Campos, está sendo marcado pela natureza da tucanagem.
Eles
não tem o que dizer ao Brasil.
Via
Tijolaço