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UFCA promove IX Semana da Filosofia – Africanidades, Educação e Resistência


IX Semana de Filosofia da UFCA - O Lado Negro da Filosofia. Africanidades, Educação e Resistência.
(Foto: Reprodução). 

De 19 (dezenove) a 23 (vinte e três) de novembro, universitários/as, professores/as, pesquisadores/as e demais representantes da sociedade civil irão se debruçar no compartilhamento de experiências e conhecimentos na IX Semana de Filosofia da Universidade Federal do Cariri (UFCA), em Juazeiro do Norte.

O evento organizado pelo Centro Acadêmico de Filosofia tem como tema “O Lado Negro da Filosofia: Africanidades, Educação e Resistência” e contará com mesas redondas, rodas de conversa, oficinas, minicursos, vivências e apresentação de produções acadêmicas e não-acadêmicas. Segundo informações divulgadas no site oficial do evento, a escolha da temática partiu da necessidade de “fazer afrontamento à ausência de estudos e pesquisas sobre africanidades e filosofia africana na UFCA e na academia de modo geral”, além de pretender “afrontar a problemática da construção e perpetuação de um espaço hegemonicamente branco, assim como a importância de reafirmar a necessidade da política de cotas raciais e sua efetivação na prática”. “Outro aspecto fundamental é pensar a permanência das pessoas negras nas instituições de ensino superior que são estruturalmente racistas”, justifica-se.

Professores Nicolau Neto e Maria Telvira dividirão a mesa 2. (Foto: Reprodução).

A Semana que se norteará a partir de três eixos centrais inter-relacionados - africanidades, educação e resistência -, objetiva, dentre outros, refletir e fazer enfrentamento aos longos anos de injustiça e invisibilização epistemológica para com as produções de autores e correntes filosóficas de pensamento não-eurocêntricas, nesse caso específico, as de origem africana e afrodescendente. Para tanto, contará com a seguinte programação:

SEGUNDA-FEIRA (19/11)
16h: Credenciamento
18h30: Homenagem ao Mestre Moa do Katendê
19h às 21h30 - Mesa de Abertura - Origens Africanas da Filosofia: as muitas facetas do racismo epistemológico
Convidados: Prof. Dr. Reginaldo Domingos (UFCA), Prof. Alex Baoli e Prof. Dr.
Wanderson Flor (UnB)
Local: Auditório Bárbara de Alencar (Bloco E)

TERÇA-FEIRA (20/11) Dia da Consciência Negra
09h às 12h – Comunicações
14hrs às 17h – Oficinas
18h30 – Artistagem: Cypher de Break
19h às 21h30 – Roda de conversa – 130 anos depois: a juventude negra quer viver!
Convidadas/os: Pâmela Queiroz (UFCA) e Rapper Dextape
Local: Moringa (entre os blocos A e C)

QUARTA-FEIRA (21/11)
09h às 12h – Comunicações
14h às 17h – Oficinas
18h30 – Artistagem: Cota Não É Esmola (Canto)
Estudantes do Colégio Tiradentes
19h às 21h30 – Mesa 02 – Avanços e Percalços Entorno da Lei 10.639: história e cultura afro-brasileira na educação básica
Convidadas/os: Profa. Dra. Maria Telvira (URCA) e Prof. Nicolau (GRUNEC/ALB/Seccional Araripe)
Local: Auditório Bárbara de Alencar (Bloco E)

QUINTA-FEIRA (22/11)
09h às 12h – Minicursos
14h às 17h – Minicursos (continuação)
17h às 19h – Artistagem
19h às 21h30 – Roda de conversa: Interseccionalidades entre Raça, Classe, Gênero e Diversidade Sexual
Convidadas/os: Tiago Alexandre (URCA), Carlos Dias (URCA) e Frente de Mulheres de Movimentos do Cariri
Local: Moringa (entre os blocos A e C)

SEXTA-FEIRA (23/11)
18h30: Homenagem a Marielle Franco
19hrs às 21h30 – Mesa de encerramento – A carne mais barata do mercado...: a racialidade em tempos de fascismo
Convidadas/os: Me. Maria Yasmim (UECE) e Prof. Edson Xavier (URCA)
Local: Auditório Bárbara de Alencar (Bloco E)
22h: Cultural

IV Feira Empreendedora da Escola Profissional Wellington Belém de Figueiredo homenageará Mestre Espedito Seleiro


Estudantes da Escola de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo em vista a Santana do Cariri para divulgar a IV Feira Empreendedora. (Foto: Reprodução/Instagram).

A IV Feira Empreendedora da Escola de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda, uma ação do Programa de Educação Empreendedora sob o cognome “Jovens Empreendedores”, a ser realizada no próximo dia 5 de dezembro, terá como homenageado o Mestre da Cultura Espedito Seleiro.

Durante esta semana alunos e alunas da disciplina de Empreendedorismo realizaram visitas as escolas de municípios que são atendidos na referida instituição via consórcio com o governo do Estado do Ceará, como Altaneira e Santana do Cariri para divulgar o evento e correr atrás de patrocínios.

Durante a feira haverá a exposição de lojas construídas pelos próprios discentes, com momento para venda dos produtos confeccionados. É um momento ímpar na vida estudantil, pois permite e fomenta o protagonismo juvenil através da experiência de serem, cada um, organizador, produtor e propagador das suas construções.

Haverá também espaço para que os patrocinadores tenham divulgados as marcas de suas empresas. Uma das ferramentas mais usadas de divulgação pelos alunos e alunas foi a rede social Instagram. Por ela pode-se perceber que já há mais de vinte patrocinadores, entre ele destaca-se a “Paula Festas”, “Madeireira JM”, “Ótica Imperial”, “Drika Cosmcteria”, “Araújo Sat”, “Toda Linda Moda e Acessórios”, “Zé Wagner e Excursões Transporte e Turismo – ME”, “AJ – Net”, “Stephanny Presentes”, “Papel Mania”, “M.A Modas”, “Convida Consultoria” e Assessoria”, “J.F Construções”, “Ritos”, dentre outras.

A Feira será exibida a partir das 13h00 do dia 05 (cinco) de dezembro quando estará aberta para visitação do público.

Paulo Freire é homenageado em escolas e universidades estrangeiras


Umas das obras de Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido é a terceira mais citada nas ciências humanas.
(Painel de Luiz Carlos Cappellano).

A Pedagogia do Oprimido é o terceiro texto mais citado nas ciências sociais e humanas, segundo levantamento de Elliot Green, da Escola de Economia de Londres. Pela sua importância, a obra escrita durante o exílio, no Chile, há 50 anos, é considerada pela Unesco como patrimônio da humanidade.

A obra e seu autor, o educador brasileiro Paulo Freire, são reconhecidos no mundo inteiro, sendo ainda referências e objeto de estudo em diversas universidades.

No Brasil, porém, Freire tem sido execrado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seus seguidores. Tanto que em seu programa de governo ele se compromete a "expurgar a pedagogia de Paulo Freire".

Mal sabe ele que escolas e universidades de diversos países se inspiram nas ideias do educador. Inclusive os Estados Unidos, tão reverenciado por Bolsonaro, que chega ao ponto de bater continência diante da bandeira norte-americana.





Negros são menos de 30% dos estudantes que cursam pós-graduação


Apesar de corresponderem a maioria da população, negros ainda são minorias na graduação e principalmente na pós. (Foto: TVT/Reprodução).

Em debate que abriu a Semana da Consciência Negra, cujo dia é celebrado em 20 de novembro, professores e estudantes da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, argumentaram, nesta segunda-feira (5) sobre a importância das políticas de cotas para negros em cursos de pós-graduação que, segundo os participantes, são ainda mais elitistas e restritos que os cursos de graduação.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) confirmam a percepção dos docentes e alunos ao indicam que, apesar do aumento no número de mestrandos e doutorandos negros, entre 2001 a 2013, que passou de 48 mil para 112 mil estudantes, essa parcela da população corresponde apenas a pouco menos de 30% dos alunos que cursam uma especialização.

"O que a gente tem no Brasil hoje é uma produção de conhecimento que é majoritariamente masculina e branca, só que esse lugar não é tomado como lugar racializado ou de gênero, mas é", explica a professora do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) Márcia Lima ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, acrescentando que inclusão é uma forma também de repensar o conhecimento acadêmico. (Com informações da RBA).

Enem 2018: prova aborda negritude, nazismo, ditadura militar e manipulação na internet


(Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil).

O primeiro dia de prova do Enem trouxe questões sobre feminismo, nazismo, escravidão, regime militar, crise de refugiados, entre outros. Já o tema da redação foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

Entre as questões da prova, uma abordava um dicionário criado somente para o vocabulário usado por travestis. Outra de inglês utilizou um trecho do clássico livro do escritor inglês George Orwell, “1984”, no qual o herói da narrativa, Winston, conversa com o colega O’ Brien sobre o controle do partido. Houve outra sobre verbos no modo imperativo, que apresentou uma peça publicitária sobre violência contra a mulher.

Mais de 5,5 milhões de estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação em mais de 1,7 mil municípios neste domingo (4). O exame segue no dia 11 de novembro, quando serão aplicadas as provas de ciências da natureza e matemática.

A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Veja os temas da redação de edições anteriores do Enem, desde que foi reformulado, em 2009:

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional
Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana
Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: Os limites entre o público e o privado
Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil
Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil – Neste ano houve duas aplicações do exame
Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil (Com informações da Agência Brasil, O Globo e Revista Fórum).

'Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet' é tema de redação do ENEM 2018


Candidatos do ENEM entram para fazer a prova pouco depois que os portões da Universidade Veiga de Almeida, no Maracanã, são abertos. (Foto: Marcelo Regua/ Agência o Globo).

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 é 'Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet' . O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é responsável pela prova, divulgou a informação no twitter logo após o início da prova.

Neste domingo, os candidatos fazem as provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação. Eles terão das 13h30 às 19h para resolver 180 questões e escrever o texto. No próximo domingo, os participantes farão as provas de Ciências da Natureza e Matemática das 13h30 às 28h30.

A prova de redação avalia cinco competências, a primeira diz respeito ao domínio da linguagem formal. Na competência dois, a banca avalia a capacidade do candidato de compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema. Na terceira competência, os avaliadores observam a capacidade de relacionar opiniões e argumentos a favor de um ponto de vista.

A quarta competência se refere ao conhecimento dos mecanismos linguísticos para construção da argumentação. O último critério avaliado pelo Enem se refere à elaboração de proposta de intervenção para o problema, com respeito aos direitos humanos.

Até o ano passado, o candidato que desrespeitasse os Direitos Humanos na prova de redação do Enem recebia zero. Na última edição, após uma determinação do Supremo Tribunal Federal, o critério passou a não mais zerar a prova, mas ele ainda penaliza, com retirada de pontos. (Com informações do O Globo).

Bancada evangélica propõe extinção do Ministério da Cultura


(Foto: Saulo Cruz/Agência Câmara).

A Frente Parlamentar Evangélica, também conhecida bancada evangélica, elaborou um “manifesto à nação” com uma série de propostas que envolvem a “modernização do Estado”, “segurança jurídica”, “segurança fiscal” e “revolução na Educação”. O documento foi divulgado no último dia 24.

A bancada evangélica é uma das principais bases de apoio do presidente eleito Jair Bolsonaro e elegeu, este ano, 180 parlamentares. As propostas listadas no “manifesto” estão em total consonância com as ideias defendidas pelo capitão da reserva.

Uma das medidas propostas pelos parlamentares evangélicos é uma reforma ministerial para reduzir o número de ministérios de 28 para 15. Seriam extintos ministérios como o da Cultura e o da Ciência e Tecnologia – eles seriam incorporados ao Ministério da Educação. Também é prevista a extinção do Ministério do Meio Ambiente, que se tornaria uma secretaria do futuro Ministério do Agronegócio. Assim como Bolsonaro, a bancada evangélica quer criar o Ministério da Economia, que englobaria a Fazenda e o Planejamento.

Focando no “enxugamento” do Estado, o manifesto sugere ainda o “uso intensivo” da terceirização de mão de obra. Também propõe afrouxar os mecanismos que minimizam os impactos socioambientais com o intuito de beneficiar empresas. A ideia é criar um “teto” de compensação ambiental. “Reduzir as incertezas quanto às exigências para obtenção das licenças socioambientais e reduzir o tempo de concessão das licenças socioambientais”, diz o texto.

Para a área da Educação, os parlamentares seguem em consonância com Bolsonaro. Eles pretendem acabar com o que chamam de “ideologia de gênero” e “doutrinação marxista” nas escolas e propõem “rever” o Ensino Superior. Entre as ideias, está a instituição do que chamam de “Ensino Moral”.

Confira a íntegra do manifesto aqui.


Deputada aliada de Bolsonaro cria canal de denúncia contra professores "doutrinadores"


A deputada é cotada para a Secretaria de Educação de Santa Catarina. (Foto: Reprodução).

Os partidários de Jair Bolsonaro nem esperaram a posse formal do novo presidente em 1º de janeiro de 2019. Na noite do domingo 28, logo após o anúncio da vitória nas urnas do candidato do PSL, Ana Caroline Campagnolo, eleita deputada estadual em Santa Catarina pelo partido do ex-capitão, abriu um canal de denúncias na internet contra professores “doutrinadores”.

Campagonolo, cotada para ser secretária de Educação do estado, segue os passos da alemã AfD, legenda de extrema-direita, que criou um canal semelhante para que alunos denunciem a doutrinação nas escolas. No caso, a AfD estimula os estudantes a filmar professores que critiquem o partido.

"Garantimos o anonimato dos denunciantes", afirmou a deputada em uma rede social. Historiadora, Campagnolo processou a professora Marlene de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina e sua ex-orientadora no mestrado, em 2016, por suposta "perseguição ideológica".

O caso foi julgado improcedente em setembro deste ano pelo 1º Juizado Especial Cível de Chapecó (SC), mas a deputada eleita

Segundo Campagnolo, "amanhã é o dia em que os professores e doutrinadores estarão inconformados e revoltados". Ela prossegue: "Muitos deles não conterão sua ira e farão da sala de aula um auditório cativo para suas queixas político partidárias em virtude da vitória de Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifestações político-partidárias ou ideológica", diz a imagem.

Em resposta a alguns comentários em suas redes sociais, a deputada sugere aos estudantes: "Deixem o celular em casa e levem gravador e filmadora mesmo". Em outra resposta, reforçou que "é só se comportar direitinho que não precisa ter medo". (Com informações de CartaCapital).


Em Crato, mesa debate os desafios do Ensino de História no Brasil na atualidade


Mesa de Debates Sobre os Desafios do Ensino de História na Atualidade no auditório do Geopark Araripe, em Crato.
(Foto: Enzzo Lima).

Com a participação dos professores André Veloso, Valdênia de Araujo, Lucivânia da Silva e Nicolau Neto e sob a mediação da professora da URCA, Telvira, o auditório do Geopark Araripe sediou na noite da última segunda-feira, 22, uma mesa de debate acerca do Ensino de História.

Os professores focaram suas falas sobre os desafios do ensino de História no Brasil. Para André Veloso, da Escola Wilson Gonçalves, o maior obstáculo dos docentes da área de ciências humanas, principalmente da disciplina de História, é discutir junto ao corpo discente os caminhos e as lutas travadas para a construção do regime democrático de direito diante da onda conservadora e retrógrada pelo qual passa o pais. Veloz ainda fez um relato da trajetória pela qual passou a história enquanto disciplina até a forma que se encontra hoje, como formadora de pensamento crítico e reflexivo.

Lucivânia, vinculada a Escola José Alves de Figueiredo, fez uma exposição relacionada a dados que presencia em sala de aula. “Nunca tive que estudar tanto para dar aula”, frisou ao comentar que tem que lhe dar com pensamentos e questionamentos de estudantes que ousam afirmar que no Brasil nunca houve ditadura civil-miliar. Outros ainda possuem argumentos considerados machistas. “Certa vez estava falando sobre a revolução industrial e frisávamos as dificuldades que as mulheres tinham nas fábricas e que hoje, apesar da lei proibir salários diferenciados para homens e mulheres que exerçam as mesmas funções, na prática não é o que ocorre. As mulheres continuam ganhando menos que homens”, pontuou. “Mas houve um estudante que afirmou que isso nunca existiu e chegou a um ponto de que destacou que tem mulheres que merecem mesmo morrer, pois são provocativas”. Segundo ela, os tempos são difíceis. “Parte de nossos alunos estão deixando de se formarem nas salas de aula para adquirirem dados disponíveis em redes sociais, como WhatsApp e vídeos no Youtube". Essas informações, segunda ela, vem de pessoas sem nenhuma formação na área educacional.

Valdênia de Araujo, da Escola Wilson Gonçalves, destacou aspectos externos que acabam influenciando negativamente no processo de ensino-aprendizagem. Questões como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Reforma do Ensino Médio foram relatadas por ela. “Enquanto estiverem produzindo livros na região sudeste, as outras regiões não serão contempladas da forma que realmente necessita ser”, destacou.

Universitários/as da URCA durante mesa de debates
sobre os desafios do ensino de História.
(Foto: Enzzo Lima).
O professor, membro da Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras pelo Grunec, Nicolau Neto, enveredou, inicialmente, pelos deveres de todos os docentes, com destaque para os de História. Entre eles, Nicolau citou perceber o (a) estudante como sujeito histórico, pois isso contribui de forma decisiva para a construção da identidade; partir do cotidiano dos estudantes para poder dialogar sobre os conteúdos programáticos, uma vez que as realidades trazidas pelos alunos não podem e nem devem ser descartadas, mas aproveitadas; colaborar com a formação do pensamento crítico e reflexivo; educar para a cidadania e educar para a politização. “Tendo esse pensamento em mente e o executando diariamente em sala de aula, fica mais fácil vencer os desafios do ensino-aprendizagem”, disse.

O professor trouxe para o debate a constituição da História enquanto disciplina que se consolidou a partir do século XVIII e no século seguinte passou a sofrer influência do Positivismo e do Marxismo.  Para Nicolau, nesse contexto o ensino de História no Brasil foi colocado, durante grande parte do período republicano, sob uma perspectiva puramente narrativa ao apresentar personalidade (políticas ou ligados a ela), fatos pontuais, heróis ( e não heroínas), características políticas e econômicas de uma determinada sociedade que ia de acordo com o modelo político e público de educação.

Ele ressaltou que durante o século XX e com o advento do século XXI haverá uma série de avanços significativos que colocam o professor, a professora em situações cada vez mais desafiadoras, tais como professor(a) pesquisador; ampliação e difusão do material didático relacionado a História disponível; variedade de publicações, sejam elas impressas ou digitais em formatos de textos, vídeos e imagens ao alcance dos estudantes a qualquer momento. Diante disso, ele indagou: qual o papel do professor, da professora? Como fazer os estudantes a se interessarem por sua aula? Sem ter a intenção de deixar o caso por encerrado, mas tão somente apontar caminhos, Nicolau citou que é necessário romper com o currículo europeizante ainda reinante, fazer valer em sala as leis 10.639/2003 e 11.645/2018 que versam sobre a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira e História e Cultura Indígena, respectivamente. Por fim, mas não menos importante, ele tocou na necessidade da Formação Continuada para professores/as, da participação efetiva do corpo docente nas escolhas dos livros didáticos e, principalmente, que cada professor e professora possa estar cotidianamente conectado com os fatos do presente correlacionando com os conteúdos ministrados em sala de aula. “As escolas e as salas de aulas não podem e nem devem ser um mundo à parte”, frisou. Em um mundo onde as “desinformações advindas de redes sociais valem mais que fatos históricos comprovados e discutidos por professores em sala de aula, nós precisamos estar cada vez mais vigilantes e nos tornarmos além de professores pesquisadores, nos tornarmos de igual modo, professores ativistas e disputarmos narrativas”, concluiu.

A mesa foi uma organização do Núcleo de Apoio Pedagógico e Pesquisa em Ensino de História (Nuapeh), vinculado a Universidade Regional do Cariri (URCA), tendo como público universitários/as da própria instituição.

Estudantes do Nordeste têm a melhor colocação em Olimpíada de História


Dos finalistas, 15 times receberam medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. (Foto: Reprodução/Uol).

Mais de mil alunos e professores de escolas públicas e particulares espalhadas pelo Brasil participaram neste fim de semana da final da 8ª ONHB (Olimpíada Nacional em História do Brasil), realizada na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A região Nordeste foi a que teve o melhor desempenho do país.

Estudantes da Bahia (6 medalhas), Ceará (19), Pernambuco (4) e Rio Grande do Norte (14) contabilizaram juntos 43 medalhas de ouro, prata e bronze – de um total de 75.

Dos finalistas, 15 times receberam medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze, de acordo com informações da organização do evento.

Ouro olímpico

Ceará foi o Estado que conseguiu o maior número de premiações: 1 ouro, 9 prata e 9 bronze, somando 19 medalhas. Os estudantes do time "Vire à Esquerda", do Colégio Cônego Francisco Pereira (Fortaleza), foram os grandes vencedores regionais com a medalha de ouro.
Os times de São Paulo ocuparam a segunda posição no ranking geral de quantidade de medalhas, com 15. Os três ouros do Estado foram para os alunos dos times "Oxe Filomena", do Colégio Poliedro (São Paulo), e "Triângulo dos Bermudas Os times de São Paulo ocuparam a segunda posição no ranking geral de quantidade de medalhas, com 15. Os três ouros do Estado foram para os alunos dos times "Oxe Filomena", do Colégio Poliedro (São Paulo), e "Triângulo dos Bermudas e "Usurpar ou ímpar? Eis a questão!", ambos do Colégio Termomecanica (São Paulo).

A terceira colocação geral ficou com os estudantes do Rio Grande do Norte, que somou 14 medalhas. Os medalhistas de ouro estudam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado (campi Mossoró e Ipanguaçu) e fazem parte dos times "1822", "Azul de Metileno", "Guantánamo", "Hanna Pow Pow e os Powzinhos" e "Os Mitos". (Com informações Uol).

Confira o quadro geral por quantidade de medalhas

Ceará – 19 medalhas (1 ouro, 9 prata, 9 bronze)
São Paulo – 15 medalhas (3 ouro, 4 prata, 8 bronze)
Rio Grande do Norte – 14 medalhas (5 ouro, 4 prata, 5 bronze)
Bahia – 6 medalhas (3 ouro, 1 prata, 2 bronze)
Espírito Santo -  5 medalhas (2 pratas e 3 bronze)
Minas Gerais -  5 medalhas  (1 prata e 4 bronze)
Pernambuco – 4 medalhas (1 ouro, 1 prata, 2 bronze)
Mato Grosso – 2 medalhas (1 ouro e 1 bronze)
Pará – 1 medalha (1 bronze)
Rio de Janeiro – 2 medalhas (1 ouro, 1 prata)
Alagoas – 1 medalha (1 prata)
Roraima – 1 medalha (1 prata)


Pesquisadores afirmam que crânio de Luzia foi encontrado nos escombros do Museu Nacional



Reconstituição do fóssil de Luzia feita por computador.
(Foto: Reprodução/TV Globo).
Pesquisadores informaram nesta sexta-feira (19) terem encontrado todo o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo do Brasil desaparecido nos escombros do Museu Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro.

Os técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. No entanto, o trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.

"O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Alexander Kellner, diretor do museu.

A notícia do encontro do fóssil de Luzia foi antecipada pela Globonews na manhã desta sexta-feira e os detalhes foram confirmados durante a entrevista coletiva dos técnicos e da direção da instituição.

Segundo os técnicos, foram encontradas parte do frontal ( testa e nariz), parte lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur que também pertencia ao fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luiza estava também foi recuperada.

Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes da equipe.

Quem é Luzia?

Encontrado em Minas Gerais na década de 1970, este seria o fóssil mais antigo das Américas. Este material foi o responsável por mudar a teoria da povoação do continente americano.

A busca pelo fóssil foi realizada a partir das obras emergenciais, que são realizadas há cerca de 1 mês.

Essas intervenções, que custam R$ 9 milhões, devem ser realizadas até fevereiro de 2019. Além de Luzia, outros objetos foram encontrados no local.

Doação de terreno e verbas

O Museu Nacional deverá retomar suas atividades 45 dias depois do incêndio que destruiu sua sede. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, vai ceder uma área da União para abrigar laboratórios de pesquisa e centro de visitação para estudantes.

O Museu Nacional foi destruído por um incêndio em 2 de setembro passado. A Polícia Federal investiga o caso.

O terreno localizado em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, tem 49,3 mil metros quadrados e fica a cerca de um quilômetro da sede do museu. A área será dividida com o Tribunal de Justiça do RJ (TJRJ) que ficará com 10 mil metros quadrados.

Esta semana, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, esteve em Brasília para um encontro com deputados federais do Rio de Janeiro. No encontro, ele pediu que fossem destinados cerca de R$ 50 milhões em emendas parlamentares para a reconstrução do prédio.

Kellner explicou que a solicitação de R$ 56 milhões são só para a fachada e que a estimativa dele para a recuperação total do museu é de R$ 300 milhões.

“Os R$ 56 milhões que pedi são apenas para recuperar a fachada, uma das principais partes históricas", disse durante a entrevista nesta sexta no Rio. (Com informações do G1).

Ex-reitores de universidades federais manifestam apoio a Haddad


(Foto: Reprodução).


Ex-reitores de universidades federais brasileiras, incluindo UFPE, UFSCar e UFRGS,  divulgaram nesta quarta-feira (03) uma carta pública em apoio a Fernando Haddad. O documento relembra que o candidato à Presidência da República, quando ministro da Educação, manteve diálogo aberto com a classe, respeitando a autonomia das universidades e instituindo novos centros de ensino superior aumentando o número de campos em todo o país.

"Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização".

As lideranças administrativas destacam que, hoje, as universidades brasileiras são responsáveis pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica desenvolvidos no país. O trabalho destas instituições também vão além da formação acadêmica e profissional, ofertando uma rede de equipamentos públicos e serviços para atender à população em diversas áreas, incluindo na saúde, a exemplo dos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde.

Os reitores e diretores também destacam que, durante a gestão Haddad no Ministério da Educação, também ampliou-se "a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África”, possibilitando a inserção do país “na produção internacional da ciência e inovação tecnológica".

"Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência", completam.

Veja a seguir a nota na íntegra.

As universidades brasileiras, patrimônio da nossa sociedade, são comprometidas com o desenvolvimento econômico e a justiça social, responsáveis pela formação cultural e pela produção de mais de 90% do conhecimento científico e inovação tecnológica do País. Para além, desses compromissos programáticos que apontam para o desenvolvimento com inclusão social, para a soberania nacional, com base na educação, ciência, tecnologia e inovação, nos move também o compromisso com os valores da democracia, o respeito às diferenças e aos direitos humanos.

Além da formação acadêmica e profissional, as universidades possuem uma rede de equipamentos públicos e serviços que atendem à população nas mais diversas áreas, incluindo hospitais universitários de alta complexidade, vinculados ao Sistema Único da Saúde.

Dispõem ainda de clínicas e laboratórios, museus, cinemas, escolas de música, teatro e dança, agências de inovação, incubadoras de empresas de base tecnológica e parques de ciência e tecnologia, complexos esportivos, grupos de direitos humanos, que muito contribuem para o bem-estar social de nossa população.

Nas administrações dos governos Lula e Dilma, as universidades e os institutos federais de educação receberam consistentes investimentos para sua manutenção, além de serem expandidos para todas as regiões do país, por meio de políticas públicas, como o REUNI, PROUNI e o FIES, com ênfase na sua interiorização. Nesse período, as universidades exerceram um importante papel social ao incluírem alunos de todas as origens sociais, raças e etnias, oferecendo-lhes oportunidades de maior desenvolvimento humano, proporcionado pela educação.

Quando exerceu o cargo de Ministro de Estado da Educação, Fernando Haddad manteve permanente diálogo com os reitores e sempre respeitou a autonomia das universidades, criou novas universidades e implantou diversos campi em todo o país. Ampliou-se também a cooperação multilateral e a integração universitária do Brasil com o mundo, especialmente, com a América Latina, Caribe e África, na perspectiva de um amplo desenvolvimento do País e possibilitando sua inserção na produção internacional da ciência e inovação tecnológica. Como consequência destes investimentos, o Brasil passou da 23ª para a 13ª posição entre as nações que mais produzem ciência.

Com o desmonte do Estado e o retrocesso dos direitos conquistados pela sociedade brasileira nos dois últimos, este enorme patrimônio está sob ameaça de destruição, sobretudo pela política atual para a educação pública, uma das consequências da Emenda Constitucional nº 95/2016 que altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o novo regime fiscal, e dá outras providências, congelando os gastos públicos por 20 anos. Essa realidade atinge também os institutos federais de educação tecnológica, os de pesquisa como a FIOCRUZ, dentre outros.

Ao identificar no Programa “O Brasil Feliz de Novo” as respostas que retomam as políticas de valorização e expansão da educação superior, nós dirigentes e ex-dirigentes de universidades no Brasil, manifestamos nosso apoio ao candidato Fernando HADADD (13) para presidente da República Federativa do Brasil.

- Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
- Arquimedes Diógenes Cilone – Universidade Federal de Uberlândia - UFU
- Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
- Clélio Campolina Diniz – Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
- Dilvo Ristoff – Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
- Hélgio Trindade – Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade da Integração
Latino-Americana - UFRGS E UNILA
- Helvécio Luiz dos Reis – Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ
- Jesualdo Pereira Farias –Universidade Federal do Ceará - UFC
- João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande - FURG
- João Luiz Martins – Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
- José Fernandes de Lima – Universidade Federal de Sergipe - UFS
- José Geraldo de Sousa Junior – Universidade de Brasília – UnB
- José Rubens Rebelatto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- José Ivonildo do Rêgo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
- Josivan Barbosa Menezes Feitoza - Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA
- Josué Modesto dos Passos Subrinho – Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal
da Integração Latino-Americana – UFS e UNILA
- Márcio Silva Basílio - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFETMG
- Malvina Tuttman – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UniRio
- Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa - Unipampa
- Maria Lucia Cavalli Neder – Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Mauro del Pino – Universidade Federal de Pelotas – UFPel
- Miriam da Costa Oliveira – Universidade Fedeal de Ciências da Saúde de Porto AlegreUFCSPA
- Neroaldo Pontes de Azevedo –Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Newton Lima Neto – Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Nilma Gomes Lima – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira –
Unilab
- Naomar Almeida Filho – Universidade Federal da Bahia - UFBA e, da Universidade Federal
do Sul da Bahia - UFSB
- OrlandoAfonso Valle do Amaral – Universidade Federal de Goiás - UFG
- Osvaldo Batista Duarte Filho - Universidade Federal de São Carlos – UFSCar
- Ótom Anselmo de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
- Paulo Márcio de Faria e Silva – Universidade Federal de Alfenas - Unifal
- Paulo Speller - Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
- Paulo Gabriel Nassif –Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
- Rômulo Soares Polari - Universidade Federal da Paraíba - UFPB
- Targino de Araujo Filho - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
- Tomaz Aroldo da Mota Santos – Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UFMG e Unilab
- Ulrika Arns – Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
- Wrana Maria Panizzi – UFRGS - – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Com informações do Jornal GGN)