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“A semente do Nicolau – Um conto de Natal”, de Chico Alencar


(Foto: Reprodução).

O livro “A semente do Nicolau – Um conto de Natal”, é de autoria do historiador, escritor e deputado federal Chico Alencar (PSOL). Lançado há mais de duas décadas, conta uma história sobre quem confia na bondade e para quem não perde a esperança nas possibilidades de um ambiente de trabalho, justiça, alegria e paz.

Na sinopse disponível no site Travessa, consta “uma bola mal chutada, um vaso quebrado e a semente de uma grande amizade germinando... O velho Nicolau conta a sua história de dezesseis séculos para Bié e Lulu. E fala de suas dificuldades hoje, quando algumas crianças só querem consumir e outras sequer têm chance de aprender a escrever.

Depois, os três inventam um jeito de presentear todo mundo, ensinando que o melhor brinquedo é o que se constrói com amor e criatividade. No caminho, encontram o presente maior: a presença de um novo ser humano, recém-nascido.”

O livro, de 40 páginas, foi retirada na última sexta-feira (21) do conjunto didático do Colégio Le Petit Galois, em Brasília (DF), depois dos pais dos alunos do 4º ano perceberem que o autor era o deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ).

A história já foi adaptada para peças teatrais e produções televisivas. O livro é bem acessível e chega a custar, na internet, por pouco mais de R$ 30.

Que valores os pais que questionaram esse riquíssimo material didático na escola querem repassar a seus filhos? Que tipo de estudante a escola quer formar ao ter cedido a pressão dos pais?



“Espancadores da Democracia”, por Chico Alencar


Tudo começou com Eduardo Cunha (PMDB/RJ), então presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Maia (DEM/RJ), nomeado por Cunha relator-interventor da mal chamada reforma política. Seu projeto incluía não incluir o PSOL e outros partidos pequenos, ainda que ideológicos, nos debates das campanhas eleitorais futuras.

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Contrariando o Senado, a Câmara, sob a ‘orientação’ de Cunha e Maia, decidiu que só estariam garantidos nos debates os candidatos cujos partidos ou coligações tivessem pelo menos 10 deputados. O TSE ainda regulamentou a lei, suprindo sua omissão: 10 deputados federais. Um número casuístico: por que não 15? Ou 5? Ele foi calculado de acordo com a tamanho de algumas bancadas, como a do PSOL, do PV e do que então poderia vir a ser a Rede. O ‘condomínio do poder’ não queria intrusos no seu faz-de-conta, no seu embate de assemelhados.

O resultado está aí: muitos candidatos, sobretudo em capitais, com boa avaliação nas pesquisas, com história de vida respeitável, que todos consideram que qualificam a disputa, absurdamente impedidos de colocar suas ideias em confronto com os outros. Veremos um arremedo de discussão, uma farsa. Que democracia é essa?

Alguns dirão que a lei abre possibilidade para a participação dos ‘vetados’. Sim, desde que 2/3 dos adversários aptos concordem. São os ‘juízes’ sem o dever de Justiça: claramente parciais, visivelmente interessados. Estarão como vampiros a gerenciar um banco de sangue. Resta constrangê-los com o clamor da opinião pública.

Foto: Vera Siqueira.
A lei retroage para prejudicar, o que a Constituição não permite. As bancadas cujo número se afere, para garantir ou não a presença dos candidatos nos debates, foram constituídas nas eleições nacionais de 2014. Nenhum eleitor, naquela época, tinha ciência de que seu voto também seria precioso para garantir a presença democrática nas discussões abertas de eleições futuras. Uma fraude, um engano deliberado!

Os falsos democratas já se revelam, no início da campanha: candidatos de partidos que se nomeiam ‘do movimento democrático’, ou ‘social-democrata’, ou ‘da solidariedade’, barram a participação de outros, que podem questioná-los, como Luiza Erundina em São Paulo, e Marcelo Freixo, no Rio. Medrosos, carimbam seu compromisso zero com a democracia, com o pluralismo, com a própria sociedade. Como podem pretender governar cidades com tamanho cabedal de covardia?

Cabe ao STF julgar a inconstitucionalidade dessa ‘Lei da Mordaça’. Esperamos que a Suprema Corte faça justiça.