Coletivos negros acompanham vítimas de racismo em restaurante de Crato para fazer denúncia

 

(FOTO | Reprodução | Instagram).


Por Nicolau Neto, editor

Na última segunda-feira,12, Ticiane Pereira da Silva relatou a TV News Cariri um caso de racismo ocorrido em um restaurante no município de Crato.

Conforme destacado ontem no blog Negro Nicolau, uma senhora (não há menção ao nome da acusada do crime) afirmou que tem ódio de negro e que eles deveriam estar na senzala. Ticiane disse que as ofensas racistas foram dirigidas a ela, mas a outra pessoa. Porém, disse que "como mulher negra tomou as atitudes devidas".

Diante de uma posição (ou falta dela) do restaurante, ela mesma ligou para a polícia, que prendeu a acusada em flagrante. Mas, horas mais tarde, a mulher acabou sendo solta depois de uma audiência de custódia.

É importante destacar que racismo é crime inafiançável e não prescreve (a qualquer momento pode ser feita a denúncia independentemente do tempo em que tenha ocorrido).

Na manhã desta quinta-feira, 15, quatro coletivos negros, a saber: o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER), Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), acompanharam as vítimas de crime racial até a Delegacia de polícia civil fo Crato para registrar boletim de ocorrência.

Ao blog Negro Nicolau a professora Cicera Nunes, representando o NEGRER, disse que endossaram que racismo é crime conforme aludido na Lei 7.716/1989. Por ela, deve ser punido todo tipo de discriminação ou preconceito, seja de origem, raça, sexo e cor.

Foi mencionado ainda a lei14.532/2023, que igualou a injúria racial ao racismo.

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