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Professores/as de Altaneira por ocasião de audiência acerca do precatório do Fundef. (Foto: Raimundo Soares Filho). |
O
Fórum da Comarca Vinculada de Altaneira sediou na manhã desta terça-feira, 22,
a primeira audiência conciliatória entre profissionais do magistério
altaneirense e o prefeito Dariomar Rodrigues (PT) acerca do rateio dos recursos
provenientes do precatório do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Segundo
informações colhidas junto ao Blog do Vereador Professor Adeilton (PSD), o juiz
titular desta comarca, o Herick Bezerra Tavares buscou acordo entre as partes.
Um dos primeiros argumentar foi o advogado da classe de professores (as) Raimundo
Soares Filho. Soares fez um apanhado do caso arguindo que teria percorrido
todos os caminhos possíveis, mas não havia notado interesse por parte do gestor
municipal em ratear os recursos.
As
explicações da administração trazida à luz por quatro advogados foram uma
reedição das que foram expostas em 2017 quando usaram a tribuna do poder
legislativo municipal. Porém, com uma postura um pouco mais favorável a não
abonar professores e professoras. O Blog ainda diz que um dos advogados do
prefeito relatou ter uma decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Luís Roberto Barroso negando provimento a pedido do sindicato dos professores
do Pará em matéria similar à que os professores reivindicam. E que diante disso
justificou que Dariomar “poderá responder
no futuro se realizar esse rateio”, não possuindo, portanto, “segurança jurídica para orientar o gestor a
fazê-lo”.
Ainda
de acordo com os advogados do prefeito, o entendimento é que o rateio não deve
ser feito em forma de abono a classe do magistério. O “entendimento é de que
esse recurso deve ser investido no desenvolvimento da educação e não em abono
para os professores, essa citação foi repetida por diversas vezes”, reproduziu
o blog.
Os
argumentos foram rechaçados pelo advogado Soares. Segundo ele, seus companheiros de profissão “estão
muito bem pagos e afirmou que se continuarem nessa postura terá pessoas naquela
sala que morreriam e não receberão esse dinheiro” e acabou convocando
professores/as a reagirem.
O que disseram os principais
interessados/as
Tanto
no Blog do Professor Adeilton quanto no Blog de Altaneira (BA), administrado
pelo próprio Soares que reproduziu a matéria do primeiro, a única fala dissonante e registrada por parte de professores/as veio de Meirenides Alencar, professora e
ex-diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza. Ao afirmar que
estava arrasada com o que ora ocorria, ela teria dito:
“Você, Dariomar, trazer quatro advogados para
serem contra nós professores. Estou decepcionada”.
E o Sindicato dos Servidores
Municipais de Altaneira (SINSEMA), o que diz?
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Lucena de Lucena, presidenta do Sinsema. (Foto: Reprodução). |
A
redação do Blog Negro Nicolau (BNN) entrou em contato com a presidenta do SINSEMA,
a professora Lúcia de Lucena para saber sua posição e ausência na audiência.
Segundo ela, a audiência de ontem foi uma ação de Raimundo Soares Filho,
advogado de parte de professores e que há outra ação de um grupo de pessoas que
quiseram outros representantes jurídicos. “Não
é do sindicato. São ações individualizadas, nos dois casos”, destacou
Lucena.
A
presidenta ainda realçou que está aguardando que o juiz marque “a nossa
audiência, que foi individualizada”. E completou:
“Não é pelo sindicato, pois, a partir do momento que uma maioria dos servidores não respeitaram uma decisão de Assembleia, o Sindicato não pode representar, em ação, os servidores. Por isso as duas ações foram individualizadas”.
Lucena
destacou também que teve que refazer, junto ao vice-presidente, o professor José
Evantuil, “a relação de beneficiários do
precatório, pois foi constatado incoerência em alguns deles e essa correção é
de extrema urgência para todos os advogados, que terão que refazer os cálculos nas
ações”.
Sobre
a ausência do Sinsema na audiência, ela disse que ele foi representado pela
professora e tesoureira Tereza Leite.
Confira mais sobre os desdobramentos do caso em destaque:
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