Na
noite desta quarta-feira, 09, o prefeito de Altaneira Dariomar Soares (PT) usou
a tribuna da Câmara para fazer apontamentos e prestar contas de algumas ações
realizadas e em andamentos.
Em
seu discurso, o gestor fez um balanço de sua viagem ao Estado de Santa Catarina
arguindo que saiu de lá convencido de que o município necessita da construção
de um aterro sanitário, mas entende que conseguir a parceria de outros
municípios é difícil. Segundo ele, em Santa Catarina a questão dos lixões foi solucionada
porque houve a união de várias cidades que entendem e tratam bem o meio
ambiente. Lá a sustentabilidade é adquirida de maneira que o custo não seja
alto. Dariomar espera que os prefeitos da região do cariri tenham se sensibilizado
com a causa, pois pretende adquirir o apoio de no mínimo cinco municípios. “O Aterro Sanitário é uma questão de Saúde
Pública”, pontuou.
Questões
como melhoria na iluminação pública, aberturas de ruas, definição do limite da
zona urbana, retirada de quebra-molas, 100% de saneamento básico na cidade,
abastecimento de água e com qualidade, revitalização das casas de farinhas,
construção de um galpão para a Associação de Costureiras e a volta do cartão
mãe foram mencionadas por ele.
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Prefeito Dariomar durante discurso na Câmara nesta quarta-feira, 09. Foto: João Alves. |
Porém,
um assunto roubou a cena. Os recursos provenientes do precatório do antigo
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef). Dariomar reiterou o que já havia mencionada na última
assembleia do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (Sinsema)
realizada no dia 22 de julho. “Ainda não
consegui uma assessoria para definir com devo proceder. Necessito de uma
segurança jurídica”, disse ele.
No
tema livre, o precatório também foi mencionado. O líder da oposição na casa, o
vereador professor Adeilton (PSD) arguiu que a câmara dará a legalidade para o
gestor agir no que toca a distribuição dos recursos. “O dinheiro está na conta. Nós estamos sentindo o cheiro do dinheiro.
Mas se formos esperar uma decisão da ministra Carmem Lúcia ou se os professores
decidirem por entrar na justiça talvez o senhor termine seu mandato e nós não
teremos como receber e você não possa utilizar o dinheiro", argumentou.
Para o edil, seria importante que a distribuição seja tal qual manda o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), 60% para os professores e 40% para investir
em educação e acabou citando exemplos de municípios em que a repartição foi de
forma igualitária.
Porém,
Dariomar voltou a afirmar que não pode se basear nos exemplos, pois não quer
ser punido. Segundo ele, Potengi já pagou e gastou tanto os 60 como os 40% e indagou: e se eles gastaram os 40% com algo que não seja relacionado à educação, como vão fazer para reparar o montante? "A questão não é essa. Temos muito o que fazer na educação. Escolas necessitam de reformas, como a Joaquim Rufino de Oliveira. “Eu ainda não tenho segurança
se o dinheiro é do município, mas também não tenho para dizer que é dos
professores”, frisou. O gestor ressaltou que entende a angustia dos docentes e
pediu que eles não parassem de lutar por seus direitos. Ainda no que toca ao
parecer jurídico que lhe fundamente na causa, o mesmo afirmou que no próximo
domingo, 13, irá apresentar a direção do Sinsema e aos professores vários
pareceres que irão demonstrar que não é má vontade sua em não pagar, mas que
ele quer fazer tudo dentro da legalidade.
Ao
final, ele convidou a casa e a população para a audiência pública versando
sobre o Plano Plurianual (PPA) que se dará na próxima segunda-feira, 14.
A
fala do prefeito foi acompanhada por alguns servidores e secretários, como o de
Governo, Deza Soares, de Agricultura e Meio Ambiente, Ceza Cristóvão e de
Administração e Finanças, Humberto Batista.
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