A
quantidade de presentes cresceu mas, assim como nos outros protestos em São
Paulo pela deposição da presidenta Dilma Rousseff, o perfil dos manifestantes
que foram ontem (13) à avenida Paulista se manteve etilizado, com renda e
escolaridade acima da média da população do município. Os dados são de uma
pesquisa do instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, que
ouviu 2.262 pessoas durante o ato.
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Perfil dos manifestantes paulistano contra o governo Dilma permanece inalterado: elite social e econômica. |
A
maioria dos participantes era formada por homens (57%), com mais de 36 anos
(73%). Deles, 77% tinham ensino superior,enquanto a média no município é de
28%. De acordo com o Datafolha, 500 mil pessoas participaram do protesto ontem,
mais que o dobro do primeiro protesto contra Dilma, que ocorreu em março do ano
passado.
Quando
questionados sobre renda, 12% dos participantes da manifestação afirmaram ser
empresários, como divulgou a Folha de S. Paulo. Em todo o município, apenas 2%
exercem a atividade. A proporção de desempregados também foi menor que a média
de São Paulo.
Sobre
a renda familiar, metade dos entrevistados está na faixa entre cinco e 20
salários mínimos. Na cidade de São Paulo esse percentual é de 23%. A maioria
dos entrevistados se autodeclarou branco (77%) e quase todos (94%) afirmaram
que não integram os movimentos que convocaram os protestos.
Questionados
sobre quem foi o melhor presidente do Brasil, 60% responderam Fernando Henrique
Cardoso (que governou pelo PSDB entre 1994 e 2002). Na população brasileira,
esse índice foi de 15% em fevereiro.
Apesar
disso, a preferência dos participantes pelo PSDB teve declínio, passando de 37%
no primeiro ato para 21% ontem. Lideranças tucanas que foram à Paulista, como o
governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, acabaram sendo xingadas por
manifestantes. A maioria afirmou que não tem um partido de preferência.
Os
participantes foram quase unânimes (96%) em apoiar a cassação do mandato do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e em avaliar o governo Dilma
como ruim ou péssimo (98%).
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