Blog Negro Nicolau promoverá série de lives



Por Nicolau Neto, editor

O Blog Negro Nicolau implantará a partir do mês de julho mais um projeto. Depois da série "Personalidades Negras que Mudaram o Mundo", "#Altaneira60anos" e "Colunistas", agora são por meio das lives que as análises de temas importantes serão feitas.

Os encontros ocorrerão por meio do Instagram no perfil deste editor @_nicolauneto_. As conversas visam, sobretudo, contribuir para o protagonismo da juventude caririense. As três primeiras participações já estão definidas. Trata-se do Designer de Produto, José Márcio, residente em Nova Olinda e das estudantes do ensino médio, terceiro e segundo ano, respectivamente, do município de Potengi: Karolline Gonçalves e Luiza Severo.

No diálogo com Márcio, o tema será “Economia marginal e os lugares de empreendedorismo nas periferias e margens”; com Karolline o assunto versará sobre "O papel da escola na formação para a cidadania" e "As desigualdades de gênero e o papel do movimento feminista" terá como participante a Luiza Severo. Os diálogos iniciarão sempre as 19h30.

As datas também estão definidas e serão respectivamente: 08 de julho, 1º e 08 de agosto.

Movimentos sociais: Eleger os nossos e derrotar Bolsonaro

 

(FOTO |Reprodução | poder 360).


Por Alexandre Lucas, Colunista

A representação parlamentar, ainda, continua sendo estranha a diversidade e pluralidade do nosso povo. As eleições de 2018, atestam um perfil que vem se reproduzindo historicamente nas câmaras municipais, assembleias legislativas, Câmara Federal e Senado , que é de exclusão das vozes oriundas de uma perspectiva emancipatória para a classe trabalhadora. A Câmara Federal reflete essa realidade, dos 513 deputados eleitos, em 2018, 107 deputados são empresários, 78 advogados, 34 médicos, 16 pastores, 30 professores, 24 administradores, 21 engenheiros, 19 agropecuaristas, 11 economistas,  9  bacharel em direito, 8 delegados de polícia, 7 militares, 6 estudantes, 6 bancários, dentre outras profissões. 75% dos eleitos são brancos, 20,27% se declaram pardos, apenas 4,09% são pretos, 0,88% amarelos  e 0,19% indígena. 436 são homens e 77 são mulheres. Desses, 240 dos eleitos têm acima de 50 anos.

Essa caracterização sintetiza, reflete as relações de poder e aponta a classe dominante que decide os rumos do país, que é predominantemente representada por homens brancos e por um conservadorismo geracional.

Se considerarmos a bancada ligada à esquerda e o campo democrático composta pelo PT, PSB, PDT, PSOL, PV, REDE e PCdoB somaram em 2018, apenas 138 parlamentares.  O que demonstra a necessidade de ganhar musculatura política e alinhamento com os movimentos sociais.

Entretanto, as condições objetivas apresentam um cenário eleitoral decidido pelo poderio econômico, ou seja, uma base eleitoral que é resultado da compra indireta e direta de votos. Um exemplo clássico e legal da compra de votos na contemporaneidade é a chamada  contratação de “ativistas”. Quanto maior é a capacidade de contratação  desses “ativistas” maior a probabilidade de votos.

Neste panorama é evidente que não são as “boas ideias” que trazem bons resultados, mas o poder econômico que provoca a manutenção e o revezamento das elites do dinheiro.  Para se contrapor a essa conjuntura é preciso ganhar  capilaridade e base social, identidade e articulação política ampla.

Precisamos falar para além dos nossos pares e caminhar lado-a-lado nas frentes de lutas. Faz-se necessário romper com o isolamento e com a guetização. A batalha eleitoral deve ser percebida como parte da luta política da classe trabalhadora, não é um fim, mas uma extensão do processo de acumulação de forças para o processo de transformação social.       

É no cotidiano da luta política, na dimensão e compreensão do local e global que nossa força pode tomar outros contornos. Em momento algum podemos desprezar a necessidade das condições materiais para constituir as nossas frentes de confronto, tanto nos movimentos sociais como na disputa eleitoral.

É preciso conciliar norte político para emancipação da classe trabalhadora e tática que possibilite ocupação dos espaços políticos de poder como instrumentos estratégicos para a democratização da sociedade e construção de uma nova ordem política, econômica e social.

A disputa eleitoral deste ano se dará numa atmosfera polarizada entre a esquerda e a direita.  A chamada terceira via é um pavio curto que pode favorecer tanto a direita como a esquerda.

O que está em jogo neste momento para a classe trabalhadora é a derrota de Bolsonaro e do bolsonarismo. Além de destituir esse governo, temos um desafio maior que é ampliar a presença da esquerda e do campo democrático nas assembleias legislativas, governos estaduais, câmara e senado federal. Essa é uma matemática espinhosa e de difícil resolução.

Dois fatores apresentam um cenário desvantajoso para a esquerda e que devem estar no centro das análises políticas,  um que vem se configurando nos resultados eleitorais da história do Brasil que é o poderio econômico e o outro que é novo, a capilaridade popular da direita capitaneada pelos movimentos neopentecostais do país. Elemento definidor e impulsionador da vitória de Bolsonaro e do bolsonarismo nas eleições de 2018.

O tempo é curto, a situação não é favorável, a esquerda isolada e guetizada é um  pré-anúncio de derrota. Amplitude é uma bandeira ultra necessária para o momento,  por mais indesejável e desconfortável que seja, é o caminho para frear a marcha conservadora, reacionária e aniquiladora das conquistas da classe trabalhadora. A eleição se ganha com votos e não com discursos,  essa é uma condição objetiva e isso exige ampliar as forças e dividir o campo oposto.  Cuidemos para não cairmos no puritanismo ideológico ou no entusiasmo com a falsa ideia de mudança de lado da direita.  Essas eleições devem fazer parte da luta dos movimentos sociais, devemos eleger as candidaturas comprometidas com um projeto de nação para classe trabalhadora.  

“Os terreiros estão sendo incendiados como a KKK fazia nos EUA”, diz Kabengele Munanga

 

(FOTO |Pedro Borges).

Autor de obras como “Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil” e doutor em antropologia pela Universidade de São Paulo (USP), Kabengele Munanga, aos 81 anos é um dos principais intelectuais do país e acredita que o Brasil vive um momento delicado. Em entrevista para a Alma Preta Jornalismo durante o II Egbé, encontro nacional dos povos de terreiro, o professor destaca a violência sofrida pelas religiões de matriz africana.

“Quantos terreiros de candomblé estão sendo incendiados em alguns lugares clandestinamente? Incendiados de colocar fogo e fugir, como a KKK fazia nos EUA. Quantos são caçados no seu território?”, questiona. Um terreiro foi incendiado em São Luís, capital do Maranhão, nesta semana. Em comunicado, os religiosos da casa atacada afirmam que os “crimes de intolerância religiosa só crescem a cada dia no Estado do Maranhão”.

Para ele, é papel do movimento negro se articular e frear essas violências. “O movimento negro tem de resistir muito, porque os terreiros são territórios étnicos”. O esforço também se deve pela compreensão, na perspectiva de Munanga, de que os terreiros no Brasil são fundamentais para a construção da identidade negra.

“Se os terreiros não tiverem seus territórios, como eles vão construir a sua identidade? Os terreiros de candomblé são símbolos da ancestralidade e da resistência. Estamos aqui para mostrar que precisamos resistir. A gente não vai desistir porque a gente vem de longe e não é de agora que somos atacados”.

Ele lamenta o fato das religiões de matriz africana não terem canais de comunicação de TV ou rádio, como tem os evangélicos, e critica os interesses por trás dos ataques às religiões de matriz africana.

“Eles querem clientela para pagar dízimo, reserva eleitoral para ter representantes no governo para defender os seus interesses. Nós não temos canal de televisão para fazer a propaganda, não temos a rádio, os jornais, então o momento é de se conscientizar para também pensar em novas estratégias de resistência, porque os antepassados resistiram quando chegaram aqui era uma outra situação. Não tinha televisão, jornais, rede social, nada. A gente tem criar novas formas de estratégias para continuar resistindo e não ser destruído”, explica.

O Brasil e o movimento negro

A violência sofrida pelos terreiros é uma das facetas da situação vivida pelo país, na visão de Kabengele Munanga. Ele acredita, contudo, que a delicadeza do atual cenário coloca em risco as conquistas obtidas em tempos recentes.

“A gente está passando por um momento de crise, um momento de ameaça de todas as conquistas que foram conquistados nos governos Lula e Dilma. Tudo o que foi feito de serviço para a sociedade, comunidade, tudo foi destruído e rasgado”.

Um dos exemplos apresentados por Kabengele Munanga, para explicar a sensação sobre a realidade, é a maneira como o governo federal lidou com a pandemia da Covid-19. Até o dia 7 de junho de 2022, 667 mil pessoas perderam as vidas pela pandemia, a maioria delas pessoas pobres e negras. O Mapa da Desigualdade, estudo feito pela Rede Nossa São Paulo, apontou que entre janeiro e julho de 2021, 47,6% das mortes de pessoas negras na cidade foram por conta da Covid-19, contra 28,1% entre os brancos.

Para Kabengele Munanga, os números indicam as desigualdades existentes no país e a responsabilidade do governo federal. “A pandemia matou muitos pobres, entre eles, muitos negros, tudo isso por conta da irresponsabilidade do atual governo”.

Autor da frase de que o “racismo é um crime perfeito” no Brasil, Kabengele Munanga acredita que o racismo continua presente, mas com diferenças no atual cenário. “Quantos somos no Congresso? Para que sejamos os 54% ainda falta muito. Nas assembleias, no Senado, nos judiciários, somos sub representados e isso vai depender de dois caminhos: a educação e as políticas afirmativas”.

Ele acredita que parte das mudanças na realidade brasileira fazem parte dos avanços obtidos pelo movimento negro. “As conquistas que nós tivemos, que são resultado de lutas de gerações, que vem lá de Zumbi dos Palmares, Frente Negra Brasileira, Movimento Negro Unificado, e hoje representadas por várias entidades do movimento negro e feministas organizados. Essas conquistas ainda não representam a população negra”. Os principais avanços apontados por Kabengele Munanga são as aprovações das leis 10.639 e 11.645, que obrigam o ensino da história africana, afro-brasileira e indígena, e a homologação da Lei de Cotas em 2012.

O papel do movimento negro hoje é, para ele, sobretudo o de conscientizar os jovens sobre a necessidade de continuar na luta. “Não é porque entraram alguns negros nas universidades pelas cotas que conseguimos. Nós estamos apenas conseguindo alguns resultados, coisas que para mim ainda são muito poucos”.
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Com informações da Alma Preta.

Encarcerados pelo privilégio

 

(FOTO |Reprodução |Livros e Fuxicos).

Por Alexandre Lucas, Colunista 

Os livros continuarão na estante. Desistir de presentear. Já não me servem, estão apenas preenchendo os espaços, li algumas páginas e abandonei junto a outras leituras iniciadas. Poderia me desfazer a qualquer momento, ainda posso, mas prefiro deixá-los encalhados, sem nenhuma serventia, são meus. Assim se esboça as cercas que separam a propriedade e a solidariedade.

Livros são para serem lidos.    Maldade encalhar mundos de palavras. Mas às vezes é preciso deixar as leituras encobertas, adormecer os momentos. A subjetividade é um labirinto cheio de textos sem respostas. Existem livros presos, encarcerados pelo privilégio.   

Espalhar livros é um perigo. Eles podem nos deixar com cegueira, além de apagar até mesmo a imaginação. Tem outros que nos fazem sentir o gosto do beijo e enxergar a fábrica de fazer miséria.  Sim, existe fábrica para tudo, inclusive de fazer miséria.

Na estante, os livros vão decompondo as páginas brancas, aglutinando traças e aprisionando as palavras.   Acomodando a privatização dos sonhos e dos questionamentos.

Do outro lado, as folhas   vão amolecendo de mão em mão, as palavras vão sendo grifadas, alguns amassados e remendos. Os livros vão sendo bulidos e o povo vai descobrindo novas formas de remexer o olhar e a estante aos poucos vai sendo nossa.       

 

Vereadora cobra disponibilização de servidores para Sítio Urbano do Gesso

 

(FOTO |Reprodução |WhatsApp).

Por Naju Sampaio

A vereadora Mariangela Gomes (PDT) entrou com requerimento na Câmara  Municipal do Crato ( Requerimento 3005005/2022), no último dia 30 de maio, solicitando ao presidente da Casa o envio de ofício ao Prefeito José Ailton ( PT), para que seja disponibilizado servidores para desenvolver trabalhos diários de poda, capinação, rega e limpeza do Sítio Urbano do Gesso, reconhecido pela Lei Municipal 3.612/2019. O requerimento foi motivado após solicitação do Coletivo Camaradas à parlamentar. 


De acordo com  informações de dirigentes do Coletivo Camaradas, foram enviados diversos ofícios ao gabinete do Prefeito com demandas do Sítio Urbano do Gesso. Os documentos foram enviados por diversas organizações que atuam na localidade, como é  o caso da ONG Nova Vida, Terreiro do Mestre Roxinha, Ponto de Cultura Paraiso dos Caipiras e o Museu e Escola de Artes Raimunda de Canena.  Os dirigentes do Camaradas denunciam que a gestão municipal, através do gabinete do prefeito não respondeu a nenhuma das solicitações. 


O Sítio Urbano do Gesso foi reconhecido por lei municipal em 2019, através de projeto de autoria do ex-vereador Amadeu de Freitas ( PT) , atual secretário de Cultura do Crato e subscrito pelo ex-vereador Renan Almeida e o atual vereador Pedro Lobo (PT). A lei prevê que o  Município, através da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e a SAAEC apoiará iniciativas e ações para o desenvolvimento da área urbana verde do Município.


2º Ciclo de Palestras da Chapada Cultural do Araripe debate “Patrimônio da Humanidade”

 

2º Ciclo de Palestras da Chapada Cultural do Araripe debate “Patrimônio da Humanidade”. (FOTO/ TV Casa Grande).

Construir o projeto de uma candidatura a Patrimônio da Humanidade exige que se percorra diversos caminhos. E para se chegar com mais propriedade e fluidez ao projeto de candidatura da Chapada do Araripe, o comitê se debruça sobre este trabalho, buscando observar e aprender com projetos que já alcançaram êxito nessa empreitada.

O segundo dia do Ciclo de Conversas teve como tema “Patrimônio da Humanidade - Caminhos para o reconhecimento a partir de experiências implantadas” e na manhã deste sábado, 04, reuniu pessoas que podem contribuir através do compartilhamento das experiências nos processos realizados em outros territórios.

A Professora Conceição Lopes (POR), Coordenadora do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciência do Patrimônio da Universidade de Coimbra, deu início ao segundo ciclo ressaltando a importância da formação das redes para a construção de uma realidade sustentável e como o Projeto da Candidatura Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade está fortemente ligado às práticas sustentáveis desenvolvidas no território. Conceição lembrou que este projeto nasceu a partir das ações da Fundação Casa Grande neste sentido”.

Ana da Silva (POR), apresentou suas experiências com o projeto da Rede Portuguesa de Economia Solidária (Redpes) que agrega, afirma, apoia e divulga as organizações, grupos informais e pessoas individuais, que se identificam com o conceito e as práticas de Economia Solidária. O manifesto da Redpes, apresentado por Ana da Silva, diz que se entende por Economia Solidária os processos, formais ou informais, de produção, troca, distribuição, consumo, geração de rendimentos e poupança que conjugam a valorização das dinâmicas sociais, econômicas e ambientais de proximidade com solidariedade horizontal, perspectiva ecológica, diversidade cultural, reflexão crítica e participação. Para ela, essas práticas são observáveis nas relações das comunidades presentes no território da Chapada do Araripe e que os produtos e as relações possuem uma base mais ética e solidária.

Nuno Ribeiro Lopes, é arquiteto licenciado pela Escola de Belas Artes do Porto, Diretor Regional de Cultura do Governo dos Açores, Évora, Portugal. Coordenou o projeto da candidatura da Paisagem Protegida da Vinha da Ilha do Pico à Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural, Évora, Portugal.

Nuno apresentou os passos dados para a candidatura da Paisagem Protegida da Vinha da Ilha do Pico e como se deu a sua construção a partir de um relacionamento com a comunidade, de fortalecimento da sua identidade e autoestima referente às potencialidades locais. “Fizemos uma candidatura com o apoio e discussão permanente com a população. Foi um projeto que conseguiu unanimidade em todos os níveis institucionais, e foi concretizado em torno de 02 anos”, destacou Nuno.

O Ciclo de Palestras deste segundo dia da Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo da Chapada Cultural do Araripe evidenciou o processo formativo dessas redes a partir da Fundação Casa Grande, de onde se amplia os contatos e as relações com Mestres da Cultura Popular, dos Saberes da Natureza e da comunidade do seu entorno.

Como lembrou a professora Conceição Lopes, essas redes fortalecem e se ampliam, dando a possibilidade para a construção de novos saberes desde o início da Fundação Casa Grande.  O Projeto da Candidatura Chapada do Araripe Patrimônio dá Humanidade nasceu a partir de uma coisa que já acontecia há muito tempo na Fundação Casa Grande. A rede como um instrumento fundamental de gestão da memória. Exemplo disso, é a presença de representantes de pontos que fazem do patrimônio, uma forma de qualificar, de construir sociedade, construir cidadania.  É importante conhecermos os processos de outros, porque nesta nossa política de fazer rede é justamente com esses aprendizados que vamos construindo nosso saber”, ressaltou.

O Conteúdo da Palestra pode ser acessado no canal da TV Casa Grande no Youtube. Link: https://www.youtube.com/watch?v=3ZpsaLyXJhU&ab_channel=TVCASAGRANDE

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Com informações do site Chapada Cultural do Araripe.

Teste-quiz: o que voce sabe sobre a república velha?

 

(FOTO | Reprodução | Ensinar História).

Por Nicolau Neto, editor

O período que se estende de 1889 - quando há a proclamação da República - até a deposição do presidente Washington Luís em 1930 por meio da revolta que permitiu Getúlio Vargas chegar ao poder, é chamado de Primeira República ou República Velha.

Um período tão longo como esse fez a população testemunhar que não basta só trocar de regime para que as coisas mudem. Aliás, a população de fato só percebeu a troca depois, pois não participou do processo. É fato que não houve alterações significativas na vida da população à margem do poder, sobretudo na vida dos "ex-escravizados" e das "ex-escravizadas." Depois de sofrerem arduamente e trabalharem obrigatoriamente sem nada receberem, agora estavam jogados/as a própria sorte. Não tinham para onde ir. As mulheres continuaram sem participar da vida política do país. Não podiam voltar e nem ser votadas.

Mas também é verdade que a República trouxe mudanças que dão bases ao nossa atual forma de organização política, como a democracia representativa, o presidencialismo, a separação entre Estado e Igreja (Estado Laico), etc. Ao lado disso, mecanismos de controle social foram desenvolvidos e aplicados, inclusive se sustentam hoje com novas vestimentas (Coronelismo, Clientelismo, Política dos Governadores e Voto de Cabresto).

Tudo isso e outros assuntos correlatos nós falamos em sala. Foram mais de três semanas de rodas de diálogos sobre.

Pensando em contribuir ainda mais para ampliar seus conhecimentos sobre a temática, disponibilizo abaixo o link de um teste-quiz desenvolvido no e pelo site Ensinar História, da Joelza Ester Domingues. São vinte questões de múltipla escolha e cada uma com três itens.

Vamos lá? Clique aqui para responder.

Amanhã tem trocaria no Gesso

 

(FOTO/ Reprodução/ WhatsApp).

Por Naju Sampaio*

A Trocaria, evento que acontece no Território Criativo do Gesso, vai ser realizado neste domingo, com início às 16hrs da tarde. A Trocaria está dentro da programação de 2022 do Centro Cultural Banco do Nordeste, em parceria com o Coletivo Camaradas. A feira conta também com a presença dos grupos de capoeira da região.

A Trocaria nasceu em 2013, originalmente sendo apenas uma feira de troca, mas com tempo passou a ser um espaço onde os moradores e pessoas ligadas ao Coletivo Camaradas realizam a venda de roupas, alimentos, artesanato e outros itens. A feira acontece sempre no primeiro domingo do mês.

A moradora do Gesso, Thais Leite, começou a vender na feira em dezembro de 2021. Segundo ela, a feira é muito importante porque gera uma renda extra e ajuda na circulação de dinheiro na comunidade. Para além disso, também da visibilidade ao trabalho de quem expõe e trás para o Território cultura e diversão.

Os grupos de capoeira Alforria, Ginga, Gunga Médio Viola, Associação Capoeira Cultura Brasileira e Associação Capoeira de Rua estarão presentes para realizar a roda de capoeira coletiva.

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*Naju Sampaio é estudante de jornalismo e bolsista/integrante do Coletivo Camaradas.