“Preto, favelado, LGBT”: Conheça David Miranda, substituto de Jean Wyllys na Câmara


(Foto: Reprodução/Facebook).

Sob ameaças, Jean Wyllys abrirá mão de seu mandato mas a luta pelos direitos LGBT na Câmara continuará tendo representante: David Miranda (PSOL), primeiro vereador gay do Rio de Janeiro, assumirá como deputado.

O defesa dos direitos da população LGBT continuará tendo representante no Congresso mesmo com o anúncio de Jean Wyllys (PSOL-RJ) de que abandonará seu mandato e deixará o país. O suplente de Wyllys, que assumirá seu mandato na Câmara, é o vereador David Miranda (PSOL-RJ) que, como ele mesmo se descreve, é “preto, favelado e LGBT”.

Assim como Jean, Miranda é homossexual e ativista da causa LGBT. Em 2016, ele foi o primeiro vereador gay a ser eleito para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Nascido na favela do Jacarezinho, David Miranda

EEEP Wellington Belém de Figueiredo realiza formatura das turmas do terceiro ciclo


Valdilânia Lima (Nova Olinda), Shayanne Lima (Altaneira) e Benvinda Gomes (Santana do Cariri), da esq. para a dir., respectivamente. (Fotos: Frame Produções/ Painel - Blog Negro Nicolau).

A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda, na microrregião do cariri, realizou na noite da última terça-feira, 22, a cerimônia de formatura de quatro turmas do seu terceiro ciclo (2016 – 2018).

Cerca de 180 (cento e oitenta) estudantes divididos entre os cursos técnicos de Agronegócio, Edificações, Finanças e Redes de Computadores tiveram a oportunidade de concluírem a etapa final da educação básica, vindo a escolherem como patrono o ex-secretário da educação do Ceará e deputado federal eleito, Idilvan Alencar, que foi representado por Beto Jeremias.

A instituição de ensino atende não só discentes de Nova Olinda, mas

Desafio Terras Altas de MTB em Altaneira tem mais de 100 inscritos



O Desafio Terras Altas de MTB em Altaneira a ser realizado no próximo domingo (27/01) no circuito da Trilha Sítio Poças, válido como segunda etapa do Campeonato de MTB na modalidade XCO, tem 120 ciclistas de todas as regiões do Estado do Ceará.

Calendário das etapas do campeonato cearense
MTB/XCO. Altaneira sediará a 2ª etapa.  
Altaneira é a primeira cidade fora do triângulo CraJuBar (Crato, Juazeiro e Barbalha) a sediar uma etapa do campeonato cearense. A largada será na rodovia CE-388 às 09h.

O Desafio Terras Altas também será válido pela primeira etapa do Campeonato Municipal de MTB, que este ano voltará a ser realizado em apenas seis etapas.

A primeira etapa do Cearense XCO de 2019 foi

Por que o Brasil merecia alguém melhor que Bolsonaro em Davos?


Bolsonaro em Davos. (Foto: Reprodução/Tijolaço).

A frase do Prêmio Nobel de Economia Robert Shiller, ao sair da platéia que ouvira o presidente brasileiro não podia ser mais dolorosamente verdadeira: “o Brasil merece alguém melhor”.

O Brasil que Bolsonaro apresentou aos capitalistas de todo o mundo não foi o país enorme, capaz e rico que é.

Partilha – e sem talento – da mentalidade de que é ajoelhando o Brasil que se atrairá capitais para cá.

Fosse assim, dinheiro algum iria parar na China, na Coreia do Sul, na Índia, países que saltam progressivamente à condição de desenvolvidos.

Num país conformado – e até empolgado – em tirar

Imprensa internacional critica fala de Bolsonaro em Davos


Imprensa internacional critica fala de Bolsonaro em Davos. (Foto: Reprodução/CartaCapital).

Jornalistas enviados por alguns dos maiores veículos de comunicação do mundo para cobrir o Fórum Internacional de Davos, na Suíça, ficaram chocados com o discurso do presidente brasileiro Jair Bolsonaro desta terça 22. ‘Curto’, ‘hesitante’, ‘fraco’ e ‘estranho’ foram algumas das reações à fala do mandatário, que tinha ao seu dispor 45 minutos para falar ao mundo, mas que preferiu usar menos de dez. Veja os twitts feitos logo depois:

A jornalista chefe de economia do jornal americano Washington Post, Heather Long, disse que Bolsonaro prometeu um “novo Brasil”, com menos impostos e mais comércio, falou em proteger o ambiente e criticou a imprensa, dizendo ser tratado de forma injusta. Em um segundo twit, ela concluiu:

Para resumir: o presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande fracasso. Ele tinha o mundo inteiro o assistindo e o melhor que conseguiu dizer foi para as pessoas passarem férias no Brasil. Ele é chamado de ‘Trump da América do Sul’, mas pareceu fraco

Ben Marlow, do periódico britânico Daily Telegraph disse que “é justo dizer Bolsonaro não cumpriu as expectativas. Bastante apático, um discurso engessado que durou menos de 15 minutos, que pareceu extremamente editado e que passou voando por uma longa lista de promessas já feitas. Não consigo imaginar ele sendo convidado de novo em um futuro próximo”.

O editor-chefe da prestigiada revista Americas Quarterly, Brian Winter, disse que “o discurso de Bolsonaro em Davos foi muito mais curto do que o esperado, não mencionou a reforma da previdência, não deu detalhes nem quando perguntado. ‘Nunca vi nada parecido em se tratando de presidentes por aqui’, me escreveu um amigo. ‘Realmente bizarro’.

Winter prosseguiu: “Ele, no entanto, preparou o terreno, retoricamente, para expandir a agricultura Amazônia adentro, citando a parte em que o brasileiro disse que ‘os que nos criticam têm muito o que aprender conosco’.

Ele disse ainda citou um email enviado que dizia: “Desastre. Eu queria queria gostar dele, mas ele não disse nada. Por que veio?”

Sylvie Kauffmann, jornalista que é tanto diretora editorial do francês Le Monde como colaboradora do jornal americano New York Times, twitou em francês:

Fracasso de Bolsonaro em Davos, incapaz de responder concretamente as perguntas feitas por Klaus Scwab. 15 minutos de generalidades”.

Ela escreveu em inglês também, dizendo que Bolsonaro não agradou a plateia, com “um breve discurso de campanha, muito generalista e evitou dar respostas concretas”. Segundo a jornalista, ele não mereceu “ser aplaudido de pé”.

No entanto, não há nada tão ruim que não possa piorar. Thiago Ferrer Morini, do espanhol El País twitou: “enquanto Bolsonaro fala sobre absolutamente nada por oito minutos, em casa seus problemas de um dos seus filhos aumentam….” (Com informações de CartaCapital).


Caminhada pela Liberdade Religiosa em Juazeiro chega a sua 10ª edição com pequenas conquistas


Caminhada pela Liberdade Religiosa em Juazeiro chega a sua 10ª edição com pequenas conquistas.
(Foto: Felipe Azevedo/Agência Miséria).

A caminhada pela liberdade religiosa em Juazeiro do Norte, na região metropolitana do cariri, chegou em 2019 a sua 10ª edição. Pedindo respeito ao direito fundamental do exercício da fé e religiosidade, ao menos 400 fiéis de religiões de matriz africana e simpatizante expuseram suas reivindicações nas ruas nesta segunda-feira, 21.

A repórter Alana Soares, em texto publicado no site Miséria destaca que a caminhada começou em 2009 por iniciativa da casa de Candomblé Ilê Axé Omindandereci Mutalegi em parceria com o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), após renúncia da oferta de ritual de lavagem das escadarias da Igreja Matriz pela Igreja Católica, ritual que simbolizaria a paz e a harmonia entre as duas religiões, como acontece em Salvador – BA.

Doné Herlânia Batista Galdino, uma das organizadoras do evento, avaliou como otimista as vitórias ao longo desse tempo. Ela cita que dois órgãos foram criados desde 2017 por meio da insistência e da organização do movimento de pessoas de terreiro e do movimento negro. Os órgãos mencionados são o Conselho Municipal para a Promoção da Igualdade Racial e o Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NEPIR), que integram a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEDEST).

Para ela, “a caminhada é o principal impulsionador dessas políticas públicas”. “Não existe vitória, não existe política, se o povo não milita, se não existe o povo. Quando colocamos as pessoas na rua mostramos que elas existem”, disse ela à Alana Soares.  

Mesmo sendo predominantemente católico, o município de Juazeiro do Norte tem grande diversidade de religiões entre vertente das matrizes africanas – Candomblé, Jurema e Umbanda -, judaicas, islâmicas pentecostais, protestantes e budistas.

O Leviatã contemporâneo, por Ivanir dos Santos


Ivanir Dos Santos / Arquivo Pessoal. 

A intolerância religiosa não é um fenômeno social e religioso que acontece exclusivamente no Brasil. Um breve panorama histórico sobre a História Mundial nos permite enxergar que a intolerância ainda é um dos maiores desafios para a construção da coexistência pacífica em várias partes do mundo.

Se fossemos fazer a alusão da intolerância a uma representação, talvez a melhor seria a do imenso e destruidor monstro marinho Leviatã, com os seu imensos tentáculos.

Leviatã é descrito em várias mitologias como o monstro destruidor, que ataca ferozmente suas vítimas com os seus imensos oito tentáculos. Na contemporaneidade, o nosso Leviatã, forjado durante séculos e séculos, se chama intolerância e, diferente das mitologias, cada tentáculo tem um nome.

Vejamos quais são: racismo, misoginia, homofobia, transfobia, xenofobia, machismo, desigualdade desrespeito. Juntos, esses tentáculos permeiam nossas relações sociais, políticas e religiosas deixando seus rastros de destruições por onde quer que passem.

E de dentro do nosso Leviatã contemporâneo, entre as intolerâncias, salta a intolerância religiosa, que vem ceifando vidas, deixando vítimas e provocando danos patrimoniais e religiosos.

Ora! Mesmo garantida por lei, a liberdade religiosa não é uma realidade para as religiões em solo brasileiro e para tal averiguação basta deitar nossos olhos sobre dados do relatório sobre os casos de Intolerância Religiosa no Brasil, publicado em 2017 pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, em parceria com o Laboratório de História das Experiências Religiosa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHER/UFRJ) e, com a editora Klíne.

Obviamente, diante das circunstâncias atuais, tivemos, infelizmente, um crescimento significativo dos casos de intolerância religiosa no Brasil, principalmente na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo as informações apresentadas no relatório, entre abril de 2012 a agosto de 2015 pelo Centro de Promoção da Liberdade Religiosa & Direitos Humanos (Ceplir), houve o registro de 1.014 casos de intolerância religiosa, sendo que 71% dos casos são contra adeptos das religiões afro-brasileiras; 8% dos casos são contra evangélicos; 4% são casos contra católicos, 4% são casos envolvendo judeus.

Ainda segundo a Ceplir, de setembro a dezembro de 2015, 32% dos casos são contra muçulmanos, 6% dos casos são contra indígenas, 3% dos casos são contra kardecistas.

Assim, os dados nos revelam uma nefasta realidade que assola à todas as minorias religiosas representativas no Brasil, que durante muito anos usou o slogan "Somos todos iguais" e é lido no exterior como "o país das igualdades".

Igualdades essas que esbarram nas fronteiras e nos tentáculos de Leviatã! Por isso, precisamos promover a tolerância cotidianamente e não apenas no dia 21 de janeiro. (Por Ivanir dos Santos, no O Dia).