Filho do general Mourão será assessor especial do presidente do BB com salário de 37,5 mil reais


Mourão. (Foto: Divulgação/CartaCapital).

O filho do general Mourão subiu na carreira. O bancário Antonio Hamilton Rossell Mourão será assessor especial de Rubem Novaes, o recém-nomeado presidente do Banco do Brasil, com salário de 37,5 mil reais.

A informação foi confirmada pela assessoria do banco a CartaCapital.

O novo homem do presidente vai auxiliá-lo nas questões de agronegócio. Segundo o BB, Antonio é funcionário da instituição há 18 anos e já atuava na área. No novo cargo, os rendimentos triplicam: o salário da função anterior, de assessor empresarial, girava em torno de 12 mil reais.

Não se trata de uma promoção típica. Pelo regimento do banco, o presidente tem livre escolha para nomear seus assessores especiais, e poderia até mesmo contratar apessoas de fora da instituição. São três vagas ao todo. (Com informações de CartaCapital).


“Aprisionar a juventude não fará bem ao Brasil” diz Haddad em resposta a Damares


(Foto: Ricardo Stuckert).

Fernando Haddad usou sua conta no Twitter para rebater as declarações da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Ela criticou o Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (Sisu), que permite que estudantes aproveitem a nota do Enem para estudar em universidades de todo o país.

SiSU foi criado para dar liberdade aos jovens. Mesma regra do Prouni, duas enormes conquistas da nossa gestão. Educação é liberdade. Aprisionar a juventude não fará bem ao Brasil”, escreveu Haddad.

Damares havia dito o seguinte sobre o Sisu: “O menino lá do Rio Grande do Sul faz o Enem, ele passa no vestibular para medicina lá no Amapá, que é o grande sonho dele e da família. Esse menino é tirado do contexto. Às vezes tem apenas 16 anos. Será que nós não poderíamos estar começando a pensar em políticas públicas, que este menino ficasse um pouco mais próximo da família? ‘Ah, mas em outros países acontece’. Mas nos outros países o papai tem dinheiro para ir lá na universidade visitar de vez em quando o filho”. (Com informações da Revista Fórum).

“Não estamos nos zoológicos, estamos nas nossas terras, nossas casas”, dizem indígenas a Bolsonaro


(Foto: Mídia Ninja).

Os povos indígenas da região amazônica Aruak Baniwa e Apurinã escreveram carta ao presidente jair Bolsonaro referente as medidas recentes do nascituro governo, que retirou da Funai a demarcação de terras indígenas, passando essa decisão ao Ministério da Agricultura, ou seja, sob o comando dos ruralistas, que tem a ministra Katia Abreu como representante.

Leia carta na íntegra:

Carta ao excelentíssimo senhor presidente da república federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro – Brasília (DF)

Manaus, 2 de janeiro de 2019

Senhor Presidente

Já fomos dizimados, tutelados e vítimas de política integracionista de governos e Estado Nacional Brasileiro, por isso, vimos em público afirmar que não aceitamos mais política de integração, política de tutela e não queremos ser dizimados por meios de novas ações de governo e do Estado Nacional Brasileiro.

Esse país chamado Brasil nos deve valor impagável senhor presidente, por tudo aquilo que já foi feito contra e com os nossos povos.

As terras indígenas têm um papel muito importante para manutenção da riqueza da biodiversidade, purificação do ar, do equilíbrio ambiental e da própria sobrevivência da população brasileira e do mundo.

Não é verdade que os povos indígenas possuem 15% de terras do território nacional. Na verdade são 13%, sendo que a maior parte (90%) fica na Amazônia Legal. Esse percentual é o que restou como direito sobre a terra que antes era 100% indígena antes do ano de 1500 e que nos foi retirado. Não somos nós que temos grande parte do território Brasileiro, mas os grandes latifundiários, ruralistas, agronegócios, etc que possuem mais de 60% do território nacional Brasileiro.

O argumento de “vazio demográfico” nas terras indígenas é velho e falso. Serve apenas para justificar medidas administrativas e legislativas que são prejudiciais aos povos indígenas. As nossas terras nunca são vazios demográficos. Foram os indígenas que ajudaram a proteger as fronteiras brasileiras na Amazônia.

Diferente do que o senhor diz de forma preconceituosa, também não somos manipulados pelas ONGs. As políticas públicas, a ação de governos e do Estado Brasileiro é que são ineficientes, insuficientes e fora da realidade dos povos indígenas e nossas comunidades.

Quem não é indígena não pode sugerir ou ditar regras de como devemos nos comportar ou agir em nosso território e em nosso país. Temos capacidade e autonomia para falar por nós mesmos. Nós temos plena capacidade civil para pensar, discutir os rumos dos povos indígenas segundo nossos direitos, que são garantidos nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal, na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e na declaração da ONU sobre os povos indígenas. Nós temos condições de elaborar projetos e iniciativas. Muitos já estão elaborados. É o caso dos planos de gestão de terras indígenas aplicados no estado do Amazonas.

Senhor presidente, cumpra com suas falas e discursos de campanha de fazer valer a democracia, pois somos brasileiros que merecemos respeito sobre nossos direitos. Não aceitamos a ação ditatorial, pois contradiz com o discurso do senhor Ministro da Casa Civil  Onyx Lorenzoni que defende o diálogo. Afirmamos que estamos organizados com lideranças e povos capazes de diálogo com o presidente, Estado brasileiro e governo, pois já aprendemos falar na Língua Portuguesa, além de nossas línguas nativas de cada povo e línguas de outras nacionalidades.

As mudanças feitas na reestruturação e na reorganização administrativa do governo federal através de MP n° 870 do dia 1 de janeiro de 2019 são uma completa desordem e um ataque contra a política indigenista Brasileiro. Além de prejudicial, pretende inviabilizar os direitos indígenas que são constitucionais. O mesmo sobre novo decreto, que tira a competência da Funai de licenciamento que impactam nossos territórios.

Essa prática já aconteceu no passado na história Brasileira como uma tentativa agressiva de nos dizimar. Foi um período muito difícil e ineficiente do Estado. Não aceitamos e não concordamos com suas medidas de reforma administrativa para gestão da política indigenista.
Não somos culpados de ter muitas mudanças em nossas vidas e em nossas culturas. Isso é fruto de um processo de colonização violento, que matou muitos povos e extinguiu línguas nativas. Queremos continuar sendo indígenas, com direito a nossa identidade étnica, assim como somos brasileiros. O brasileiro quando sai para outros países e outros continentes   continuam sendo brasileiros. Nós, da mesma forma, e ainda mais quando estamos dentro do Brasil que aprendemos a defender como nossa nacionalidade.

Nosso modo de vida é diferente. Não somos contra quem opta por um modelo econômico ocidental, capitalista. Mas temos nossa forma própria de viver e se organizar nas nossas terras e temos nossa forma de sustentabilidade. Por isso, não aceitamos desenvolvimento e nem um modelo econômico feito de qualquer jeito e excludente, que apenas impacta nossos territórios. Nossa forma de sustentabilidade é para nos manter e garantir o futuro da nossa geração.

Não estamos nos zoológicos, senhor Presidente, estamos nas nossas terras, nossas casas, como senhor e como quaisquer sociedades humanas que estão nas suas casas, cidades, bairros. Somos pessoas, seres humanos, temos sangue como você, nascemos, crescemos, procriamos e depois morremos na nossa terra sagrada, como qualquer ser humano vivente sobre esta terra.

Nossas terras, já comprovado técnica e cientificamente, são garantias de proteção ambiental, sendo preservadas e manejadas pelos povos indígenas, promovendo constantes chuva com qual as plantações e agronegócios da região do sul e sudeste são beneficiadas e sabemos disso.

Portanto, senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro,  considerando a política de diálogo do seu governo na democracia, nós lideranças indígenas, representantes legítimas, estamos prontos para o diálogo, mas também estamos preparados para nos defender.

Carta dos povos Aruak Baniwa e Apurinã

– Marcos Apurinã – Povo Apurinã

Liderança Indígena Apurinã da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Rio Purus; contato – e-mail: marcosapurin@gmail.com;

– Bonifácio Jose´- Povo Baniwa

Liderança Indígena Baniwa do Alto Rio Negro, membro da Organização Baniwa e Koripako NADZOERI; e-mail: bonibaniwa@gmail.com;

– André Baniwa – Povo Baniwa

Liderança Indígena Baniwa do Alto Rio Negro, Terra Indígena Alto Rio Negro, Presidente da Organização Indígena da Bacia do Içana, OIBI; e-mail: andrebaniwa@gmail.com; (Com informações do Mídia Ninja).

Altaneirense Higor Gomes detém 2º melhor tempo por etapa no Circuito da Trilha Sítio Poças



Desde de 2014 que o município de Altaneira, na região do cariri, vem sendo palco de um dos esportes mais praticados na atualidade, o MTB, ou simplesmente Mountain Bike.  

Altaneirense Higor Gomes detém segundo
melhor tempo por etapa no Circuito da Trilha
Sítio Poças. (Foto: Divulgação).
Considerado uma vertente do ciclismo, o MTB possuiu suas subdivisões, tais como All Mountain, BMX, MTB Urbana, Mountain Bike ou MTB XC – XCM/XCO, dentre outras e cada uma delas possui regras específicas. Aqueles e aquelas que se dedicam ao esporte são chamados de mountain bikers. Ciclistas é a denominação mais usual.

Um dos responsáveis pela introdução, propagação e incentivador da prática em Altaneira, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho, publicou em seu Blog de Altaneira (BA) dados contendo os melhores tempos por etapa no Circuito da Trilha Sítio Poças.

Segundo os dados, 322 ciclistas chegaram a participar das 46 etapas realizadas até agora, porém apenas 36 completaram as seis voltas no atual formato do Circuito Trilha Sítio Poças. Destes, 7 são de Altaneira. As informações permitem constatar ainda que é do altaneirense Higor Gomes, campeão em 2014 e em 2018, o segundo melhor tempo neste circuito. Ele registrou 1:36:12seg. O melhor tempo (1h34min.34seg) é de Ruan Jacinto que foi campeão em 2016.


"Maioria do Brasil nunca viveu na democracia", diz o professor Boaventura Sousa Santos


Boaventura recebeu a reportagem do Brasil de Fato, na cobertura do hotel em que hospedou em São Paulo no fim de dezembro de 2018 / (Foto: Lu Sudré).

"Não faltam alternativos no mundo, o que falta, de fato, é um pensamento alternativo das alternativas", disse certa vez o professor, sociólogo e pensador português Boaventura Sousa Santos. Interessado em ideias que promovam a emancipação social e tendo dedicado sua vida e atividade intelectual à descolonização de pensamentos e alternativas ao capitalismo tardio, Boaventura recebeu a reportagem do Brasil de Fato, na cobertura do hotel em que se hospedou em São Paulo no fim de dezembro de 2018.

O meu grande desejo e toda a minha luta é que as esquerdas se unam e aprendam com as lições do passado e não se unam quando já é tarde demais. As esquerdas europeias uniram-se nos anos 30, nas frentes populares. Mas nessa altura, o Hitler já estava no poder”, responde o professor titular aposentado da Universidade de Coimbra, ao ser questionado sobre os caminhos das esquerdas frente ao crescimento de ideias de extrema direita e sua legitimação democrática na virada dos anos 10. Segundo ele, para além da batalha de ideias e das derrotas políticas, estamos sob uma tirania do dinheiro, que se reproduz em função de si mesmo, descartando o humano.

Os mercados são cinco investidores globais que dominam os mercados financeiros. Isso é uma ditadura financeira. Incompatível com a democracia. O capitalismo produtivo, industrial é um capitalismo que precisa de operários. O Estado não pode ser totalmente antissocial, porque, senão, destruiria seus próprios operários. O capitalismo financeiro trabalha com ecrãs de computadores e com programas, não trabalha com gente e, por tanto, produz dinheiro sobre dinheiro. Portanto, é profundamente antissocial.”



Ativista Rosa Parks ganhará sua primeira cinebiografia


O Deadline reportou que a Winter State Entertainment produzirá um longa sobre a ativista Rosa Parks, que será intitulado “Rosa”.

Esta será a primeira cinebiografia sobre a ativista pelos direitos civis de pessoas negras nos Estados Unidos. Em 2001, o documentário curta-metragem “Mighty Times: The Legacy of Rosa Parks” foi indicado ao Oscar; no ano seguinte foi lançado “The Rosa Parks Story”, um filme para televisão protagonizado por Angela Basset (“Pantera Negra”).

“Rosa” mostrará as primeiras 24 horas desde a prisão de Parks no estado do Alabama, em dezembro de 1955, por se recusar a ceder seu assento no ônibus a um homem branco, durante uma época em que havia segregação racial em espaços públicos. O longa também mostrará a contribuição da ativista ao movimento negro antes e depois do incidente racista. Parte dos lucros será doada ao The Rosa and Raymond Parks Institute for Self Development.

Os estreantes Charlie Kessler e Hamid Torabpour serão os roteiristas do filme, sob consultoria de Jeanne Theoharis, professora de Ciência Política do Brooklyn College e autora da biografia “The Rebellious Life of Mrs. Rosa Parks”. O diretor ainda não foi informado.

A produção do longa deve iniciar em 2019. Ainda não há mais detalhes sobre o elenco. (Com informações do Cinema com Rapadura).

Empossada nova diretoria do Sindicado dos Servidores Municipais de Altaneira


Empossada nova diretoria do Sindicatos dos Servidores Municipais  de Altaneira. (Foto: Nicolau Neto).

Em solenidade realizada na manhã deste sábado, 05/01, no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (SINSEMA), foi empossada a nova diretoria da referida entidade para o quadriênio 2019 – 2022.

A ex-presidente Maria Lúcia de Lucena usou a palavra para agradecer o apoio da classe e das pessoas que ali se faziam presente prestigiando o momento, destacou a luta do sindicato sempre em defesa das garantias dos direitos das servidoras e servidores públicos e finalizou parabenizando o presidente e demais componentes da diretoria pelo resultado.

Já o presidente eleito e empossado, o professor José Evantuil, ressaltou que assumir a direção de um sindicato nessa nova conjuntura “é mais difícil do que na época da ditadura do governo Vargas”. Segundo ele, naquela época houve alguns avanços em prol dos direitos sociais e políticos e citou a criação da Consolidação da Leis do Trabalho (CLT). “Hoje estamos testemunhando a destruição dos direitos dos trabalhadores e várias outras conquistas que foram conseguidas com muita luta”. “Por isso é mais difícil liderar um sindicato hoje”, emendou.

Evantuil discursando em sua posse. (Foto: Nicolau Neto).
O novo presidente ainda pregou que seu mandato será construído a base de diálogo com a classe representativa e com os poderes constituídos. “Mais isso não significa dizer que teremos apenas conversas. Quando o poder executivo endurecer, não teremos nenhum receio em seguir o caminho da justiça”, disse. Ele ainda pediu aos sócios e sócias que confiassem no trabalho da diretoria e da assessoria jurídica. “Confiem em nós que tudo dará certo”, pontuou. Por fim, pregou a união como forma de fortalecimento da entidade e argumentou que seu mandato será marcado pela autonomia e transparência.

Após seu discurso a palavra ficou facultada. Várias pessoas se reversaram. As representações da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Francirlea Mendes e Oldak Cesar, respectivamente, destacaram a importância da associação dos servidores como forma de garantia de direitos, porém foram enfáticos ao mencionarem os retrocessos e perca de direitos, principalmente nos últimos dois anos, como a aprovação da reforma trabalhista, da terceirização e da possibilidade do fim da justiça do trabalho. Francirlea também é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Jardim, enquanto que Oldak está na vice-presidência do Sindicato dos Servidores Públicos de Crato.

O ex-prefeito João Ivan Alcântara afirmou que foi pioneiro quando o assunto é movimento sindical, fez um resumo de sua época enquanto prefeito e das conversas com dirigentes sindicais e mencionou que o sindicato e os servidores não devem temer o poder executivo.

Os ex-presidentes Claudovino Soares e Antônio Pereira da Silva, conhecidos popularmente por Deza e Antônio de Kaci, respectivamente, destacaram suas passagens pela direção sindical e firmaram compromisso enquanto parte do governo municipal de sempre estarem disposta a dialogar.

Já o vereador e agora presidente da câmara, o professor Adeilton Silva, parabenizou a nova diretoria, mas classificou como “muito perigoso a aproximação do sindicato com o poder executivo”. Segundo ele, muita conversa pode enfraquecer a entidade. “Não estou dizendo que já aconteceu ou que vai acontecer”.  “Mas é preciso um certo cuidado”, disse.

Ainda discursaram os servidores João Alves e Francisco Rodrigues da Silva. O primeiro chamou a atenção para que a nova diretoria inicia uma campanha pela adesão de novos sócios e o segundo lembrou que a sua associação junto ao Sinsema se deu a partir do engajamento da diretoria na luta por tornarem efetivos ele outras pessoas.

A posse foi acompanhada por servidores e servidoras, ex-presidentes, familiares e amigos dos membros da nova diretoria, além de vereadores, do ex-presidente da Câmara Raimundo Soares e do ex-prefeito João Ivan Alcântara. 

Não compareceu à solenidade o prefeito, Dariomar Rodrigues (PT) e os ex-presidentes Ariovaldo Soares Teles e Raimundo Soares Filho. O secretário de governo, Deza Soares, justificou a ausência do primeiro ao afirmar que ele tinha passado por uma cirurgia e necessitava de repouso.

Quanto ao ex-presidente do Sinsema, um debate se seguiu nesta manhã de domingo, 06, no grupo do Blog Negro Nicolau (BNN) no whatsapp. A ex-presidente Lucena disse que convidou a todos. “O seu (se referindo ao jurista e blogueiro Soares Filho) em deixei na casa de seus pais, por não encontrá-lo em Altaneira e pedi a Lili para avisá-lo”. O convite foi contestado por Soares Filho. “Nunca recebi um convite antes do evento”, escreveu. “Mas confesso que não me sinto bem em uma entidade tão governista”, cravou.