Altaneirense Higor Gomes detém 2º melhor tempo por etapa no Circuito da Trilha Sítio Poças



Desde de 2014 que o município de Altaneira, na região do cariri, vem sendo palco de um dos esportes mais praticados na atualidade, o MTB, ou simplesmente Mountain Bike.  

Altaneirense Higor Gomes detém segundo
melhor tempo por etapa no Circuito da Trilha
Sítio Poças. (Foto: Divulgação).
Considerado uma vertente do ciclismo, o MTB possuiu suas subdivisões, tais como All Mountain, BMX, MTB Urbana, Mountain Bike ou MTB XC – XCM/XCO, dentre outras e cada uma delas possui regras específicas. Aqueles e aquelas que se dedicam ao esporte são chamados de mountain bikers. Ciclistas é a denominação mais usual.

Um dos responsáveis pela introdução, propagação e incentivador da prática em Altaneira, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho, publicou em seu Blog de Altaneira (BA) dados contendo os melhores tempos por etapa no Circuito da Trilha Sítio Poças.

Segundo os dados, 322 ciclistas chegaram a participar das 46 etapas realizadas até agora, porém apenas 36 completaram as seis voltas no atual formato do Circuito Trilha Sítio Poças. Destes, 7 são de Altaneira. As informações permitem constatar ainda que é do altaneirense Higor Gomes, campeão em 2014 e em 2018, o segundo melhor tempo neste circuito. Ele registrou 1:36:12seg. O melhor tempo (1h34min.34seg) é de Ruan Jacinto que foi campeão em 2016.


"Maioria do Brasil nunca viveu na democracia", diz o professor Boaventura Sousa Santos


Boaventura recebeu a reportagem do Brasil de Fato, na cobertura do hotel em que hospedou em São Paulo no fim de dezembro de 2018 / (Foto: Lu Sudré).

"Não faltam alternativos no mundo, o que falta, de fato, é um pensamento alternativo das alternativas", disse certa vez o professor, sociólogo e pensador português Boaventura Sousa Santos. Interessado em ideias que promovam a emancipação social e tendo dedicado sua vida e atividade intelectual à descolonização de pensamentos e alternativas ao capitalismo tardio, Boaventura recebeu a reportagem do Brasil de Fato, na cobertura do hotel em que se hospedou em São Paulo no fim de dezembro de 2018.

O meu grande desejo e toda a minha luta é que as esquerdas se unam e aprendam com as lições do passado e não se unam quando já é tarde demais. As esquerdas europeias uniram-se nos anos 30, nas frentes populares. Mas nessa altura, o Hitler já estava no poder”, responde o professor titular aposentado da Universidade de Coimbra, ao ser questionado sobre os caminhos das esquerdas frente ao crescimento de ideias de extrema direita e sua legitimação democrática na virada dos anos 10. Segundo ele, para além da batalha de ideias e das derrotas políticas, estamos sob uma tirania do dinheiro, que se reproduz em função de si mesmo, descartando o humano.

Os mercados são cinco investidores globais que dominam os mercados financeiros. Isso é uma ditadura financeira. Incompatível com a democracia. O capitalismo produtivo, industrial é um capitalismo que precisa de operários. O Estado não pode ser totalmente antissocial, porque, senão, destruiria seus próprios operários. O capitalismo financeiro trabalha com ecrãs de computadores e com programas, não trabalha com gente e, por tanto, produz dinheiro sobre dinheiro. Portanto, é profundamente antissocial.”



Ativista Rosa Parks ganhará sua primeira cinebiografia


O Deadline reportou que a Winter State Entertainment produzirá um longa sobre a ativista Rosa Parks, que será intitulado “Rosa”.

Esta será a primeira cinebiografia sobre a ativista pelos direitos civis de pessoas negras nos Estados Unidos. Em 2001, o documentário curta-metragem “Mighty Times: The Legacy of Rosa Parks” foi indicado ao Oscar; no ano seguinte foi lançado “The Rosa Parks Story”, um filme para televisão protagonizado por Angela Basset (“Pantera Negra”).

“Rosa” mostrará as primeiras 24 horas desde a prisão de Parks no estado do Alabama, em dezembro de 1955, por se recusar a ceder seu assento no ônibus a um homem branco, durante uma época em que havia segregação racial em espaços públicos. O longa também mostrará a contribuição da ativista ao movimento negro antes e depois do incidente racista. Parte dos lucros será doada ao The Rosa and Raymond Parks Institute for Self Development.

Os estreantes Charlie Kessler e Hamid Torabpour serão os roteiristas do filme, sob consultoria de Jeanne Theoharis, professora de Ciência Política do Brooklyn College e autora da biografia “The Rebellious Life of Mrs. Rosa Parks”. O diretor ainda não foi informado.

A produção do longa deve iniciar em 2019. Ainda não há mais detalhes sobre o elenco. (Com informações do Cinema com Rapadura).

Empossada nova diretoria do Sindicado dos Servidores Municipais de Altaneira


Empossada nova diretoria do Sindicatos dos Servidores Municipais  de Altaneira. (Foto: Nicolau Neto).

Em solenidade realizada na manhã deste sábado, 05/01, no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (SINSEMA), foi empossada a nova diretoria da referida entidade para o quadriênio 2019 – 2022.

A ex-presidente Maria Lúcia de Lucena usou a palavra para agradecer o apoio da classe e das pessoas que ali se faziam presente prestigiando o momento, destacou a luta do sindicato sempre em defesa das garantias dos direitos das servidoras e servidores públicos e finalizou parabenizando o presidente e demais componentes da diretoria pelo resultado.

Já o presidente eleito e empossado, o professor José Evantuil, ressaltou que assumir a direção de um sindicato nessa nova conjuntura “é mais difícil do que na época da ditadura do governo Vargas”. Segundo ele, naquela época houve alguns avanços em prol dos direitos sociais e políticos e citou a criação da Consolidação da Leis do Trabalho (CLT). “Hoje estamos testemunhando a destruição dos direitos dos trabalhadores e várias outras conquistas que foram conseguidas com muita luta”. “Por isso é mais difícil liderar um sindicato hoje”, emendou.

Evantuil discursando em sua posse. (Foto: Nicolau Neto).
O novo presidente ainda pregou que seu mandato será construído a base de diálogo com a classe representativa e com os poderes constituídos. “Mais isso não significa dizer que teremos apenas conversas. Quando o poder executivo endurecer, não teremos nenhum receio em seguir o caminho da justiça”, disse. Ele ainda pediu aos sócios e sócias que confiassem no trabalho da diretoria e da assessoria jurídica. “Confiem em nós que tudo dará certo”, pontuou. Por fim, pregou a união como forma de fortalecimento da entidade e argumentou que seu mandato será marcado pela autonomia e transparência.

Após seu discurso a palavra ficou facultada. Várias pessoas se reversaram. As representações da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Francirlea Mendes e Oldak Cesar, respectivamente, destacaram a importância da associação dos servidores como forma de garantia de direitos, porém foram enfáticos ao mencionarem os retrocessos e perca de direitos, principalmente nos últimos dois anos, como a aprovação da reforma trabalhista, da terceirização e da possibilidade do fim da justiça do trabalho. Francirlea também é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Jardim, enquanto que Oldak está na vice-presidência do Sindicato dos Servidores Públicos de Crato.

O ex-prefeito João Ivan Alcântara afirmou que foi pioneiro quando o assunto é movimento sindical, fez um resumo de sua época enquanto prefeito e das conversas com dirigentes sindicais e mencionou que o sindicato e os servidores não devem temer o poder executivo.

Os ex-presidentes Claudovino Soares e Antônio Pereira da Silva, conhecidos popularmente por Deza e Antônio de Kaci, respectivamente, destacaram suas passagens pela direção sindical e firmaram compromisso enquanto parte do governo municipal de sempre estarem disposta a dialogar.

Já o vereador e agora presidente da câmara, o professor Adeilton Silva, parabenizou a nova diretoria, mas classificou como “muito perigoso a aproximação do sindicato com o poder executivo”. Segundo ele, muita conversa pode enfraquecer a entidade. “Não estou dizendo que já aconteceu ou que vai acontecer”.  “Mas é preciso um certo cuidado”, disse.

Ainda discursaram os servidores João Alves e Francisco Rodrigues da Silva. O primeiro chamou a atenção para que a nova diretoria inicia uma campanha pela adesão de novos sócios e o segundo lembrou que a sua associação junto ao Sinsema se deu a partir do engajamento da diretoria na luta por tornarem efetivos ele outras pessoas.

A posse foi acompanhada por servidores e servidoras, ex-presidentes, familiares e amigos dos membros da nova diretoria, além de vereadores, do ex-presidente da Câmara Raimundo Soares e do ex-prefeito João Ivan Alcântara. 

Não compareceu à solenidade o prefeito, Dariomar Rodrigues (PT) e os ex-presidentes Ariovaldo Soares Teles e Raimundo Soares Filho. O secretário de governo, Deza Soares, justificou a ausência do primeiro ao afirmar que ele tinha passado por uma cirurgia e necessitava de repouso.

Quanto ao ex-presidente do Sinsema, um debate se seguiu nesta manhã de domingo, 06, no grupo do Blog Negro Nicolau (BNN) no whatsapp. A ex-presidente Lucena disse que convidou a todos. “O seu (se referindo ao jurista e blogueiro Soares Filho) em deixei na casa de seus pais, por não encontrá-lo em Altaneira e pedi a Lili para avisá-lo”. O convite foi contestado por Soares Filho. “Nunca recebi um convite antes do evento”, escreveu. “Mas confesso que não me sinto bem em uma entidade tão governista”, cravou.


Um resumo dos 4 primeiros dias do governo Bolsonaro


(Bolsonaro, Mourão e Moro posam para foto oficial do novo governo/AP/Eraldo Peres).

Passaram-se apenas quatro dias do governo Jair Bolsonaro (PSL) e as medidas já adotadas foram mais dramáticas do que previram os analistas políticos mais moderados.

Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu que atacaria o que define como “viés ideológico”. Na prática, porém, o atual presidente está impondo sua visão ideológica na administração federal.

SALÁRIO MÍNIMO

Em um de seus primeiros atos como presidente da República, Jair Bolsonaro assinou decreto em que estabelece que o salário mínimo passará de 954 Reais para 998 Reais este ano. O valor ficou abaixo da estimativa que constava do orçamento da União, de 1.006 Reais.


CARGOS POLÍTICOS

Bolsonaro assinou a MP 870, que cria cargos de articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. Eles devem ser ocupados por deputados aliados do presidente que não se reelegeram nas últimas eleições.

22 MINISTÉRIOS

A Medida Provisória 870 define toda estrutura do governo Bolsonaro. O texto confirma a estrutura de governo anunciada ainda na transição, com 22 ministros de Estado. Um decreto complementar distribui as entidades da administração indireta, como autarquias e fundações, aos ministérios a que estão vinculados.

FUNAI e RURALISTAS

A responsabilidade de realizar a reforma agrária e demarcar e regularizar terras indígenas e áreas remanescentes dos quilombos passou a ser do Ministério da Agricultura, de controle ruralista. Com a mudança, ficam esvaziados a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

DEMISSÕES
Um decreto exonera, a partir do dia 30 de janeiro, servidores comissionados dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Indústria, Comércio Exterior e do Trabalho — pastas que foram extintas para formar o todo-poderoso Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

MILITARISMO NAS ESCOLAS

Ao definir a estrutura do Ministério da Educação, o governo determinou que caberá à pasta promover o modelo de escolas “cívico-militares” nos sistemas de ensino municipais. Falta definir como a ideia irá funcionar na prática.

ATAQUE ÀS MINORIAS

A Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) foi extinta no MEC. Em seu lugar, entra a Secretaria de Modalidades Especializadas, que terá diretorias voltadas para pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas a coordenação de ações voltadas à diversidade sociocultural não terão espaço na nova estrutura da pasta.

TRAPALHADAS

Os primeiros bate-cabeças públicos entre o presidente e a equipe econômica aconteceram nesta sexta-feira (4). O descompasso aconteceu após Jair Bolsonaro afirmar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaria “a possibilidade de diminuir” a alíquota do imposto de renda de quem ganha mais.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro também anunciou que a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seria elevada para compensar a prorrogação de benefícios fiscais às Regiões Norte e Nordeste. As falas do presidente foram, no entanto, desautorizadas ao longo do dia e chamadas de “confusão” e “equívoco” pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e por Onyx.

Diante do panorama, o superministro da Economia, Paulo Guedes, que já havia visto o presidente defender uma reforma da Previdência mais branda do que ele almejava, desmarcou os compromissos públicos. Preferiu o silêncio.

Para a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital, o anúncio feito pelo presidente quanto à redução de alíquota de imposto de renda (que cairia dos atuais 27,5% para 25%) é inconstitucional, porque é contrário ao critério da progressividade estabelecido no parágrafo 2º do artigo 153 da Constituição Federal.

Quem ganha mais deve pagar mais impostos, quem ganha menos, deve pagar menos. Essa medida anunciada pelo novo governo vai favorecer uma parte da população (os mais ricos), mas deixa de fora muitos brasileiros que ganham até dois salários mínimos, o que é um erro e favorece a desigualdade”. (Com informações do Pragmatismo Político).