Eunício Oliveira não consegue reeleição para o senado


Eunício não consegue reeleição para o senado. (Foto: Reprodução).

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) não obteve votos suficientes para se reeleger como senador. Com 100% das urnas apuradas, Eunício Oliveira tem 1.313.793 votos, equivalente a 16,93% dos votos válidos.

As duas vagas para senador no Ceará ficaram com Cid Gomes (PDT), com 3.228.533 votos (41,62%) e Eduardo Girão (PROS), com 1.325.786 votos (17,09%).

Atual presidente do Senado, Eunício Oliveira foi reeleito ao cargo de Senador pelo MDB e cumpre oito anos de mandato. Já foi deputado federal por três legislaturas - no período de 1999 e 2010 - e ministro das Comunicações do Governo Luís Inácio Lula da Silva, entre 2004 e 2005.

Campanha

Aliado de Camilo Santana (PT) nesta campanha eleitoral, Eunício Oliveira conseguiu desbancar o apoio do PT à reeleição de José Pimentel - cujo mandado no Senado termina em janeiro de 2019 - em troca do fortalecimento da candidatura do governador e do grupo político formado por ele que contou com o apoio de 24 partidos políticos.

Se, por um lado Camilo Santana optou por transitar em palanque duplo - com apoio a Ciro Gomes e Fernando Haddad, para a presidência da República, Eunício Oliveira revelou apoio ao candidato petista, Fernando Haddad. (Com informações do G1).

Camilo Santana é reeleito governador do Ceará com quase 80% dos votos


Camilo Santana é reeleito governador do Ceará. (Foto: Reprodução/Facebook).

Camilo Santana (PT) foi reeleito governador do Ceará neste domingo 7, com 79,9% dos votos. O segundo colocado na disputa foi o tucano General Theophilo, que obteve apenas 11,3% dos votos.

O petista alcançou a reeleição no primeiro turno sendo o governador mais bem votado do País. Camilo liderou com folga a disputa desde o início da campanha, como já indicavam as pesquisas de intenção de voto.

Após a eleição de Camilo em 2014, boa parte da oposição foi para a base do governo, o que explica da falta de adversários no estado. No Ceará, a base oficial do governo conta com os partidos PP, DEM e MDB. Na Assembleia Legislativa, ainda fazem aliança com o PDT o PRB e o Patriota. Izolda Cela, vice de Camilo, é do PDT.

Assim como outros governadores do nordeste que se reelegeram agora no primeiro turno, como Flávio Dino, no Maranhão, Camilo se destacou por ter priorizados áreas sociais de forte impacto na região, como a educação.

 De liderança estudantil a servidor público

Camilo Santana é engenheiro civil, e um político consolidado em seu estado, o Ceará, tendo ocupado por diversas legislaturas o cargo de deputado estadual. Se formou na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde também se tornou mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

Foi diretor do Diretório Central dos Estudantes da UFC. Foi Secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará no governo de Cid Gomes, de 1 de fevereiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010, além de Secretário das Cidades.

Foi ainda servidor público federal concursado, quando ocupou a superintendência adjunta do Ibama no Ceará em 2003 e 2004. Em 2014, foi eleito pela primeira vez governador do Ceará. (Com informações de CartaCapital).


Ciro declarou segundo voto ao senado em candidatura do Psol


Ciro declarou segundo voto ao senado em candidatura do Psol. (Foto: Carlos Holanda/Especial para O POVO).

O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou em coletiva de imprensa, na manhã deste domingo, 7, ter votado em um candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para o Senado em sua segunda opção. A sigla tem duas candidaturas ao Senado Federal: Pastor Simões e Anna Karina.  As declarações foram dadas na sede da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa-CE), onde vota Ciro.

Forte opositor de Eunício Oliveira, já era esperado que Ciro não votasse no emedebista, apesar da aliança informal  firmada entre o governador Camilo Santana (PT), Cid Gomes (PDT) e Eunício Oliveira (MDB) para o Senado.

No plano estadual, o Psol é, inclusive, partido de oposição ao grupo político capitaneado por Ciro Gomes. Em entrevista ao Blog Política na última sexta-feira, 5, o candidato ao Governo do Ceará, Ailton Lopes (Psol), disse que gostaria de ir ao segundo turno com Camilo que, segundo ele, “é preciso enfrentar esse projeto e mostrar a tragédia que ele é para o Ceará”.

Sobre o apoio a Eunício, Cid Gomes afirmou, em coletiva, também na Sesa, que converge em 99% com o irmão. Disse, entretanto, que tem suas convicções e Ciro as dele. (Com informações de Heloisa Vasconcelos e Carlos Holanda, no O POVO).

Tirar selfie? Cola eleitoral? O que pode e não pode no dia da votação

Imagem puramente ilustrativa. (Foto: Reprodução).

Neste domingo (7), eleitores irão às urnas em todo o país para escolher os futuros governantes. Pela Lei Eleitoral, os eleitores precisam respeitar algumas regras nos locais e no dia da votação.

Uso de bandeiras e camisetas do candidato

O eleitor pode demonstrar a preferência por um candidato, desde que seja de maneira individual e silenciosa. São permitidas bandeiras sem mastro, broches ou adesivos no local de votação. Uso de camisetas foi liberado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O eleitor poderá usar a camiseta com nome de seu candidato preferido, sem fazer propaganda eleitoral a favor dele. A camiseta não pode ser distribuída pelo candidato.

Cola eleitoral

O eleitor pode levar, em papel, os números dos candidatos anotados. A cola eleitoral (imprima aqui)  é permitida e recomendada pela Justiça Eleitoral, pois o eleitor irá votar para cinco cargos (deputado federal, deputado estadual ou distrital, dois senadores, governador e presidente). Não é permitida a "cola" em celular na hora de votar.

Uso de celular e tirar selfie

Na cabine de votação, celulares, máquina fotográficas, filmadoras ou outro dispositivo eletrônico não são permitidos. Os equipamentos podem corromper o sigilo do voto, ou seja, não pode tirar selfie na hora da votação ou tirar foto do voto. O eleitor que baixou o e-Título vai apresentá-lo ao mesário e depositará o celular em uma mesa enquanto estiver na cabine de votação. Ao final, o aparelho será devolvido pelo mesário.

Acompanhante

O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar com o auxílio de pessoa de sua confiança na hora de votar, mesmo que não tenha feito o pedido antecipadamente ao juiz eleitoral.

Alto-falante e carreatas

Uso de alto-falantes, caixas de som, comícios e carreatas são proibidos.

Boca de urna

Tentar convencer um eleitor a votar ou não em um candidato é proibido. A propaganda de boca de urna também não é permitida. São consideradas boca de urna, por exemplo, a distribuição de panfletos e santinhos de candidatos, a aglomeração de pessoas usando roupas uniformizadas ou manifestações nas proximidades das zonas eleitorais.

Bebida alcoólica

A legislação eleitoral proíbe a venda de bebida alcoólica das 6h até as 18h no dia da eleição. No entanto, cabe a juízes e às Secretarias de Segurança Pública de cada unidade da Federação decidirem sobre a proibição da venda e do consumo nos estados ou até em cidades. (Com informações da Agência Brasil).

Nos 30 anos da Constituição, 'nuvens carregadas' sobre a democracia


Parlamentares comemoram promulgação da Carta, em 5 de outubro de 1988: 'defesa das nossas garantias e liberdades'.


No dia em que se comemoram os 30 anos da promulgação da Constituição, nesta sexta-feira (5), a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) homenageou parlamentares que participaram da Constituinte, em um evento em que também se defendeu a democracia. Mais de 100 entidades assinaram manifesto no qual se afirma que "a democracia, tão arduamente conquistada, é o único caminho para a construção da nação justa e solidária que a sociedade brasileira tanto almeja". O texto fala ainda em "novo modelo político", que privilegie a representatividade, e "relacionamento transparente e ético" entre os poderes.

O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, afirmou que a Constituição "permitiu a este país que vivesse o maior período democrático da era republicana", ainda que curto. É preciso "promover a defesa desse texto, seus valores e seus princípios", acrescentou, citando os direitos fundamentais contidos na carta, em "defesa das nossas garantias e das nossas liberdades".

Ao final do evento, na sede da Ordem, na região central de São Paulo, Costa lembraria da Carta aos Brasileiros, documento lido em 1977 por Goffredo Teles Junior na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco. "É um processo que exige vigilância contínua, também sujeito a riscos", afirmou. "Quarenta anos atrás, já apontávamos a pacificação como único caminho para o país."

Deputado constituinte pelo MDB e ex-prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Tito Costa lembrou da greve dos metalúrgicos em 1978 – outras viriam nos anos seguintes – e de certa advertência que levou do então chefe da Casa Civil, general Golbery do Couto e Silva, e falou do atual momento político. "A gente fica até preocupado com o destino da nossa Constituição. Há nuvens negras, ameaças. Mas todos nós estamos presentes para defender o regime democrático, conquistado a duríssimas penas."

Em nome da Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns, o pastor Ariovaldo Ramos também falou em "nuvens carregadas" no cenário político. "Os tempos parecem tenebrosos", afirmou. "A única posição adequada é olhar para a luz. A Constituição é o foco de luz. A lei é que constitui a nação. Nestes dias, nada mais importante do que nos lembrarmos da lei", disse o pastor, fazendo referência a "prisão política e condenação sem materialidade".

Ao citar o cardeal emérito de São Paulo, que morreu em 2016, Ramos afirmou que o país "esquece rapidamente seus heróis e continua dando espaço, às vezes, aos antidemocratas". Segundo ele, a Carta de 1988 foi "construída com o sangue dos mártires e a fé dos brasileiros".

"A democracia precisa ser fortalecida", afirmou a ex-constituinte Irma Passoni. "Como se define essa democracia, como a gente repensa o Parlamento? Não é possível o voto parlamentar ser moeda de troca em cada votação. O voto tem de ser de compromisso com a nação."

Ela lembra que a Constituição foi "construída por milhões de pessoas, teve representação de todos os setores". Para Irma, a atual campanha eleitoral foi "pobre", mas por outro lado mostrou preocupação dos brasileiros com a política. "Há uma juventude preocupada com o Brasil novo."

Além de Tito Costa e Irma Passoni, estavam presentes para serem homenageados os ex-constituintes Arnaldo Faria de Sá, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cesar Rosas, Joaquim Carlos Del Bosco Amaral, José Genoino, José Maria Eymael e Roberto Freire. (Com informações da RBA).

Boulos alerta para riscos que candidatura de Bolsonaro representa e dá uma aula de História


(Boulos alerta para riscos que candidatura de Bolsonaro representa e dá uma aula de História. (Foto: Reprodução).


O candidato à presidência Guilherme Boulos (Psol), questionado por Fernando Haddad (PT) no debate na noite desta quinta-feira (4), da Rede Globo sobre a proposta de Jair Bolsonaro (PSL), de cortar direitos trabalhistas como o 13º salário, aproveitou o tempo de sua fala e fez um discurso emocionado sobre os riscos à democracia representado pelo candidato da extrema-direita. “Faz 30 anos que saímos de uma ditadura. Muita gente morreu, foi torturada. Tem mãe que não pôde enterrar seu filho até hoje. Faz 30 anos, mas acho que nunca estivemos tão próximos disso”, afirmou.

Haddad iniciou sua fala para Boulos, no modelo de embates diretos que orienta o debate, afirmando que o escolheu para responder, pois ele é "um candidato sério". “Há três que apoiam o governo de Michel Temer (MDB). Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro. Só falam em cortar direitos. Bolsonaro tem a ideia de acabar com o 13º salário, com o abono de férias, cobrar Imposto de Renda dos mais pobres, cortar Bolsa Família e introduzir a CPMF”, afirmou.

Boulos disse que a questão é séria e introduziu pontos extremamente graves presentes no discurso de Bolsonaro, que apoia abertamente torturadores reconhecidos pela Justiça como tais e nega as atrocidades da ditadura civil-militar (1964-1985). “Se estamos aqui hoje é porque teve gente que derramou sangue pela democracia. Se você vai votar domingo, pessoas deram suas vidas por isso. Quando nasci, o Brasil estava em uma ditadura. Não quero que minhas filhas cresçam em uma”, completou Boulos.

Começa assim: arma, resolver na porrada, a vida que não vale nada. Temos que dar um grito e dizer: ditadura nunca mais”, finalizou.

Na réplica, Haddad agradeceu o alerta de Boulos. “Chamo atenção para os riscos. Se foi possível construir direitos, gerar empregos, fazer o jovem trabalhador, filho do pedreiro entrar na universidade, isso tudo é da democracia. É a liberdade que te permite reivindicar, votar, exigir compromisso. O que está acontecendo é um descalabro. Todo dia uma notícia ruim”.

Boulos, em sua tréplica, reforçou que a “turma do ódio do Bolsonaro também é a turma da destruição”. “O ódio que eles propagam nasce da indiferença. Estou há 16 anos lutando do lado do povo que não tem casa. De pessoas que sempre foram acostumadas a entrar pelo elevador de serviço. A baixar a cabeça. Fomos perdendo a capacidade de se indignar, de sentir a dor do outro. Precisamos trazer para a política a solidariedade”.

Bolsonaro não compareceu ao debate, alegando motivos médicos. Em vez disso, gravou uma entrevista exclusiva para a TV Record, que foi ao ar no mesmo horário do debate da Globo e teve duração de meia hora. (Com informações da RBA).

Constituição Federal completará 30 anos neste dia 5


Constituição Federal completará 30 anos neste dia 5 de outubro. (Foto: Reprodução/Agência Brasil).

Falar do documento base para o efetivo sustento da democracia ao qual estamos vivenciando nos leva a tomar uma posição através de análises reflexivas. Será mesmo que vivenciamos uma democracia aos moldes do pregado na Constituição Federal promulgada em 5 de outubro de 1988? Será que os direitos e os deveres impregnados nas páginas dessa carta magna estão sendo levados em consideração? E como anda a liberdade de expressão, um dos pilares para uma boa convivência social? O racismo, senhores e senhoras, em que pé está? Vivemos mesmo em uma sociedade onde impera uma democracia racial ou isso é só um mito alimentado para manter a supremacia de seres que se julgam superiores por não terem uma pele negra? O Voto é um direito ou uma obrigação?

Sem termos a pretensão de respondê-las por completo e muito menos de esgotar o assunto, podemos dizer que o surgimento das Constituições marcou definitivamente a mudança do Estado absoluto para o Estado liberal. Elas possuem na sua origem a reação ao autoritarismo e passam a representar uma proteção do indivíduo frente ao Estado. Na atualidade constitucional, à defesa dos indivíduos somaram-se questões sociais, culturais, políticas, econômicas e ambientais de grande abrangência que necessitam ser enfrentadas e demandam importantes decisões que a todos afetam, mas nem todos enfrentam e lutam por tais questões. Nas sociedades com pouca experiência democráticas, caso em que se inclui o Brasil, a assimilação da linguagem dos direitos e a configuração do Estado democrático de direito ainda representa um doloroso e imenso desafio.

Neste ano a república federativa do Brasil, instaurada em 15 de novembro de 1889, passa pelo seu 25º aniversário de sua atual Constituição, não sem razões, chamada de Constituição Cidadã, afinal de contas representou o passo decisivo na construção de um novo caminho rumo à democracia para a sociedade recém-saída de um regime autoritário – a ditadura civil militar (que ainda hoje assombra muita gente, pois deixou marcas profundas, de difícil esquecimento). Os avanços foram e continuam sendo significativos. Houve uma ampliação significativa da participação da população em pleitos eleitorais livres e competitivos. Com o processo de redemocratização em andamento, o legado autoritário começou, aos poucos, ser desconstruído e a expectativa, naquela oportunidade, era de que as transformações reais poderiam ser conquistadas pela atuação das forças democráticas. Assim, a sociedade ganhou um novo ânimo e um novo direcionamento e passou a contar com um instrumento poderoso para suas transformações.

A principal lição que se pode tirar de mais duas décadas de constituição é que a democracia, pilar da Carta Magna de 1988, é um processo e como tal, precisa ser constantemente desenhado, apagado e redesenhado para que não se corra o risco de se voltar ao autoritarismo. Ela é, não sem razão, uma construção permanente que exige muito mais que uma simples atuação legitimada a partir das representações político partidárias. Tão necessário quanto à inscrição no papel é o passar da letra da lei para a praticidade, ou seja, para a efetividade da vida social exigindo forte pressão e mobilização política da sociedade, principalmente da juventude que sempre teve um papel de destaque nos rumos que o pais tomou e que agora está adormecida. A própria constituição é um ato, diríamos ainda inacabado. É um processo no qual ainda estamos inseridos e que precisamos buscar formas que possam ir ao encontro dos direitos que esta Constituição reconhece e assegura.

É digno de registro, por tanto, que o nosso objetivo maior com o tema proposto nesta casa é buscar aprofundar nossa compreensão sobre esse processo, vindo a analisar os limites, os avanços e os desafios da prática política e do desenho institucional construído nestes 25 anos sob o comando do tratado formulado em 1988.

É notório que discutir os avanços, os limites e os desafios advindo a partir da construção e promulgação dessa Constituição em análise não é novidade. Mas esse próprios avanços e desafios não são tratados da mesma forma. Eles não são os mesmos. Porque a história nos ensina algo muito importante. O quem fala, para quem fala e como se fala. Assim, um avanço para alguns, para nós pode não ser. Pensando pelos polos políticos, pelas duas faces que estamos acostumados a perceber – Esquerda, Direita, ou melhor Situação e Oposição, têm olhado para trás e feito um balanço do processo da nossa atual Constituição.

No entanto, como somos opinião pública, somos sociedade, vamos analisar esse fato do ponto de vista dos movimentos sociais e das classes menos favorecidas. Aqui, é notório que a Constituição foi responsável por avanços a partir das lutas dos anos 1980, mas ao mesmo tempo com limites vindos da conjuntura difícil da década posterior e principalmente da ausência de regulamentação de uma série de princípios postos na Carta Magna. Assim, podemos apontar enquanto avanços os princípios adotados e escritos no nosso sétimo documento pós-independência política, porém não foram ainda implementados, como por exemplo, a reforma agrária, a democratização da comunicação, o respeito ao estado laico, dentre outros. Quanto aos que ela conseguiu complementar – A volta das eleições diretas para os cargos de presidente, governadores prefeitos (onde o povo voltou a ser senhor de seus atos), o assegurar aos analfabetos o deito ao voto, o fim da censura aos meios de comunicação e a implementação do direito e deveres do cidadão.

Finalizamos afirmando que são muito mais desafios a ser enfrentados e superados nesses 25 anos de Constituição do que propriamente avanços. Por que são nos próprios avanços que se encontram os desafios. Não basta simplesmente está no papel. É preciso colocar em prática. Não é suficiente está no papel, faz-se necessário ter ações e meios que possam assegurar esses avanços. Por outro lado, o que mais dificulta esse processo é a falta de conhecimento das pessoas e por políticos partidários dessa carta, o que acarreta o desrespeito a ela. Até mesmo os próprios avanços precisam ser revisto. Será mesmo que em uma sociedade democrática colocar o voto como obrigação é sinônimo de democracia? Será que em uma sociedade que foi construída por negros e esses negros ainda ocupam poucos espaços no poder é democrática? Será que em uma sociedade onde há uma diversidade de religiões e outros que não as tem, mas impera nos espaços de poder (escolas, câmara estaduais e municipais) o catolicismo e o protestantismo, pode ser chamada de democrática?

Por tanto, a sociedade precisa se voltar para temas dessa natureza. Ela precisa conhecer afundo o documento que assegura seus dinheiros e lhe coloca deveres. As escolas, as universidades e os nossos representantes políticos também precisam estar mais atentos, buscar conhecer a Constituição e refletir sobre o seu processo.


Pesquisa Ibope: Haddad vai a 23% e vence em segundo turno


Haddad vai a 23% e vence no segundo turno. Foto: reprodução/ RBA.

Nova pesquisa do Ibope, divulgada na noite desta quarta-feira (3), mostrou estabilidade na disputa presidencial, mas agora com ligeira vantagem para o candidato Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Segundo o instituto, na sondagem para o primeiro turno, Jair Bolsonaro (PSL) oscilou de 31% para 32%, enquanto Haddad foi de 21% para 23%. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT), com 10% (tinha 11% no levantamento anterior), Geraldo Alckmin (PSDB), com 7% (estava com 8%), e Marina Silva (Rede), que manteve 4%. Os candidatos Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) têm 2% cada.

Com 1%, figuram Alvaro Dias (Pode) e Cabo Daciolo (Patriota). Eymal (DC), Guilherme Boulos (Psol), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram, segundo o Ibope. Votos em branco e nulos totalizam 11%, enquanto 6% não souberam responder ou não responderam.

Considerados os votos válidos, Bolsonaro tem 38% e Haddad, 28%. Depois vêm Ciro (12%), Alckmin (8%), Marina (4%) e Amoêdo (3%).

Nas simulações de segundo turno, Haddad leva vantagem sobre Bolsonaro: 43% a 41%. Há dois dias, estavam empatados em 42%. Ciro também vence o ex-militar, por 46% a 39% e Alckmin fica ligeiramente à frente (41% a 40%). Bolsonaro vence Marina (43% a 39%). Em quase todos os cenários (exceção para Ciro x Bolsonaro) a situação é de empate técnico, já que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

O presidencial do PSL segue sendo o candidato mais rejeitado, com 42%. Em seguida estão Haddad (37%), Marina (23%), Alckmin (17%), Ciro (16%) e Meirelles (10%).

O Ibope informa ter entrevistado 3.010 eleitores na segunda-feira e ontem (2). O nível de confiança é de 95%.  (Com informações da RBA).