Ravi Timóteo representará Altaneira na 93ª Corrida Internacional de São Silvestre


O concludente do terceiro ano do ensino médio integrado a educação profissional, do Curso Técnico em Redes de Computadores (EEEp Wellington Belém de Figueiredo), Ravi Timóteo, será um dos 30 mil (trinta mil) atletas inscritos e a participar da 93ª Corrida Internacional de São Silvestre.

O corredor de rua altaneirense irá representar o município de Altaneira na competição que se dará no dia 31 de dezembro, em São Paulo. A largada está programada para ocorrer a partir das 8h20, na Avenida Paulista (na altura da Rua Frei Caneca) e a chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

O evento considerado um dos mais famosos do país contará com o apoio de todos os órgãos públicos, com Polícia Militar, da Guarda Municipal Civil, CET, Prefeitura Regional da Sé, Secretaria de Esportes da Prefeitura de São Paulo, entre outros.

Entre os dias 27, 28 e 29 de dezembro (das 9h às 19h) e no dia 30 (das 9h às 16h) haverá a entrega de kits para a prova que desde 1991 passou a ser inclusa no calendário internacional de provas de rua e com 15 Km de extensão.

Histórico de Ravi Timóteo

Segundo seu treinador, Tiago Alves, Ravi, que integra a Equipe Altaneira de Corrida de Rua com apenas um ano de treinamento já participou de 14 eventos em 2017, subido ao pódio em 10 (dez) oportunidades e, em muitas delas sendo campeão ou vice.

Uma das melhores conquistas foi o resultado obtido em Fortaleza. Naquela oportunidade ele conquistou o segundo lugar na II Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará que contou com cerca de 8 mil competidores”, disse Tiago ao Blog Negro Nicolau.

No histórico do atleta ainda consta o primeiro lugar no Insprint Duathlon, corrida de 5 km realizado no último dia 5 de novembro, em Crato; o troféu de campeão na na categoria de 20 a 24 anos, da 18º Corrida de São José, em Juazeiro do Norte no dia 19 de março do ano curso; 4º lugar entre 5 mil competidores em corrida no Recife (PE); 3º lugar entre mais de 1.500 participantes de três estados no Circuito de Corridas e Caminhadas Sesc em Juazeiro do Norte em 27 de agosto; 1º lugar na 35º edição da Corrida Padre Cícero no dia 19 de março (Juazeiro do Norte) e 1º lugar na 14ª Corrida de Juazeiro do Norte.

Ravi tem o apoio e o patrocínio do Governo Municipal de Altaneira e viaja na próxima terça-feira, 26/12, junto com membros da União dos Atletas Corredores de Rua do Estado do Ceará (UNICORCE).

De acordo com Tiago, “já esta tudo concretizado em termos financeiros e burocráticos”. Sobre o que esperar de Ravi na prova, ele afirmou:

Nossa meta é ficar entre os setenta melhores e representar fielmente nosso município e nosso esporte” e agradeceu o apoio da gestão e de todos que apoiam a causa.

O altaneirense Ravi Timóteo participará da 93ª Corrida Internacional de São Silvestre. (Foto: Divulgação).







Caixa D’Água conquista título do XVII Campeonato de Futebol de Altaneira


Caixa D'Água vence a Portuguesa e conquista o título do XVII Campeonato de Futebol de Altaneira.
(Foto: Divulgação).


Um jogo truncado, cheio de armaldilhas e com torcedor entrando em campo antes do apito final. Foram essas as principais caraterísticas da partida deste domingo, 17/12, que decidiu a grande final do XVII Campeonato de Futebol de Campo de Altaneira entre Portuguesa e Caixa D’Água.

A lusa Altaneirense buscava voltar ao topo do futebol na principal competição local, título que estava com o Juventude que este ano teve que se contentar com o 4º lugar. Já o Caixa D’Água queria a todo custo levar o troféu e para tanto contou com jogadores de sucesso em outra modalidade, o futsal.

Em campo, nada de diferente do que já havia rolado durante toda a competição. Jogo disputado até o fim. Quando parecia que a partida estava decidida quando o Caixa abriu dois a zero no marcador, a Portuguesa mostrou que não ostenta o status de uma das equipes mais gloriosa por acaso e encontrou forças para empatar. Mas quando tudo estava caminhando para as penalidades, um torcedor invadiu o campo em uma tentativa de agredir o jogador Tito, do Caixa D’Água.

Á redação do Blog Negro Nicolau, o presidente da Associação Esportiva Altaneirense (AEA), Humberto Batista, afirmou que a invasão fez com que o jogo esfriasse e a lusa perdesse o pique não conseguindo manter o mesmo desempenho. O adversário conseguir equilibrar a partida e marcar o gol da vitória e do título.

Wanderson Morais, zagueiro do
Caixa D'Água. (Foto: Divulgação).
Nas redes sociais, jogadores da equipe campeã não esconderam a alegria. Na foto (acima) que ilustra esse texto, o jogador Erlandio Mandu publicou “que mim desculpe os demais, mas nós somos os melhores”. Já o zagueiro Wanderson Morais, um dos mais proativos do time dedicou o título e o gol que marcou ao Aelson Kaio, que perdeu a vida recentemente em um acidente de moto. “Essa Vitória e o gol foi dedicado a vc Aécio Caio q se encontra ao lado do pai.Um homenagem do seu amigo”, escreveu na rede social facebook. Wanderson também fez um desabafo. “Respeita minha história”, realçou.

Na partida preliminar, o Humafe acabou levando o terceiro lugar ao bater o Juventude por três a um. “Sem a pressão que teve nas seminais, a molecada acabou mostrando seu bom futebol”, disse Humberto.

A 17ª edição do campeonato que foi organizada pelo Governo Municipal, por meio do Departamento de Esportes, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Turismo (Secult), teve início no dia 23 de setembro e envolveu oito equipes em confrontos de ida e volta, tanto na sede do município quanto na zona rural.

Além de troféus e medalhas, os primeiros colocados na competição terão uma premiação de R$ 20.000, 00. A premiação está prevista para às 17h30 em frente à prefeitura.

Na última edição, realizada em 2014, o Juventude conquistou o título a vencer nos pênaltis por 4 a 3 o Santa Cruz, enquanto que a portuguesa ficou com o terceiro lugar ao bater por 2 a 1 o Caixa D’Água.




Comissão no Senado rejeita e Paulo Freire continua como Patrono da Educação Brasileira



A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado rejeitou nesta sexta-feira (14) uma sugestão legislativa que tinha como objetivo retirar do educador Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira. A relatora, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), classificou a proposta como censura ideológica.

Seria um crime de lesa-pátria revogar a lei que conferiu a Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira. No momento de crise e desesperança que o Brasil atravessa, deveríamos na verdade resgatar o legado freireano”, disse a senadora em seu relatório.

Paulo Freire foi declarado Patrono da Educação Brasileira em 2012, em reconhecimento à vida e obra do educador e filósofo. Ele é tido como um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial.

A proposta para retirar o título de Paulo Freire foi apresentada por grupos de direita ao Senado por meio do portal e-Cidadania e recebeu 23,3 mil apoios assinaturas, a maior parte delas falsificadas ou emitidas por robôs.

Com a rejeição, a sugestão foi arquivada. (Com informações da Agencia Brasil).





Base Nacional Comum Curricular é aprovada com incertezas sobre ensino religioso


A nova Base Nacional Comum Curricular foi aprovada na manhã desta sexta-feira (15) em votação pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). O documento define o que os 35,8 milhões de estudantes das redes pública e privada do Brasil deverão aprender em cada etapa de sua vida escolar na educação básica (ensinos infantil e fundamental) nos próximos anos.


O texto seguirá agora para a homologação do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), no dia 20 de dezembro, quando passará a ter validade. "Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum", destacou o ministro, em nota.

Municípios e Estados terão um prazo de até dois anos para implementar a base em seus currículos. Todas as escolas e redes de ensino deverão, portanto, adaptar e rever seus currículos em 2018 para iniciar a implementação da base em 2019.

Principais mudanças:

Alfabetização: crianças devem saber ler e escrever aos 7 anos; hoje, elas devem estar alfabetizadas até os 8 (ou ao fim do 3º ano do ensino fundamental)

Ensino religioso poderá ser área de conhecimento no ensino fundamental

Ensino Religioso

Um dos pontos que mais causaram polêmica nas discussões sobre a última versão da base apresentada pelo MEC (Ministério da Educação) foi o ensino religioso. Conforme já orienta a Lei de Diretrizes e Bases - que conforme já orienta a Lei de Diretrizes e Bases - que continua sendo seguida mesmo com a padronização da Base -, é obrigatória a oferta deste tipo de aula nas escolas públicas, porém é facultativo a cada aluno fazer ou não a disciplina.

A princípio, o ensino religioso passa a ter peso de Área do Conhecimento, como são matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas. O CNE ainda discutirá, porém, até o início do próximo ano, se a religião continuar assim ou se entrará como um componente das ciências humanas.

"Entrou na estrutura do ensino fundamental e tem um artigo no qual estabelecemos que as definições sobre o assunto [se será área ou componente] se darão no ano que vem, ou seja, ficou apenas pendente a definição se vai ser uma nova área de conhecimento ou se vai integrar área das ciências humanas", explicou Cesar Callegari, presidente da comissão que analisa a BNCC dentro do CNE.

Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, categorizar o ensino religioso como uma área no currículo é algo "extremamente preocupante".

"Isso retira tempo da escola de trabalhar com questões mais significativas para o tripé da nossa Constituição Federal, como o preparo da pessoa para a cidadania e o mundo do trabalho. Essa é a missão da educação no Brasil", disse Cara, que lembrou ainda o princípio da laicidade no país.

"O CNE não precisava normatizar o ensino religioso na base, poderia ter uma discussão posterior. E, ainda assim, sem implementar o ensino religioso nas escolas públicas", ressaltou.

Em setembro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o ensino religioso nas escolas públicas pode ter caráter confessional, ou seja, que as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica.

As informações são do Uol. Clique aqui e confira o texto completo. 

(Foto: Rodrigo Capote/ Folhapress/ Reprodução/ Uol).

Menino de 12 anos publica livro de poesia sobre história negra no Brasil



“Existe uma história do povo negro sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro”. O trecho acima é parte de um dos poemas que integram o livro “A poesia corre em minhas veias”, lançado pelo poeta mirim Wesley Carlos Soares, 12.

Morador de Perus, região noroeste da capital paulista, o garoto se aproximou da poesia por meio da disciplina de história ainda quando estava no 5º ano do ensino fundamental, em 2015, em uma escola pública de seu bairro.

A professora de história, Rosálio, pediu para fazer uma poesia de cordel e depois não parei mais”, conta o poeta, que impressiona com textos que tratam sobre genocídio da juventude negra, religiosidade e a importância da ancestralidade africana, como o poema completo, abaixo:

A favela pede paz


"Existe uma história do povo negro sem o Brasil,
mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro.
Genos, povo, raça, tribo, a destruição de um povo de uma nação.
Não queremos viver só chorando em cima de um caixão.
Ver negros, jovens de periferia estirados naquele chão.
Mas o pensamento da polícia é, se o negro correr, ele é ladrão.
77% das mortes de negros crescem a cada dia e o que a polícia diz:
– Eu não sabia.
Mas cansamos dessa vida.
Temos que ser capaz.
A favela pede paz!. "


Para a produção do livro, Wesley contou com o apoio de seu irmão, Willian Soares, e da diretora da Biblioteca Padre José de Anchieta, Beth Pedrosa. “Eu nem sabia que poderia digitar e imprimir a capa. E saiu tudo muito ‘daóra’. Foi novo, pra mim, ver a capacidade para montar um livro”.

O menimo, que ainda gosta de brincar de esconde-esconde com seus amigos, sonha em, um dia, se tornar professor de história.

“Quando eu crescer quero ser professor de história, porque fico vendo nos livros alguns assuntos que ninguém nunca entendeu direito, aí eu vou lá e faço uma poesia como se fosse um resumo, um improviso. Eu acho que posso incentivar outras crianças lendo poesias para elas, ensinando a verdadeira história e ajudando no processo de desconstrução [dos preconceitos].”

Atualmente, Wesley integra o coletivo artístico e independente Afronte Empodere-se, fundado pelo irmão Willian em 2016, e tem como objetivo o empoderamento de pretos e pretas da periferia por meio da moda.

Para o Wesley, assim como todo o restante do grupo, foi uma vivência muito bacana, de desconstrução e construção da identidade de nós mesmos. Desde o nosso primeiro evento o Wesley tem participado com poesia e percebo que cada vez mais ele escreve sobre os negros. Ele faz parte do Centro da Criança e do Adolescente (CCA), onde ele pode servir de inspiração para outros jovens como ele, mostrando que podem lançar um livro.”


O livro “A poesia corre em minhas veias”, impresso em papel reciclável, traz 15 poesias e custa um valor simbólico de R$ 2, que é para colaborar na impressão de novos exemplares para o poeta continuar apresentando seu livro em saraus pelas periferias de São Paulo. (Com informações do CEERT).

Aos 12 anos, menino de Perus publica livro de poesia sobre história negra no Brasil.
(Foto: Viviane Prado/ Divulgação/ Reprodução/ Blog Mural).