Racismo: perícia mostra que Waack falou “coisa de preto”


Uma perícia privada contratada pela Folha concluiu que o apresentador afastado do "Jornal da Globo", William Waack, 65, disse que uma buzina que o irritou durante uma conversa antes de uma participação ao vivo, em 2016, era coisa de "preto". O laudo foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Peritos (IBP).

Para o instituto, a análise acústica permite identificar os sons correspondentes à palavra preto.

O instituto afirmou que foi realizada uma análise perceptiva-auditiva e acústica da fala e os resultados confrontados com as imagens de Waack. De acordo com o laudo, o jornalista teria dito as seguintes frases:

Waack - "Tá buzinando por quê? Ô seu merda do cacete, merda."

Waack - "Deve ser um, (deve ser/você é) filho de um, não vou nem falar de quem, eu sei quem é né. Sabe o que é né?"

Sotero - "Não"

Waack - "Preto né" (sem compreensão)

Sotero - "Ahn"

Waack - "Preto né"

(risos)

Waack - "Sabe o que é isso? É coisa de ..."

Sotero - "Sim"

Waack - "Com certeza" (risos)


(As informações são da reportagem da Folha de S.Paulo, com o 247).

Waack falou "coisa de preto", constatou perícia. (Foto: Reprodução/ 247).

Passagem dos 500 anos da Reforma Protestante será discutida em Mesa Redonda em Altaneira


O auditório da Fundação Educativa e Cultural ARCA, em Altaneira, será palco em dezembro de uma Mesa Redonda alusiva aos 500 anos da Reforma Protestante.

O anúncio foi feito na manhã de terça-feira, 14, por Vinícius Freire, professor e líder do Ministério Nissi, entidade religiosa e uma das idealizadoras do evento. Segundo informações do site Nissi Altaneira, a Reforma religiosa encabeçada por Martinho Lutero dividiu o cristianismo ocidental entre Católicos e Protestantes, trazendo várias implicações e consequências no contexto das relações sociais e políticas.

Pensando justamente nas consequências da Reforma e no momento atual em que o Brasil tem passado, no qual a Religião, sobretudo evangélica, tem mergulhado na política nacional, mídia e também por que não dizer, na educação, resolvemos pensar a Reforma e seu legado nos dias atuais. Para tal, tentamos construir um momento de debate, democrático em que pontos de vistas diferentes possam coexistir em harmonia, daí fazermos uma mesa redonda aberta a toda a comunidade altaneirense e por que não cidades circunvizinhas”, disse Vinícius ao justificar a idealização de proporcionar a mesa.

Ainda segundo o professor, o momento versará sobre as consequências da reforma na atualidade, tendo como enfoque a Política, a Religiosidade, o Gênero e o Ensino Religioso. A mesa será composta por Carlos Alberto Tolovi, Doutor em Ciências da Religião e professor de filosofia da Universidade Regional do Cariri (URCA), por este signatário, professor, Especialista em Docência do Ensino Superior e ativista do Grupo de valorização Negra do Cariri (GRUNEC) e pelo próprio Vinícius, que também é professor da rede estadual de ensino na Escola de Ensino Médio Santa Tereza.

A mesa é uma realização do Nissi Altaneira e da Fundação Educativa e Cultural ARCA, tendo como público alvo estudantes do Ensino Médio, universitários, professores, pastores e líderes de outras denominações religiosas, pessoas com afinidades na temática e está programada para ocorrer dia 01 de dezembro às 19h00.

Tolovi, Nicolau e Vinícius (Da Esq. para a Dir). (Fotomontagem: Blog Negro Nicolau).



Jair Bolsonaro chama colunista Mirian Leitão de Porca


O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) demonstrou que tem pavio curto antes mesmo da campanha eleitoral começar. Nesta terça, a colunista de Economia do jornal O Globo, Míriam Leitão, disse que o deputado do PSC "não sabe o básico sobre economia e nem um transplante seria capaz de salvar Bolsonaro".

A crítica da jornalista do Globo foi suficiente para despertar a ira do deputado fluminense: "Míriam Leitão diz que Bolsonaro não sabe nada sobre economia. Esta faz juz ao sobrenome!", disse ele, ao fazer trocadilho com o sobrenome da colunista.

Bolsonaro não perdeu a oportunidade de mencionar e defender a ditadura militar: "Miriam Leitão, a marxista de ontem, continua a mesma. Se eu chegar lá vai querer lamber minhas botas, como fez com todos que chegaram ao Poder. Seu lugar é no chiqueiro da História", escreveu o parlamentar do PSC. (Com informações do 247).

(Foto: Reprodução/ 247).

Gabarito oficial do Enem 2017 é divulgado pelo Inep


Foi divulgado nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) o gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para conferir as respostas basta acessar o sitio do Ministério da Educação (MEC) na internet. Conforme informações do próprio órgão, o Boletim de Desempenho deverá ser disponibilizado aos participantes em 19 de janeiro de 2018.

Clique aqui e confira o Gabarito.


(Foto: Divulgação).

Escola Sem Mordaça divulga Carta Aberta aos Cidadãos de Nova Olinda


O coletivo "Escola Sem Mordaça - Nova Olinda (CE)", resolveu seguir o dito popular que diz “várias cabeças pensam melhor do que uma” e ao juntar as ideias redigiram uma Carta Aberta aos Cidadãos de Nova Olinda. 

O teor da carta que foi divulgada no facebook na manhã desta segunda-feira, 13, pelos universitários Márcio dos Santos, Matheus Santos e Luan Moura versa sobre o estapafúrdio Projeto de Lei do Vereador Adriano Dantas (PSB) que proíbe a discussão de gênero e sexualidade na rede pública de ensino desta municipalidade sob a denominação de “Ideologia de Gênero”.

Segundo o coletivo, há uma onda de cunho conservador que está tomando conta do cariri cearense, seguindo um movimento de proporção nacional. “Os responsáveis por essa onda estão distorcendo o debate acerca dos estudos sobre gênero e sexualidade. Ao invés de informar e esclarecer a população, utilizam a desinformação para construir um discurso populista, muitas vezes impregnado de fundamentos e apelos religiosos. Alguns dos responsáveis pela desinformação utilizam a posição de visibilidade social que possuem para influenciar e impor seus discursos”, diz introdutoriamente a carta que além de ter a típica manifestação de repúdio ao projeto, elucida pontos equivocados no documento do edil psbista.

Confira íntegra da Carta encaminhada à redação do Blog Negro Nicolau:

Uma onda conservadora está se instaurando na região do Cariri cearense, acompanhando um movimento de proporção nacional, que visa calar os debates sobre pluralidade, diversidade e respeito. Os responsáveis por essa onda estão distorcendo o debate acerca dos estudos sobre gênero e sexualidade. Ao invés de informar e esclarecer a população, utilizam a desinformação para construir um discurso populista, muitas vezes impregnado de fundamentos e apelos religiosos. Alguns dos responsáveis pela desinformação utilizam a posição de visibilidade social que possuem para influenciar e impor seus discursos.

De maneira imediata, projetos são criados sem a participação efetiva da população. Decisões de tal natureza mostram que as políticas públicas são feitas para pequenos grupos e distanciadas da grande maioria da população. Foi justamente isso que aconteceu no município de Nova Olinda: o Projeto de Lei proposto pelo Poder Legislativo, que trata da proibição da chamada "ideologia de gênero” no ensino municipal, só ganhou repercussão pelo fato de ter sido vazado. Apesar de reconhecer que o projeto ainda iria ser apresentado, não podemos negar que a divulgação de propostas é insuficiente e alcança apenas um pequeno número de pessoas.

Além de manifestar nossa rejeição ao Projeto de Lei 16/2017, esclarecemos algumas ideias equivocadas que estão sendo disseminadas:

       Esse projeto de lei não contribui em nada com a educação, apenas promove retrocessos. “Ideologia de gênero” é uma expressão utilizada pelos que querem impedir que a discussão sobre gênero e respeito às diversidades seja feita nas escolas. O objetivo é confundir as pessoas. Não existe em nenhum momento a intenção doutrinar a sexualidade de crianças e adolescentes, muito menos de induzir a uma sexualização precoce. Não é possível mudar a orientação sexual de ninguém e a proposta não é essa. O objetivo é promover uma educação que rompa com toda forma de preconceito e violência, levando em consideração a idade e etapas de desenvolvimento das crianças e adolescentes. Discutir gênero nas escolas é combater todas as formas de discriminação, como o machismo, racismo, sexismo, misoginia, homofobia e transfobia. A censura contribui para o agravamento dos problemas de convivência no ambiente escolar e consequentemente para uma sociedade intolerante, preconceituosa e violenta.

       Garantir um processo formal de educação pautado na liberdade e no respeito às diferenças, não é ser contra a participação da família nesse processo. Pelo contrário, isso também requer a valorização das experiências adquiridas no convívio familiar e comunitário. No entanto, a autonomia das escolas e dos educadores não pode ser comprometida. Também não é ser “contra a família”, mas garantir que todas as formas de constituição familiar sejam respeitadas e não somente um modelo heteronormativo.

       Apesar da legislação não privilegiar princípios religiosos, muitos defensores do projeto utilizam discursos que colocam estes princípios acima da laicidade garantida constitucionalmente. O que deve ser construído é um debate que respeite todas as crenças e religiões. Não podemos permitir que a intolerância religiosa impeça a efetivação de direitos. Temos crenças diversas e não-crenças que precisam ser respeitadas, mas que não podem bloquear processos democráticos de cunho político e social.

       A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) recomenda que se discuta gênero nas escolas, em defesa do respeito às diversidades. A Constituição Federal assegura a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) visa o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, o respeito à liberdade, apreço à tolerância e garante a gestão democrática do ensino público. Portanto, as decisões devem respeitar as determinações legais e garantir a participação de toda a sociedade, incluindo a família, os estudantes e os mais diversos tipos de educadores e pesquisadores. Também é preciso valorizar conhecimentos, experiências, saberes e fazeres do povo nas artes e na cultura. A educação não deve ser um assunto restrito, mas de interesse geral, em que todos estejam conscientes das possibilidades e potencialidades educacionais do nosso município. É essencial que o poder público crie canais de diálogo e núcleos de debate sobre a educação e promova uma gestão transparente e participativa que envolva a fiscalização de recursos.

É preciso pautar os debates naquilo que diz respeito aos problemas reais do nosso município e criar políticas públicas que os solucionem, o que requer o envolvimento da população. Precisamos exigir uma efetividade maior do Poder Legislativo diante de questões realmente primordiais. Impedir que assuntos como gênero, orientação sexual e identidade de gênero sejam abordados no ambiente escolar, é criar obstáculos para o acesso e permanência dos estudantes na escola. Mais que isso: é fechar os olhos e abrir ainda mais espaço para a violência gratuita contra as mulheres e LGBTs. Precisamos construir uma educação que valorize o respeito e que seja capaz de promover a paz social.

"Essa carta é o retrato da opinião de inúmeros novolindenses que compartilham das mesmas ideias defendidas nesse texto".

Carta assinada pelo Coletivo "Escola Sem Mordaça-Nova Olinda (CE). (Foto: Reprodução/ Facebook).



Cavalo de Troia - Mulheres fazem atos em 25 cidades contra PEC que proíbe o aborto


Mulheres foram hoje (13) às ruas em 25 cidades para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181, apelidada por elas de Cavalo de Troia. Aprovada em comissão especial no último dia 8, com 18 votos a favor e um contra, a proposta previa, a princípio, ampliar a licença maternidade para mães de bebês prematuros.

Só que o projeto foi modificado pelo relator Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), passando a definir que a vida começa na concepção – daí o apelido, referindo-se à lenda do cavalo de madeira recebido como prêmio, mas que estava carregado de soldados inimigos em seu interior.

As manifestações estão sendo organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, Povo Sem Medo, Frente Feminista de Esquerda e diversos outros coletivos feministas.

Em Ribeirão Preto (SP), o ato foi realizado pela manhã, na Esplanada do Theatro Pedro II. Em Salvador, teve início no começo da tarde, na Praça da Piedade.

A partir das 16 horas, as manifestantes começaram a se reunir no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Belém, Florianópolis, Recife, Ribeirão Preto, Manaus, Brasília, Maringá, Campinas, Goiânia, Taubaté, Juiz de Fora, Uberlândia, Campo Grande, São Carlos, Maceió, Manaus e Vitória.

Hostilidade

Para a professora da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, Débora Diniz, a criminalização do aborto reflete uma hegemonia política de raízes religiosas muito hostil à defesa dos direitos das mulheres. "Basta ver a aprovação a PEC 181. Para os deputados, antes uma mulher vítima de estupro presa, ou no cemitério, do que em um hospital decidindo legalmente interromper a gestação fruto da violência. É uma decisão cruel para a vida das mulheres reais em nome de uma concepção religiosa de uma ideia de vida", disse.

A ameaça de retrocesso, segundo ela, é tendência mundial. "Há um fortalecimento conservador que tem conseguido atingir uma audiência ampla com um discurso acessível. O campo progressista tem falhado em fazer o mesmo."


No entanto, conforme ela lembrou, os momentos de crise são também oportunidades de reorganização para saídas criativas. "Temos no momento uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, e já há 17 organizações com pedidos de ingresso como amicus curiae (amigas da corte) favoráveis ao pedido. Tudo ocorreu este ano. A reação à PEC também é momento de unir forças antes não mobilizadas", disse. (Com informações da RBA).

Para Débora Diniz, da UNB, há uma hegemonia política de raízes religiosas muito hostil à defesa dos direitos das mulheres.
"Antes uma mulher vítima de estupro presa ou no cemitério do que decidindo interromper a gestão fruto da violência".
(Foto: George Campos/ USP Imagens).

ENEM 2017: Gabarito oficial será divulgado na quinta-feira



O gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será divulgado na próxima quinta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A correção das provas é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.

Dessa forma, um item em que grande número dos candidatos acertarem será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.

Por isso, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Dois candidatos que acertarem o mesmo número de questões podem ter pontuações diferentes.  O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando o resultado sair.

A correção é feita por meio de um sistema de reconhecimento no qual a Fundação Getulio Vargas e a Cesgranrio extraem os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante, durante a etapa de digitalização. Por isso, é imprescindível que o preenchimento do cartão-resposta tenha sido realizado com caneta esferográfica de tinta preta.


O Boletim de Desempenho deverá ser disponibilizado aos participantes em 19 de janeiro de 2018. (Com informações da Agência Brasil).